Notícias 12.02.09

Importações – Veja as importações de lácteos em janeiro de 2009 comparadas com janeiro de 2008 e dezembro de 2008. (www.terraviva.com.br)

 

Minas Leite – O custo da produção de um litro de leite já alcança R$ 0,84 nas maiores bacias de Minas Gerais conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O programa Minas Leite mostra aos produtores mineiros a importância das práticas de redução de custo. O 1º Circuito do Minas Leite começa na sexta-feira da próxima semana (20), com um dia de campo em Corinto. A programação vai seguir até novembro, com encontros em outros 10 municípios. Os trabalhos serão executados pelos extensionistas da Emater-MG. Um dos temas predominantes nos dias de campo será a utilização de práticas que garantam a qualidade do leite, com destaque para os cuidados com a sanidade do rebanho. Serão enfatizados ainda aspectos relativos ao manejo de pastagens, colheita e nutrição, neste caso com a inclusão de orientações sobre a utilização de complementos para a alimentação dos animais, bem como preservação ambiental. É possível produzir com baixo custo, como demonstram os resultados obtidos pelo Minas Leite nos municípios polarizados por Curvelo. Nas 155 propriedades acompanhadas pelo programa, houve uma considerável melhoria de gestão, sobressaindo entre as medidas o pastejo intensivo rotacionado. Nessas propriedades, houve uma redução de gastos da ordem de 18% com a ração, porque foi mais bem utilizado o volumoso (cana com ureia e pasto) e assim os proprietários obtiveram um aumento médio de 11% na produção de leite. Houve, também, aumento da eficiência da mão-de-obra nas fazendas, com o registro de 80 para 103 litros de leite por trabalhador/dia. Para o coordenador, essa prática pode ser fortalecida na região, caso seja conjugada com o sistema de integração lavoura/pecuária e floresta, em fase de implantação. (Governo do Estado de Minas)

Equador – Venezuela, Colômbia, Panamá e México são alguns dos países para os quais o Equador venderá uns 200.000 litros de leite diariamente. Os produtos do país apostam na exportação do leite como medida para reduzir os efeitos da crise financeira. O processo de exportação iniciaria em março, e não haverá desabastecimento do mercado interno, já que a produção nacional de leite alcança 4,5 milhões de litros/dia. No Equador existem 4 milhões de cabeças de gado, 3 milhões de hectares de pastagens e 1,5 milhões pessoas dedicadas à produção de leite. (Multimedios/Equador)

Honduras – Uma empresa de Honduras exportará umas 334 toneladas de leite em pó para a Venezuela, de acordo com fontes oficiais hondurenhas. O produto será exportado por Lácteos Honduras S.A (Lacthosa) que no final de 2008 foi feito um acordo com importadores venezuelanos, e Lacthosa já obteve certificação sanitária do Governo da Venezuela para enviar o leite em pó. Esta primeira venda abre as portas para aumentar a quantidade posteriormente e também outros produtos no futuro. A abertura da Venezuela contribuirá para evitar problemas como o que atravessou o ano passado o setor leiteiro de Honduras, que não pode vender 23% de sua produção. (El Nacional/Venezuela)

Uruguai – O governo venezuelano concluiu os trâmites administrativos e habilitou a compra de leite em pó do Uruguai, num valor de 60 milhões de dólares, informou o ministro uruguaio da Pecuária, Agricultura e Pesca, Ernesto Agazzi, acrescentando que: “Sem dúvida isto é muito importante para a Conaprole”, referindo-se à Cooperativa Nacional de Produtores de Leite, que é a principal empresa láctea do Uruguai. Sem dúvida, a habilitação Venezuela chega em um momento muito bom, porque a Conaprole já estava aumentando o estoque de leite em pó. (El Nacional/Venezuela)

Preço/UE – Apesar da queda nos preços no final do ano, as indústrias lácteas da zona do euro pagaram aos produtores, em 2008, 9% mais que em 2007, no cômputo geral, de acordo com a European Dairy Farmers, ao contrário do que ocorreu na Nova Zelândia e nos Estados Unidos. Foram analisados os preços das 15 maiores indústrias lácteas da União Européia, onde os maiores aumentos foram dados pela finlandesa Hameenlinnan (23%), a dinamarquesa Arla Foods (18%) e a francesa Sodiaal (17%). Bongrain, Danone e Lactalis deram 16% de aumento aos seus fornecedores. As únicas que pagaram menos que em 2007 foram: a belga Milcobel e a alemã Nordmilch. (Infortambo/Argentina)

Negócios

Perdigão – Dois anos após a Sadia ter feito uma oferta hostil para compra da Perdigão, a situação se reverteu e agora os rumores – ainda que só rumores – são de que a Perdigão é que teria condições de adquirir a fragilizada Sadia. A oferta na época era de comprar a concorrente por até R$ 3,7 bilhões, valor que atualmente corresponde a metade do valor de mercado da Perdigão, mesmo com a desvalorização da companhia nos últimos meses por conta da crise econômica. Em 2007, a Perdigão entrou em lácteos com a compra da Eleva, em 2008, a situação se reverteu. Nos nove meses de 2008, a Perdigão ultrapassou a concorrente em receita bruta com faturamento de R$ 9,5 bilhões. (Gazeta Mercantil).

A Perdigão informou que foi aprovada a incorporação da sua subsidiária integral, a Perdigão Agroindustrial. De acordo com o comunicado da empresa, a reestruturação societária será submetida às assembléias gerais das sociedades envolvidas e não ensejará o direito de recesso para os atuais acionistas da companhia (incorporadora). “Não haverá aumento de capital na empresa em decorrência da incorporação, por se tratar de incorporação de subsidiária integral”, afirmou a companhia. (InvestNews)

 

Setoriais

Balança – As exportações do agronegócio de janeiro, em moeda brasileira, totalizaram R$ 9,6 bilhões, valor 16,4% superior ao mesmo período do ano anterior, quando foram exportados o equivalente a R$ 8,2 bilhões. O superávit da balança comercial do agronegócio, em janeiro, registrou crescimento de 22%, alcançando o valor de R$ 7,8 bilhões. No mesmo período de 2008, o saldo positivo havia alcançado a cifra de R$ 6,4 bilhões. A valorização do dólar frente à moeda brasileira beneficiou o resultado da balança comercial do agronegócio no primeiro mês de 2009. De janeiro de 2008 a janeiro deste ano, a valorização da moeda americana em relação ao Real foi cerca de 30%. (Ministério da Agricultura)

Acumulado – Nos últimos 12 meses as exportações do agronegócio totalizaram US$ 71,3 bilhões, valor 20% acima do que foi exportado entre fevereiro de 2007 e janeiro de 2008. O superávit comercial acumulado nos últimos 12 meses foi de US$ 60 bilhões. Em reais, no mesmo período, o superávit foi de R$ 110 bilhões, valor 14,7% superior ao do período anterior quando o saldo positivo foi de R$ 96 bilhões. Os setores que mais contribuíram foram: soja (+53%), carnes (+23%), complexo sucroalcooleiro (29%), café (21%), fumo e seus produtos (+18%) e lácteos (+59,5%). (Ministério da Agricultura)

Soja – A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) revisou para baixo a expectativa de produção nacional de soja para a safra 2008/2009. A Abiove projeta uma colheita de pouco mais de 58 milhões de toneladas, queda de 2,5% em relação à estimativa de janeiro. Com a redução na oferta, as indústrias também revisaram a expectativa para exportação, que deve chegar a 25 milhões de toneladas, 2,7% a menos do que o previsto em janeiro. Já em relação aos derivados, a Abiove elevou em 100 mil toneladas os estoques iniciais de farelo e reduziu em 50 mil os estoques de óleo de soja. (Canal Rural)

OGMs – Os agricultores brasileiros cultivaram 15,8 milhões de hectares de lavouras geneticamente modificadas em 2008, crescimento de 5,3% em relação a 2007. Com isso, o Brasil foi responsável por 12% das culturas transgênicas plantadas no mundo. (Correio do Povo/RS)

Queda – O milho e a soja caíram pelo segundo dia devido ao ceticismo de que o resgate financeiro e os planos de incentivo financeiro nos EUA vão pôr fim na recessão, ofuscando as perspectivas em relação à demanda por alimentos, ração animal e biocombustível. Além disso, as importações chinesas recuaram 12% no primeiro mês de 2009, fechando com 3,03 milhões de toneladas. (Gazeta Mercantil)

 

Economia

Crise – As classes A e B, as mais altas da pirâmide social brasileira, perderam espaço em termos de ascensão social desde o agravamento da crise financeira internacional em setembro do ano passado, caindo 0,65% no período compreendido até dezembro. A constatação é da Fundação Getulio Vargas, que divulgou estudo sobre a mobilidade social no país com a crise. O levantamento da FGV aponta, no entanto, que a crise não afetou tanto a classe C, na qual o movimento de ascensão não foi interrompido. A classe média emergente continua crescendo nas seis principais metrópoles do país (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre). O estudo mostra que, em dezembro de 2008, a classe média (C) passou a representar 53,8% da população. No mesmo período de 2007, esse percentual era de 51,8%. As classes D e E também continuaram encolhendo comparado aos anos anteriores, de acordo com a FGV. Enquanto 6,79% da classe D migrou para classes mais altas. Na classe E, esse percentual chegou a 8%. (A Tarde/BA)

Consumo – Em tempo de desaquecimento da economia, o que mais assusta os estratos sociais emergentes é a ameaça de desemprego e a conseqüente perda do poder de compra. Para as classes econômicas C e D, a manutenção do emprego é a garantia de que haverá renda para pagar dívidas e de que será possível continuar consumindo. A avaliação é dos autores de dois estudos sobre o consumo popular – um para medir a aceitação de marcas junto ao público de baixa renda e outro, acadêmico, para estabelecer um perfil das classes de baixa renda. Para Marcelo Esteves Alves, a crise aflige toda a sociedade, mais ainda não afetou diretamente o público de baixa renda, que tem uma percepção voltada para o “imediato” e situações mais concretas. “Enquanto a classe média já freou o consumo, pois enxerga a possibilidade de piora a médio prazo, as classes mais baixas continuam consumindo”, compara Marcelo Esteves. (Agência Brasil)

Indústria – A produção da indústria paulista teve crescimento de 5,7% em janeiro em relação a dezembro, após apresentar recuo por três meses seguidos, segundo aponta o Sinalizador da Produção Industrial (SPI), elaborado pela FGV e pela AES Eletropaulo. O SPI antecipa as tendências da atividade industrial no Estado. A alta em janeiro não foi suficiente para estancar a trajetória de queda na produção no acumulado de 12 meses, que se desacelerou de 5,3% em dezembro para 3,1% no mês passado, influenciada pela retração registrada no quarto trimestre do ano passado. (Folhapress)

 

Globalização e Mercosul

Contaminação – Pelo menos 53 crianças chinesas sofreram com cálculos renais ao ingerir leite em pó contaminado com melamina da marca Dumex, uma subsidiária da firma francesa Danone, informaram nesta quinta-feira, 12, o diário Novo Beijing e o site de notícias Dongfang. O número de intoxicados – 15 deles na província oriental de Zhejiang – não é oficial, mas foi recolhido pela mãe de uma das crianças doentes, de sobrenome Jiang, que entrou em contato com outras famílias que tiveram o mesmo problema.  A informação é publicada depois que na quarta-feira as autoridades chinesas anunciaram o início de uma investigação sobre Dumex e Mengniu (principal marca do país) perante a possibilidade de que seus produtos contenham melamina ou outros aditivos tóxicos. Após saber da abertura da investigação, a Dumex assinalou que seus produtos foram analisados várias vezes desde o começo do escândalo envolvendo outras marcas, e que deram sempre resultados livres de melamina. A Dumex e a Danone até agora não tinham sido envolvidas no caso da adulteração de leite que causou a morte de seis bebês e intoxicou mais de 300 mil no país. (EFE)

China – A produtora de leite chinesa Sanlu, pega com leite adulterado por melanina, declarou falência em um tribunal do norte da China. O grupo está impossibilitado de indenizar as crianças vítimas de seu leite, que ficaram com problemas renais. Sanlu, da qual o grupo Fonterra é acionista, não conseguiu se recuperar depois do escândalo da crise no início de setembro. Em janeiro o presidente da empresa foi condenado à prisão perpétua por venda de produtos adulterados. Sanlu era a terceira fabricante de leite chinesa e industrializava 5.100 toneladas de leite por dia. (Le Fígaro/França)

Marcas – Faz alguns anos que empresas de todo o mundo investem milhões de dólares para projetar suas marcas internacionalmente na busca de maior reconhecimento e retorno financeiro. Levando-se em conta a larga vantagem dos concorrentes dos países desenvolvidos, cujas marcas já estão consolidadas, as empresas de países emergentes, como o Brasil, têm que buscar um novo registro para cada país de seu interesse, porque a marca registrada no Brasil não está protegida em outros lugares, observa o presidente da Marpa, Valdomiro Soares. E o Brasil faz parte de diversos tratados internacionais para facilitar este caminho. (Jornal do Comércio/RS)

UE – Dados publicados pela Eurostat, agência europeia de estatísticas, apontou queda Record da produção industrial na zona do euro, em dezembro. 2,6% se comparada a novembro e 12% em relação ao ano anterior. Foi o maior recuo registrado depois da criação da zona. (Le Fígaro/França)

Othniel Lopes assume presidência da Parmalat

A Parmalat Brasil decidiu unificar a administração de todas as unidades de negócios em continuidade ao seu processo de reestruturação organizacional. O atual presidente da Integralat, Othniel Rodrigues Lopes, assume as funções de presidente executivo do Grupo, sendo responsável pela gestão das unidades de negócios Parmalat, Ibituruna, Glória e Integralat.

Lopes ocupa funções relevantes na companhia desde 2004, tendo participado ativamente da recuperação da empresa após a crise de 2003. Ele assume como CEO, substituindo André Mastrobuono, que estava no cargo desde abril do ano passado. Desde 2007, Othniel Lopes vinha ocupando o cargo de presidente da Integralat, a mais nova empresa criada pela LAEP Investments, holding controladora da Parmalat Brasil.

O novo presidente assegura que sua prioridade frente ao grupo será de melhorar o atendimento às demandas do mercado, com foco nos clientes e fornecedores, além de dar continuidade ao programa de reestruturação, que conta com a adoção de medidas focadas na redução de custos e no aumento da eficiência operacional, criando condições de melhoria da geração de caixa e ampliação das atividades produtivas.

As informações são do Invertia.

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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