Balança Lácteos – Veja, abaixo, as tabelas abertas do saldo da balança comercial de produtos lácteos. Primeira tabela: saldo comercial em janeiro de 2010 comparado com janeiro de 2009; Segunda tabela: saldo comercial em janeiro de 2010 comparado com dezembro de 2009; Terceira tabela: saldos acumulados de janeiro de 2010 a janeiro de 2009. (www.terraviva.com.br)
PIS/Cofins – O governo sinaliza com a possibilidade de retirar a incidência de PIS e Cofins de toda a cadeia produtiva do agronegócio, segundo informou ontem a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO). Segundo ela, a desoneração completa ainda não é algo totalmente definitivo, mas o setor vem discutindo uma nova política agrícola com representantes dos Ministérios da Agricultura e da Fazenda. “O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) ainda é um problema para o setor, mas o governo sinalizou que pode, pelo menos, tirar o PIS e a Cofins”, disse a presidente da CNA. Quem acompanha de perto as discussões pela confederação é a economista Rosemeire Santos. Ela disse que, em um mês, é po ssível que o grupo de estudo – que é composto também por representantes do Banco do Brasil, além de técnicos do governo e do setor privado – já apresente um novo modelo para o setor. “A ideia é trazer as novidades antes do anúncio do Plano Safra 2010/2011.” (O Estado de SP)
Custos – Os custos operacionais efetivos da pecuária de leite no acumulado de 2009 (janeiro a dezembro) aumentaram 0,52% sobre uma base já considerada alta em 2008, conforme pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Os preços do leite, por sua vez, recuaram 2,36% ao longo do ano. Esses cálculos são feitos com base nas propriedades típicas de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Nesse cenário adverso, a renda média bruta foi suficiente para cobrir o COE (despesas com insumos), mas não os Custos Operacionais Totais (COT), que consideram as depreciações. Pesquisadores do Cepea explicam que isso significa que a sit uação do produtor de leite é sustentável apenas no curto prazo, não provendo recursos para a reposição dos equipamentos e instalações utilizados. Os estados que registraram os maiores aumentos no COE em 2009 foram São Paulo (5,03%), Minas Gerais (1,28%) e Paraná (0,84%). Já em Goiás e no Rio Grande do Sul, o COE recuou 0,19% e 2,17%, respectivamente. (Cepea)
Preços – Analisando o preço do leite pago aos produtores por estado, Goiás foi o que teve a maior desvalorização em 2009, de 6,86%, seguido de Minas Gerais (-4,94%) e São Paulo (-2,22%). No mesmo período, os estados do Paraná e Rio Grande do Sul tiveram valorização de 4,47% e 1,89%, respectivamente. (Cepea)
Produção – O nível de tecnificação na maioria dos estados é baixo, com exceção do Paraná, que apresentou a maior renda, chegando a R$ 12.550,00/ha, seguido do Rio Grande do Sul (R$ 2.773,42/ha), São Paulo (R$ 1.268,40/ha), Minas Ge rais (R$ 1.018,53/ha) e Goiás (R$ 934,44/ha). O rendimento relativamente baixo por área dos últimos três estados deve-se, entre outros fatores, à baixa taxa de lotação e à menor produção por animal. Em Minas Gerais, São Paulo e Goiás, o gasto com mão-de-obra absorveu em média 19,7%, 20,2% e 19,1% da renda bruta com leite, respectivamente. Os estados do Paraná e Rio Grande do Sul tiveram os menores custos com mão-de-obra, de 11,9% e 0,75%, respectivamente. Boa parte dessa “economia” é explicada pelo uso de mão-de-obra familiar. (Cepea)
Leite Orgânico – Os ideais da cultura orgânica estão invadindo os setores produtivos de carne e leite. Segundo Luiz Henrique Witzler, proprietário do sítio Caipirinha, especializado na produção de leite orgânico, em Botucatu (SP), este mercado é atrativo e exigente, pois o consumidor tem consciência de que está comprando um produto melhor, sem resíduos (químicos), onde existe uma preocupação socioamb iental no processo de produção. Witzler explica que o leite orgânico é um produto segmentado e possui preços fixos no mercado. Não sofrem oscilações como as que ocorrem com o leite tradicional. E, por carregarem um valor agregado tem os preços diferenciados, normalmente entre 25% e 40%, a mais que os produtos convencionais. (Campo News)
PAS Leite – Nos meses de fevereiro e março, cerca de 50 técnicos dos Estados do Paraná, Santa Catarina, Alagoas, Ceará, São Paulo, Minas Gerais e Goiás serão treinados por pesquisadores da Embrapa Gado de Leite para transferir tecnologias a produtores de várias partes do Brasil. Os técnicos compõem o grupo do PAS Leite (Programa Alimento Seguro para a produção de leite com qualidade), resultado da parceria da Embrapa Gado de Leite com o Sebrae e o Senar. (Embrapa)
Leite/ES – Com o propósito de inserir os derivados de leite na merenda escolar e incentiva r os agricultores, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), assinou um convênio com o Banco do Nordeste do Brasil e a Fundação de Desenvolvimento Agropecuário do Espírito Santo (Fundagres) para a realização do projeto “Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite Através da Promoção das Agroindústrias Familiares de Linhares e São Mateus”. O projeto do Incaper, aprovado pelo Banco do Nordeste do Brasil, dentre outros objetivos, busca inserir os produtores de leite de Linhares e São Mateus no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e na merenda escolar, com a produção dos derivados de leite. (Governo do Espírito Santo)
Incentivos/RS – As demandas do setor agropecuário e, em especial, do setor leiteiro foram debatidas, pelo presidente do Legislativo gaúcho, deputado estadual Giovani Cherini (PDT), dur ante reunião da Câmara Temática do Leite (CTL), na sede do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, em Porto Alegre. Entre as preocupações dos cooperativistas está a concessão de incentivos a empresas de fora que vem se estabelecer no Estado, por meio do Fundopem, provocando uma concorrência desleal em relação às cooperativas locais. (Ascom/RS)
Argentina – A Câmara Setorial dos Produtores de Leite da Argentina, que congrega a maior parte das entidades do setor, manteve reunião com o Governo, que apresentou projeto mantendo as intervenções no segmento, de uma forma “virtuosa”. O problema dos produtores está sendo o preço. De acordo com um deles, é preciso haver transparência na cadeia, e que o consumidor não pode pagar quatro ou cinco vezes mais do que o produtor recebe. Pelo preço atual dos supermercados, o produtor deveria estar recebendo entre 1,30 e 1,40 pesos por litro. E, a indústria pediu o fim das retenções sobre as exportações, deixando que o setor usufrua dos preços internacionais atuais, que são muito bons. (Infortambo)
Negócios
Kellogg’s – Pais ingleses lançaram uma campanha online, através do Twitter, contra a fabricante de cereais Kellogg’s. Os comerciais da Kellogg’s promovem maus hábitos alimentares entre as crianças e contribuem para a obesidade, segundo o jornal “The Independent”. Os anúncios que incentivam as crianças a consumir uma das suas marcas com mais conteúdo de açúcar – 35 gramas por 100 gramas de produto – antes do jantar, são veiculados pela televisão e colocados junto aos estacionamentos das escolas. Na opinião dos pais britânicos, a empresa não está cumprindo o compromisso assumido de apoiar a iniciativa do Governo para combater a obesidade in fantil. (Hipersuper)
Doações – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou nesta quinta-feira (11) uma medida provisória para o Congresso Nacional que autoriza a doação de 260 mil toneladas de alimentos para 12 países pobres ou atingidos por catástrofes naturais. Segundo o texto publicado na edição desta quinta do Diário Oficial da União, serão doadas até 100 mil toneladas de feijão, até 100 mil toneladas de milho ou equivalente industrializado, até 50 mil toneladas de arroz em casca ou equivalente e até 10 mil toneladas de leite em pó. Os países inicialmente beneficiados serão Haiti, El Salvador, Guatemala, Bolívia, Zimbábue, Palestina, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. (G1)
Setoriais
PIB – O PIB do agronegócio caiu 5,7% de janeiro a novembro do ano passado. Os dados são do Cepea, que aponta recuo de 6,1% na agropecuária e de 4,5% na pecuária. O setor de insumos caiu 9,8% no período. (Folha de SP)
Balança – As exportações totais do agronegócio somaram mais de US$ 4 bilhões em janeiro, recuo de 1,8% sobre igual período de 2009, segundo o Ministério da Agricultura. O resultado deve-se à queda nas vendas externas do complexo soja, cuja receita recuou 50,5%. “Normalmente, as exportações de soja sofrem queda em janeiro, quando ainda não foi colhida a nova safra. Neste ano, essa redução foi mais expressiva por causa da antecipação das vendas externas do produto que foi recorde no ano passado”, explicou, em nota, Célio Porto, secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura. (Valor Econômico)
Grão s/GO – O Estado deve colher 3,5% menos grãos este ano. Queda é puxada pela redução da safra de milho. Contrariando a tendência nacional, a safra goiana de grãos em 2009/10 deve apresentar queda. A constatação faz parte do 5º Levantamento da Produção Agrícola realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que estima em 3,6% a queda na produção do Estado. De acordo com os dados da Conab, a produção goiana de grãos deve ficar em 12,75 milhões de toneladas na safra em andamento, contra os 13,22 milhões de toneladas da safra anterior. O levantamento aponta também um ligeira queda na área plantada (1,1%), que deve ficar em 3,77 milhões de hectares, contra 3,81 milhões de hectares na safra 08/09. (O Popular/GO)
Estatuto – O setor rural deverá ter, em breve, um estatuto com regras, deveres e direitos para as pessoas que trabalham no campo. O objetivo, a exemplo do Estatuto da Criança e do Adolescente, é proteger os produ tores rurais. O projeto tramita no Congresso. (Diário Catarinense)
Encontro/SP – A CATI Regional de Marília, junto com o Conselho Regional de Desenvolvimento Rural, realiza nesta quinta-feira (11) o Encontro Técnico sobre Formação e Recuperação de Pastagens, no município de Oscar Bressane. As palestras do encontro objetivam levar informações aos produtores rurais que desenvolvam as atividades de pecuária de corte e leite, relacionadas à formação, reforma e recuperação das pastagens com sementes de qualidade, adequadas a cada exploração pecuária, visando à obtenção de uma atividade sustentável. Serão abordados durante o encontro, as diversas linhas de crédito para a pecuária, o pastejo rotacionado otimizando a propriedade rural e o manejo das plantas invasoras. (CATI)
Carne Orgânica – A carne orgânica ainda é novidade na mesa do brasileiro, mas já é bem difundida no exterior. Ela é produ zida dentro de padrões internacionais, observando o bem-estar dos animais e o meio ambiente, sem a utilização de substâncias químicas, sendo rastreado, desde a criação até a chegada nas gôndolas dos supermercados. O pecuarista recebe uma bonificação do frigorífico, que varia de acordo com a ‘terminação’ da carcaça. A ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil) possui duas linhas distintas. A carne ‘Nelore Natural’ e o ‘Boi Verde’. A primeira é produzida totalmente dentro dos critérios orgânicos, podendo inclusive receber medicação homeopática. Já a segunda, apesar do rebanho ter a alimentação totalmente a pasto, tem a possibilidade de ser mais abrangente no trato sanitário do rebanho. (Campo News)
Economia
Indústria – O u so da capacidade instalada na indústria subiu em dezembro pelo sexto mês consecutivo e alcançou 81,7%, maior patamar desde outubro de 2008, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em novembro de 2008, o uso da capacidade instalada estava em 81,3% e, em dezembro, em 79,4%. Em Brasília, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que o uso da capacidade instalada não é “um número absoluto” e que muitas indústrias têm flexibilidade para elevar sua produção com a realização de segundo e terceiro turnos. “Nós temos folga de capacidade de oferta, temos folga para trabalhar”, disse. Para Flávio Castelo Branco, economista da CNI, o indicador continuará crescendo. Segundo ele, o uso da capacidade ainda está abaixo dos níveis anteriores à crise, próximos de 83%. (Folha de SP)
Classe – A classe média brasileira, que crescia desde 2003 e já representa mais de 50% da população, teve uma pequena redução em 2009 em virtude da c rise mundial, segundo um estudo divulgado ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Essa parcela representava 53,58% da população brasileira em dezembro passado, um pouco abaixo dos 53,81% do mesmo mês de 2008, quando chegou ao maior patamar da história. (Diário Catarinense)
Crise – A crise externa ajuda a fortalecer a presença do Estado na economia. A mão do Estado na economia brasileira pode ser testemunhada por diversos exemplos. O setor público tornou-se líder na concessão de crédito no último ano. O BNDES participa da carteira de empresas como Brasil Foods, Fíbria, JBS Friboi, entre outras. Discute-se a recriação da Telebrás para implantar o Plano Nacional de Banda Larga. Mesmo os governos estaduais querem que suas estatais cresçam. A mineira Cemig, por exemplo, investe em projetos em todo o país. (Brasil Econômico)
Globalização e Mercosul
Confiança – A confiança na economia global caiu em fevereiro devido às preocupações de que a piora das finanças de alguns países europeus, como a Grécia possa influenciar na recuperação internacional, segundo uma pesquisa feita pela Bloomberg. O índice de confiança caiu de 66 pontos em janeiro – o maior patamar desde que a série começou, dois anos atrás – para 54,9 pontos neste mês. (Valor Econômico)
China – As exportações e importações da China continuaram se recuperando, em janeiro, da recessão do começo do ano passado, de acordo com novas estatísticas governamentais, que realçaram a crescente importância das demais economias em desenvolvimento para o comércio exterior chinês. Os números oficiais indicam uma sólida retomada no comércio exterior no mês passado, com crescimento de 20% nas exportações, na comparação com o mesmo mês no ano passado, e com importações em fo rte alta, de 85%. Os números, porém, foram distorcidos pela época da ocorrência dos feriados do Ano Novo chinês, o que significa que a economia operou por uma semana a menos em janeiro de 2009. (Valor Econômico)
Irã – A cerca de três meses da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Teerã, o Itamaraty está acompanhando a política interna iraniana e adiando o quanto pode a confirmação da visita. Nas próximas semanas, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, enfrentará problemas domésticos graves. Entre março e abril, seu governo iniciará um corte de US$ 100 bilhões anuais em subsídios que, atualmente, barateiam produtos e serviços básicos e favorecem, sobretudo, as camadas menos favorecidas da população. No fim de janeiro, o governo iraniano oficializou a reforma nos subsídios para os próximos cinco anos. As medidas serão adotadas a partir de 21 de março, quando começa o ano fiscal do Irã, e atingirão os preços de produto s fundamentais, como trigo, arroz, óleo de cozinha, água, açúcar, leite, fertilizantes, energia elétrica e serviços postais. (O Estado de SP)