Notícias 11.02.09

Exportações – Veja as exportações de lácteos em janeiro de 2009 comparadas com janeiro de 2008 e dezembro de 2008. Em seguida, as exportações acumuladas de janeiro de 2009 a janeiro de 2008. 

 

Comercialização – “A Linha Especial de Comercialização (LEC) deverá ser implementada, até o fim deste mês, por meio de portaria interministerial. Em relação aos leilões do Prêmio de Escoamento do Produto (PEP), neste ano já foram realizados três e ofertados 600 milhões de litros do leite”. A declaração é do coordenador-geral para Pecuária e Culturas Permanentes, da Secretaria de Política Agrícola, João Antônio Fagundes Salomão, que apresentou, nesta terça-feira (10), as medidas do governo de apoio ao setor de lácteos, na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite. A expectativa é que ocorram mais dois leilões de 200 milhões de litros em março, o que totalizará um bilhão de litros ofertados. (Ministério da Agricultura)

Riispoa – Outro tema abordado na reunião foi o andamento do Regulamento de Inspeção Industrial de Produtos de Origem Animal (Riispoa), que recebeu 3,6 mil sugestões durante o período de consulta pública. Com isso, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) encaminhará pedido para que o tempo de análise das propostas, que terminaria em 28 de fevereiro, se estenda por mais 90 dias. Em relação ao setor de lácteos, 27 entidades encaminharam sugestões. A consolidação dos dados será apresentada aos membros de cada setor, antes do projeto seguir para a consultoria Jurídica do Ministério da Agricultura. (Ministério da Agricultura)

Conab – Desde o início do ano, a Companhia Nacional de Abastecimento já ofertou subvenções para o escoamento de 600 milhões de litros de leite. Foram negociados subsídios para o transporte de 122 milhões de litros, um investimento de R$ 9,56 milhões. Outras duas negociações, com 200 milhões de litros cada, devem ser realizadas, até atingir o volume de um bilhão de litros. (Conab)

Leite/PE – A cadeia produtiva do leite em Pernambuco será mapeada, num convênio entre o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo em Pernambuco (Sescoop/PE) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O resultado do diagnóstico vai contribuir para a definição de políticas públicas para o setor e nortear as estratégias da iniciativa privada. O lançamento do projeto foi realizado, ontem, durante evento no Hotel Onda Mar, em Boa Viagem. O mapeamento vai trazer informações sobre modelo de produção, rebanho, capacidade instalada dos laticínios e outros aspectos da atividade. “O diagnóstico será realizado num momento em que a bacia leiteira do Estado está em efervescência, com a instalação de novos laticínios – Perdigão/Batavo; Cemil; e Betânia – e a compra da Parmalat pela gaúcha Bom Gosto”. (Jornal do Commercio/PE)

China – A exportação de produtos lácteos chineses caiu 10,4% em 2008, se comparada a 2007. A contaminação do leite com melanina, que levou à morte de seis crianças e intoxicou 296 mil consumidores, é o principal motivo, segundo a agência oficial Xinhua. No ano passado, a China exportou 121 mil toneladas de produtos lácteos. Apesar de ter diminuído o volume de vendas, em valor o setor cresceu 24,5% e alcançou cerca de 300 milhões de dólares, devido ao aumento de preços no mercado internacional. O escândalo também provocou aumento de 17,4% nas importações, uma vez que os consumidores privilegiam marcas estrangeiras em detrimento das nacionais, nas quais não têm confiança. (HiperSuper)

Inovação – Pesquisadores espanhóis, do recém-inaugurado Centro Superior de Investigação em Saúde Pública, em Valência (Espanha), desenvolveram um iogurte que ajuda a combater a formação de cáries. Segundo explicou Alejandro Mira, um dos responsáveis pela pesquisa, é adicionado à composição do iogurte um inibidor do desenvolvimento das bactérias que provocam cáries. O projeto é “único no Mundo”, adianta Mira, que não exclui a hipótese de estender a utilização deste inibidor a outros produtos, como o queijo. O investigador não adiantou mais pormenores sobre o projeto porque ainda não está patenteado, embora haja várias empresas interessadas. (HiperSuper)

Negócios

Ações – O Bertin comprou as ações das controladas Leco e Vigor. A Oferta Pública para Aquisição (OPA) de ações das companhias movimentou R$ 265 milhões ontem na BM&F Bovespa. A OPA foi realizada para cancelar o registro de companhia aberta das duas empresas. (Gazeta Mercantil)

Varejo – A estratégia adotada pela Mercadona, uma das principais redes de distribuição espanhola, que para superar a queda do consumo retirou marcas líderes e apostou nas marcas próprias, não foi acompanhada por outros grupos varejistas. “A Caprabo aposta na liberdade de escolha do cliente, mantendo marcas de fabricantes variados.” Fará promoções para superar o baixo consumo, e investirá também na marca própria. O Carrefour não planeja alterar os produtos expostos. “A nossa marca própria, nunca superará os 30% do total de produtos expostos nas nossas lojas”. A Alcampo diz que “variedade é um componente forte na nossa política comercial, juntamente com o preço e qualidade”, e não irá mexer no mix exposto. El Corte Inglês declarou: “em outubro lançamos a nossa nova marca de preço baixo – Aliada – sem eliminar referências”. (HiperSuper)

Concorrência – Lidl e Carrefour decidiram aproveitar a “revolução” que as medidas comerciais anunciadas pela Mercadona causaram junto aos distribuidores e grandes fabricantes espanhóis. Depois da implementação do programa de redução de custos para baixar os preços através do corte de produtos, a concorrência direta da Mercadona resolveu contra-atacar. Assim, estes dois grupos reviram as respectivas estratégias e definiram novas políticas comerciais para atrair os consumidores que não encontram nas lojas Mercadona os seus produtos favoritos. Uma das forças de um hipermercado é, aliás, a quantidade de produtos que pode oferecer, tanto de marca própria como de fabricantes. A Mercadona conta com mais de 8.000 itens, enquanto o Lidl cerca de 1.200 e num hipermercado esse número pode chegar a 20.000. (HiperSuper)

Lid1 – A Lidl, que detém 470 lojas e 2,5 milhões de clientes semanais na Espanha, decidiu aumentar os produtos de marcas conhecidas pelo consumidor, abrindo espaço para os fornecedores que saíram da Mercadona, mesmo que isso leve algum tempo, uma vez que as decisões são centralizadas na Alemanha. Apesar de ter chegado ao mercado espanhol com um modelo de hard discount, vendendo somente marca própria, a alemã Lidl abriu espaço para diversos fabricantes, especialmente no último trimestre de 2008. Analistas revelam que “o Lidl compreendeu a fidelidade do consumidor a determinadas marcas, estando sensivelmente mais aberta”. Com novidades duas vezes por semana, o Lid1 incentiva o movimento nas lojas. Recentemente o Lid1 lançou o slogan “Não se engane, a qualidade não é cara”. (HiperSuper)

Carrefour – O Carrefour também alterou a sua estratégia, depois da decisão da Mercadona. Fontes do setor explicaram que a varejista francesa enviou e-mail a 900.000 clientes que possuem o cartão de fidelidade Carrefour Pass com uma promoção agressiva. Segundo relatam essas mesmas fontes, entre os produtos alvos da promoção, incluem-se itens excluídos da Mercadona, sem fazer qualquer referência à concorrência. No entanto a campanha foi fortemente localizada nas áreas de influência da Mercadona. (HiperSuper)

Setoriais

PIB/MG – O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro apresentou retração de 0,04% em novembro. Foi a primeira vez, em 2008, que o índice recuou, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq/USP), com o apoio da Federação da Agricultura e Abastecimento de Minas Gerais (Faemg) e da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa). No entanto, a estimativa para 2008 é de fechar o período com o valor de R$ 90,11 bilhões, ou crescimento de 14,9% em relação a 2007. O valor de R$ 43,87 bilhões corresponde ao agronegócio da agricultura e R$ 46,24 bilhões foram gerados pela agropecuária. (Secretaria de Governo/MG)

 

Economia

Cesta – O custo da cesta básica recuou em janeiro em dez das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. As quedas mais expressivas foram apuradas em João Pessoa (-11,30%), Rio de Janeiro (-6,27%) e Fortaleza (-5,12%). Já os maiores aumentos foram observados em Belém (5,85%), Goiânia (5,22%), Vitória (4,79%) e Salvador (4,48%). Apesar de registrar retração de 2,99% no preço dos gêneros de primeira necessidade em janeiro, Porto Alegre manteve-se como a capital com a cesta mais cara (R7,25). Com um pequeno aumento de 0,85%, São Paulo passou a apresentar o segundo maior valor (R$ 241,53), enquanto a forte alta ocorrida em Vitória fez com que a capital capixaba ocupasse o terceiro posto, com R$ 238,44. Dos 13 itens que compõem a cesta básica do Dieese, 8 subiram em janeiro, na comparação com dezembro. O destaque ficou com o açúcar, que aumentou 44,16%.O Dieese apurou ainda que o leite subiu 8%. O comportamento do preço do produto é atribuído à alteração na embalagem. O leite de saquinho, que era pesquisado anteriormente, está se tornando escasso no mercado e sendo substituído pela embalagem longa-vida. (O Popular/GO)

Alimentos  – Os alimentos tiveram, em 2008, a maior alta em seis anos, com inflação de 11,11%. O resultado fica abaixo dos 19,47% observados em 2002. Naquele ano, os produtos alimentícios foram fortemente impactados pelo choque cambial. A coordenadora de Índice de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina dos Santos, explicou que a significativa alta dos alimentos reflete a disparada das commodities agrícolas no mercado internacional, aliada ao aumento da demanda, tanto no mercado doméstico quanto no externo. ”O comportamento da inflação em 2008 é semelhante ao de 2007. As causas são parecidas, com a diferença de magnitude observada no ano passado”, afirmou Eulina.Entre os alimentos, a maior alta notada no ano passado foi do tomate (108,32%), seguido pelo feijão preto (65,48%), carne seca (35,91%), arroz (33,95%), carnes (24,02%) e o pão francês (19,35%). Ao mesmo tempo, as principais quedas foram observadas no feijão carioca (-29,50%, depois de alta de 144,42% em 2007), batata inglesa (-18,23%), leite condensado (-10,16%), leite em pó (-9,96%) e iogurte (-2,09). Em dezembro, os alimentos tiveram elevação de 0,36%, com destaque para o tomate (34,11%), cebola (11,08%), cenoura (7,75%), pescados (3,28%) e hortaliças (2,39%). “Os alimentos in natura foram os que mais subiram em dezembro, pelas variações climáticas”. (FolhaNews)

 

Globalização e Mercosul

Safra – A previsão para a safra de soja 2008/2009 da Argentina, terceiro produtor mundial, foi reduzida de 49,5 milhões de toneladas para 43,8 milhões, de acordo com levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A Argentina está sofrendo a pior seca em mais de 40 anos. O longo período de estiagem já destruiu boa parte da lavoura e provocou a morte de quase 1 milhão de cabeças de gado. Para a colheita da oleaginosa no Brasil, a redução também foi expressiva. Segundo as estimativas do USDA, a safra de soja no País atingirá 57 milhões de toneladas, uma forte queda ante a previsão divulgada em janeiro, de 59 milhões de toneladas. O relatório de fevereiro elevou a projeção para as exportações norte-americanas. Para a temporada 2008/2009, a projeção é de que a produção fique em 2,959 bilhões de bushels – 80,53 milhões de toneladas, repetindo a previsão de janeiro. (DCI)

Exportações/China – As exportações chinesas caíram 17,5% em janeiro, a US$ 90,45 bilhões, informou a Administração Geral de Alfândegas nesta quarta-feira (11). O resultado é o pior em mais de uma década. Trata-se do terceiro mês consecutivo de queda nas vendas chinesas ao exterior, depois das baixas de 2,8% de dezembro e de 2,2% de novembro. A contração da demanda nos Estados Unidos e na União Europeia (UE) atingiu com força as empresas chinesas dedicadas à exportação, com milhares de fábricas fechadas em todo o país e a perda de cerca de dez milhões de empregos. O pior resultado veio do Japão, terceiro maior parceiro comercial chinês – atrás de EUA e UE -, onde as exportações da China caíram 28%. (G1)

Preço/UE – A indústria láctea britânica Dairy Crest anunciou que a partir de fevereiro reduzirá o preço do leite. Este anúncio segue a tendência dos últimos tempos, já que outras indústrias, não só britânicas, baixaram o preço também. Ao final de janeiro, First Milk anunciou que o preço de fevereiro será reduzido, sendo a segunda redução no ano. Seguindo a tendência do mundo a inglesa Robert Wiseman irá reduzir o pagamento aos seus fornecedores a partir de 1º de fevereiro. Também a Arla decidiu que pagaria menos a partir do dia 1º de janeiro. (Infortambo/Argentina)

Preço/Chile – A Soprole anunciou uma baixa de 15 pesos no litro de leite a partir de março, somando-se à baixa de 30% acumulada nos últimos seis meses. A decisão foi justificada como sendo um reflexo da situação mundial. Os preços internacionais das principais commodities lácteas, leite em pó integral, e desnatado, e queijos, caíram cerca de 60% e os preços de importação vigentes estão mais atrativos que a compra de leite local. Watt’s e Nestlé acompanharam a Soprole. A produção que havia caído 8,2% em dezembro ficou 16% menor em janeiro, e deverá cair uns 20% em fevereiro. Em decorrência da seca, com redução das pastagens e baixa produtividade do trigo, os produtores já estão tomando medidas extremas, alimentando o gado com fenos que seriam fornecidos em abril e maio. (Fedeleche/Chile)

Leite terá linha especial para comercialização

“A Linha Especial de Comercialização (LEC) deverá ser implementada, até o fim deste mês, por meio de portaria interministerial. Em relação aos leilões do Prêmio de Escoamento do Produto (PEP), neste ano já foram realizados três e ofertados 600 milhões de litros do leite”. A declaração é do coordenador-geral para Pecuária e Culturas Permanentes, da Secretaria de Política Agrícola, João Antônio Fagundes Salomão, que apresentou, nesta terça-feira (10), as medidas do governo de apoio ao setor de lácteos, na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite.

A expectativa é que ocorram mais dois leilões de 200 milhões de litros em março, o que totalizará um bilhão de litros ofertados. De acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Alvim, só no próximo mês será realizada a estimativa de consumo e produção das 15 maiores indústrias brasileiras do setor lácteo.

Outro tema abordado na reunião foi o andamento do Regulamento de Inspeção Industrial de Produtos de Origem Animal (Riispoa), que recebeu 3,6 mil sugestões durante o período de consulta pública. Com isso, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) encaminhará pedido para que o tempo de análise das propostas, que terminaria em 28 de fevereiro, se estenda por mais 90 dias. Em relação ao setor de lácteos, 27 entidades encaminharam sugestões. Antes do projeto seguir para a consultoria Jurídica do Ministério da Agricultura, a consolidação dos dados será apresentada aos membros de cada setor.

As informações são do Mapa.

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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