Notícias 09.09.2010

Preços/MG – A boa noticia da baixa do preço do leite nos supermercados para os consumidores, significa um pesadelo para os produtores. Em alguns supermercados da cidade o litro do leite, dependendo da marca, já apresenta queda que ultrapassa os 15,23%. Quem utiliza o produto todos os dias, comemora o bom preço. “O leite é essencial na minha casa. Por dia gastamos dois litros e eu que tinha costume de comprar só leite de saquinho por ser mais em conta, agora estou levando de caixinha, já que está mais barato quase R$ 0,40. E isso faz diferença no fim do mês.”, disse a dona de casa Mariza da Silva Costa. Muita gente está aproveitando para sair às compras, já que os derivados do leite como o iogurte, o queijo e outros alimentos também tiveram queda. (Jornal de Araxá)

Cooperselene/MT – A Cooperativa Agrícola Selene – Cooperselene – que conta atualmente com 21 cooperados e capacidade de produzir 4,5 mil litros de leite/dia, além de queijo frescal e bebidas lácteas, vai se adequar as regras do Sistema Brasileiro de Inspeção (SISB) para poder fabricar, até o final do ano, queijo mussarela e bebida láctea de chocolate. O planejamento é começar com 150 quilos de mussarela/dia e 300 litros de bebida láctea. Para isso será reformulada a atual estrutura da indústria. O presidente da cooperativa, Pedro Ferri, disse, ao Só Notícias, que nessa reforma serão investidos R$ 50 mil. Até dezembro, poderão operar com a capacidade de produzir 6 mil litros de leite por dia. “Temos que nos adequar para associar mais produtores e aumentar a nossa produtividade”, disse Pedro. (Só Notícias)

Esti agem/SP – Os produtores de leite estão bastante preocupados com a falta de chuva que vem prejudicando as pastagens e obrigando o preço do leite a cair. O valor médio do leite pago aos produtores do País voltou a recuar em agosto, mas a seca em algumas regiões produtoras tende a segurar o movimento de baixa. Na pecuária de corte, a falta de chuvas poderia elevar a oferta de boi, pressionando as cotações. Mas isso não vem ocorrendo, já que há pouca disponibilidade de animais no mercado. “Isso tudo por causa do tempo seco e quente”, disse o presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku, ao tomar conhecimento de como anda a pecuária de leite diante da estiagem. (Jornal da Cidade)

FrieslandCampina – O preço garantido para os produtores de leite da cooperativa FrieslandCampina, em setembro, fica estável. Pelo terceiro mês consecutivo, o valor é € 33,75/100 quilos [R$ 0,767/litro]. Esse preço, que é independente dos resu ltados da cooperativa, representa o valor médio pago pelas principais indústrias da Alemanha, Dinamarca, Holanda e Bélgica. (FrieslandCampina)

Preços/UE – Dados da Eurostat, Departamento de Estatísticas da União Europeia, registrou um importante aumento nos preços pagos aos produtores de leite, em junho, ficando a média europeia em € 29,31/100 kg [R$ 0,66/litro]. Na França houve aumento de quase € 2/100 kg. Na Espanha houve queda de preços, e a média espanhola ficou 3,6% abaixo da média comunitária. Dados preliminares indicam que em julho houve aumento de € 0,10, em relação a junho, ficando em € 28,35/100 kg. Analisando a conjuntura atual do mercado, nada parece justificar essa fraca recuperação de preços na Espanha. Além dos bons preços das commodities lácteas no mercado internacional, as exportações europeias continuam firmes. (Frisona)

Produção – O último boletim do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) sobre o setor lácteo mundial fez as seguintes projeções para a produção de leite: Estados Unidos, 86,7 milhões de toneladas (+ 0,97%); Brasil, 30,2 milhões de toneladas (+5%); Índia, 47,6 milhões de toneladas (+3,9%): e China, 31,29 milhões de toneladas (+10%). (La Voz )

Commodities/Europa – Em agosto, números provisórios sobre os estoques europeus, apontavam queda de 0,5% em relação ao ano anterior, e principalmente o estoque de manteiga se mantém apertado. Com isso os preços permanecem nos níveis atuais. O leite em pó é mais vulnerável e dependente das exportações que estão fracas, afetando os preços que apresentam certa debilidade, com pequenas oscilações, mesmo assim, estão com preços melhores que no início do ano. (LTO Nederland)

 

 

 

Negócios

Queijo – Atendendo reivindicação da Associação dos Supermercadistas de Uberaba-Assuper, o deputado estadual Fahim Sawan (PSDB) apresentou requerimento na Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, solicitando ao Instituto Mineiro de Agropecuária- IMA a inclusão da cidade de Uberaba entre os municípios produtores do Queijo Minas Artesanal (feito a partir de leite cru, não pasteurizado). Fahim explica que Uberaba está entre os principais produtores de leite e derivados do Brasil, ocupando a posição de 10ª bacia leiteira nacional. Essa capacidade produtiva, aliada à qualificação e capacitação dos produtores, credencia o município a se tornar um grande produtor do Queijo Minas Artesanal. (Jornal de Uberaba)

Seminário/SP – Juntar os elos da cadeia produtiva, desde a produção até a comercialização, é o objetivo do Seminário de Desenvolvimento Rural Sustentável da Cadeia Produtiva do Leite, que acontece em São José do Rio Preto, hoje, dia 09 de setembro. Na oportunidade, uma comitiva do Banco Mundial estará presente no evento para conhecer o diagnóstico de uma cadeia produtiva e avaliar o potencial e as propostas do setor para inclusão no Projeto Microbacias II – acesso ao mercado, já que a pecuária leiteira é bastante representativa nessa parte do território paulista que envolve as regiões de São José do Rio Preto, Catanduva, Fernandópolis, Votuporanga, Jales, General Salgado e Lins. Além disso, essa atividade é muito significativa para a agricultura familiar do Estado de São Paulo. (CATI)

 

Setoriais

Safra – O Brasil chegou ao fim da safra 2009/2010 com produção de 148,99 milhões de toneladas de grãos. O resultado do 12º levantamento, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado nesta quinta, dia 9, supera o estudo anterior e estima colheita recorde – 10,3% superior às 135,13 milhões de toneladas da última safra. Em comparação com o levantamento de agosto, houve aumento de 1,9 milhão de toneladas. Os principais responsáveis pelo crescimento foram o reajuste dos dados da área e a produtividade de milho nos estados de Goiás e Mato Grosso. A soja deve fechar a produção em 68,69 milhões de toneladas, 20,2% ou 11,52 milhões de toneladas a mais que no ciclo anterior. Para o milho segunda safra, o crescimento previsto é de 27,1%, com total de 20,04 milhões de toneladas. (Mapa)

Produção – O presidente Lula afirmou, ontem, em Minas Gerais, que o Brasil pode dominar a produção mundial de alimentos se continuar investi ndo na safra de grãos e em tecnologia. Segundo Lula, os investimentos em armazenagem mostram que o país está preparado para o futuro. (Correio do Povo/RS)

 

Economia

IPCA – A inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou agosto em 0,04%, taxa maior do que a do mês anterior, de 0,01%. Os dados foram divulgados nesta quinta, dia 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA acumula uma alta de 3,14% no ano e nos últimos 12 meses, de 4,49%. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para as famílias com renda de até seis salários mínimos, teve queda de 0,07% em agosto. A inflação do INPC acumulada no ano chega a 3,24%. (Agência Brasil)

Cesta – O custo da cesta de produtos alimentícios essenciais regi strou queda, em agosto, em 16 das 17 capitais analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O recuo foi maior em Natal, onde a cesta ficou 6,39% mais barata, e depois em Recife, 6,28%. Retrações menores foram registradas em Florianópolis (0,08%), Goiânia (0,49%), no Rio de Janeiro (0,57%) e em Curitiba (0,71%). A única capital onde foi registrada elevação foi Porto Alegre (1,36%). (Valor Econômico)

 

Globalização e Mercosul

Defesa – Cientistas estão defendendo uma crescente evidência de que o leite pode ser tão bom, ou ainda melhor, do que algumas bebidas energéticas para atletas. Em um estudo publicado em junho no Jornal de Psicologia, Fisiologia Aplicada, Nutrição e Metabolismo, cientistas da Universidade de Northumbria University, da Inglate rra, descobriram que pessoas que consomem leite após o exercício têm maior resistência no próximo treino do que aquelas que tomam outras bebidas esportivas ou água. Os benefícios do leite para a saúde já são conhecidos há muito tempo. O líquido contém carboidratos, eletrólitos, cálcio e vitamina D, mas também contém duas proteínas recomendadas para reconstruir os músculos: a caseína e as proteínas do soro. (Zero Hora/RS)

Músculos – Os músculos sofrem depois de uma sessão aeróbica intensa, como correr, jogar futebol ou andar de bicicleta, e essas proteínas servem para regenerar os músculos rapidamente. Ao final de quase todas as sessões de treinamento físico, Matt Whitmore toma um litro de leite. — Bebo leite religiosamente — diz Whitmore, treinador que mora há 25 anos em Londres. Ele começou a tomar leite desde quando começou a treinar, aos dez anos, quando não podia pagar por bebidas ou suplementos de proteína mais caras. — O leit e ajuda a me recuperar mais rapidamente e eu me sinto excelente depois de beber — disse — Agora, eu não gosto de treinar sem tomar leite. (Zero Hora/RS)

Benefícios – Glenys Jones, nutricionista do Conselho Médico da Grã-Bretanha, disse que o teor de proteína do leite torna-o a bebida ideal depois de um treino. — O leite oferece os suplementos necessários para reconstruir o músculo — afirmou. A nutricionista disse que as bebidas esportivas simplesmente substituem os carboidratos e eletrólitos perdidos, mas geralmente não possuem os nutrientes para regenerar músculos. Especialistas do mundo todo não conseguiram chegar a um acordo para determinar se o leite é melhor do que bebidas energéticas. Os produtores de leite têm tentado entrar nesse mercado milionário e até financiar estudos sobre os benefícios do leite para os atletas, mas alguns acreditam que pesquisas são tendenciosas. O debate continua, enquanto leite ganha a atenção dos atletas. (Zero Hora/RS)

Alimentos – A FAO, braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, divulgou um comunicado insistindo que não há crise em decorrência de falta de alimentos à vista. A entidade considera, no entanto, que os mercados de commodities agrícolas pelo mundo continuarão voláteis pelos próximos anos. Assim como a FAO, a União Europeia também reiterou que, apesar da fraca produção na Rússia, Ucrânia e Canadá, não há problemas de disponibilidade de alimentos no mundo. Além disso, os preços também continuam abaixo do pico de 2007-2008, quando milhares de pessoas em vários países se revoltaram contra o custo elevado e a falta de alimentos. (Valor Econômico)

Inflação/AR – A disparada de preços parece incontrolável e a inflação anual chega perto dos 30%. A pesquisa que apontou o aumento de 30% nos gêneros de primeira necessidade, de janeiro a agosto, acendeu a luz vermel ha entre analistas e economistas. Será a segunda maior inflação do continente, depois da Venezuela. (La Opinión)

Austrália: volume exportado em julho recua 12% sobre 09

Segundo dados do Dairy Austrália, o volume de lácteos exportado pela Austrália no mês de julho, o primeiro da safra 2010/11 (que vai de julho de 2010 a junho de 2011), de 61.293 toneladas, foi 12,2% menor que o registrado no mesmo mês do ano anterior, quando foram exportadas 69.804 toneladas.

Em julho, foram exportadas 9.636 toneladas de leite em pó desnatado (23,1% a menos que o volume de julho/09), 9.844 toneladas de leite em pó integral (-21%) e 3.240 toneladas de soro (-37,5%). As exportações de óleo de manteiga (2.298 toneladas), queijo cheddar (4.529 toneladas) e manteiga (3.029 toneladas) também caíram em julho em 42%, 29,1% e 42,4%, respectivamente.

Em valor, as exportações de lácteos da Austrália em julho aumentaram 17,6%, para US$ 210,35 milhões com relação ao valor exportado em julho de 2009, de US$ 178,81 milhões. O valor das exportações de leite em pó desnatado em julho aumentou 6,1%, para US$ 29,73 milhões, enquanto o valor das vendas de leite em pó integral ficou praticamente estável (+0,6%) com relação a julho de 2009, em US$ 37,84 milhões. As exportações de soro de leite aumentaram 10,7%, US$ 7,61 milhões, enquanto as vendas de queijos (sem incluir o cheddar) aumentaram 43,6%, para US$ 38,04 milhões. O valor das vendas de queijo cheddar caiu 13,2%, para US$ 20,88 milhões.

As informações são do Dairy Austrália

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

Avenida Celina Chaves Kroeff, s/n
Parque de Exposições, Quadra 19
93270-530 – Esteio/RS
secretaria@apilrs.com.br