Importações – Os números preliminares da média diária de setembro de 2009 das importações de leite e derivados, em dólar, são 34,02% menores que a média de agosto de 2009. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar. (www.terraviva.com.br)
Longa Vida – Com crescimento da ordem de 400% nos volumes desde meados dos anos 90, quando o produto começou a se popularizar no Brasil, o setor de leite longa vida passa por transformações. Desde 2007, pelo menos 10 marcas de um total de 80 no mercado brasileiro deixaram de existir, estima a Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV). “Este é um mercado pulverizado, houve fusões e aquisições. Vai enxugar mais, mas não vai deixar de ser pulverizado porque leite é um produto regional”, observa Cláudio Teixeira, presidente da ABLV e proprietário da Italac. O segmento, que gerou uma receita de R$ 8 bilhões, em 2008, prevê para este ano, crescimento de 4% no volume e um faturamento de R$ 9 bilhões. A crise econômica limitou o crescimento das vendas. Mas o dirigente é otimista e acredita que o brasileiro “ainda tem onde aumentar o consumo” de lácteos, incluindo longa vida. Enquanto na Argentina o consumo per capita de lácteos é de 200 litros por ano, no Brasil é de 143 litros. (Valor Econômico)
Sindilat-RS – O Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) celebra hoje seus 40 anos de criação. Representantes da Fetag, da Farsul, da Fecoagro e da Agas participarão da festa, pois fazem parte da nova visão de crescimento integrado que norteia os esforços do setor. ‘Estamos solidificando a ideia do fortalecimento de toda a cadeia. É um exemplo que a avicultura vem nos dando. Nossa indústria está organizada, mas não podemos crescer isolados’, observa o presidente do Sindilat, Carlos Feijó. A cerimônia deverá ter como ponto alto o resgate da história da entidade. (Correio do Povo/RS)
Lácteos/RS – A notícia da liberação da entrada de 9 mil toneladas de leite em pó da Argentina no Brasil preocupa o setor lácteo gaúcho, e pegou o segmento de surpresa. O setor aponta o período de safra como inoportuno. – Não somos contra a entrada de produtos vindos de outros países, mas queremos que o governo observe e aprove em um momento adequado. Esta decisão traz efeitos diretos porque pode acarretar excedente de produção e, consequentemente, uma diminuição de valores para o próprio produtor – diz o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Carlos Feijó. (Zero Hora/RS)
Produção/RS – Depois de acumular bons resultados, alicerçados em investimentos empresariais expressivos, a expectativa da indústria é de manter o caminho do crescimento este ano. As indústrias estão trabalhando para ampliar seu leque de ofertas, apostando na diversificação de nichos, como os de produtos orgânicos, probióticos, diet e light. Segundo o Sindilat-RS, a estimativa é elevar a capacidade produtiva gaúcha de 14 milhões de litros por dia, registrada em 2008, para 18 milhões de litros por dia até 2012. A produção também deve crescer, passando dos 8 milhões de litros diários contabilizados no ano passado para uma média de 12 milhões de litros por dia até 2012. (Zero Hora/RS)
Bom Gosto – No luxuoso prédio onde está localizado o escritório da Bom Gosto em Porto Alegre, Wilson Zanatta, presidente do grupo, recebeu a reportagem de AMANHÃ. Saindo de uma reunião com executivos de um grande banco, Zanatta brincou com o excelente momento vivido pela empresa – fundada por ele 16 anos atrás, com a esposa e quatro funcionários: “Agora, somos a moça bonita do baile, todo mundo quer dançar conosco”. O bom-humor de Zanatta não é desmedido: a Bom Gosto é hoje, segundo ele, a maior processadora de leite longa vida do Brasil. A sociedade, hoje dividida igualmente, um terço para cada sócio: Bom Gosto – cujo nome acabou prevalecendo -, Líder e BNDESPar, estima faturar, em 2009, R$ 1,7 bilhão. Para isso a empresa conta com os resultados de duas aquisições recentes: a planta da Nestlé em Barra Mansa (RJ), e a operação da Parmalat em Garanhuns (PE). (Amanhã)
Balança – Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que o déficit na balança comercial de lácteos atingiu US$ 50,7 milhões nos primeiros sete meses de 2009, o pior resultado em sete anos. No acumulado do ano, as importações ficaram acima de US$ 150 milhões. Já o total do que o Brasil exportou ficou em cerca de US$ 100 milhões. Só em julho foram quase US$ 27 milhões gastos com a importação de lácteos (US$ 26,9), o que representa 20% do total importado desde janeiro. O principal destaque foi o leite UHT. As compras do produto mais do que dobraram, atingindo 1,18 milhões de toneladas. Já do lado das exportações, os embarques de leite em pó, por exemplo, cresceram 2%, chegando a 4,23 mil toneladas. Outro destaque foi o volume de queijo exportado: alta de 33%. (Canal Rural)
Chile – A Ministra da Agricultura chilena, Marigen Hornkohl, chamou as principais indústrias lácteas do país para encontrar soluções que permitam apoiar os produtores de leite, que estão enfrentando sucessivas baixas nos preços de compra da sua produção. Diante dos representantes das cinco maiores empresas do país, responsáveis por 90% da captação de leite, a ministra apresentou dados, mostrando as importantes altas ocorridas no mercado internacional de lácteos, que foram imediatamente repassadas ao consumidor. “E, ainda que os consumidores tenham tido benefícios marginais com as baixas posteriores, os produtores, ao contrário, absorveram integralmente a queda internacional dos preços”, disse a ministra, pedindo explicações para essa diferença. A resposta para a desigualdade dentro da cadeia requer urgência, e busca de soluções, pois com a primavera, o aumento da oferta conduz, habitualmente, a uma queda adicional nos preços aos produtores. (Estratégia Online)
França – Depois de meses, em sucessivas crises, será lançado um selo para incentivar a fidelidade dos consumidores. O leite nacional será identificado com a frase: “Produção Leiteira da França”. Com isso, o principal sindicato agrícola francês, (FNSEA), procura ajudar as 90.000 propriedades produtoras de leite, a superarem o atual contexto econômico. A Orlait, principal empresa de comercialização de leite no país, se aliou ao sindicato, e ao custo de dez milhões de euros, lançará uma campanha publicitária com o slogan “j’aime le lait d’ici” [eu amo o leite daqui]. É possível que essas campanhas sejam rejeitadas pelas autoridades da Comunidade Europeia, que não olham com bons olhos a promoção de produtos somente pela origem. Espera-se que isso não ocorra, por ser um programa voluntário e não ter o envolvimento do governo do país. (TV5Mond)
Negócios
Iogurtes – A linha de iogurtes funcionais da Becel ganha a versão com pedaços de frutas. O Pro-Activ promete reduzir o colesterol em 10% com o consumo diário de dois potes de 100 gramas por três semanas. Nos sabores: morango, pêssego e ameixa, sem versão light, mas com 46 kcal por porção, são vendidos a partir de R$ 2,50. (Valor Econômico)
Kraft – A Kraft Foods planeja reduzir sua base de fornecedores pela metade, iniciativa que afetará mais de 30 mil companhias. O plano tem como objetivo ajudar a maior fabricante norte-americana de alimentos a economizar mais de 300 milhões de dólares por ano. Consolidar a compra de ingredientes a materiais para embalagem é parte de um plano para melhorar a produtividade do grupo, que também inclui logística e produção. A empresa continuará sendo “financeiramente disciplinada”, disse o vicepresidente executivo Michael Osanloo, em comunicado, referindo-se a especulações sobre o aumento no valor para comprar a inglesa Cadbury, segunda fabricante mundial de confeitos, que recusou a oferta de US$ 16,7 milhões de dólares. “A Cadbury vale o que alguém estiver interessado em pagar por ela”. (Reuters/Diário Financiero)
Setoriais
Grãos – Mato Grosso se consolidou como o maior produtor de grãos do Brasil. Ontem, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgou a última pesquisa de monitoramento da temporada 08/09, onde o Estado registra expectativa de colher 27,42 milhões de toneladas, a segunda maior de sua história. Mato Grosso encerra a atual safra com participação de 20% sobre o total brasileiro. (Diário de Cuiabá)
Economia
Superávit – A balança comercial da primeira semana de setembro registrou superávit de 480 milhões de dólares, resultado de 2,738 bilhões em exportações (média diária de 684,5 milhões) e de 2,258 bilhões em importações (média diária de 564,5 milhões). A corrente de comércio (soma de exportações e importações) foi de 4,996 bilhões de dólares (média diária de 1,249 bilhão). Com isso, o superávit acumulado no ano foi de 20,448 bilhões, resultado 18,7% maior que o registrado no mesmo período de 2008, quando atingiu 17,223 bilhões. (Correio do Povo/RS)
IPC – O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apontou inflação de 0,47% na primeira quadrissemana de setembro, na cidade de São Paulo, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado ficou ligeiramente abaixo do índice fechado de agosto (0,48%) e veio dentro das previsões do mercado, que oscilavam entre 0,40% e 0,51% (mediana de 0,47%). Os grupos que apresentaram alta entre o fechamento de agosto e a primeira prévia de setembro foram Alimentação (de 0,22% para 0,39%), Transportes (de -0,05% para 0,03%) e Saúde (de 0,14% para 0,22%). Desaceleraram os segmentos Habitação (de 1,23% para 1,13%), Despesas Pessoais (de 0,14% para 0%), Vestuário (de 0,07% para -0,10%) e Educação (de 0,04% para 0,03%). (Agência Estado)
Crise – Os brasileiros aumentaram o corte de despesas do orçamento familiar com a crise econômica, segundo a pesquisa ‘Barômetro Mundial sobre a Crise Financeira’, feita em parceria pelo Ibope Inteligência e a rede Worldwide Independent Network of Market Research (Win). Em julho, 80% dos brasileiros entrevistados revelaram já ter cortado gasto em alguma das 11 categorias pesquisadas, enquanto em março esta fatia era de 67%. Todas as áreas sofreram cortes. Em mantimentos para casa, 40% dos entrevistados disseram que gastaram menos; 47% afirmaram ter reduzido gastos com telefonia celular e 54% dos entrevistados gastaram menos com vestuário/calçados e acessórios. No Brasil, 15% dos entrevistados acreditam que a situação econômica vai piorar nos próximos três meses – um quadro mais otimista que no resto do mundo (a pesquisa foi feita em 22 países), em que 31% consideram uma piora na condição da economia. (Correio do Povo/RS)
Globalização e Mercosul
Preços/Europa – Na Europa, produtores de leite pedem apoio à Comissão Europeia para recuperar os preços do mercado. Os ministros da Agricultura do bloco se reuniram para tentar resolver a situação na Bélgica, onde houve protestos. Em um ano, os produtores de leite europeus observaram uma queda de pelo menos 25% no valor do leite. De acordo com a própria Comissão Europeia, o preço médio no bloco em junho do ano passado era de 33,4 euros por um volume de 100 quilos. Em junho deste ano, o valor estava em 24,3 euros. Na Bélgica, que está entre as 10 maiores bacias leiteiras europeias, a situação motivou protestos contra a Comissão Europeia para a Agricultura. Os produtores querem medidas para a recuperação de preços e fortalecimento do setor, alegando que o valor está abaixo do custo de produção. Os protestos foram feitos durante uma reunião de ministros da Agricultura da União Europeia, em Bruxelas, capital belga. Uma parte dos ministros acredita que é preciso uma nova regulação, para o setor não ficar dependente apenas das regras de mercado, mas a comissão europeia avalia que os preços do leite já dão sinais de recuperação. (Canal Rural)
Ranking – O Fórum Econômico Mundial (WEF) publicou, em Genebra, o ranking das nações mais estáveis economicamente, depois da sondagem feita em 133 países. Em decorrência da crise financeira os Estados Unidos perdeu a liderança para a Suíça, ficando em segundo lugar. O trabalho avalia a economia local em relação ao contexto mundial, o funcionamento das instituições, o mercado de trabalho, as contas públicas, inovação tecnológica e o grau de sofisticação do sistema financeiro. O Chile continua sendo o líder na América Latina, ficando na 30ª posição. Em seguida estão Porto Rico (42º), Costa Rica (55º) e Brasil (56º). O México se manteve no 60º lugar, e o Uruguai na 65ª posição, subiu 10 pontos. Colômbia (69) e Peru (78), subiram 5 posições cada, e a Argentina subiu 3 ficando no 85º lugar. Os países pior classificados na região foram: Equador (105), Venezuela (113), Bolívia (120) e Paraguai (124). (El Mundo / Le Fígaro / WEF )
Brasil – A reação do Brasil à crise financeira global e a estabilidade macroeconômica demonstrada durante o período de turbulência fizeram o País subir oito posições no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial deste ano. A capacidade de inovação do setor privado também pesou de forma positiva no avanço que o País vem apresentando nos últimos anos. “A melhora na competitividade brasileira é fruto do seu setor empresarial inovador e sofisticado, do tamanho de seu mercado e da melhora na área de estabilidade macroeconômica, comparada com o ano anterior”, disse o Fórum em uma nota oficial. Mas o Brasil ainda tem o pior sistema tributário entre os 133 países avaliados e é o penúltimo colocado no critério de regulação do governo. Mesmo assim, pelo ranking geral, o Brasil passou da 64º lugar para a 56ª posição. Em 2007, o Brasil ocupava o 72º lugar. Pela primeira vez, o País é considerado mais competitivo que o México. (Agência Estado)
ARG: preço de exportação do leite em pó se mantém
Em agosto, a Argentina exportou 10.339 toneladas de leite em pó a granel – versus um volume de 16.556 toneladas em julho – a um valor médio ponderado de US$ 2.306 por tonelada, um preço praticamente equivalente ao do mês de julho (US$ 2.305/tonelada).
O preço máximo declarado em agosto passado foi de US$ 2.653 por tonelada. Já o preço mínimo foi de US$ 1.869 por tonelada. Dessa forma, a diferença entre o máximo e o mínimo no mês passado foi de quase 42%. Das 75 operações registradas em agosto, um total de 47 ficou entre US$ 2.250 e US$ 2.350 por tonelada.
Os principais destinos declarados em agosto de 2009 foram Argélia, com 43,7% do volume total; Brasil, com 23,9%; Venezuela, com 12,1%; Senegal, com 4%; República Dominicana, com 3,6%; e Nigéria, com 3,1%.
Entre os meses de janeiro e agosto de 2008, os preços médios mensais de exportação de leite em pó integral a granel declarados foram sempre superiores a US$ 4.000 por tonelada (com um pico de US$ 4,422 por tonelada FOB em abril). Porém, a partir de setembro de 2008, esses preços caíram para menos de US$ 3.500 por tonelada e, desde então, não pararam de cair até janeiro de 2009, quando chegaram a um mínimo de US$ 1.984 por tonelada. Depois disso, esses se recuperaram progressivamente até se estabilizar em torno de US$ 2.300 por tonelada.
Em agosto de 2008, o valor médio declarado das exportações de leite em pó integral da Argentina foi de US$ 4.120 por tonelada. No entanto, na época, a indústria não pôde aproveitar porque contava com um imposto móvel que nesse mês era da ordem de 25%.
A reportagem é do Infocampo
Setor de longa vida caminha para consolidação
Com crescimento da ordem de 400% nos volumes desde meados dos anos 90, quando o produto começou a se popularizar no Brasil, o setor de leite longa vida passa por transformações no país. A entrada de novas empresas em lácteos – estimuladas também pelo aumento das exportações de leite em pó a partir de 2007 -, a disputa por matéria-prima e, em boa medida, o episódio de fraude de leite cru em Minas Gerais, há quase dois anos, deram início ao processo de consolidação do setor, movimento que ainda não acabou.
Desde 2007, pelo menos 10 marcas de um total de 80 no mercado brasileiro deixaram de existir, estima a Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV). “Este é um mercado pulverizado, houve fusões e aquisições. Vai enxugar mais, mas não vai deixar de ser pulverizado porque leite é um produto regional”, observa Cláudio Teixeira, presidente da ABLV e proprietário da Italac.
Um dos negócios que mais balançaram o setor foi a compra da Eleva pela Perdigão, que já tinha a Batavo, em outubro de 2007. A aquisição fez a Perdigão, agora Brasil Foods após adquirir também a Sadia este ano, colocar em risco o domínio da Nestlé/DPA na captação de leite no país. A Perdigão não foi a única a surpreender: a gaúcha Bom Gosto avançou por meio de aquisições, com o apoio do BNDES, a GP Investimentos entrou no leite no ano passado com a compra da goiana Morrinhos, e Nilza e Parmalat disputaram na Justiça a aquisição da Montelac – a Nilza, hoje em recuperação judicial, levou a empresa.
A Parmalat, que nos anos 90, nas mãos dos italianos, ajudou a popularizar o longa vida no Brasil, também vive dias difíceis atualmente. Controlada pela Laep Investments que a comprou em 2006 depois da crise da matriz italiana, a Parmalat tenta renegociar dívidas com credores da recuperação judicial da empresa antiga. Além disso, fechou 2008 com prejuízo de R$ 449,5 milhões, reflexo de uma estratégia que se mostrou equivocada: crescimento agressivo via aquisições.
A Parmalat teve de desfazer de ativos que havia acabado de comprar, como a Poços de Caldas, em 2008. Também decidiu concentrar os negócios no Sudeste e arrendou por 35 anos, em julho passado, sua maior unidade, a de Carazinho (RS), para a Nestlé. Esta, aliás, estreou no mercado de longa vida com leites especiais este ano.
Diante de tantas mudanças, marcas de longa vida sumiram das gôndolas, outras surgiram, e o segmento vendeu 5,308 bilhões de litros em 2008, o que gerou uma receita de R$ 8 bilhões. Para este ano, segundo Teixeira, a previsão é de crescimento de 4% no volume e de um faturamento de R$ 9 bilhões. O aumento do volume é inferior aos 5,5% registrados entre 2007 e 2008. Segundo o presidente da ABLV, a razão é a crise econômica, que acabou limitando o crescimento das vendas de leite longa vida no país.
O leite longa vida fez caminho inverso do leite pasteurizado, cujos volumes caíram de forma expressiva nos últimos anos. De acordo com a ABLV, o longa vida representa 75% do mercado de leite fluido formal, que somou 7,103 bilhões de litros ano passado – o número é a soma do longa vida e do pasteurizado.
Para o presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez, o aumento da importância das grandes redes de varejo nas vendas de leite, a mudança de hábitos dos consumidores e o investimento em propaganda explicam o avanço do longa vida sobre o leite pasteurizado. “O supermercado prefere o longa vida pela facilidade de armazenamento.”, diz. Para Rubez, a consolidação do setor de laticínios deve perder fôlego, já que os preços internacionais do leite em pó têm desestimulado as vendas externas do produto, o que foi um dos motores do movimento de fusões e aquisições.
A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no jornal Valor Econômico