Notícias 09.06.09

Importações – Os números preliminares da média diária de junho de 2009 das importações de leite e derivados, em dólar, são 50,07% menores que a média de maio de 2009. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar.

 

 

Cemil – Prestes a fazer dois anos que foi anunciada, ainda não saiu do papel, a fábrica da Cooperativa Central Mineira de Laticínios (Cemil), em Caruaru. O presidente da Cemil, João Bosco Ferreira, diz que aguarda um posicionamento da Procuradoria de Caruaru para rediscutir o projeto. Num primeiro momento, a Cemil vai captar 100 mil litros de leite por dia. O laticínio, com investimento inicial orçado em R$ 50 milhões e geração de 150 empregos diretos, vai fabricar leite longa vida e produtos lácteos. Outro projeto da empresa é produzir sucos de fruta a base de soja. Com a implantação da planta de Caruaru, o plano da empresa é num prazo de três a quatro anos, dobrar a participação no mercado. A unidade pernambucana vai atender ao mercado nordestino, que responde por cerca de 15% do faturamento anual da companhia. No primeiro ano de operação, a estimativa é faturar R$ 80 milhões com a nova indústria. (Jornal do Commercio/PE)

Produção – Ao lado da Perdigão/Batavo e da Betânia, a Cemil vai alavancar a bacia leiteira pernambucana, que produz cerca de 1,3 milhão de litros por dia. Outras empresas locais, a exemplo da Bom Leite (em São Bento do Una) e Natural da Vaca (Gravatá) também têm estimulado o desenvolvimento da atividade. (Jornal do Commercio/PE)

Preço – O preço do leite ao consumidor sofreu um aumento acima de 11% desde o início do ano. O motivo da alta é o período de entressafra. As temperaturas mais baixas e a escassez nos pastos diminuem a produção. Para o vice-presidente da Associação Leite Brasil, Roberto Jank Junior, outros fatores influenciaram o preço. “O principal deles foi o desestímulo que houve em relação à produção de leite no Brasil depois da crise do fim do ano passado. Os preços foram muito baixos e os produtores deixaram de investir”, afirma. No estado de São Paulo, o preço pago ao produtor é de R$ 0,75 centavos por litro, mas nos supermercados, em dois meses, o leite longa vida passou de R$ 1,80 para 2,30, na média. Os derivados do leite, como iogurte, queijo e manteiga, sofreram aumento de 30%. (EPTV/Globo)

Leite pela Vida – O Programa Leite Fome Zero – Um Leite pela Vida consiste na compra de leite “in natura” do agricultor familiar que é pasteurizado, ensacado e distribuído a famílias previamente cadastradas. O Programa é executado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado Extraordinária para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas (Sedvan) / Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas (Idene), em parceria com o governo federal, e atende, atualmente, 193 municípios. Segundo Walter Adão, diretor geral do instituto, “O leite é distribuído exclusivamente para pessoas em vulnerabilidade social, e diariamente. Ou seja, são entregues cerca de 150 mil litros de leite por dia”. (Secretaria de Estado de Governo/MG)

Capacitação – As capacitações para o Programa Um Leite pela Vida serão iniciadas nesta terça-feira (9). Em Diamantina (9 e 10 de junho); Montes Claros (16 e 17 de junho); Janaúba (18 de junho); Araçuaí (1º de julho); Jequitinhonha (2 de julho); Teófilo Otoni (8 e 9 de julho); Januária (14 de julho); e Salinas (16 de julho). A ação visa o fortalecimento da parceria com a comunidade. Segundo o coordenador do programa, Emerson Marinho: “Repassaremos noções de cidadania, nutrição, saúde e higiene aos beneficiários, buscando um melhor aproveitamento do alimento para que seja combatida a desnutrição e a mortalidade infantil”. O público-alvo é formado por representantes dos Comitês Gestores, voluntários na distribuição e beneficiários consumidores, que participarão de palestras e debates. (Secretaria de Estado de Governo/MG)

Uruguai – A Conaprole anunciou que pagará aos produtores, 10% a mais sobre o preço do leite, no mês de maio, a título de bonificação de inverno. (El Telegrafo)

Preços/UE  – Depois de se manter estável, em 25,25 euros, por três meses, a FrieslandCampina garantiu, para junho, 24,25 euros para 100 quilos de leite captado de seus membros, caindo um euro. O preço garantido da FrieslandCampina, corresponde à média do preço pago pelos laticínios da Alemanha, Dinamarca, Holanda e Bélgica, durante os últimos 12 meses. Nesse preço não estão incluídos os adicionais sazonais, e é independente do resultado da cooperativa.O preço do leite na União Europeia (UE-27), no primeiro trimestre do ano caiu 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O mercado está se estabilizando nos preços atuais, e não existem indicadores para esperar uma recuperação. O equilíbrio entre a oferta e a demanda ainda tem um grande caminho a percorrer. O preço médio de abril foi de 23,74 euros por 100 quilos do leite standard. Isto é 8,96 abaixo do preço pago no mesmo mês do ano passado, uma queda de 27,4%. Em comparação com março é 2,83 menor. A queda de abril é atribuída em parte, a efeitos sazonais, normal nos meses de abril e maio, quando a produção atinge seu pico. Mas também foi influenciado pela importante queda ocorrida da França. (LTO Nederla)

Negócios

General Mills – A General Mills divulgou novas projeções para o ano fiscal 2009/2010. Segundo a empresa, sua divisão internacional que responde por 19% das vendas líquidas deve ter “forte crescimento”. No Brasil, no entanto, as operações da multinacional americana estão encolhendo. Em abril, a empresa anunciou o fechamento da linha de produção de massas e pães em Minas Gerais para focar seus negócios apenas em sorvetes e barras de cereais importados. A marca Forno de Minas e as instalações em Contagem (MG) foram vendidas. (Valor Econômico)

Wal-Mart – A Wal-Mart está interessada na compra do Carrefour na Argentina. A notícia, divulgada pela agência Reuters, foi logo após rumores de que o Carrefour teria intenção de deixar o país portenho. A intenção do Wal-Mart entrar na Argentina foi confirmada pelo diretor financeiro, Wan Long Martello, um dia antes da assembleia de acionistas. Mas os planos de expansão do líder mundial do varejo não se esgotam na Argentina, já que também há interesse na compra da cadeia de supermercados X5 na Rússia. A gigante americana possui, atualmente, 3.659 lojas, empregando mais de 680 mil pessoas em 15 mercados fora dos EUA. (Hipersuper)

Danone – O presidente da Danone, Franck Riboud anunciou que a Danone reduziu os preços de seus produtos em muitos países para estancar a queda nas vendas verificadas nos últimos meses. Riboud acrescentou que esses preços deverão ser mantidos mesmo após a saída da crise. A estratégia utilizada foi o lançamento de promoções com descontos de até 20%, esclarecendo que em um momento de crise, não basta quedas de 1 a 5%, para se obter impacto nos volumes. Somente serão eficazes preços no mínimo 10% menores. O grupo que fez um recente aumento de capital de 3 milhões de euros, deverá se adaptar às mudanças de comportamento dos consumidores, que deverá ser durável, e procura atender a esse novo cliente. (La Tribune)

Setoriais

Milho – Levantamento da Céleres mostra que os preços médios do milho subiram em maio, após dois meses de quedas. Em média, as cotações subiram 5,0% em relação a abril, por conta da seca em vários Estados produtores. Segundo a consultoria, a maior alta foi no Rio Grande do Sul, onde a valorização média foi de 14%, para R$ 20,20 a saca. Em Santa Catarina, a alta foi 9%, alcançando R$ 22,40, com o temor de restrição nas ofertas. Em Campinas (SP), a saca atingiu R$ 22,75. No Mato Grosso e no Maranhão houve quedas, segundo a Céleres, mas muito pequenas. No primeiro o recuo foi de 0,8% e no Maranhão, de 0,3%. De acordo com a consultoria, o mercado doméstico de milho operou em ritmo tenso ao longo da semana passada em função da expectativa de perdas de produtividade também devido à geada que atingiu Estados produtores do milho safrinha, como o Paraná e o Mato Grosso do Sul. (Valor Econômico)

CMN – O Conselho Monetário Nacional (CMN) deve aprovar em sua próxima reunião uma linha de R$ 2 bilhões, a ser ofertada pelo BNDES, para o Programa de Capitalização de Cooperativas de Produção (Procap). A próxima reunião do conselho está agendada para o dia 25 deste mês. O programa financiará a compra de cotas-partes de cooperativas. A taxa de juros da nova linha será a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), atualmente de 6,25% ao ano. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, já havia apresentado o novo programa no fim de abril, mas ele ainda depende da aprovação do CMN. (Valor Econômico)

Safra – A produção nacional de grãos da safra 2008/9 deve ficar em 134,2 milhões de toneladas, conforme os dados mais recentes da Conab. A estimativa anterior indicava safra de 136,6 milhões de toneladas. No período 2007/8, a produção ficou em 144,1 milhões. Conforme os dados da Conab, houve queda generalizada nas estimativas de maio para junho. A produção de milho perdeu 1,5 milhão de toneladas e a de soja, 400 mil. (Folha de SP)

Crédito – O Banco do Brasil (BB) pretende elevar em 30% a disponibilidade de recursos destinados ao agronegócio na safra 2009/10. A expectativa é do vice-presidente de agronegócios, Luiz Carlos Guedes Pinto, ao lembrar que no ciclo 2008/09, até abril deste ano, já haviam sido aplicados R$ 24,9 bilhões. Com isso, o banco poderia destinar mais de R$ 32 bilhões para a safra que começa a ser planejada. ‘Já ampliamos os recursos aos agricultores em quase 30% na safra 2008/09 e pretendemos aumentar em mais 30% a verba para a próxima safra, mesmo com todos os problemas’, disse. (Correio do Povo/RS)

 

Economia

Emprego – O emprego na indústria brasileira teve em abril seu sétimo resultado negativo consecutivo: no mês, houve redução de 0,7% na comparação com março, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com abril de 2008, a queda foi de 5,6% – no pior resultado desde 2001, quando teve início a pesquisa. No acumulado em 12 meses, o indicador teve recuo de 0,4%, na primeira taxa negativa desde novembro de 2006, quando ficou em -0,2%. Nos primeiros quatro meses do ano, a queda ficou em 4,4% – no mesmo período do ano passado, houve alta de 0,7% no emprego. O estado de São Paulo, que tem o maior contingente de trabalhadores do setor, viu o emprego na indústria encolher 4,2%, com queda de 11,3% em meios de transporte. Houve quedas significativas também em Minas Gerais, de 7,2%, e na Região Norte e Centro-Oeste, de 8,8%. (G1)

IPC – O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na cidade de São Paulo recuou para 0,23% na leitura inicial de junho. No fim do mês passado, a inflação medida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ficou em 0,33%. Situaram-se no terreno negativo os grupos Alimentação e Transporte, com queda respectiva de 0,11% e 0,17%. No fechamento de maio, esses ramos apresentaram alta de 0,07% e decréscimo de 0,12%. Habitação saiu de 0,19% para 0,29% de avanço entre um levantamento e outro. (Valor Online)

PIB – O Produto Interno Bruto do País caiu 0,8% no primeiro trimestre de 2009, ante o quarto trimestre do ano passado, somando R$ 684,6 bilhões, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mesmo período de 2008, a queda foi de 1,8%. Os números confirmam a recessão técnica no País – dois trimestres consecutivos de queda -, adiantada por muitos economistas. Apesar deste aspecto negativo, a boa notícia é que a queda do PIB não foi tão grande como a maioria dos analistas esperava – queda entre 3% e 0,9% na comparação entre o 1º trimestre deste ano e o 4º trimestre de 2008. Uma queda maior da economia não ocorreu porque o setor de serviços, o consumo das famílias e do governo apresentaram alta no trimestre em relação ao período anterior – de 0,8%, 0,7% e 0,6%, respectivamente. No sentido contrário, o PIB da indústria caiu 3,1%. O resultado da agropecuária também foi negativo, em 0,5% na mesma base de comparação. (Agência Estado)

 

Globalização e Mercosul

Crescimento – A maioria das grandes economias mundiais está perto de sair da recessão, segundo dados publicados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Eles sugerem uma possível recuperação em torno do fim do ano. A OCDE declarou que seu indicador agregado envolvendo países membros avançados – num amplo leque incluindo a zona do euro, do Reino Unido aos EUA, do México ao Japão – agora aponta para uma “recuperação” em vez do “forte desaquecimento” que esses países vinham sofrendo desde agosto passado. “Ainda é muito cedo para avaliar se é um marco de mudança temporário ou mais durável”, segundo a organização. Mas os dados “apontam para uma redução no ritmo de deterioração na maioria das economias da OCDE, com sinais mais fortes de uma possível batida no fundo do poço no Canadá, na França, na Itália e no Reino Unido”. (Valor Econômico)

Vendas/UE – As vendas no varejo subiram 0,2% em abril na zona do euro, em relação a março, e na União Europeia (UE), 0,5%. É a primeira vez que isso acontece desde setembro do ano passado. Os dados publicados pela Eurostat, agência de estatísticas da UE, constataram, no entanto, que se comparado com abril de 2008, houve queda de 2,3% na zona euro e de 1,4% na UE-27. Entre os Estados-membros, para os quais há dados disponíveis, as vendas do comércio varejista subiram em dez países, diminuíram em seis e ficaram estáveis na Dinamarca. As maiores subidas foram observadas na Finlândia (7,6%), na Suécia (3,4%), na Eslovénia (2,5%) e Portugal (2,2%). As maiores quedas foram registradas na Romênia (1%), Bulgária e Estônia (0,9%). (Hipersuper)

Alemanha – Duas semanas atrás, 1600 produtores de leite, com 700 tratores entraram em Berlim e bloquearam o trânsito da cidade por algumas horas, protestando contra a difícil situação do setor lácteo, já que os produtores estão recebendo entre 18 e 20 centavos de euros por litro de leite, valor inferior ao custo de produção. Parece que os protestos deram resultados. Os parlamentares reduziram o imposto sobre o diesel para a agricultura para 25 centavos por litro. O Governo Federal também decidiu suprimir, durante dois anos, a taxa de 350 euros que era retida, quando do reembolso dos impostos sobre os combustíveis. A ministra alemã da Agricultura também recomendou às indústrias lácteas que paguem preços reduzidos somente àquelas quantidades acima da quota contratual, o que poderá contribuir para reduzir a oferta de leite no mercado. (Agrodigital )

França  – A crise do leite continua. A Federação Nacional dos Sindicatos de Produtores (FNSEA), e os Jovens Agricultores (JA) anunciaram que no dia 11 de junho irão bloquear por 48 horas o aprovisionamento dos grandes distribuidores (Hiper e Supermercados). Os agricultores pedem transparência nas margens de lucro das grandes redes de distribuição. Este será um sinal de alerta, e partir daí o governo terá um mês para nos informar qual é a margem de lucro das grandes superfícies, declarou o secretário geral da FNSEA. No Oeste da França os produtores de leite já estão bloqueando as plataformas da grande distribuição, porque não aceitaram o preço estabelecido nas negociações da semana passada. (La Tribune)

França- Os Jovens Agricultores (JA) denunciam o mau acordo, e querem retomar as denúncias sobre a Lei de Modernização Econômica (LME) sobre as relações entre fornecedores e distribuidores, e principalmente sobre a falta de clareza na formação dos preços. Como as associações de consumidores, os JA pedem há muitos meses, colocar em vigor o “Observatório das Margens e dos Preços” dos produtos alimentícios. Um observatório criado em 2008, quando os preços ao consumidor estavam subindo, mas os resultados se limitaram a fazer um levantamento sobre os preços, e permaneceram ocultas as margens de lucro. (France Bource)

Uruguai: Conaprole anuncia aumento no preço do leite

A Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) anunciou um novo preço do leite para maio, que também será válido para junho e julho, com uma bonificação de inverno de 7,83%, o que permite chegar a um preço médio de 5,21 pesos (US$ 0,22) por litro.

O vice-presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite do Uruguai, Alejandro Pérez Viazzi, disse que, embora o preço não cubra os custos, esse aumento é uma notícia muito boa no início do inverno. Ele disse que os produtores se surpreenderam com a bonificação de 7,83%. Viazzi estimou que o aumento se deve às melhoras nos preços alcançados pela cooperativa no mercado internacional.

Ele disse também que, pelo fato da Conaprole atuar em um sistema cooperativo, a direção da empresa conhece a grave situação que o setor está atravessando, desde o financiamento nessa época do ano na entrada do inverno. “Suponho que estão fazendo o maior esforço para transferir o maior preço aos produtores”.

Em 05/06/09 – 1 Peso Uruguaio = US$ 0,04374

22,86300 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

A reportagem é do El Espectador

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