Notícias 08.10.2010

Exportações – Veja as exportações de lácteos em setembro de 2010 comparadas com setembro de 2009 e agosto de 2010. Em seguida, as exportações acumuladas de janeiro a setembro de 2010 comparadas com o mesmo período de 2009. (www.terraviva.com.br)

 

“Vaca Móvel”/PR – Trata-se de um automóvel com um pequeno laboratório no porta-malas, que percorre as propriedades rurais para fazer análise da qualidade e sanidade do leite. Uma bateria de exames com até 18 testes diferentes é realizada para analisar a composição e a presença de resíduos de medicamentos na produção leiteira. Outros dois exames são feitos com amostras de leite encaminhadas a um laboratório credenciado em Curitiba para verificar a presença de bactérias. De acordo com o zootecnista Jardel José Busarello, alguns pecuaristas chegam a ficar desconfiados quando são informados de que receberão assistência sem custo algum. (Gazeta do Povo)

Qualidade/PR – Exames que antigamente demoravam até 15 dias para medir a qualidade do leite são realizados em 30 minutos – e na propriedade pecuária. Um laboratório ambulante, que é chamado de “vaca móvel”, percorre a região de Cascavel, que receberá o serviço por dois anos. A iniciativa é do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Fundação Araucária em parceria com a Universidade do Oeste (Unioeste). A meta é garantir qualidade à produção. O laudo sai na hora e, quando há problema, o técnico sugere adaptações na propriedade. Lançada em julho, a “vaca móvel” auxilia produtores de 20 municípios localizados entre a região central e o Oeste do estado. O produtor adere ao projeto de forma voluntária e os exames são gratuitos. (Gazeta do Povo)

Leite de Cabra/ES – Em Cachoeiro de Itapemirim (ES), a produção de leite de cabra está em alta. No interior do município um rebanho tem chamado a atenção pela produtividade recorde. São cabras que dão 3,3 litros em cada uma das duas o rdenhas diárias. “As cabras normais dessa raça dão em torno de dois litros por dia. E essas cabras estão dando acima do normal”, diz Paulo Schalders, técnico do Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural (Incaper). Mas, a recordista do rebanho, a Maçã, produz mais de sete litros por dia. São 3,6 litros por ordenha. “A alta produtividade se deve à alimentação de qualidade, o bom trato com os animais e a genética é claro”, diz Schalders. A produtora rural, Patrícia Zorzanelli, dona das cabras comemora o resultado. (Novoeste/BA)

Leite/MA – Foi reinaugurada na manhã de quinta-feira, 7, no campus da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), a Usina de Beneficiamento de Leite de Cabra. Instalada em 2008, por meio de parceria entre a Prefeitura de São Luís, Fundação Banco do Brasil e a própria Uema, a usina nunca chegou a funcionar, frustrando as expectativas dos produtores. A reinauguração foi viabilizada depois que os produtores a cionaram o Ministério Público. O projeto beneficia 42 famílias de pequenos produtores. A previsão inicial é de que a usina faça o beneficiamento diário de cerca de 100 a 150 litros do leite de cabra, em sintonia com os padrões de qualidade da Vigilância Sanitária. (Jusbrasil)

Argentina – As indústrias de lácteos do Brasil e Argentina pretendem começar a exportar para outros países, de forma conjunta, a partir do segundo semestre de 2011. “Os empresários irão estudar as potencialidades de cada país para que possamos traçar um plano de ação”, explica a coordenadora-geral de Desenvolvimento de Programas de Apoio às Exportações do MDIC, Cândida Cervieri, que participou de reunião entre autoridades e empresários do setor, ontem, em Buenos Aires. O tema voltará a ser tratado na próxima reunião do grupo, prevista para a segunda quinzena de novembro. (Correio do Povo- RS)

 

Negócios

PepsiCo – A PepsiCo anunciou a criação de um novo grupo, o Global Nutrition, voltado para alimentos funcionais, laticínios e outros itens saudáveis. Neste ano, a companhia havia anunciado que reduziria o teor de sódio, açúcar e certas gorduras em muitos de seus produtos, como as batatas fritas de sua unidade Frito-Lay. A CEO mundial da PepsiCo, Indra Nooyi, disse ontem a investidores que a companhia detectou o interesse de consumidores por produtos de maior valor nutritivo em países emergentes como a China, a Índia e o Brasil. Cerca de 40% da receita da PepsiCo vem de fora dos EUA e Canadá. (Valor Econômico)

Carrefour – O grupo Carrefour est á em processo de reestruturação de suas operações no Brasil e isso deve afetar a área financeira da rede. A varejista estuda a possibilidade de trocar de parceiro, com a possível saída da Cetelem na sociedade com a rede no Banco Carrefour, segundo informações apuradas pelo Valor. Há um grupo de bancos brasileiros interessados e o assunto está sendo tratado diretamente pela matriz da Cetelem e do Carrefour na França. A venda interessa diretamente à Cetelem, mas com a mudança, a varejista acredita que pode acelerar os seus ganhos financeiros no país. (Valor Econômico)

Nestlé – Depois da barra gigante de Alpino para salvar qualquer um de um naufrágio emocional, a Nestlé lança uma versão reduzida, com 100g. Nada discreta, claro. Vem com papel douradinho por fora. Cada quadradinho do tablete tem a forma do bombom tradicional da marca derretendo. Nas versões ao leite e 60% de cacau, por R$ 5,50. (Valor Econômico)

Setoriais

Gases-Estufas – Na reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), no Rio de Janeiro, o plano setorial da Agricultura para reduzir as emissões de gases-estufa pode ser fechado. Se isso ocorrer, será o primeiro plano setorial a decolar entre os cinco que o Brasil se comprometeu a fazer, ao divulgar as metas voluntárias nacionais em novembro de 2009, pouco antes da conferência do clima de Copenhague. No item do financiamento agrícola, a ideia é abrir linhas que financiem sistemas e não apenas lavouras. “Não é para financiar só a lavoura de soja ou de milho, mas o sistema integrado, que pode ser lavoura e pecuária, por exemplo”, diz o pesquisador Eduardo Assad, da Embrapa Informática. (Valor Econômico)

Clima – “Nós não admitimos a possibilidade de parar de crescer”, disse ontem, em semi nário em São Paulo, Tereza Campello, que coordena o plano setorial da Agricultura. Ela deu os números: o setor agrícola responde por 25,6% do Produto Interno Bruto e por quase 22% das emissões do país. Se nesse percentual for somado o desmatamento da Amazônia e de outros biomas, na rubrica conhecida como “uso da terra”, somam-se quase 58% das emissões. “Nossa agenda de crescimento tem que ser adequada com o compromisso de reduzir emissões”, continuou ela. Tereza repetiu a máxima de que a mudança climática tem que ser encarada pelo Brasil como uma oportunidade. (Valor Econômico)

 

Economia

IPC-S – Das sete classes de despesa usadas para cálculo do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), seis apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços, do indicad or de até 30 de setembro para o índice de até 7 de outubro. Segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IPC-S de até 7 de outubro apresentou inflação de 0,66%, após alta de 0,46% na prévia imediatamente anterior. Entre os grupos que contribuíram para a inflação mais intensa mensurada pelo IPC-S, mais uma vez os alimentos foram destaque, sendo a principal contribuição para a formação da taxa. Entre os produtos que mais subiram de preço estão frutas (de 1,83% para 3,74%), arroz e feijão (de 1,53% para 3,72%) e laticínios (de 0,70% para 1,31%). (Agência Estado)

IGP- DI – O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de setembro mostrou taxa idêntica à apurada em agosto, segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador registrou inflação de 1,10% no mês passado, um resultado que está dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro, que esperavam taxa entre 1,03% e 1,35%. A median a das expectativas era de 1,16%. (Agência Estado)

Inadimplência – A inadimplência registrada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) no Brasil teve queda de 1,51% em setembro, com relação a agosto. A queda foi atribuída à ampliação do mercado de trabalho, ao aumento real da renda do trabalhador e à liberação de restituições do Imposto de Renda pela Receita Federal. Com relação a setembro de 2009, no entanto, a inadimplência aumentou 1,77% em setembro. Houve, no mês passado, queda no número de consultas ao SPC para compras a prazo e os pagamentos com cheque diminuíram 4,65%. (Valor Econômico)

Otimismo – As empresas brasileiras estão mais otimistas com o ano de 2011 do que com 2010. Os dados são Amcham e do Ibope Inteligência. 87% das empresas pesquisadas projetam crescimento de vendas para 2011, contra 79% que esperam aumentar o faturamento neste ano. O número de empresas que ampliarão i nvestimentos aumentou de 55% para 63% em 2011. Segundo levantamento preparado para o Business Round Up, o foco de investimento será nas estratégias comerciais. Outro importante foco dos investimentos no próximo ano promete ser a inovação: 46% das empresas ouvidas elegem pesquisa e desenvolvimento como um grande foco para aportar recursos. (Brasil Econômico)

ICMS – A queda-de-braço entre Estados e governo federal para dividir a conta da desoneração das exportações recomeçou. Os governos estaduais estão solicitando um repasse de R$ 7,2 bilhões da União em 2011, como compensação por não cobrarem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) dos produtos primários exportados, conforme prevê a Lei Kandir. (Agência Estado)

 

Gl obalização e Mercosul

Mercosul – A pouco mais de dois meses do fim do governo, o ministro de relações Exteriores, Celso Amorim, vê como prioridade, ainda neste ano, a adoção de medidas de fortalecimento do Mercosul, como o fim das exceções à tarifa externa comum. Ele reconhece que há grandes dificuldades para aprovar essa iniciativa, inclusive por parte do Brasil. Em entrevista ao Valor, Amorim reagiu com impaciência às queixas de empresários contra barreiras nos mercados da América do Sul e ameaças a seus negócios na Venezuela. (Valor Econômico)

Venezuela – Dono de terras, fábricas e supermercados, o governo Hugo Chávez decidiu nesta semana decretar “a compra forçosa” da empresa Agroisleña, líder no mercado de implementos agrícolas. A atitude provocou reação em produtores rurais e pecuaristas, e até em exportadores brasileiros. Ontem, o presidente da Fedenaga, a associação nacional de produtores de gado , subiu o tom do protesto. “Presidente, chegou a hora de corrigir. Não tente nos encurralar”, disse o presidente da entidade, Egildo Luján. (Folha de SP)

Venezuela II – Com a nacionalização, o governo participa de mais uma etapa do setor de alimentos, considerado “estratégico”. O plano de desenvolvimento socialista 2007-2013 diz que o Estado conservará o controle total das atividades produtivas estratégicas. O governo anunciou que deve expropriar mais 750 mil hectares nos próximos meses. Em sete anos foram expropriados 2,5 milhões de hectares. Desde 2007, já controla 75% da produção de café, 42% da farinha de milho -base da alimentação local- e quase metade da produção de leite. (Folha de SP)

China – O Brasil está insistindo com a China para colocar em prática o mecanismo permanente de consulta e coordenação entre os dois países, inclusive para discutir a diversificação do comércio bilat eral. O principal instrumento acertado por Brasília e Pequim, para implantar um plano de metas até 2014, é a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Coordenação (Cosban), coordenada pelos respectivos vice-presidentes da República. (Valor Econômico)

União Européia – Ao mesmo tempo em que continua sofrendo a pressão dos produtos chineses, o Brasil está atento a um projeto da União Europeia para fazer uma concessão apenas ao Paquistão: eliminar as tarifas de importação de 81 produtos por três anos, para ajudar esse país no rastro da forte inundação que destruiu parte de sua economia. (Valor Econômico)

Alemanha – As exportações da Alemanha caíram pelo segundo mês seguido em agosto, pressionando a balança comercial do país e levantando preocupações de que o forte euro está abatendo a recuperação da Europa. A Agência Federal de Estatísticas informou nesta sexta-feira uma queda de 0,4% em relação a julho para as vendas externas e uma alta de 0,9% das importações, com ajuste sazonal. (Reuters)

G-24 – Os países emergentes e em desenvolvimento que formam o chamado G-24 pediram hoje uma coordenação global das políticas macroeconômicas para diminuir as crescentes tensões cambiais. O grupo, que inclui Brasil e Índia, emitiu um comunicado no qual censurou as economias avançadas por perseguirem políticas monetárias de taxas de juros muito baixas que provocaram valorização das moedas de outros países. (Agência Estado)

FMI – Se os países emergentes querem ter mais voz nas decisões do Fundo Monetário Internacional (FMI), eles devem aceitar a valorização de suas moedas para contribuir com o reequilíbrio entre as principais economias do mundo. Esse recado foi dirigido ontem à China pelo diretor-gerente do FMI, Dominque Strauss-Kahn, mas poderá ter também consequências para o Brasil, que luta junto com o país asiático para ampliar a representação dos países emergentes nos organismos multilaterias com sede em Washington. O Brasil está do lado da China quando o assunto é a redistribuição do poder de voto no FMI, mas está contra os chineses na questão cambial. (Valor Econômico)

Nova Zelândia lança bolsa de futuros em lácteos

A Nova Zelândia, maior exportadora de lácteos do mundo, espera que comerciantes e companhias estrangeiras usem os contratos futuros baseados em leite em pó integral que começarão a ser lançados nessa sexta-feira (dia 08) (http://www.milkpoint.com.br/?noticiaID=65754&actA=7&areaID=50&secaoID=165).

Processadores globais, produtores de alimentos e comerciantes de commodities deverão se unir à Fonterra Cooperative Group Ltd. como os “primeiros a adotarem” o novo mercado, disse a chefe de mercados da bolsa da Nova Zelândia (New Zealand Exchange – NZX Ltd.) que gerenciará o novo contrato, Fiona Mackezie.

“Esperamos que os primeiros negócios venham daqueles que são grandes, globais e genuínos hedgers, incluindo processadores de lácteos domésticos e estrangeiros”, disse ela. A NZX disse que a volatilidade no mercado global de leite deverá atrair mais participantes.

O chamado primeiro preço de contrato para leite em pó integral da Nova Zelândia nos leilões da Fonterra na plataforma GlobalDairyTrade, ponto de referência para o mercado, ficou de US$ 2.900 a US$ 4.130 por tonelada nesse ano.

“Você precisa de volatilidade”, disse Mackenzie. “Não temos visto nenhuma desaceleração em termos de volatilidade nos lácteos esse ano. Tem sido uma montanha russa”, disse ela.

Para estimular o interesse global, a NZX nomeou o FCStone Group, parte do International Assets Holding Corp., como um participante de compensação e comércio. A empresa de corretagem neozelandesa, Craigs Investiment Partners Ltd. fornecerá acesso comercial para os produtores neozelandeses e outros investidores locais.

A NZX tem desenvolvido o produto há cerca de dois anos, resolvendo especificações com comerciantes e requerimentos de regulamentação e câmara de compensação. O contrato é em dólares por tonelada, liquidado em dinheiro.

“Nossas informações são de que a liquidação em dinheiro é muito atrativa e todos entendem o preço de referência”, disse Mackenzie. A capacidade de pagamento em dinheiro se compara favoravelmente com os contratos futuros de leite em pó desnatado da Chicago Mercantile Exchange (CME), que requer entrega física, disse ela.

A Fonterra “pretende comercializar os contratos futuros de leite em pó da NZX em algum ponto”, disse o diretor de riscos e comércio de commodities, Bruce Turner. “Vemos isso como uma ferramenta útil de administração de riscos dos preços”.

“Eles estarão sujeitos às mesmas regras que todos os outros”, disse Mackenzie, referindo-se à Fonterra. “Eles claramente apoiam a transição transparente de preços. Os futuros são outra forma de se obter uma fixação transparente de preços”.

A Fonterra é líder mundial em exportações de lácteos e representa mais de um terço do comércio internacional.

A reportagem é da Bloomberg

Associação das Pequenas e
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