Notícias 08.02.10

Leite/PR – No Paraná, segundo dados do Depar tamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), o valor pago aos produtores tem se mantido estável nos últimos meses. Em janeiro, a média do Estado ficou em R$ 0,58; em dezembro, o preço recebido era de R$ 0,59. No último levantamento parcial de janeiro – semana de 18 a 21 – o valor também ficou em R$ 0,58. O Conselho Paritário do Leite (Conseleite), definiu na última reunião em janeiro o valor de R$ 0,5836 para o leite acima do padrão; R$ 0,5075 para o padrão; e R$ 0,4614 para o produto abaixo do padrão. (Agência Estado)

Leite/DF – Produtores rurais, que fazem parte do programa Pão e Leite, do Governo do Distrito Federal (GDF), estão sem receber há três meses. A Secretaria de Fazenda não dá prazo para fazer o pagamento. Desde julho, o governo compra o produto direto dos fazendeiros. E para atender as exigências, eles investiram em equipamentos para a ordenha e alimentação balanceada. Foi as sim com Antônio, Pedro, Elaine e Élcio. Eles fazem parte de uma cooperativa, que tem 140 associados. Desde novembro, esses produtores não recebem o pagamento. “No início, eu fiquei triste. Mas agora estou revoltada. Porque vejo que não tem pra onde fugir”, diz a produtora Elaine Maria Ministério. “Existe um contrato e nós somos obrigados a entregar, porque senão podemos ser multados, mesmo sem receber o dinheiro. O contrato é sempre a favor deles, nunca pra gente”, diz o produtor rural Élcio Ministério. Sem receber os pagamentos, os produtores acumulam dívidas. (DFTV)

Leite/PA – Eldorado do Carajás, no sudeste do Pará, possui um dos maiores rebanhos bovino do Estado, com cerca de 400 mil cabeças de gado. O município produz todos os dias aproximadamente 200 mil litros de leite. O Sindicato dos Produtores Rurais de Eldorado ainda não calculou os prejuízos que podem estar sendo causados devido à situação das estradas. Mas informou qu e somente 70% do leite produzido no município estão chegando às indústrias. Uma delas recebia até novembro do ano passado 120 mil litros de leite por dia. Agora, não passa de 70 mil. Segundo os produtores, as pontes que ameaçam desabar são o principal motivo. Uma já foi arrastada pela força das águas. “São mais de 1,4 mil quilômetros de vicinais e mais de 200 pontes. Mas a prefeitura dispõe apenas de três máquinas para recuperar as estradas e três profissionais para fazer, recuperar e manter mais de 200 pontes”, explicou Euclides Sousa, secretário de Obras de Eldorado do Carajás. (Globo Rural)

Calor – O intenso calor no Rio Grande do Sul já afeta a produção de leite. Apesar do bom desenvolvimento das pastagens verificado por técnicos da Emater, com as temperaturas elevadas, os bovinos enfrentam dificuldade em se alimentar devido à prostração. Na Granja e Cabanha VB, em Eldorado do Sul, a produção caiu 20%. Nem a mudança de manejo, com alimentação à noite, deu o resultado esperado, lamentou o pecuarista Ricardo Biesdorf. O agrônomo José Fernando Piva Lobato, da Ufrgs, acrescentou que, com o calor, os animais ficam até 12 horas sem ruminar para economizar energia. (Correio do Povo/RS)

Leite/MS – A Secretaria de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), recebe na segunda-feira (8), a primeira reunião do semestre da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite (CSPL). O evento que reunirá todos os conselheiros do órgão consultivo da Seprotur terá início às 8h30. Entre os itens da pauta de reunião, está a discussão da possibilidade de se trazer pela primeira vez à Capital do Estado em 2011, o Congresso Nacional da Qualidade do Leite. Também será apresentada a proposta de Ação do Projeto de Desenvolvimento Integrado (PDI) do Leite, voltado ao Programa de Melhoramento Genético para Raças Leiteiras no MS. Outra inicia tiva que os conselheiros vão deliberar é a proposta para a criação do Programa Vaca Móvel, que deverá atender alguns municípios do Estado. (Jornal Dia a Dia)

Leite/Chile – O panorama lácteo está melhorando lentamente. A recuperação dos preços internacionais, uma primavera chuvosa e maior produção de leite estão mantendo os produtores confiantes. Hoje eles estão recebendo, entre 155 e 160 pesos chilenos por litro, acima dos 130 recebidos em 2009. Em janeiro deste ano também já se produziu 10% mais que em janeiro de 2009. Os representantes da indústria acreditam que esse cenário deve continuar, e em 2010 a produção deve retornar aos níveis de 2008. (Fedeleche)

Consumo/Chile – Enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o consumo de 160 litros de leite per capta/ano, o consumo no Chile chegou a apenas 128 litros em 2009. O gasto com láct eos foi de US$ 94,2, valor 10,3% menor que o despendido no ano anterior que foi de US$ 105, segundo o estudo realizado pelo Euromonitor Internacional. Mesmo assim o Chile continua ocupando a segunda posição, entre os países latino-americanos, sendo superado apenas pela Argentina, que gastou US$ 126 per capta/ano. Considerando apenas o leite fluido, o gasto também mostra uma queda, passando de US$ 44,1, em 2008, para US$ 39, em 2009. Neste item o Chile fica também em segundo lugar, atrás apenas da Colômbia, que teve uma despesa per capta/ano, de US$ 66,3. (Estratégia Online )

Mercados – Segundo dados da Secretaria de Estudos e Políticas Agrárias (Odepa) do Chile, a produção de leite, em 2009, foi de 2,35 bilhões de litros. A captação é concentrada em seis empresas: Soprole, Nestlé, Colún, Watt’s, Surlat e Mulpulmo, que absorvem 80% da produção total. Com relação ao tamanho do mercado de produto s lácteos, o México é o principal entre os países latinos com um total de US$ 9,788 bilhões. O segundo mercado é a Argentina com US$ 4,913 bilhões, e em terceiro vem a Colômbia com US$ 4,178 bilhões. (Estratégia)

Preços/Argentina – No final de 2008 o governo firmou um acordo com os produtores fixando o preço do leite a 1 peso. Mas de acordo com Carlos Sanchez Loria, presidente da Associação dos Produtores de Leite de Tucumán, os produtores esperaram 14 meses para que o aumento fosse efetivado. O mesmo não ocorreu em relação ao consumidor, que já vem pagando bem mais que os 20% sobre o preço ao produtor. Os preços nas gôndolas foram bem maiores que os da matéria-prima. (Infortambo)

Preços/UE – Os preços do leite continuam com tendência de alta, graças às ajudas da Comissão Europeia (CE). A média de pre ços recebidos pelos produtores de abril a novembro de 2009 ficou em torno de US$ 0,38 o litro, e só em novembro o reajuste foi de 3,6%, chegando a US$ 0,39 o litro, segundo os últimos dados da CE. (Infortambo)

 

Negócios

Consumo – Ascensão do mercado de food service no Brasil leva grandes fabricantes a diversificar oferta de produtos para restaurantes. Comer fora de casa é um fenômeno que ganha corpo com o crescimento da população urbana em todo o mundo. Por questões econômicas, no entanto, o hábito de alimentação em bares e restaurantes sempre foi um privilégio de países mais ricos. Em mercados como o americano e o europeu, mais da metade dos gastos com comida ocorre nas ruas, enquanto no Brasil o volume é de 25%. Mas o aumento da renda em países emergentes como o Brasil está levando grandes fabricantes, como Unilever e Sadia, a apostar na profissionalização e diversificação da indústria do food service. “Com o aumento do número de mulheres trabalhando fora de casa e de pessoas morando sozinhas, as famílias passaram a ter rotina mais acelerada e as pessoas com menos tempo para preparar uma refeição em casa. Tudo isso contribui para que a alimentação fora do lar aumente”, comenta Ely Mizrahi, diretor da unidade de negócios food service da Sadia. (Brasil Econômico)

Foodsolutions – A Unilever, desde 2002, atua com a divisão Foodsolutions, voltada para a alimentação fora do lar, que necessita de itens específicos para atender às necessidades dos chefs de cozinha. Tanto que a empresa foi patrocinadora do Congresso Mundial da World Association of Chefs Societies, que ocorreu pela primeira vez na América Latina na cidade de Santiago, no Chile, no final de janeiro. A ap osta para crescer no mercado profissional está em marcas já consagradas pelos consumidores domésticos, como Knorr, Hellmann’s e Arisco. Para a Sadia o segmento tem passado por um importante processo de estruturação e profissionalização, onde redes de restaurantes e de lanchonetes têm buscado consolidar suas marcas junto aos consumidores finais. (Brasil Econômico)

Carrefour – O Carrefour não conseguiu encontrar um comprador para seus três hipermercados na Rússia e deverá vender os direitos de arrendamento para rivais. A segunda maior rede mundial de hipermercados, às voltas com seu desempenho fraco na França, anunciou a decisão de sair da Rússia em outubro – apenas quatro meses depois de ganhar uma base no país – por não ter conseguido identificar nenhuma perspectiva de crescimento ou de aquisições. A varejista planejava vender suas operações na Rússia de uma vez, mas fontes disseram à Reuters que a rede agora se prepara para vender os direitos de arrendamento de seu hipermercado em Moscou para a rival francesa Auchan e para a rede de materiais de construção e decoração alemã OBI. O destino das duas outras lojas ainda precisa ser decidido. (Valor Econômico)

 

Setoriais

Preços – O IqPR, índice de preços recebidos por produtores agropecuários de São Paulo do Instituto de Economia Agrícola (IEA) – vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado -, encerrou janeiro com variação positiva de 1,15%. Foi a 6ª alta mensal consecutiva do indicador, mais uma vez determinada pelas oscilações das cotações no grupo de produtos de origem vegetal. Neste grupo, formado por 14 itens, o ganho médio ponderado foi de 1,69%. A batata, que teve colheita e transporte prejudicados no mês por causa das fortes e interminávei s chuvas paulistas, foi o produto que mais subiu (17,88%), mas houve valorizações significativas também para laranja para mesa (17,43%), em razão do aumento da demanda no verão, e do arroz (8,96%), reflexo da quebra da safra gaúcha, também pelas chuvas. No grupo de produtos de origem animal, que caiu 0,17% na média ponderada, recuaram os preços de carne de frango (3,78%), ovos (3,42%), leite C (1,57%) e leite B (0,62%). (Valor Econômico)

PGPAF – Foi publicada na sexta-feira a portaria do Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF). O bônus, referente a janeiro, varia por estado e cultura, com validade de 10 de fevereiro a 9 de março. (Correio do Povo/RS)

Cenário – O cenário agrícola é bom para o Brasil e para a América Latina. A região representa os mercados mais promissores para as indústrias, que ficam cada vez mais atentas a esse cenário. (Folha de SP)

Mais Alimentos – O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, recebeu a direção da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Os diretores da Abimaq vieram propor ao MDA a perenização e a ampliação da linha de crédito Mais Alimentos que financia a compra de máquinas, tratores e veículos utilitários para os agricultores familiares. Outra proposta da Abimaq é a participação do programa em grandes feiras agropecuárias que acontecem em todo o país como a Agrishow realizada anualmente em Ribeirão Preto e que, tradicionalmente, era voltada apenas para a agricultura de grande escala. A agricultura familiar, que produz 70% dos alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros, está ganhando, cada vez mais, importância na economia do país. (MDA)

Economia

IPCA – O mercado financeiro projeta IPCA de 4,78% neste ano, acima da taxa esperada anteriormente, de 4,62%. A estimativa consta do Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). Foi a terceira semana seguida que a previsão é ampliada. Quanto a 2011, os agentes aguardam IPCA de 4,50%, sem mudança. O levantamento feito pela autoridade monetária junto com instituições financeiras contemplou ainda prognósticos revisados para cima para os demais indicadores inflacionários de 2010. O IGP-DI, por exemplo, deve subir 5,13%, em vez de 4,60%. O IGP-M deve marcar 4,84%, contra os 4,80% esperados antes. Para o IPC-Fipe, a alta prevista é de 5,04%, superior aos 4,50% do prognóstico anterior. Em fevereiro, a expectativa é de IPCA de 0,63%, IGP-DI de 0,38% e IGP-M de 0,40%. (Valor Online)

Cesta – O custo de cesta básica aumentou, em janeiro, em dez das 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatísti ca e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo a Pesquisa, que monitora os preços dos gêneros alimentícios considerados essenciais, as maiores altas foram registradas em Goiânia (4,61%), Salvador (1,43%) e Florianópolis (1,1%) na comparação com o mês anterior. Os maiores recuos nos preços ocorreram em Belo Horizonte (-3,87%), Brasília (-3,49%) e São Paulo (-1,39%). Já em relação ao mesmo período de 2009, o valor das cestas caiu em todas as 17 cidades, com destaques para as maiores desvalorizações em Belo Horizonte (-11,35%) e Goiânia (-9,38%). Porto Alegre teve a cesta básica mais cara entre as capitais, a R$ 236,55; seguida por São Paulo (R$ 225,02). (G1)

Renda – A classe média brasileira cresceu continuamente desde 2003, de acordo com boletim da Fundação Getúlio Vargas. Nada menos que 27 milhões de pessoas que pertenciam às classes mais baixas subiram para a classe média, ou média baixa. Segundo a informação publicada no jornal O Globo, quase 91 milhões de pessoas (49,22% da população total) integram a classe média ou média baixa, e são detentores de 46% da renda nacional. Em 2003 essa classe era constituída por 64,1 milhões de pessoas e representavam 37,56% da população, e detinha 37% da renda. Mesmo com essa melhora o Brasil continua sendo um dos países mais desiguais, e 10,42% da população (19,4 milhões de pessoas) abocanham 44% da renda nacional, mostrando uma grande concentração de riquezas. (La Nación)

 

Globalização e Mercosul

Colômbia – A Colômbia teve alta de 0,69% no índice de preços ao consumidor em janeiro, mais do que o previsto, anunciou sexta-feira o departamento de estatísticas Dane. A maior força inflacionária foram os preços de alimento s. (Valor Econômico)

Desemprego/EUA – A taxa de desemprego dos EUA recuou de 10% em dezembro para 9,7% em janeiro, aumentando as expectativas do início de um processo de recuperação do mercado de trabalho do país. Ainda assim, o resultado traz sinais contraditórios: a taxa de desemprego atingiu o menor patamar desde agosto, mas foram limados 20 mil postos de trabalho. O ritmo de corte de vagas, no entanto, foi bastante inferior ao de dezembro, quando houve uma redução de 150 mil postos (resultado revisto; antes, o governo estimara 85 mil cortes). A recuperação do mercado de trabalho é considerada por economistas e pelo governo como o fator-chave para a sustentabilidade da recuperação da economia americana. (Folha de SP)

Contaminação – Autoridades da China descobriram a existência de mais 170 toneladas de leite em pó contaminado, em uma ação para impedir a comercialização do produto adult erado. A investida das autoridades deixa cada vez mais claro que muitos produtos descobertos no escândalo de manipulação do leite, em 2008, foram na verdade embalados de novo, ao invés de serem destruídos. O crescente número de casos nas últimas semanas desafia a promessa do governo de alterar sua abordagem no setor de segurança alimentar, após centenas de milhares de crianças adoecerem pelo consumo de lácteos contaminados com um componente químico, a melamina. Os produtos contaminados apareceram recentemente na maior cidade da China, Xangai, e nas províncias de Shaanxi, Shandong, Liaoning, Guizhou, Jilin e Hebei. A ofensiva das autoridades para apreender os produtos deveria acabar nesta quarta-feira, 10, mas não se sabe se pode ser estendida. (Associated Press)

ARG: em 5 meses, preço do leite em pó sobe 43%

Em janeiro de 2010, a Argentina exportou 15.187 toneladas de leite em pó integral a granel – versus um volume de 7.946 toneladas em dezembro passado – a um valor médio de US$ 3.302 por tonelada.

Em dezembro de 2009, o preço médio do leite em pó integral foi de US$ 3.223 por tonelada, enquanto em novembro foi de US$ 3.005 por tonelada; em outubro, de US$ 2.729 por tonelada; em setembro, de US$ 2.479 por tonelada; e em agosto, de US$ 2.306 por tonelada. Isso mostra que nos últimos cinco meses o preço subiu 43%.

O preço máximo declarado em janeiro passado foi de US$ 4.000 por tonelada, enquanto o preço mínimo no mês foi de US$ 2.238 por tonelada. Do total, foram registradas 173 operações em janeiro, 85 com preço FOB igual ou superior a US$ 3.500 por tonelada, enquanto 20 tiveram um preço igual ou inferior a US$ 3.000 por tonelada.

Os principais destinos declarados em janeiro de 2010 foram Venezuela, com 53,3% do volume total; Brasil, com 11,1%; Argélia, com 9,1%; e Nigéria, com 5,1%.

Entre os meses de janeiro a agosto de 2008, os preços médios mensais de exportação de leite em pó integral a granel foram sempre superiores a US$ 4.000 por tonelada (com pico de US$ 4.422 por tonelada FOB em abril). Porém, a partir de setembro de 2008, esses preços caíram para menos de US$ 3.500 por tonelada e, desde então, não pararam de cair até janeiro de 2009, quando atingiram o mínimo de US$ 1.984 por tonelada. Desde então, começaram a se recuperar progressivamente.

A reportagem é do Infocampo, adaptada e traduzida pela Equipe MilkPoint.

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