Notícias 07.10.2010

Reunião – Representantes da indústria de lácteos do Brasil e da Argentina reúnem-se hoje, em Buenos Aires, para avaliar propostas de exportação conjunta e prospecção de mercados. O encontro contará com dirigentes dos Ministérios da Agricultura (Mapa), do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), BNDES e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. O presidente da Câmara Setorial do Leite do Mapa, Rodrigo Alvim, espera reciprocidade na representação do setor e do governo da Argentina. (Correio do Povo/RS)

Parceria – O Brasil apresentará à Argentina proposta de parceria para exportar leite condensado, leite modificado (com c álcio e ferro) e manteiga. A coordenadora-geral de Desenvolvimento de Programas de Apoio às Exportações do MDIC, Cândida Cervieri, revela que os potenciais mercados seriam Rússia, México, EUA e África. “Para manteiga, destacam-se Rússia, Canadá e Egito”, exemplifica. No documento, elaborado em reunião da Câmara Setorial, em 20 de setembro, constam gargalos e perspectivas ao setor.

Preços/AR – O produtor Omar Pagliaricci, de Adélia Maria, Córdoba, se recupera de longa seca. “Aqui não chovia desde abril. Em setembro veio à chuva, e possibilitou crescimento dos pastos e iniciar o plantio de milho. A produção melhorou em relação a 2009. O pico do preço do leite, 1,47 pesos [R$ 0,83], foi atingido em junho. Baixou para 1,40 em julho [R$ 0,79] e 1,33 em agosto[R$ 0,75]. Mas tudo indica que haverá inversão da tendência. Em setembro o preço deve ser igual ou superior ao de agosto”. Os produtores da região estão voltando a investir. (Infortambo)

Primavera/AR – Depois de um inverno seco e frio, parece que a situação em Córdoba/Argentina começa a melhorar. “A produção cresceu 10% com as últimas chuvas. Foi muito importante porque com a seca e a nevascas, as alfafas estavam ruins. Mas com as chuvas de setembro os pastos melhoraram. Não esperávamos que as vacas tivessem potencial para produzir tanto”, disse o produtor Miguel Tomaselli. Com a média de 25 litros leite por animal, o produtor disse que as más expectativas para esta primavera, decorrentes das más condições do verão, não estão se confirmando. Até um mês atrás a situação era: seca, frio e previsão de queda nos preços. “Hoje está tudo ao contrário. Choveu. O plantio de milho começou. As al fafas estão respondendo muito bem. É uma grande primavera”, disse Ricardo Giarda. (Infortambo)

Inglaterra – A distribuição britânica quase triplica sua margem bruta na venda de leite na última década. Em 1999/2000, um litro de leite custava, em média, 0,47 €. Dez anos mais tarde o preço subiu para 0,75 €, e a distribuição multiplicou por 2,8 sua margem bruta. Em 1999/2000, dos 0,47 € que custava o leite no ponto de venda, o produtor recebia 0,21 €, (43%) seguido pela indústria 0,17 € (37%) e a distribuição 0,09 € (20%). Dez anos mais tarde, com o preço de 0,75 €, o produtor passou a receber 0,28 € (37%); a indústria 0,22 € (34%) e a distribuição 0,26 € (34%). A divisão ficou totalmente diferente. Outro dado importante é que nas campanhas 2008/2009 e 2009/2010 não variaram o preço médio do leite nas gôndolas, mas a distribuição aumentou sua margem de lucro, em 0,04 €/litro, a custo de reduzir e m 0,023 € ao produtor e 0,017 € à indústria. (Agrodigital)

 

Negócios

Concurso/AL – O Seminário para Produtores de Leite e Derivados (Proleite) vai trazer mais uma novidade este ano. Desta vez, o tradicional Concurso de Produtos Lácteos terá uma categoria nova: a do leite pasteurizado. Nos anos anteriores, o concurso, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Alagoas (Senai/AL), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e apoio das entidades do setor, avaliou iogurtes, manteigas, queijos e requeijão. Para Aldemar Monteiro, diretor-presidente da CPLA, a inserção do leite pasteurizado vai agregar valor à produção alagoana. (Melhor Notícia/AL)

Parmalat/Nestlé – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou ontem, por unanimidade e sem restrições, a operação de arrendamento, pela Nestlé, da maior unidade da Parmalat Brasil, localizada em Carazinho (RS). O julgamento foi realizado em conjunto com outros casos e não houve apresentação detalhada da avaliação dos conselheiros sobre a operação. Esse negócio, que não teve seu valor divulgado, foi anunciado no meio do ano passado e consiste na locação por 35 anos da planta gaúcha com a possibilidade de compra ao final do período. (Agência Estado)

Nestlé – Com a compra, a Nestlé será capaz de produzir leite de forma direta e independente pela primeira vez no Brasil. A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda recomendou a aprovação da operação sem restrições. No Cade, o processo esteve sob a relatoria do conselheiro Fernando Furlan. A unidade de Carazinho produz leite longa v ida, leites especiais, leite em pó, leite condensado e creme de leite. A capacidade de processamento da planta é de 1,6 milhão de litros de leite por dia (Agência Estado)

Porto Alegre – O Laticínio Porto Alegre Indústria e Comércio Ltda, detentor da marca Porto Alegre, com sede em Ponte Nova, na Zona da Mata mineira, está investindo R$ 30 milhões na construção de uma nova unidade em Ponte Nova. (Diário do Comércio)

Rebanho – As exportações de gado de leite para o Brasil começaram a aumentar logo depois de uma estabilização nos preços do leite e queda na produção. Mario Alvarez, operador de mercados explicou que os valores estão 50% acima dos preços do ano passado. Alvarez diz que até março e abril do ano que vem haverá um bom fluxo de comercialização. “A produção vai baixar e os produtores compram o rebanho para aproveitar o preço do leite, principalmente, produtores do Rio Grande do Sul ”, diz Alvarez. (Expectador.com)

 

Setoriais

Safra – A safra nacional neste ano deve alcançar 148,9 milhões de toneladas, superando em 11,1% a safra de 134 milhões de toneladas registrada em 2009, aponta a nona estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (Diário do Comércio)

Commodities – Os contratos futuros do trigo caíram pelo sétimo dia em oito pregões ontem, desta vez devido a especulações de que a demanda global pelo cereal possa cair na esteira da queda de preços do milho. Ambas as commodities são utilizadas na produção de ração animal. (Valor Econômico)

Máquinas – Os fabricantes brasileiros de máquinas agrícolas começaram a semana com as exportações de seus produtos suspensas para a Venezuela, um dos principais compradores de implementos agrícolas entre os países latino-americanos. No último domingo, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, expropriou a maior revenda de insumos e equipamentos agrícolas, a Agroisleña, empresa espanhola que está cerca de 50 anos no país. (Hoje em Dia)

Plantio – Os agricultores brasileiros começam um novo plantio de grãos para o ciclo 2010/2011. A nova safra deve ficar entre 145,72 e 147,93 milhões de toneladas, com uma redução que vai de 887,60 mil a 3,10 milhões de toneladas sobre a safra passada, que chegou ao recorde de 148,82 milhões t. Já a área destinada ao plantio deve variar entre 47,32 (-0,1%) e 47,99 (+1,3%) em relação à anterior (47,37 milhões de ha). (Conab)

 

Economia

IPCA – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a “inflação oficial” do país, ficou em 0,45% em setembro, conforme informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (7). O resultado ficou acima do de agosto, quando o índice teve variação de 0,04%. Em setembro de 2009, a taxa havia ficado em 0,24%. De acordo com a pesquisa, os preços do grupo alimentação e bebidas registraram avanço de 1,08% em setembro, sendo responsável por uma contribuição de 0,24 pontos percentual, mais da metade do IPCA do mês, segundo informou o IBGE. (G1)

Otimismo – O otimismo do consumidor brasileiro teve um ligeiro recuo em setembro ao atingir 118,3 pontos. Segundo o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), da Confederação Nacional d a Indústria (CNI), a queda de 0,8% na comparação mensal interrompeu uma série de quatro meses de avanço do indicador. Apesar do recuo, o Inec ainda permanece alto. Números acima de 100 indicam expectativa positiva. De acordo com a CNI, a leve queda pode ser explicada pela percepção negativa dos consumidores em relação à inflação e ao desemprego. (Valor Econômico)

Juros – O Banco Central Europeu (BCE) manteve todas as suas principais taxas de juros durante a reunião de política monetária realizada hoje. Pelo 17º mês seguido, a principal taxa, a de refinanciamento, permanece em 1% ao ano, enquanto as taxas para a linha de depósito no overnight e a taxa para a linha de empréstimo marginal continuam em 0,25% e 1,7% ao ano, respectivamente. A decisão já era esperada. (Agência Brasil)

Globalização e Mercosul

Exportação – A ampliação do prazo para a contratação de operações de câmbio para 1.500 dias, ou pouco mais de quatro anos, não deve alterar os negócios realizados pelos exportadores brasileiros, na avaliação do vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. (Agência Estado)

Crescimento – As economias da América Latina e do Caribe continuam desafiando as expectativas e o crescimento da região deverá ser de 5,7% neste ano e de 4% em 2011, informou hoje o Fundo Monetário Internacional (FMI), no relatório World Economic Outlook. O FMI elogiou especialmente o Brasil, o Chile, a Colômbia e o Peru – grupo que a instituição chamou de “LA-4”. A instituição espera que o Brasil cresça à taxa de 7,5% neste ano e de 4,5% em 2011. Segundo o FMI, a prioridade para a região agora é desfazer as medidas de estímulo econômico implementadas durante a recente crise financeira global, com p rimeiro foco na retirada dos estímulos fiscais e com os estímulos monetários sendo desativados mais lentamente. O FMI também aprovou o uso seletivo de controles de capital para limitar o fluxo de dinheiro. (Agência Estado)

Protecionismo – O alerta partiu do Brasil – ecoado por discursos do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles – e tomou conta da agenda econômica global. A crescente onda de desvalorização de moedas promovida por alguns países, tendo o objetivo de estimular suas exportações, pode se transformar em algo que as autoridades brasileiras chamaram de “guerra cambial”. Mas a coisa pode ser ainda mais profunda. Caso as disputas cambiais não sejam resolvidas, dizem especialistas, o mundo pode se ver diante de uma guerra protecionista, nos moldes da que acentuou a Grande Depressão econômica da década de 1930. (Último Instante)

Déficit da balança recua para menor valor desde mar/09

As exportações de produtos lácteos deram um salto em setembro e o déficit da balança comercial recuou para US$ 2,6 milhões. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), esse déficit foi 64,2% inferior ao registrado no mês de agosto, quando a balança apresentou resultado negativo de US$ 7,4 milhões, e 86,7% inferior ao registrado em setembro de 2009, quando o saldo foi negativo em US$ 19,9 milhões.

As exportações em setembro, que atingiram seu maior valor desde março de 2009 e, portanto, seu maior valor no ano, e foram a principal responsável pelo recuo no déficit da balança comercial de lácteos. Em valor, as exportações subiram 75,9% frente a agosto/10 e 115,6% frente a setembro/09, para US$ 17,7 milhões. Em volume, as variações foram de 77,2% sobre ago/10 e 72,9% sobre set/09 totalizando 6.812 toneladas.

Dois produtos tiveram significativa importância para tal aumento: o leite condensado e a manteiga. As exportações de leite condensado em setembro totalizaram US$ 8,48 milhões e, em volume, 4.168 toneladas, respondendo por 47,9% do valor total exportado e 61,2% do volume. O valor exportado mais do que triplicou frente ao mês anterior, quando foram exportados US$ 2,5 milhões de leite condensando. Já as exportações de manteiga, apesar de menor participação relativa – 10,8% em volume e 16,3% em valor – totalizaram US$ 2,8 milhões e 738 toneladas. Frente ao mês anterior essas quantidades são quatro vezes maiores.

Gráfico 1. Exportações de manteiga em 2010 (em quilos e valor).

Gráfico 2. Exportações de leite condensado em 2010 (em quilos e valor).

Em relação às importações, foi observado aumento do volume de 10,9% frente a agosto, para 6.744 toneladas e de 16,5% em valor, para US$ 20,3 milhões. A maioria dos produtos apresentou valores similares em quantidade e volume importados quando comparados a agosto de 2010, exceção foi o queijo, que apresentou crescimento de 59,8% no volume importado, retornando ao nível elevado de importação que se observou no período de Abril a Julho.

Gráfico 3. Importações de queijo em 2010 (mil kg).

No acumulado do ano, as importações de queijo totalizaram, em valor, US$ 57,58 milhões, 39,9% superior ao mesmo período de 2009. Em volume, esse acréscimo foi de 10,3%, totalizando 12.096 toneladas, indicando que até setembro desse ano tivemos 1.131 toneladas a mais de queijo do que no mesmo período de 2009.

Para os cálculos do saldo da balança comercial de lácteos foram considerados os produtos do capítulo 04 da Nomenclatura Comum do Mercosul (leite UHT, leite em pó, leite condensado, creme de leite, leite evaporado, iogurte, manteiga, soro de leite e queijos) e as comercializações de leite modificado e doce de leite (do capítulo 19 da NCM).

Equipe MilkPoint

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

Avenida Celina Chaves Kroeff, s/n
Parque de Exposições, Quadra 19
93270-530 – Esteio/RS
secretaria@apilrs.com.br