Notícias 06.10.2010

Leite/AL – A Cooperativa da Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), Senai, Sebrae e Sileal discutem quais os pontos mais relevantes para medir a qualidade da produção leiteira do Estado. O debate surgiu porque o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) decidiu lançar o Prêmio de Qualidade dos Produtores de Leite, durante o Seminário e Exposição para Produtores de Leite e Derivados (Proleite), que acontece nos dias 27, 28 e 29. Segundo Aldemar Monteiro, presidente da CPLA, o grupo pretende fazer com que os produtores primem pela qualidade e os laticínios paguem mais por isso. O Prêmio vai avaliar a densidade, o volume de água, gordura e as condições higiênico-sanitárias dos s istemas de produção. “Queremos que no futuro o leite alagoano esteja entre os melhores do Brasil, e para isso temos que mudar nossa postura no mercado”, disse Monteiro. (Alagoas em Tempo Real)

Leite/RN – A Emater-RN realiza Dia de Campo para pequenos produtores de leite do Agreste. O Torneio Leiteiro e Dia de Campo serão realizados nesta sexta-feira (8) e sábado (9), na Fazenda Macedônia, para cerca de 200 pequenos e médios produtores tendo em vista atender às demandas do Novo Programa do Leite. Os eventos contam com parceria do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Prefeitura Municipal e outras instituições. Segundo o coordenador dos eventos, o médico veterinário da Emater-RN, Fabiano Lima, a programação do dia de campo, é diversificada, com aulas teóricas e práticas, focando: reprodução e melhoramento genético, manejo sanitário, ordenha higiênica, Instrução Normativa 51 e alternativas alimentares e suplementação mineral . (Agência RN)

Leite/SC – A Epagri/SC e Cooperativas de Leite de Agricultura Familiar do Planalto Norte Catarinense (CLAF – Porto, CLAFMAV, COPERLEITE e COAFAPA) promovem o Seminário Regional de Produção de Leite a Base de Pasto, no dia 15 de outubro de 2010, em Porto União/SC, com o objetivo de dar apoio ao planejamento das propriedades leiteiras. Os temas serão: Os três pilares da cadeia produtiva do leite: produtor, indústria e mercado; Análise de sistemas produtivos e manejo alimentar em propriedades leiteiras; Pastagens perenes de verão em Santa Catarina; e Plantas tóxicas para bovinocultura leiteira. (Epagri/SC)

Lácteos – A Agência Australiana de Agricultura e Recursos Econômicos (ABARE) prevê recuperação dos preços de produtos lácteos em 2010/2011, em relação à campanha anterior. “A demanda global, particularmente da Ásia, Oriente Médio e Norte da África, deverá apoiar os preços”, disse o analista da ABARE, David Barrett. O preço da manteiga deve aumentar 6,4%, mais do que o do leite em pó, que pode crescer 4%. As incertezas ficam por conta dos esforços chineses em aumentar sua produção de leite. Em 2009 a China importou 176 mil toneladas de leite em pó integral, equivalente a 12% do comércio mundial. “Essas importações devem continuar a crescer até 2011, para cerca de 200 mil toneladas. Mas, a produção de leite da China começa a se recuperar do forte declínio verificado em 2008”, disse a ABARE, podendo reduzir as importações. (Agrimoney/Suíno.com)

Preços – Tradicionalmente os preços do leite na Nova Zelândia são inferiores aos da União Europeia (UE). Mas, uma vez que os preços da UE caíram, subiram na Oceania, e o dólar neozelandês está forte, os preços da Nova Zelândia estão se equiparando aos europeus. A Fonterra anunciou que pagará na campanha 2010/11 um preço médio em torno de NZ$ 6,90/kgMS, o qu e equivale a 29,09 €/100 kg [R$ 0,67 o litro]. De acordo com os últimos dados da Comissão Europeia (CE), o preço médio do leite da UE em agosto foi de 29,8 €/100 kg [R$ 0,69 o litro] e na Espanha de 28,4€/kg [R$ 0,66 o litro]. (Agrodigital)

 

Negócios

Ourolac – Criada há seis anos com foco na produção de queijos industriais, a goiana Ourolac viveu, momentos de grande otimismo seguidos por dificuldades financeiras. No começo de 2008, o laticínio decidiu investir R$ 40 milhões numa fábrica, em Rio Verde (GO), para produzir itens à base de lácteos destinados ao “food service”. A maior parte desse investimento – R$ 30 milhões – viria de um fundo de investimentos americano. Com a crise no fim de 2008, os recursos não vieram. Sem o aporte a O urolac teve de pedir recuperação judicial no fim de 2008, e suspender a operação de queijos industriais, mas manteve a produção de molhos e preparados para sorvetes, ambos à base de leite, em embalagens UHT flexíveis, para o food service. (Valor Econômico)

Aposta – Passados os momentos mais difíceis, a Ourolac já tem uma linha de crédito disponível para investir e voltar a crescer. O segmento de preparados para sorvete é a principal aposta, diante do potencial de crescimento do consumo de sorvete no país. Mas a companhia também planeja adaptar a planta de queijos industriais, hoje parada. Esses queijos são fornecidos para outras empresas que os processam. O plano da Ourolac é adequar a planta para que possa vender o queijo já processado a partir do primeiro semestre de 2012. Este ano, a empresa deve fechar com faturamento de R$ 50 milhões, mas a projeção é alcançar de R$ 80 milhões a R$ 100 milhões, em 2011, com novos contratos pa ra fornecimento em negociação, atualmente. (Valor Econômico)

 

Setoriais

Preços – O Índice quadrissemanal de Preços Recebidos pelo produtor rural paulista (IqPR) fechou o mês de setembro com alta de 5,43%. O levantamento é do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. O IqPR-V (grupo de produtos de origem vegetal) registrou elevação de 4,84% no período e o IqPR-A (grupo de produtos de origem animal) fechou o mês em alta de 6,88%. Em relação ao mês anterior, 16 produtos apresentaram alta de preços (12 de origem vegetal e quatro de origem animal) e quatro apresentaram queda (dois de origem vegetal e dois de origem animal). (Agência Estado)

Agroalimentos – O Brasil transforma apena s 30% de sua cadeia produtiva que é destinada ao exterior, enquanto outros países, como a China, exportam até 98% de seus produtos com alto valor agregado. Isso leva o país a exportar os grãos in natura a um valor muito abaixo do que se o produto recebesse beneficiamento. Para discutir esse tema, pesquisadores estão reunidos no 4º Congresso Internacional de Bioprocessos na Indústria de Alimentos (ICBF), em Curitiba. No ICBF 2010 – que pela primeira vez é realizado em um país da América Latina -, organizado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos Paraná (SBCTA), cerca de 1,3 mil participantes debatem estudos que vão trazer impacto para o consumidor final. (Agência Brasil)

Safra – A terceira estimativa de produção para safra 2010/2011 da AgraFNP é de 67,2 milhões de toneladas para soja; 28,7 milhões de toneladas para a safra verão de milho e 1,6 milhão de toneladas par a o algodão em pluma. Para a AgraFNP, o Brasil deverá produzir um volume de soja 2% abaixo do registrado na última temporada, embora deva ocorrer um pequeno aumento da área semeada. A produção de milho verão, por sua vez, deverá ser reduzida em 16%, tanto em função da perda de área para o cultivo de soja quanto pela diminuição na produtividade, em razão do clima esperado para o próximo verão. Já para as lavouras de algodão, o ganho de área será responsável pela elevação da produção no Brasil, patrocinado pelos altos preços pago na pluma. (DCI)

Economia

ICV – O Índice do Custo de Vida (ICV) registrou alta de 0,53% em setembro na capital paulista, de acordo com o cálculo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O resultado é mais do que o dobro da taxa de inflação verificada em agosto, quan do o indicador subiu 0,25%. Em setembro de 2009, o ICV tinha subido 0,27%. De janeiro a setembro de 2010, o ICV acumula alta de 4,17%. No período de 12 meses encerrado em setembro, a taxa acumulada é de 5,43%. No detalhamento do ICV de setembro por grupos, Alimentação (1 03%) e Habitação (0,87%) foram os conjuntos de preços que tiveram os aumentos mais significativos. Juntos, eles contribuíram com 0,49 ponto porcentual do índice de setembro. (Agência Estado)

Produção – A produção industrial teve queda em 9 das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em agosto, descontadas as influências sazonais. De acordo com levantamento divulgado nesta quarta-feira (6), o Paraná apresentou o maior recuo, de 7,2%. No período, a queda geral registrada, considerando todas as regiões, foi de 0,1%. (G1)

IPC-31 – A inflação percebida pelos idosos perdeu força no te rceiro trimestre deste ano. É o que mostrou o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a inflação sentida pela população idosa, que subiu 0,05% no terceiro trimestre de 2010. A taxa é menor que a apurada no segundo trimestre, quando houve avanço de 0,92%, segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, o IPC-3i acumula alta de 4,25% em 12 meses. (Agência Estado)

 

Globalização e Mercosul

Crescimento – O comércio mundial, após a grande queda de 2009, crescerá 12% este ano, segundo previsões da Organização Mundial do Comércio (OMC) antecipadas à Agência Efe por seu diretor geral adjunto, Alejandro Jara. O diretor lembrou que o comércio mundial teve queda de 9% em 2009, algo que ele q ualificou como “brutal” e atribuiu quase exclusivamente à contração da atividade econômica após a crise. “Alguns países adotaram medidas restritivas ou protecionistas, mas a maioria foi transitória, limitada e sua incidência no mercado mundial foi mínima”, ressaltou. Jara calculou que apesar da recuperação do comércio mundial, para chegar ao volume anterior à crise, será necessário que o comércio cresça no ritmo previsto para 2010 durante dois anos. (Agência EFE)

Empregos – Para que os efeitos positivos do comércio sejam sentidos no mercado de trabalho, será preciso mais tempo, pois “a recuperação econômica não será acompanhada necessariamente de uma recuperação do emprego”, afirmou Alejandro Jará, da OMC. O especialista destacou que a recuperação está sendo mais vigorosa nas economias emergentes, sobretudo em Brasil, China e Índia: “estas economias estão gerando uma demanda por importações maior que as desenvolvidos”. Em relação à s negociações da Rodada de Doha para uma maior liberalização do comércio mundial, Jara confirmou que o principal tema das conversas continua sendo a agricultura, embora no pacote haja medidas que abranjam outros setores. (Agência EFE)

Pobreza – O Brasil poderá eliminar a pobreza em 20 anos, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar (Pnad) analisados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o levantamento, o Brasil vem reduzindo a desigualdade de renda desde 2001 e também o número de pessoas na linha de pobreza. (Valor Econômico)

Clima – A organização da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-16) começou nesta segunda, dia 4, em Tianjin, no Leste da China, uma série de reuniões preliminares sobre o tema para o evento que ocorrerá em novembro, em Cancún, no México. Serão seis dias de debates. Para especialistas, é a oportunidade de se encont rar denominadores comuns e salvar os esforços internacionais por um acordo sobre o clima – fortemente abalados desde a COP-15, a reunião do clima que ocorreu no ano passado, em Copenhague, Dinamarca. (Agência Brasil)

Europa – De acordo com os últimos dados revelados pela Eurostat, departamento de estatísticas da União Europeia, as vendas do varejo europeu caíram, em agosto, 0,4% na zona euro e de 0,3% na UE27, em relação a julho. Comparando com agosto de 2009, os dados mostram um aumento de 0,6% das vendas na zona euro e de 0,8% na UE27. Na análise mensal feita pela Eurostat o setor “alimentos, bebidas e tabaco” caiu 0,7% na zona do euro e 1% na UE27. As maiores quedas foram registradas na Áustria (-3,6%), Eslovênia (-2,6%) e Malta (-2,1%), e maiores altas na Romênia (5,2%), Lituânia (+1,3%) e Espanha (+1,1%). A Eurostat aponta queda de 1,1% no setor “alimentos, bebidas e tabaco”, neste agosto de 2010, em relação a agosto de 2009. (Hipersuper)

Preços no leilão da Fonterra se mantém firmes

A firmeza do mercado mundial de lácteos refletiu nos preços no último leilão da Fonterra, realizado ontem (5), através da plataforma de vendas online, globalDairyTrade. O segundo leilão do mês registrou leve recuo de 1,3% para todos os produtos comercializados frente ao leilão de 15 de setembro. Segundo o ASB Commodities Weekly (NZ), o resultado foi positivo para o mercado internacional já que os preços continuam sob níveis historicamente altos.

Segundo o ASB Commodities Weekly (NZ), “o último leilão da Fonterra sinalizou um leve recuo no preço das commodities na Oceania. Consideramos o resultado positivo para o mercado internacional de lácteos já que os preços continuam sob níveis historicamente altos. O mercado parece estar bem equilibrado”.

“A recente alta (referindo-se aos dois leilões anteriores) ocorreu apesar do aumento da oferta em alguns importantes países exportadores. A produção nos EUA em agosto foi 2,7% maior frente a 2009 e a produção no Oeste da Europa está sob níveis maiores que da última safra. A produção australiana e neozelandesa ainda não decolaram, mas a expectativa é de uma safra superior à anterior. Não esperamos que o aumento da produção mundial tenha efeito nos preços em curto prazo, porém, um excesso de oferta pode influenciar os preços futuros, particularmente no inicio de 2011”, finalizou o relatório.

O preço médio alcançado para todos os produtos e períodos contratuais para o leite em pó integral (WMP) foi de US$ 3.521 por tonelada, posto na Nova Zelândia (antes do embarque). Este valor representou um reajuste negativo de 2,1% em relação ao leilão anterior. Os preços médios variaram de US$ 3.484 a US$ 3.565/t.

A média dos valores dos contratos para o primeiro período – dezembro de 2010 – foi de US$ 3.549/t, apresentando queda de 2,7% frente ao último leilão. Para o segundo período – janeiro a março de 2011 -, os contratos foram negociados a US$ 3.484/t, na média, recuo de 2,2%. Os contratos para o terceiro período – abril a junho de 2011 – foram fechados com média de US$ 3.565/t e apresentaram-se praticamente estáveis (0,6%) em relação ao leilão de 15. Foram negociadas 21,5 mil toneladas de leite em pó integral da Nova Zelândia e 250 toneladas da Austrália (volume apenas para o 1º período contratual – dezembro/10).

O preço médio dos contratos de leite em pó desnatado (SMP) foi de US$ 3.221/t, apresentando leve recuo de 0,9% em relação ao leilão anterior. A média dos valores dos contratos para o primeiro período foi de US$ 3.153/t, praticamente estável (-0,3%) em relação ao leilão anterior. Para o segundo período os contratos foram negociados a US$ 3.209/t, na média, também praticamente estável (+0,6%) frente ao leilão de 15 de setembro. Para o terceiro período, os contratos apresentaram variação negativa de 5,6%, negociados na média a US$ 3.357/t. No total, foram negociadas 7 mil toneladas de leite em pó desnatado (apenas volume da Nova Zelândia).

Equipe MilkPoint, com informações da globalDairyTrade e do ABS Report.

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