Preços/SP – O preço do leite pago ao produtor divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp/Senar-SP), registrou, em março/2010 o valor de R$ 0,726 para o leite tipo Leite B, e R$ 0,623 para o Leite C Cota. A média de março/2009 a março/2010 ficou em R$ 0,727 para o Leite B e R$ 0,647 para o Leite C Cota. Não houve cotação para o Leite Excesso. Foram pesquisados 57 laticínios em 49 municípios. (www.terraviva.com.br)
Longa Vida/RS – O preço do leite longa vid a atingiu em março, na Região Metropolitana de Porto Alegre, o maior aumento para o período desde 2002, surpreendendo consumidores e indústria. Elevações mais acentuadas ocorrem tradicionalmente em junho e julho, quando a produção é afetada pela redução das pastagens devido ao inverno. Medido pelo Centro de Estudos e Pesquisa Econômicas (Iepe), da UFRGS, o preço médio do litro do leite saltou de R$ 1,64 em fevereiro para R$ 1,80 em março, aumento de 9,76%. – Tivemos uma pressão de alta típica do período do inverno – reforça José Antonio de Seixas Vilanova, economista do Núcleo de Estatística do Iepe. Apesar de receber um pouco mais, os produtores ainda não têm reajuste na mesma proporção do aumento do setor varejista. (Zero Hora/RS)
Leite/GO – De dezembro de 2009 a março deste ano, o preço do leite ao produtor registrou aumento de 60% no Estado de Goiás. A elevação é repassada ao consumidor pela indústria de forma gradativa e deve ria vir diluída nos diversos derivados do produto. Porém, como o leite longa vida apresenta maior demanda, o consumidor sente o impacto do repasse feito através do item. No fim de fevereiro o litro do leite custava cerca de R$ 1,30, chegou a R$ 1,95 no início de março e a R$ 2,15 na metade do mês. Atualmente, o leite pode ser encontrado por até R$ 2,30 nos supermercados da Capital. De acordo com o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás (Sindileite), Alfredo Luis Correa, o aumento aos produtores refere-se ao leite vendido em dezembro (pago em janeiro) até março. Segundo ele, Goiás é o maior parque industrial de leite longa vida, mas o aumento se deve à safra antecipada, com as chuvas. (Diário da Manhã/GO)
Preço/PR- Com base no acompanhamento semanal de preços feito por O Diário e o Departamento de Estatística da Universidade Estadual de Maringá, o preço do leite aumentou 23,9%, para o litro do tipo integral, e 24,74%, para a lata do tipo integral em pó. O leite da marca Batavo, que custava R$ 1,59 na primeira semana do ano, na média de nove estabelecimentos pesquisados em Maringá, agora custa R$ 1,97. No mesmo período, a lata de leite em pó, com conteúdo entre 400 e 500 gramas, passou de R$ 4,89 para R$ 6,10. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, a principal causa para o aumento no preço do leite tem sido o excesso atípico de calor e chuvas. “Esses fenômenos, que já vêm ocorrendo há aproximadamente três meses, estão prejudicando o bom funcionamento fisiológico das raças leiteiras, ocasionando decréscimo na produção”, diz o médico veterinário da Seab, Fábio Peixoto Mezzadri. No Estado, a queda na produção ch ega a 15%. (Diário Online/PR)
ICMS/RS – Os resfriadores de leite foram incluídos no convênio de ICMS n 52/91, do Confaz, que prevê redução na base de cálculo. A medida deve ser normatizada em duas semanas no RS, segundo a Secretaria da Fazenda. A queda deve ser de 7% para 4,1% ou de 12% para 7%, conforme o destino. (Correio do Povo/RS)
ICMS/CE – O secretário estadual da Fazenda, Mauro Filho, anunciou os novos setores e produtos a serem beneficiados com redução de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), dentro da atual política estadual de desoneração fiscal. Uma das desonerações irá para o setor leiteiro. “Eu vou fazer uma regulação do leite também. Está entrando muito leite de fora no Estado e isso está afetando os produtores do Ceará. Vou fazer um calibre tanto da pauta do leite longa vida como do leite in natura, que também está entrando”, afirmou o secretário. Mau ro Filho destaca que a intenção é deixar o leite mais competitivo no Estado. Segundo ele, a nova pauta de desonerações foi autorizada ontem pelo governador. Será, então, preparado o projeto de lei para levar ao Legislativo. (Portal Agronegócio)
Consumo – Alimento que compõe a dieta de muitos brasileiros, o leite precisa passar por um caminho bem longo pra chegar á mesa do consumidor com boa qualidade. Aqui no Brasil o consumo de leite ainda é pequeno se comparado com países da Europa e América do Norte. No ano passado foram dez bilhões de litros, 2,5% a mais do que em 2008, mesmo assim se comparado com o de outros países, o brasileiro ainda bebe pouco leite. Em uma pesquisa do IBGE feita o ano passado, por dia, uma pessoa bebe em média 104 mls. São 38 litros por ano. Já nos países europeus e na América do Norte, o consumo por pessoa é de 465 mls por dia. São 170 litros por ano. (MS Record)
CPLA – A Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA) tem forte cunho social ao distribuir 53 mil litros de leite/dia para as famílias carentes do Estado e gerar 4.900 empregos diretos e indiretos nos 102 municípios alagoanos. Esses números podem crescer a partir da otimização da capacidade instalada de 300 mil litros de leite/dia, levando ao consumidor leite longa vida e achocolatados com a marca CPLA. Para o presidente da CPLA, Aldemar Monteiro, é uma forma de agregar valor ao produto não absorvido pelo Programa do Leite e melhorar a renda dos agricultores familiares. “Reúne todas as condições de substituir em termos de geração de emprego e renda qualquer outra indústria que venha a instalar em Alagoas”, declara o cooperado Fernando Medeiros, do Laticínio Degust. (Alagoas Negócios)
Protestos – A Câmara Setorial do Leite da região Oeste da França (CILOUEST) assinou um acordo sobre o preço do leite nesse segundo trimestr e do ano. € 264,84 por mil litros em abril, € 269,84 por mil litros em maio e € 294,84 em junho. A Associação dos Produtores de Leite Independentes (Apli), que não fazem parte da Cilouest, protestaram levando para as praças, esposas, filhos e cartazes dizendo “Não ao Liberalismo” e “Preço mínino do leite: € 0,40”. Em março de 2009 o leite era pago a € 0,35 e hoje os produtores estão recebendo € 0,26. (Agrisalon)
Negócios
Batavo – A Cooperativa Agroindustrial Batavo vai investir R$ 35 milhões na implantação de uma unidade de beneficiamento de leite em Ponta Grossa (PR), informou a prefeitura do município. A planta vai beneficiar leite a granel para fornecer a grandes consumidores. Segundo Renato Greidanus, diretor-presidente da Batavo , o leite recebido de produtores da região – cooperados ou não – será beneficiado e poderá ser vendido para outros Estados. Por enquanto não haverá venda no varejo, mas o plano da Batavo é, em três a quatro anos, investir outros R$ 25 milhões para implantar linhas de leite longa vida e outros subprodutos. (Valor Econômico)
Sorvetes – Terminado o verão a Associação Brasileira das Indústrias de Sorvete (Abis) permanece otimista e prevê que o setor consiga atingir 1 bilhão de litros até o final deste ano. Investimentos em desenvolvimento tecnológico e estudos nutricionais prepararam o setor para atingir esta meta. Entre as principais ações está um projeto de exportação e aumento do Mercado Nacional, através da Alimentação Escolar. O mercado de sorvetes no Brasil movimenta cerca de R$ 2 bilhões por ano, e é representado por 10 mil fabricantes, 90% dos quais micro e pequenas empresas, que geram 100 mil empregos diretos. Entre 2002 e 20 09, o consumo total de sorvetes no Brasil cresceu 39,5%. A Abis trabalha em busca de uma conscientização de que o sorvete não é apenas uma guloseima, mas um alimento nutritivo. A tendência do setor aponta para a entrada definitiva do produto no rol dos alimentos lácteos. Uma opção principalmente para as pessoas que por hábito, gosto ou intolerância à lactose, não ingerem lacticínios na quantidade necessária. (Maxpressnet)
Páscoa – Não adiantou o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) alertar para a “armadilha” dos ovos de Páscoa com brinquedos – que custam o dobro da média, mas apresentam um terço a menos de chocolate. As guloseimas com brindes puxaram as vendas das maiores redes varejistas do país, que ontem contabilizavam uma Páscoa entre 15% e 30% mais gorda em relação à de 2009. O grupo Pão de Açúcar – que no varejo alimentício engloba as bandeiras Pão de Açúcar, CompreBem, Extra, Sendas e Assai – comprou cerca de 10 milhões de ovos nesta Páscoa, entre marcas próprias e da indústria. No Carrefour, o crescimento das vendas foi da ordem de 20%, acima das expectativas iniciais, que giravam entre 15% e 18%. O Walmart ainda está fechando os números, mas estima que a venda tenha sido entre 15% e 20% maior em relação à do ano passado. (Valor Econômico)
História – O Conselho Municipal de Turismo (Comtur) e a Prefeitura de São João Batista do Glória (MG) abriram no último dia 31 de março a exposição “O Leite e o Glória”. O propósito é mostrar peças antigas e modernas usadas na produção leiteira por meio de objetos e fotos, além de dados que evidenciam a importância da atividade para a cidade. O evento prossegue até 30 de abril diariamente, de 9h às 21h, no Centro de Apoio ao Cidadão. A mostra terá venda de artesanato e derivados do leite. De 8 a 11 de abril, a partir de 18h, acontece a 1ª Festa do Leite de São João Batista do Glória. O evento também pretende valorizar a importância cultural e econômica do leite para o município. (ClicFolha)
Setoriais
IqPR – O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos (IqPR) pelo produtor rural paulista encerrou o mês de março com variação positiva de 4,45%. O levantamento é de pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. O IqPR-V (produtos de origem vegetal) registrou alta de 5,75% no período, enquanto que o IqPR-A (produtos de origem animal) fechou com variação positiva de 1,57%. No mês passado, 12 produtos apresentaram alta de preços (sete de origem vegetal e cinco de animal) e sete apresentaram queda (seis de origem vegetal e um de origem animal). (Agência Estado)
Missão – Empresários, produtores rurais e dirigentes de entida des de classe do setor agropecuário em Goiás participam, entre os dias 7 e 16 de abril, de missão à China, coordenada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pelo governo do estado. A programação inclui seminários sobre o perfil do agronegócio brasileiro, visitas técnicas a indústrias processadoras de alimentos e encontros com importadores e representantes de governo nas cidades de Xangai, Hong Kong e Pequim. “Vamos continuar a prospecção de mercado naquele país para a exportação de produtos agroindustriais. As negociações sanitárias do Mapa já avançaram em bovinos e lácteos e, agora, queremos colocar nossos empresários em contato com potenciais compradores”, afirmou o diretor de Assuntos Comerciais do Mapa, Benedito Rosa, chefe da delegação que contará com representantes dos setores de café, carnes, soja, arroz, milho, feijão, trigo e lácteos. (Mapa)
Milho/SP – Tanto a oferta quanto a demanda de milho d everão crescer 2,6% em São Paulo em 2010 na comparação com 2009, conforme a primeira estimativa da Câmara Setorial de Milho da Secretaria de Agricultura do Estado para o comportamento desse mercado no ano. O levantamento aponta que a oferta total, levando-se em consideração as duas safras (verão e inverno) e os estoques, alcançará 8,714 milhões de toneladas, ante 8,490 milhões no ano passado. Já a demanda deverá passar de 7,904 milhões de toneladas, em 2009, para 8,109 milhões em 2010. A matemática mostra, portanto, que o “saldo” crescerá 3,2%, de 586 mil para 605 mil toneladas neste ano. (Valor Econômico)
Economia
IPC-S – A inflação na cidade de São Paulo perdeu força entre a terceira e a quarta quadrissemanas de março. O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou na capital paulista, passando de 0,81% para 0,77% no período, informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A entidade anunciou os resultados regionais de inflação das sete capitais usadas para calcular o índice. Cinco das sete cidades pesquisadas apresentaram inflação menos intensa no mesmo período. Além de São Paulo, é o caso de Belo Horizonte (de 0,75% para 0,71%), Brasília (de 0,42% para 0,35%), Porto Alegre (de 1,21% para 1,17%) e Rio de Janeiro (de 1,13% para 1,10%). Já as duas cidades restantes apresentaram aceleração de preços. É o caso de Salvador (de 0,44% para 0,50%) e Recife (de 0,91% para 1,15%). (Agência Estado)
Globalização e Mercosul
Decreto – O governo venezuelano decretou um aumento de quase 100% no preço do leite, um dos alimentos vendidos com valor regulado, um mês após a alta de outros produtos da cesta básica, como o frango e o açúcar. O aumento afetou principalmente o leite comum, que em sua embalagem de 1,8 litro subiu de 4,48 bolívares, preço estabelecido desde 2008, para 8,30 bolívares. Outros produtos derivados, como o leite em pó, registraram altas menores. No início de março, o governo do presidente Hugo Chávez, decretou até 30% de aumento nos valores do frango, do açúcar e do arroz. Na Venezuela, também são regulados há mais de cinco anos os preços de outros produtos básicos, como macarrão, óleo e café. Segundo críticos do governo, este sistema gera desabastecimento, porque não incentiva os produto res nacionais. (Jornal do Brasil)
França – Pesquisa no setor rural francês detectou que 13% dos agricultores pretendem abandonar a atividade em 2010, a maioria por dificuldades financeiras. O fenômeno abrange toda a população rural, não apenas os mais idosos que pretendem se aposentar. Os agricultores atribuem as dificuldades à queda dos preços dos produtos agropecuários, aumento do custo de produção, e dificuldades em atender os regulamentos sanitários. (Agrisalon)
GABINETE DEPUTADA ZILÁ BREITENBACH – PSDB
Zilá acompanha integrantes da Apil em audiência na Fazenda
Produtores de leite querem 7% de crédito sobre matéria-prima
A deputada Zilá Breitenbach (PSDB) acompanhou nesta terça-feira, 06, integrantes da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do RS (Apil) em audiência com o secretário estadual da fazenda, Ricardo Englert. Na ocasião, foi reivindicada a criação de crédito de 7% do imposto pago sobre o leite utilizado como matéria-prima para a confecção de queijos.
De acordo com a Apil, o Estado cobra hoje uma tributação final sobre o queijo de 10,20% muito acima dos demais produtores no país: São Paulo zera os impostos, Santa Catarina cobra 1,64% e Paraná, 3,6%). Estes valores levam em conta ICMS interno e presumido na entrada e na saída de produtos. Conforme a deputada Zilá, “o crédito de 7% pedido pela associação reduziria a taxa para 3,95%, ainda mais alta que a média do setor”.
O secretário da fazenda vai encaminhar o pedido da entidade para análise e deverá entrar em contato com os integrantes da Apil nos próximos dias.
Camila Ferro
Jornalista