Leite/RS – A produção de leite no Rio Grande do Sul está normalizada na maioria das regiões produtoras do Estado, mas a redução das chuvas pode prejudicar o desenvolvimento da atividade, informou o relatório semanal divulgado pela Emater. Os produtores estão preparando o solo ou a dessecação das áreas para a implantação da pastagem de verão e dos cultivos de milho ou sorgo para silagem. No entanto, a falta de umidade está dificultando a germinação e a emergência das plântulas. O preço do leite está com uma leve tendência de queda, atualmente o preço está entre 50 e 70 centavos o litro. Os pequenos produtores que produzem à base de campo nativo começam a apresentar aumento de produçã o, mas a recuperação é muito lenta. (Só Notícias)
Produção/MS – Segundo o IBGE (2010), os dados do último Censo Agropecuário evidenciam que a produção de leite no Mato Grosso do Sul é oriunda de 23.970 propriedades, o que representa cerca de 40% de todas as propriedades rurais do Estado. Destas propriedades citadas, cerca de 70% são caracterizadas como propriedades leiteiras de origem familiar. Ressalta-se que 72% das propriedades possuem até 50 hectares e 82% produzem até 200 litros de leite por dia. No aspecto social, estima-se que a pecuária leiteria no Estado, empregue tanto na forma familiar quanto empresarial, cerca de 74 mil pessoas, o que representa 35% da força de trabalho presente no campo. (Seprotur/MS)
Produção/SC – Santa Catarina produziu 2,13 bilhões de litros de leite em 2008, um incremento de 14% sobre a produção do ano anterior. Os dados são do IBGE. A mesorregião do su l catarinense é responsável por 8,2% da produção estadual. Pode parecer pouco, especialmente frente ao oeste, a grande bacia leiteira de Santa Catarina (responsável por 72,4% da produção), mas não é. E os primeiros números desta nova ‘cara do leite’ na região já são palpáveis. O sul catarinense aumentou a produção em aproximadamente um ponto percentual em relação às outras bacias, e igualou a quantidade de litros coletados com a bacia do Vale do Itajaí, cuja produção corresponde a 9,6% do total do estado. 350 mil litros de leite são recolhidos e processados por dia pela agroindústria da bacia leiteira do Vale do Braço do Norte. 11 pequenos laticínios atuam na região. (Notisul)
Preço/SC – Braço do Norte é o município líder na produção de leite. 50 mil famílias catarinenses complementam a renda com a produção de leite. Este dinheirinho a mais evita, inclusive, o êxodo rural, porque as safras anuais – como o fumo e o arroz, por exemp lo – não garantem o sustento. No fim do primeiro semestre, com o clima instável, a família rural contabilizava um empate entre prejuízo e lucro. O litro custava R$ 0,60. Hoje, o valor está um pouco melhor: R$ 0,65. Para o consumidor, o preço do litro do alimento também segue uma constante. E a boa notícia é que devem continuar congelados pelo menos até o fim deste ano. Em Tubarão, por exemplo, o valor mínimo do alimento nos supermercados é de R$ 1,44, para uma marca importada. Entre as nacionais, o menor valor é de R$ 1,66. (Notisul)
Leite/MG – O mês de outubro registrou alta no preço do leite tipo C no país. Em Leopoldina, na zona da mata de Minas Gerais, o aumento surpreendeu os produtores que esperavam uma queda com a chegada do período de safra. A maior cooperativa de leite da zona da mata de Minas Gerais fica em Leopoldina. A captação de leite em 22 municípios da região caiu. Em outubro, foram 170 mil litros. São 30 mil litro s a menos do que no mesmo período de 2009. “As chuvas atrasaram cerca de 30 dias. Com isso, o mercado ficou mais comprador e faltou leite. Isso permitiu que a gente aumentasse o preço na ponta e repassasse esse preço ao produtor”, disse Luiz Eduardo Araújo, gerente de operações da cooperativa. (Globo Rural)
Financiamento – Os membros do Conselho Integrado de Desenvolvimento (Coind) aprovou pedido de financiamento da Barbosa & Marques S.A de Governador Valadares (MG). O laticínio produz o leite das marcas Zero e Total e o queijo Regina. Com a geração de 46 novos empregos diretos, o projeto prevê o empréstimo de R$ 25,37 milhões para capital de giro do laticínio. A empresa está investindo R$ 1,1 milhão na instalação de uma estação de tratamento de água e de uma unidade de membranas para a filtração de salmouras, visando melhorar a qualidade dos produtos. A Barbosa & Marques também está adquirindo equipamentos para envase de queijo ralado, que automatizará o processo, além de dois silos, com capacidade de 125 mil litros cada, para estocagem de soro de leite. (Agência Minas)
Barbosa & Marques – A produção diária da unidade industrial é de 100 mil litros de leite longa vida, além de 250 toneladas por mês de soro de leite em pó, 20 toneladas por semana de manteiga, 40 toneladas semanais de creme de leite UHT e 20 toneladas por semana de achocolatado. Com a execução do projeto, a capacidade de queijo ralado passará de 600 toneladas para 900 t/ano e a produção de soro de leite em pó, que é de três mil toneladas, será ampliada para 9 mil t/ano, a partir de 2013. Em futuro próximo, a Barbosa & Marques pretende investir na instalação de uma linha de produção de leite condensado. (Agência Minas)
BNDES – Em relatório, que foi aprovado na quarta-feira (3) por uma subcomissão da Comissão de Agricultura, Pecuária, A bastecimento e Desenvolvimento Rural, foi proposto a criação de linhas de crédito destinadas às pequenas e médias empresas processadoras de alimentos e de mais uma diretoria no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), voltada ao agronegócio e ao cooperativismo. (Boletim Agência Câmara)
Fusão – Foi cancelada, por falta de quorum, a reunião que ocorreria ontem (4) da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural que votaria o relatório com recomendações ao processo de fusão entre as empresas Sadia e Perdigão. O relatório, de autoria do deputado Zonta (PP-SC), foi aprovado, na quarta-feira (3), em subcomissão criada para analisar o assunto. (Boletim Agência Câmara)
Chile – Nos primeiros oito meses do ano, foram captados 1,128 bilhões de litros de leite, no Chile, uma variação de 7,2% em relação ao mesmo período de 2009. A Soprole, controlada pe la neozelandesa Fonterra, recebeu 290,5 milhões de litros (25,5%), crescimento de 7,4%. Colun recebeu 254 milhões de litros (22,3%), crescendo 17,2%. A Nestlé, em joint venture com a Fonterra, recebeu 20% da produção do país, correspondente a 227,7 milhões de litros, aumento de 11,1%. Em quarto lugar está a Watt’s que com seus 135 milhões de litros captados, fica com 11,9% da produção chilena, conseguindo um crescimento de 10,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Estas quatro empresas juntas captam 78,2% de todo o leite produzido no Chile. (Estratégia Online)
Preços/Chile – Os preços médios pagos aos produtores do país, entre janeiro e agosto, tiveram variação 10%, ou 174,4 pesos, contra 158,5 de 2009. O Chile exportou o equivalente a 14,5% da captação nacional, ou seja, 207 milhões de litros. (Estratégia Online)
FrieslandCampina – O preço garantido pela cooperativa europeia FrieslandCampina para o mês de novembro foi de 35,65 €/100 kg de leite [equivalente a aproximadamente R$ 0,88/litro], 1 € a mais que o mês de outubro. Os preços na Alemanha, Dinamarca, Holanda e Bélgica continuam a apresentar tendência moderada de alta. Em relação aos 29,75 € [R$ 0,73/litro] pagos em novembro de 2009, é um aumento de 5,90 €. (FrieslandCampina)
Fonterra – A previsão do preço do litro de leite para o produtor neozelandês em 2010/2011 ficará em média NZ$ 6,60/kgMS [aproximadamente R$ 0,70]. Segundo o Presidente da Fonterra Sir Henry van der Heyden os preços do mercado do leite estavam segurando melhor do que o inicialmente esperado, trazendo uma expectativa de aumento na previsão do preço do leite. No entanto, o recente fortalecimento do dólar da Nova Zelândia contra o dólar dos EUA significou que não era prudente aumentar a previsão neste momento. (Fonterra)
Negócios
Kraft – A americana Kraft Foods, segunda maior companhia de alimentos do mundo, reportou ontem um lucro líquido 8,5% menor no terceiro trimestre do ano em relação ao mesmo período do ano passado, chegando para US$ 754 milhões, segundo a Bloomberg. As vendas da fabricante do bombom Sonho de Valsa subiram 9,3% na América do Norte, impulsionadas pelos biscoitos Ritz e Chips Ahoy!. O faturamento cresceu 70% em mercados em desenvolvimento, graças ao desempenho dos cookies Oreo na China e do biscoito salgado Club Social no Brasil. (Valor Econômico)
Unilever – A Unilever, gigante anglo-holandesa, divulgou lucro de US$ 1,77 bilhão para o terceiro trimestre, uma alta de 19% ante um ano atrás proporcionada pelo crescimento em mercados emergentes. Ela avisou, porém, que os mercados continuam difíceis na Europa e nos EUA. (Valor Econômico)
Nestlé – A número um do mundo em produtos alimentícios, a suíça Nestlé, poderá aliar-se ao maior grupo lácteo da Europa, a francesa Yoplait, avaliada em US$ 1.800 milhões. A Nestlé prepara algumas opções de oferta para compra de 50% das ações que estão nas mãos do fundo de investimentos PAI. Os outros 50% do capital da Yoplait pertencem à cooperativa agrícola Sodiaal. Concorre com a Nestlé, a americana General Mills, que distribui os produtos Yoplait nos Estados Unidos, que representa 48% das vendas da empresa. Presente em 50 países, a Yoplait possui 1.500 funcionários, sendo 1.300 na França. A marca fatura em torno de 3,5 milhões de euros no mundo, com vendas diretas e franquias. É a segunda marca mundial de produtos lácteos fres cos, atrás apenas da Danone. (Agrisalon)
Setoriais
Preços – O IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) – vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado -, encerrou outubro com variação positiva de 2,37%, determinada por altas tanto no grupo formado por 14 produtos de origem vegetal (2,51%) quanto naquele composto por seis produtos de origem animal (2,01%). Foi o terceiro salto mensal seguido, que elevou a valorização acumulada do indicador nos últimos 12 meses para 33,61%. Nessa comparação, os vegetais têm ganhos médios de 37,93% e os animais, de 21,72%. Em relação a outubro de 2009, as principais disparadas são as da laranja para indústria (150,39%), da laranja para mesa (145,41%) e do feijão (142,36% ). (Valor Econômico)
Funrural – O Tribunal Regional Federal da 4ª Região voltou atrás na decisão que obrigava as cooperativas paranaenses Agropecuária Castrolanda, Batavo e Capal a recolherem Funrural. O presidente do tribunal, Vilson Darós, ao decidir o mérito, mudou o parecer declarando que a lei 10.256/02 não foi capaz de corrigir a inconstitucionalidade da 8.540/91. Em junho, ele determinou pagamento. (Correio do Povo/RS)
Commodities – A alta acelerada dos preços das commodities afeta o bolso dos consumidores. Apesar de o Brasil liderar a produção mundial de vários alimentos, os preços internacionais afetam os praticados internamente, já que o país é, também, exportador. Ao superar 30 centavos de dólar por libra-peso (454 gramas) ontem em Nova York, o açúcar ficará mais caro não só nos supermercados como também dará sustentação aos preços do álcool que será utilizado nos carros. Os d ados de inflação de ontem da Fipe já indicam altas do pão, do café, do óleo de soja e das carnes, como reflexo de reajustes no mercado externo. A alta das commodities pode trazer problemas até para os produtores. Quando os fundos de investimento saírem do setor, os preços desabam, desestruturando o setor. (Folha de SP)
Economia
Cesta – A cesta básica ficou mais cara em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em outubro. A maior alta foi registrada em Curitiba. Os preços na capital paranaense subiram 5,78%. Goiânia e Belo Horizonte vieram em seguida, com 5,64% e 5,50%, respectivamente. A única capital a registrar queda nos preços foi Aracaju, onde houve recuo de 0,67 % em outubro. São Paulo, que teve alta de 5,27% nos preços da cesta básica em outubro, mantém a liderança no custo dos produtos alimentícios essenciais. A cesta na capital paulista estava em R$ 253,79. O custo da cesta básica em Porto Alegre é o segundo mais alto do país. (Folha de SP)
Redução – A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu o Imposto de Importação de 167 produtos até 30 de junho de 2012. As duas resoluções que preveem as diminuições no tributo foram publicadas nesta quinta-feira no Diário Oficial da União. Uma das resoluções reduz de 14% para 2% o Imposto de Importação de 161 bens de capital. A outra determina diminuição de 16% para 2% no imposto para seis bens de informática e telecomunicações. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a redução temporária do imposto possibilita aumento da inovação tecnológica por parte de empresas de diferentes segmentos e garante um nível de proteção à indústria nacional de bens de capital, uma vez que só é concedida para bens que não são produzidos no Brasil. (Zero Hora)
Globalização e Mercosul
Protecionismo – O Brasil está no rumo de mais restrições ao comércio e a investimentos, apontam relatórios de três organizações internacionais destinados aos chefes de Estado que vão se reunir no G-20, na semana que vem em Seul, quando o tema central será guerra cambial. Monitoramento da Organização Mundial do Comércio (OMC) diz que o Brasil foi o segundo país que mais abriu investigações antidumping este ano. Foram 23 aberturas de casos. O Brasil aumentou o ritmo, enquanto o G-20 como grupo baixou ligeiramente de 91 para 89 casos. O país só foi superado pela Índia, com 32 casos. A U nião Europeia (UE) vem em terceiro com 13. Globalmente, aumentos de tarifas atingiram produtos lácteos, plásticos e equipamentos agrícolas, e várias medidas restringiram a exportação de matérias-primas, produtos alimentares e alguns minerais. (Valor Econômico)
FMI – O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou suas projeções de crescimento mundial em um relatório mais pessimista sobre a saúde da reativação econômica. Em entrevista a uma rádio francesa, o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, previu crescimento mundial de 3% a 4% este ano e “quase o mesmo” em 2011, revisando para baixo as previsões da instituição financeira, publicadas um mês atrás. Em seu último informe semestral do começo de outubro, o FMI previa 4,8% de crescimento em 2010 e 4,2% em 2011. (Correio do Povo/RS)
Empresas – O relatório Doing Business 2011, divulgado pelo Banco Mundial (Bird) revela que o Brasil ficou ainda mais hostil às empresas aqui instaladas. Conforme o estudo, o país caiu da 124.ª posição no ano passado para a 127.ª neste ano, após ajustes na metodologia, considerando 183 nações. Os países com melhor colocação foram Cingapura, em primeiro lugar, seguida por Hong Kong, Nova Zelândia, Grã-Bretanha e Estados Unidos. Os piores são Guiné, em 179.º, Eritreia, Burundi, República Centro-Africana e, por último, Chade, em 183º. O Brasil piorou em quase todas as categorias. (Agência Estado)
FAO – O índice de preços dos alimentos da Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) subiu para o maior nível em 27 meses, puxado pela elevação das cotações dos cereais, do açúcar e da soja. O indicador alcançou a leitura de 197,13 em outubro, aumento de 4,4% ante setembro, o mais alto patamar desde julho de 2008. A queda na produtividade das lavouras de milho dos Estados Unidos, a demanda voraz da China por soja e a reduçã o dos estoques de açúcar ajudaram a elevar os preços das commodities agrícolas em geral. Em relatório divulgado na terça-feira, 2, a FAO avaliou que essas cotações devem continuar elevadas em novembro. (Agência Estado)