Fraude – O ministério suspendeu as restrições impostas às empresas, que tiveram mais de 100 mil litros de leite apreendidos nos Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná por suspeita de fraude econômica. A decisão ocorreu depois que as empresas atenderam as determinações do Ministério quanto à revisão do Programa de Controle de Qualidade, análise dos estoques e das novas produções. Amostras coletadas diariamente, durante duas semanas, foram encaminhadas para análises e os resultados mostraram-se dentro dos padrões de qualidade. A ação fiscalizadora ocorreu, de 4 a 8 de maio, em três indústrias beneficiadoras de leite nos municípios de Lobato/PR, Presidente Prudente/SP e em São Gabriel d’Oeste/MS. O trabalho mobilizou 13 fiscais federais agropecuários e quatro agentes de inspeção sanitária do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do ministério. (Ministério da Agricultura)
Preço/MS – O preço do litro de leite pago ao produtor de Mato Grosso do Sul acumula aumento de 5,12% em abril, segundo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Universidade de São Paulo. O preço médio ficou em R$ 0,5346, oscilando entre R$ 0,4545 e R$ 0,5965. O aumento registrado em Mato Grosso do Sul é um dos menores do País. O maior foi registrado em Goiás, de 7,58%. Segundo a pesquisa do órgão, a tendência é de aumento dos preços nos próximos meses, segundo 86% dos agentes, responsável pela captação de 95% do leite da região pesquisada. O motivo é a redução da produção com a estiagem nos meses de junho e julho. No supermercado, os consumidores já começaram a sentir os efeitos do aumento ao produtor. (Campo Grande News/MS)
Leite – Produto escasso no mercado, preços altos nas prateleiras. Produtores, varejistas e consumidores insatisfeitos. Esse é o panorama atual do leite, no Paraná. Até abril, o leite aumentou 21% para o consumidor. Em maio, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Curitiba, o leite pasteurizado subiu mais 8,69%. As previsões, para os próximos 90 dias, não são animadoras. O abastecimento deve continuar fraco e o produto pode passar por mais aumentos. De acordo com o superintendente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Valmor Rovaris, a falta de leite no mercado dificulta a realização de promoções, e isso tem sido uma das principais causas do aumento dos preços nas gôndolas. “Sabemos que é uma época de entressafra, em que é tradicional os preços subirem. Mas, nos últimos meses, o aumento tem sido maior do que os supermercados esperavam”. Segundo ele, por mais essencial que o produto seja para a maioria das famílias, já se percebe uma redução no consumo. (Paraná Online)
Consumo – A diminuição no consumo preocupa os produtores. Para o presidente do Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite do Paraná (Conseleite) órgão ligado à Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ronei Volpi, a situação atual é ruim para todos. “Isso afasta o consumidor do produto”, conclui. Ele explica que o problema é reflexo de uma recente crise mundial do leite, que causou preços muito baixos e desestimulou a produção, somada ainda às duas secas que atingiram o Paraná nos últimos meses. (Paraná Online)
Produção/Espanha – Em recente trabalho do Ministério da Agricultura Espanhol (MARM), foi detectado que as margens de lucro da cadeia do leite fluido são muito pequenas, e é um setor extremamente competitivo. Qualquer alteração de valor gera tensões. Foram identificados os custos da produção, indústria e distribuição. O trabalho coletou dados para identificar os elementos da cadeia que possam ser melhorados de forma que os produtores obtenham melhor remuneração pelo seu trabalho e os consumidores preços mais adequados às suas demandas. Por isso a guerra de preços da distribuição pode desencadear uma pressão contrária na cadeia com consequências negativas para o setor produtivo e industrial. Para evitar que isso ocorra, é preciso transparência na formação de preços e contratos com cláusulas que garantam preços mínimos, ajustados aos custos médios de produção. (Frisona)
Negócios
Encontro – Assuntos como mercado do leite em Goiás, produção, atuação e custos do produto nos municípios serão temas do debate na reunião desta sexta-feira (5), da Comissão de Pecuária de Leite. O encontro entre os produtores e membros da Comissão será realizado na Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás-FAEG. Também serão apresentados os resultados da reunião da Comissão Nacional de Pecuária de Leite, realizada nesta quinta-feira em Brasília. Será feita uma avaliação do evento em comemoração ao Dia Internacional do Leite, preparação para a realização dos seminários regionais e outros. Os membros também vão sugerir propostas para o novo regulamento da comissão. A reunião terá início às 14 h. A reunião da Comissão Nacional de Pecuária Leiteira, em Brasília, discutiu as ações tomadas contra o surto de importações de leite em pó da Argentina e Uruguai, o Programa Nacional de Combate a Erradicação da Brucelose e Tuberculose, apresentação das propostas do plano agrícola pecuário do setor lácteo, entre outros assuntos. (Safras)
Fusão – As fabricantes de alimentos Perdigão e Sadia informaram que a maioria de seus acionistas aprovou a proposta de fusão anunciada em maio. A operação ainda depende do sinal verde dos órgãos de defesa da concorrência. A Brasil Foods (nome da nova companhia) nasce como a décima maior empresa de alimentos das Américas, a segunda maior indústria alimentícia do Brasil, a maior produtora e exportadora mundial de carnes processadas e a terceira maior exportadora do país. (Folha de SP)
Marcas – Assistimos estes dias a um polêmico debate sobre as marcas próprias, devido ao acelerado crescimento delas nos últimos meses, já estando ocupando 38% das vendas de produtos envasados de grande consumo. A importância do tema e a polêmica suscitada merecem algumas reflexões. Para começar deve-se denominar corretamente este tipo de marcas: porque marcas próprias entendemos produtos indiferenciados, baseados em sua composição e ingredientes diretamente comparáveis com outros, como os medicamentos genéricos, a denominação correta seria Marca do Distribuidor, pois estas marcas possuem como característica principal, sua vinculação explícita ou implícita a um grupo de distribuição. em segundo lugar poderíamos chamá-las “de distribuidor” visto que intentam associar as imagens de suas respectivas lojas a suas marcas próprias que se vendem exclusivamente em suas lojas.As razões de seu contínuo crescimento nos últimos anos se devem a fatores econômicos, sobretudo a concentração da distribuição e à globalização, mas também a mudanças no comportamento do consumidor. Em primeiro lugar, as marcas de distribuição oferecem um diferencial de preço a seu favor em comparação às marcas de fabricantes, que podem oscilar entre 30 e 60%, dependendo da categoria de produto. Em segundo lugar, a qualidade objetiva de muitos produtos das marcas de distribuidor está a altura de muitas marcas líderes. Por isto não surpreende o que as marcas de distribuidor liderem ou estejam entre as três primeiras marcas de categorias como sucos, leite, cereais ou detergentes. (Expansión.com)
Setoriais
Máquinas – As vendas de máquinas agrícolas tiveram queda de quase 14% no ultimo mês, se comparadas com o mesmo período de 2008. Os números foram divulgados nesta quinta, dia 4, em São Paulo. Apesar de um pequeno aumento de 2% nas vendas em relação a abril, o mercado de máquinas agrícolas vem de um longo período de resultados ruins. No acumulado do ano, a redução é de 7,3%. No mercado externo, a situação é ainda mais crítica: a queda de janeiro a maio de 2009 chega a 50%. (Canal Rural)
Commodities – Os preços em dólar das principais commodities exportadas pelo Brasil aumentaram entre maio e abril. Segundo a RC Consultores, os produtos agrícolas tiveram os melhores desempenhos. Mas a consultoria alerta que o aumento nos preços não deve ter um reflexo significativo sobre a balança comercial do país. O chamado Índice RC fechou o mês passado com alta de 5,5% em relação a abril. Na comparação com maio do ano passado, o resultado é inverso: queda de 19,5%. Considerando só as commodities agrícolas, o aumento nos preços em dólar entre abril e maio é de 9,4%. Os destaques foram o açúcar (+17,6%), farelo de soja (+14,7%), suco de laranja (+11,9%) e soja em grão (+11,1%). (Canal Rural)
IqPR – Sustentado pela valorização da cana, o IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), encerrou maio com variação positiva de 3,38%. Foi a quinta alta mensal consecutiva do indicador, que em 2009 ainda não recuou. Nos cálculos do IEA, a cana é um dos 12 itens que compõem o grupo de produtos de origem vegetal. Este subiu 4,77% em maio e passou a apresentar valorização de 4,94% em 12 meses. No grupo, também subiram no mês feijão (18,74%), milho (6,42%), soja (6,17%), laranja para mesa (5,31%), algodão (5,26%), trigo (1,03%) e banana nanica (0,76%). Caíram os preços pagos por amendoim, arroz, café e tomate para mesa. No grupo de produtos de origem animal – que caiu, em média, 0,05% em maio, os destaques foram os recuos da carne suína (12,86%) e dos ovos (4,77%). Subiram leite C (6,85%), leite B (2,96%) e carne bovina (0,85%), enquanto a carne de frango não variou. (Valor Econômico)
Soja/China – A China poderá reduzir consideravelmente suas importações de soja nos próximos quatro meses, o que poderia levar a um acentuado enfraquecimento das cotações internacionais da oleaginosa. (Valor Econômico)
Economia
Cesta – Ao contrário do ocorrido em abril, em maio o preço da cesta básica aumentou em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo o instituto, boa parte dos produtos teve queda de preço – caso do arroz e do feijão. No entanto, carne, leite e derivados ficaram mais caros e puxaram para cima o valor médio do conjunto de itens. As maiores variações ocorreram em cidades do Nordeste: Recife (8,57%), Natal (4,90%) e Salvador (3,90%). Em comparação ao mês anterior, o preço da cesta básica só diminuiu no Rio de Janeiro (-0,71%) e em Fortaleza (-0,51%). A cesta mais cara do país, a de Porto Alegre, avançou 3,67% e passou a custar R$ 243,43, seguida por São Paulo – onde o preço médio do conjunto cresceu 0,77% e somou R$ 227,36. A cesta mais barata continua sendo a de Aracaju (R$ 168,80). Com o aumento do preço médio, a compra da cesta básica passou a consumir mais horas de trabalho do brasileiro. (Valor Online)
Alimentos – A indústria de alimentos é a grande aposta de geração de empregos com carteira assinada no mês de maio, dentro da indústria de transformação, segundo especialistas no setor. A recuperação da indústria, que foi prejudicada pela crise econômica mundial, entretanto, ainda é uma incógnita para quem acompanha de perto o comportamento do mercado de trabalho brasileiro, segundo os analistas. Em sua já tradicional visão otimista da situação atual, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse que maio vai ser “o melhor mês do ano” em geração de emprego na indústria da transformação. Ele não antecipou números do saldo de empregos formais pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de maio, e que só será divulgado dentro de duas semanas, mas classificou o mês passado como “muito bom” para alguns setores industriais que estão mostrando reação. (Agência Estado)
Globalização e Mercosul
Agrícolas – A desvalorização do dólar americano e a alta dos preços de energia (notadamente do petróleo) nas ultimas semanas podem exercer novas pressões de alta sobre as cotações internacionais de produtos agrícolas. O diagnóstico é da FAO, agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação. Apesar da forte valorização observada desde o início deste ano, as cotações da maioria das commodities agrícolas de base continuam abaixo dos níveis recordes alcançados em 2008, o que para a FAO sinaliza um retorno ao equilíbrio em diversos mercados. No rastro de uma queda média de 30% a 35% em relação aos picos de junho do ano passado, a agência estima que a fatura dos países importadores de alimentos deve cair em 2009 quase US$ 226 bilhões, para US$ 789,1 milhões. Mas a FAO adverte que, na prática, boa parte do efeito positivo dessa baixa de 22% na fatura das importações globais poderá ser anulada pela deterioração da economia global. O braço da ONU diz que a erosão do poder de compra, por causa das reduções de rendimentos e das taxas de cambio real, reduz o acesso aos alimentos, mesmo que a preços mais baixos. A preocupação da FAO, antes ligada essencialmente à alta dos preços dos alimentos, agora está mais voltada ao impacto da recessão mundial sobre a demanda agrícola, em particular por produtos de alto valor agregado. “Os vínculos mais e mais fortes entre o setor agrícola e os mercados de energia, de finanças e de divisas tornaram os preços agrícolas ainda mais vulneráveis aos choques externos”, diz a FAO em relatório divulgado na quinta-feira. “A alta da cotação da soja nas últimas semanas, no rastro da contração das reservas mundiais, aparece como uma fonte de preocupação por influenciar os preços de alimentos destinados à alimentação humana e animal”, afirma o relatório da agência. (Valor Econômico)
Destaque – Destaca-se no trabalho da FAO, ainda, a previsão de aumento no consumo mundial de açúcar, ainda que em ritmo menor do que nos últimos dois anos. Já os preços de pescados, carnes e produtos lácteos de uma maneira geral degringolaram por causa da queda da demanda provocada pela recessão e por problemas sanitários, prejudicando seriamente a lucratividade nesses segmentos, segundo a agência. (Valor Econômico)
Hard Discount – De acordo com a mais recente pesquisa do Observador Cetelem, na Europa o hard discount deixou de ser sinônimo de “consumo dos pobres”. A Espanha (68%) e a Polônia (62%) são os países onde há menor número de adeptos, mas a média europeia é de 79%. Em Portugal 93% dos entrevistados não hesitaram em classificá-los como uma opção inteligente, que aumenta a capacidade de consumo. “Neste período de vacas magras e numa época em que novos itens de consumo surgem, o hard discount proporciona a redução dos custos com a alimentação. (Hipersuper)
Consumo – Os gastos do consumidor e as exportações dos países da zona do euro sofreram no primeiro trimestre a maior contração em 14 anos. Os investimentos despencaram, num momento em que a recessão mundial, a pior de mais de seis décadas, levou as empresas a reduzir a produção e o quadro de funcionários. O consumo das famílias caiu 0,5%, enquanto as exportações caíram 8,1% e as importações, 7,2% – todos dados recordes desde 1995. Os investimentos em bens de capital caíram 4,2% depois da contração de 4,3% do trimestre anterior. (Valor Econômico)
Propagandas – A entidade que regula o mercado e a concorrência na Itália (AGCM) multou a Danone e a Unilever, por propaganda enganosa. Segundo a AGCM, as campanhas publicitárias dos produtos Danacol e Pro-Activ, com foco nas propriedades “anti-colesterol”, não ofereciam aos consumidores toda a informação necessária para uma tomada de decisão ponderada. A AGCM não questiona a eficácia destas bebidas, mas a sua apresentação como elementos decisivos na luta contra o colesterol. A multa mais elevada corresponde à Danone, porque a campanha publicitária durou mais tempo. Em comunicado, a Danone disse que a sanção “não põe em causa as características e eficácia do Danacol”, apenas faz referência *a forma de promoção do produto. (Hipersuper)
Fonterra faz primeira previsão de preço para 2009/10
A Fonterra Co-operative Group anunciou em seu site na internet (www.fonterra.com) uma previsão de abertura para o preço do leite na estação de 2009/10 de US$ 0,2332 por quilo de leite (valor considerando leite contendo 8,3% de gordura+proteína), refletindo os baixos preços internacionais das commodities lácteas e uma taxa de câmbio de cerca de US$ 0,59 para o dólar neozelandês.
O presidente da Fonterra, Henry van der Heyden, disse que a volatilidade da moeda e a contínua incerteza nos mercados internacionais de lácteos tornaram a previsão extremamente difícil e representam um desafio constante no ambiente atual.
“Esperávamos uma previsão de mais de US$ 0,2564, quando o dólar neozelandês estava em US$ 0,50, mas esse aumento significa que estamos trabalhando com o dólar 10 centavos maior. E, justamente nessa semana – quando estávamos vendo alguns sinais de recuperação no mercado global de lácteos -, o Governo dos Estados Unidos anunciou subsídios de exportação para seus produtores, o que significa más notícias para nossos produtores”, disse ele.
A cooperativa tinha fixado o preço de Valor Justo de Ação (FVS, da sigla em inglês) para 2009/10 em US$ 2,79. O preço é 3,09 centavos de dólar maior do que o estimado em dezembro, mas US$ 0,64 menor do que o preço de US$ 3,44 para 2008/09.
Van der Heyden disse que a queda no preço das ações era compreensível considerando os fatores externos que levaram a uma queda dramática nos valores das ações em todo o mundo. No entanto, a previsão de pagamento foi menor do que o antecipado anteriormente devido ao recente fortalecimento do dólar neozelandês com relação ao dólar dos Estados Unidos.
Van der Heyden disse que com o fluxo de caixa dos produtores extremamente apertado e uma certa melhora no balanço geral, a Fonterra também decidiu adiantar para agosto desse ano o pagamento de 1,03 centavo de dólar por quilo de leite do Valor de Retorno (pagamento que os produtores recebem em função dos produtos de valor agregado feitos pela cooperativa) para a atual estação de 2008/09. O pagamento, que totaliza cerca de US$ 154,68 milhões, tinha sido anteriormente adiado para ser pago junto com o pagamento final, em outubro.
A previsão de abertura de pagamento para a estação de 2009/10 (começando em 1 de junho) de US$ 0,2332 por quilo de sólidos do leite compreende US$ 0,2099 de Preço do Leite e um Valor de Retorno de 2,31 centavos de dólar por quilo de leite.
Van er Heyden disse que a Fonterra também revisou a previsão para a atual estação de 2008/09, que permaneceu em US$ 0,2664 por quilo de leite.
Em 27/05/09 – 1 Dólar Neozelandês = US$ o,61873
1,61621 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
As informações são da Fonterra