Preços/SP – Na pesquisa sobre o preço do leite pago ao produtor divulgada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp/Senar-SP), foi registrado, em fevereiro/2009 o valor de R$ 0,637 para o leite tipo Leite B, e R$ 0,581 para o Leite C Cota. A média do período de fevereiro/2008 a fevereiro/2009 ficou em R$ 0,700 para o Leite B e R$ 0,645 para o Leite C Cota. Não houve cotação para o Leite Excesso. Foram pesquisados 53 laticínios em 47 municípios. (www.terraviva.com.br)
Conseleite/RO – O deputado estadual Jesualdo Pires (PSB), presidente da CPI do Leite, destacou ontem os seminários que estão sendo realizados em todo Estado com os produtores de Leite sobre a implantação do Conselho Estadual do Leite (Conseleite Rondônia) e ressaltou a importância da participação dos produtores e industriais nessas reuniões. Ao todo serão nove seminários que servirão para amadurecer e esclarecer o produtor como será regido o Conselho. As reuniões tiveram inicio em Cerejeiras com a participação de mais de 200 produtores. Na próxima sexta-feira o seminário será realizado em Ji-Paraná para os produtores da região Central do Estado. Para o presidente da Fetagro, Lázaro Dobri, o Conseleite é uma das saídas para minimizar os encalços sofridos, principalmente pelos pequenos produtores no Estado. (Folha de Rondônia)
Leite/Chile – Em dezembro passado o alarme foi dado pelo setor leiteiro. A produção caiu 8% em relação a dezembro de 2007. Era apenas o início de uma queda mais brusca, que em janeiro e fevereiro diminuiu 20%. “É uma queda muito forte. Estamos falando de 38,7 milhões de litros menos no mês de janeiro e 30 milhões em fevereiro”, calcula Michel Junod, da Aproleche Osorno. A constante baixa nos preços está desestimulando a produção. Até janeiro a perda foi de 12%, mas agora em março a queda acumulada já é de 20%. (Diario Financiero)
Negócios
Supermercados – As vendas no setor de supermercados cresceram 6,54% em janeiro deste ano na comparação com igual mês do ano passado. Em relação a dezembro de 2008, houve queda de 22,96%. Os dados foram divulgados ontem pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em valores nominais (sem descontar a inflação), o crescimento foi de 12,76% ante janeiro do ano passado, mas houve queda de 22,59% sobre dezembro. “O número até nos surpreendeu, já que dezembro havia apresentado só 6% ante dezembro do ano anterior”, disse Sussumu Honda, presidente da Abras. Ele atribuiu a expansão das vendas ao fato de a crise mundial ainda não ter se refletido no setor de alimentos, principalmente os básicos, que são os vendidos em supermercados. Para os próximos meses, a associação trabalha com perspectiva de estabilização de preços, pois não há pressão dos países que importavam mais fortemente do Brasil. (Correio do Povo/RS)
Batavo – Eric Boutaud é o novo diretor de Marketing da Unidade de Negócios Batavo, da Perdigão. Na companhia desde 2005, Boutaud assumiu o cargo no início deste ano com a missão dar continuidade ao plano de crescimento da unidade, que abrange as marcas Batavo, Elegê e Cotochés. O principal foco de seu trabalho será a consolidação das operações e gestão das marcas. (Gazeta Mercantil)
Setoriais
PGPM – O governo vai reajustar os preços mínimos de garantia para cobrir a alta dos custos de produção. Segundo o secretário de Agricultura Familiar do MDA, Adoniran Sanches, o aumento será entre 15% e 20%. Também foi definida a redução de 6,75% para 4% na taxa de juros para os empréstimos para capital de giro das cooperativas agrícolas. A queda valerá para aquelas que tiverem em seus quadros 70% de afiliados da agricultura familiar. Ontem, a Conab anunciou que irá aplicar neste mês R$ 216 milhões na compra de trigo, feijão, milho, arroz e sisal, produtos da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), sendo R$ 78 milhões para Aquisições do Governo Federal e R$ 138 milhões em contratos de opção. A maior parte será utilizada no RS (12,5 mil t de trigo, 30 mil t de arroz e 2,3 mil t de feijão). (Correio do Povo/RS)
Adubo – As importações de adubos despencaram no mês passado, recuando para US$ 3,6 milhões por dia útil, 85% a menos do que em fevereiro de 2008. A queda se acelerou a partir de outubro, quando as importações médias diárias somavam US$ 49 milhões. Essa queda ocorre no período de melhora de demanda interna. Os preços de soja subiram em janeiro, e os produtores refizeram as contas de renda. Os que preveem dinheiro em caixa adiantaram as compras. As indústrias ainda se desfazem dos estoques de virada de ano. Esperavam demanda maior, fizeram importações com preços elevados e agora queimam esses estoques, mesmo com prejuízo que, segundo um analista, chega a US$ 2,5 bilhões. (Folha de SP)
Economia
Indústria – O nível de atividade da indústria paulista mostrou ligeira recuperação em janeiro depois da queda de 20% no último trimestre do ano passado. O crescimento foi de 6% na comparação com dezembro. Mas, em relação ao mesmo período do ano passado a queda na atividade industrial foi de quase 16%. Os dados foram divulgados nesta terça, dia 3, pelo Departamento de Economia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). As informações representam um cenário negativo. O indicador do nível de atividade revisado, com ajuste sazonal, caiu 13% em dezembro se comparado a novembro do ano passado. O nível de utilização da capacidade instalada também teve queda. A baixa foi de 5% em janeiro em relação ao mesmo período de 2008. E no primeiro mês do ano, as vendas reais recuaram 14% em comparação a dezembro. (Canal Rural)
MP 449 – Em dezembro do ano passado, a Receita Federal do Brasil publicou a Medida Provisória (MP) 449, que entre outras coisas, determina a redução das multas das contribuições previdenciárias. De acordo com a nova sistemática, as multas de mora (por atraso de pagamento), de ofício (por autuações) e as multas por descumprimento de obrigações acessórias (entrega de declarações) foram reduzidas. Os contribuintes que foram cobrados na sistemática anterior têm direito à redução do valor da multa. O valor pode ser bastante significativo. Uma simulação feita pelo escritório Rolim, Godoi, Viotti & Leite Campos revela que a redução pode chegar a até 75%. O problema é que o governo não estendeu os benefícios da MP à aplicação retroativa da multa por descumprimento de obrigação acessória e aos parcelamentos fiscais. (Gazeta Mercantil)
Reforma Tributária – A crise global não deve servir de argumento para postergar a reforma tributária, mas para motivar o governo e os parlamentares a aprovarem a mesma com rapidez. Este foi o recado transmitido no primeiro dia do Seminário Internacional sobre o Projeto da Reforma Tributária, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Comissão Especial da Câmara, que aprovou o projeto da reforma. Entre os convidados, o ministro da Fazenda, Guido Mantega; o presidente do STF, Gilmar Mendes; e representantes da OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Os técnicos da OCDE reconheceram que a carga tributária do Brasil é muito elevada, inclusive frente a países de Primeiro Mundo. (Diário Catarinense)
Reforma Tributária – O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP) disse que a reforma tributária deve ser votada pelo plenário da Câmara ainda neste primeiro semestre. A votação estava prevista para março deste ano, mas o grande número de medidas provisórias editadas pelo governo, trancou a pauta de votações. Se na Câmara a previsão de votação da reforma tributária é para este semestre, no Senado, o prazo é mais longo. Segundo o vice-presidente da Casa, senador Marconi Perillo (PSDB-GO), o texto deverá ser votado em até dois anos. De acordo com ele, a intenção do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), é de que até o fim de 2010 a reforma tributária esteja aprovada. (Gazeta Mercantil)
Globalização e Mercosul
Acordo – Os ministros argentinos do Interior, Florencio Randazzo, e da Produção, Débora Giorgi, informaram que o governo do país vizinho fechou um acordo com os produtores rurais, que deve evitar novos conflitos entre o setor e a Casa Rosada. Entre os pontos do acordo anunciados por Giorgi, destacam-se a reabertura dos registros de exportação de trigo e o aumento no preço da tonelada do cereal para o abastecimento interno; a eliminação das retenciones (retenções, em português), os impostos de exportação, para todos os laticínios, além de subsídios para o produtor; o envio de dois projetos de lei ao Congresso para beneficiar os produtores de carne, sendo que um estabelece um plano federal de carnes e outro fixa estímulos fiscais para a produção de carne.O governo também aumentou a cota para a exportação de carne para até 60 toneladas adicionais. Atualmente, a cota anual é limitada a 550 toneladas por ano. Também haverá discussões entre os produtores e os governadores das províncias para a redução de até 50% do valor dos impostos cobrados pelas exportações agrícolas. “Cada caso será analisado individualmente”, ressaltou Giorgi. No caso da soja, o governo decidiu manter a tarifa sobre exportação. A ministra considerou que o acordo é um “avanço muito importante e mostra uma vocação que alenta os pequenos produtores para que continuem produzindo”. (Agência Estado)
Medidas – O governo da Venezuela decretou ontem novas medidas para obrigar os agricultores a produzir principalmente alimentos básicos a preços regulados, dias depois de o Estado assumir o controle de processadoras de arroz. O decreto tenta evitar que as empresas cobrem preços mais altos por produtos como arroz ou óleo de cozinha. Muitas têm vendido variações com sabores ou aditivos, que não estão sujeitos aos controles. Empresários dizem que o tabelamento os força a vender produtos com prejuízo. O decreto estabelece uma porcentagem da produção total de 12 gêneros alimentícios, incluindo macarrão, leite em pó, farinha de trigo e açúcar, que precisam ser vendidas de acordo com os preços regulados. O decreto não especifica sanções para o descumprimento dessas porcentagens. (Gazeta Mercantil)
Recessão – A economia mundial está, neste trimestre, no fundo do poço. A análise foi feita ontem, em Paris, pelo economista-chefe da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Klaus Schmidt-Hebbel, para quem a recessão internacional será mais forte do que prevê o Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo o especialista, a atual crise é inferior à Grande Depressão, mas já é a pior desde o fim dos investimentos militares após a 2ª Guerra Mundial. (O Estado de SP)
Espanha – Segundo dados do Ministério da Indústria, Turismo e Comércio o leite UHT está entre os que mais tiveram redução de preços nos últimos doze meses, 4,69%. Os que mais subiram foram arroz, tomate e salsichas. (Espansion Online)
Marcas Próprias – O comércio espanhol já conheceu melhores dias. Segundo dados do Instituto Nacional de estatística do país, o gasto das famílias espanholas em produtos de grande consumo caiu 0,2% no terceiro trimestre de 2008 e 2,8% no último trimestre do ano, face aos períodos homólogos. São números negros para a distribuição moderna e é a primeira desaceleração do setor em mais de dez anos. Os números de 2008, falam por si. Em 2008, cada espanhol gastou em média 652 euros em marcas próprias, 12% mais do que em 2007. A quota de mercado dos produtos low cost atingiu 32,5%, mais 2,6%. Para assegurar bons resultados em 2009, as principais lojas, El Corte Inglês, Mercadona, Eroski e Carrefour reforçaram a aposta na sua marca própria e a guerra de preços entre distribuidores instalou-se. (Hipersuper)
Sustentabilidade – A Comissão Europeia (CE) e o varejo europeu lançaram o Fórum do Varejo como parte de uma iniciativa para promover padrões de consumo mais sustentáveis ambientalmente. O varejo está cada vez mais focado na sustentabilidade não só porque é politicamente correto, mas também porque os consumidores – e acionistas – exigem-no. Não existe alternativa. Apesar das dificuldades econômicas atuais, o passo em direção ao consumo sustentado será reforçado e acelerado. As gerações mais jovens de consumidores e os próprios funcionários estão cada vez mais exigentes no que diz respeito ao que pretendem e manterão a pressão com vistas a um futuro sustentável. O fórum pretende criar um melhor entendimento sobre as medidas práticas necessárias para promover o consumo e a produção sustentável. A razão do fórum é proporcionar aos varejistas condições de promover o consumo sustentável através de ações próprias, parcerias com fornecedores e contatos diários com os consumidores europeus. A participação neste fórum é voluntária e estará aberta a todas as lojas que se associaram ao Retailers Environmental Action Plan (REAP) – Plano de Ação Ambiental do Varejo. Atualmente, fazem parte desta iniciativa 24 varejistas (Asda/Wal-Mart, Auchan, C&A, Carrefour, CEC (Confederación Española de Comercio), Delhaize, El Corte Inglés, EuroCommerce, European Retail Round Table (ERRT), FCD (Fédération des Entreprises du Commerce et de la Distribution, Ikea, Inditex, Kaufland, Kingfisher plc, Leroy Merlin, Lidl, Marks&Spencer, Mercadona, Mercator, Metro, Quelle, Rewe, Royal Ahold e Tesco. (Hipersuper)
Mercado internacional mostra recuperação de preços
O nono leilão da Fonterra através da plataforma de vendas online, GlobalDairyTrade, foi realizado na terça-feira (03/03). O preço médio alcançado para todos os produtos e períodos contratuais para o leite em pó (WMP) foi US$ 2.158 por tonelada, posto na Nova Zelândia (antes do embarque). Este valor é 16,6% superior ao do leilão anterior, realizado em 03 de fevereiro, mas 51% inferior ao valor médio do primeiro leilão, realizado em julho/08 (US$ 4.395/t). Os preços médios variaram de US$ 2.115 a US$ 2.216/t. O próximo leilão será no dia 1º de abril.
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A média dos valores dos contratos para o primeiro período – maio de 2009 – foi de US$ 2.115/t (14,7% acima do valor negociado no último leilão). Para o segundo período – junho a agosto de 2009 -, os contratos foram negociados a US$ 2.216/t, na média (19,1% acima do leilão anterior). Os contratos para o terceiro período – setembro a novembro de 2009 – foram fechados com média de US$ 2.154/t (valor 16,7% superior em relação ao leilão de fevereiro).
O leilão de vendas pela internet, chamado GlobalDairyTrade, foi lançado em julho de 2008 pela Fonterra, para tentar acompanhar os mercados voláteis e determinar um preço global de referência para os produtos lácteos.
Esse resultado pode significar que o fundo do poço já foi atingido, segundo analistas. Porém, a demanda externa continua fraca. Argentina e Uruguai aparentemente estão com estoques baixos, o que poderá beneficiar o Brasil nos próximos meses, caso haja um aquecimento da demanda internacional. Os baixos preços do leite no mercado mundial, repercutindo nos países, também têm afetado a oferta, que deverá crescer menos em países-chave como Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Brasil.
GlobalDairyTrade.