Betânia/Cemil – A Cemil leva suas associadas para conhecerem a fábrica de Laticínios Betânia, em Morada Nova (CE), e a fazenda de Luiz Prata Girão, onde se desenvolve um projeto para produção de 40 mil litros de leite/dia em uma área de 400 hectares irrigados. A simplicidade das tecnologias chama uma atenção especial. Parcerias e terceirização em todas as áreas. Hoje, com novos paradigmas, esse projeto é parte da transformação de um antigo Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi (Dnocs) que se encontrava totalmente sucateado. A 170 km ao sudeste de Fortaleza e divisa com Rio Grande do Norte, é um dos maiores pólos de produção do agronegócio de leite, sementes de feijão, milho, e a maior produção brasileira de frutas para exportação. (www.terraviva.com.br)
G100 – Ambos os laticínios, Cemil e Betânia, fazem parte do quadro do G100 e participaram da missão realizada recentemente ao Canadá e EUA com o objetivo de aproximar as empresas associadas. Essa visita ao Ceará já é fruto dessa missão. É preciso conhecer exemplos positivos como este do Ceará, para entender a importância que esses projetos trazem para a pecuária brasileira de leite. (www.terraviva.com.br)
Importações – Os números preliminares da média diária de outubro de 2010 das importações de leite e derivados, em dólar, são 5,29% maiores que a média de setembro de 2010. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar. < STRONG>(www.terraviva.com.br)
Preços I – Veja na tabela abaixo, os preços médios de janeiro a outubro de 2010, e igual período de 2009, do litro de leite recebido pelos produtores em sete Estados do Brasil. (www.terraviva.com.br)
Preços II – O preço médio bruto pago ao produtor de leite em outubro (referente à produção entregue em setembro) registrou nova estabilidade, a R$ 0,6974/litro – leve aumento de 0,76% frente a setembro, conforme dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. O valor considera as médias ponderadas dos estados de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA. Em relação a outubro/09, houve leve recuo de 0,15%; já frente a outubro/08, a alta é de 14,4%. A estabilidade do mercado deve-se, principalmente, à estiagem observada em grande parte das regiões produtoras em setembro, que limitou o desenvolvimento das pastagens e, com isso, a produção de leite. (Cepea)
Mu-Mu – A Mu-Mu sempre foi reconhecida pela qualidade de seu doce de leite, um dos mais tradiciona is do Brasil. Agora, a marca também chama a atenção para outro produto: o leite longa vida. Ricardo Vontobel, presidente do Conselho de Administração da Vonpar, grupo que controla a Mu-Mu desde novembro do ano passado,destaca que o leite UHT da Mu-Mu agora é número um em vendas nos supermercados no Rio Grande do Sul, com 17,5% de market share, segundo um relatório da consultoria Nielsen com dados referentes a outubro. Para Vontobel, o resultado surpreende. Menos de um ano atrás a participação da Mu-Mu no segmento de leite UHT era inferior a 1%. (Amanhã News)
Balde Cheio/PI – O município de Parnaíba (PI) apresentou uma experiência positiva para diminuir o custo de produção do leite, o Projeto Balde Cheio, realizado em co njunto com o Banco do Nordeste e com consultoria da empresa paulista agrodinâmica. O secretário municipal de setor primário da cidade, Airton Uchoa, apresentou os resultados práticos de uma fazenda em fase de experiência onde foram reduzidos os custos de produção por quilo de leite. O levantamento mostra que em janeiro deste ano o custo do litro de leite era R$ 0,85. No mês passado o custo fechou em R$ 0,49. Airton Uchoa, explicou que esta diminuição implica no aumento da capacidade competitiva do produtor frente ao mercado consumidor. (IG)
Produção/AR – O produtor cordobês, Alberto Sánchez, disse que esse ano deu para pagar as dívidas de anos anteriores. Os produtores agradecem as chuvas de primavera que caíram na região central argentina. Isto é chave para pensar em um verão que se previa ser muito difícil. O milho está muito bem, e sem nos darmos conta, estamos chegando ao final de um ano que foi um alívio para os produtores, e m relação aos anos anteriores. “Graças aos bons preços cremos que em dezembro vamos resolver os problemas de endividamento que arrastamos de anos anteriores. 2010 foi positivo, com bons rendimentos em reservas o que permitiu baixar os custos”, assegurou o produtor. Em setembro e Outubro o preço se mantém por volta de 1,36 pesos/litro. [R$ 0,79]. (Infortambo)
Argentina – O Governo argentino criou o Conselho Federal do Leite, subordinado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca, com o objetivo de propor ações estratégicas e recomendar normas que contribuam para o desenvolvimento harmônico do setor e a transparência do mercado. Deverá propor políticas para o desenvolvimento sustentável dos pequenos produtores, a modernização produtiva e comercial, além de incentivar as associações. O Conselho também deverá coordenar programas de capacitação para o setor junto a organismos públicos e privado s, formular propostas que promovam o consumo de lácteos, e promover toda e qualquer ação que implique no desenvolvimento da atividade leiteira. (Agrositio)
Conaprole – A Conaprole encerrou o mês de outubro com uma captação recorde de 110 milhões de litros. Wilson Cabrera, diretor da cooperativa assegurou que se as chuvas de setembro tivessem sido maiores, o valor poderia ser bem maior. Por outro lado, as exportações da cooperativa também registraram fortes aumentos. “No acumulado de 12 meses, encerrado em 31 de outubro, houve aumento importante no volume de leite e melhor preço médio. Sobretudo em relação ao preço do mercado internacional, que é o que varia”, explicou Cabrera. (Espectador )
Fonterra – No dia 27 de outubro, a Fonterra estabeleceu um novo recorde de leite processado em um único dia. As 26 fábricas da Nova Zelândia processaram 76,8 milhões de litros de leite, três milhões a mais que o recorde de 2009. O tempo ruim no início da temporada magicamente mudou, beneficiando a produção. “Desde a fundação da Fonterra, investimentos em novas tecnologias e fábricas, como a ED4 – a fábrica de leite em pó mais eficiente do mundo – aumentaram a capacidade de processamento da cooperativa, colocando-nos em condições de atender ao aumento da produção de leite de forma eficiente e sustentável”, disse o diretor de operações Gary Romano. (Fonterra)
Negócios
Batavo – A empresa de alimentos Batavo, (da BRF Brasil Foods S.A.) acelera a atuação no ramo de vendas diretas, ampliando sua presença nas periferias da região metropolitana de São Paulo. A emp resa segue os passos de concorrentes como Nestlé e Yakult, além da empresa de bebidas Coca-cola. Elas miram o setor de vendas diretas, que no primeiro semestre deste ano faturou R$ 11,8 bilhões, e em 2011 deve dobrar este valor. (DCI)
Cencosud – A rede de varejo Cencosud, do Chile, deve emitir entre US$ 600 milhões e US$ 900 milhões em dívida no mercado internacional até o fim do ano, disse um analista de varejo. A Cencosud comprou a rede brasileira Bretas por R$ 1,35 bilhão, recentemente, e deve usar a captação para refinanciar dívida. A Cencosud não estava disponível para comentar. (Valor Econômico)
Setoriais
Agronegócio – Apesar do dólar fraco, o agronegócio brasileiro deverá fechar o ano com superávit superior a U$ 60 bilhões. O número foi apresentado em Curitiba pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. O setor é responsável por quase metade das exportações brasileiras. “Ano passado, essa participação chegou aos 42% e este ano será ainda maior, gerando um superávit extraordinário. Devemos chegar ao fim do ano com US$ 72 bilhões de exportações provenientes do agronegócio. E vamos importar apenas algo em torno de US$ 12 a US$ 14 bilhões”, disse o ministro à Agência Brasil. Segundo ele, o Brasil está aproveitando bem este momento de ampliação do consumo de alimentos em todo o mundo. (Agência Brasil)
Capacitação – Convênio entre Sebrae e Ufrgs vai capacitar cem propriedades produtoras de leite do Vale do Taquari (RS). A metodologia será aplicada em cinco grupos de no máximo 20 produtores, com acompanhamento técnico coletivo e indiv idual. O gerente de agronegócio do SEBRAE, João Paulo Kessler, explica que o projeto vai durar cinco meses. “A ideia é capacitar um pouco mais, sensibilizar o produtor para a importância da gestão financeira da propriedade, mas não só essa gestão financeira, mas de todo o trabalho dele. Então estamos focando no planejamento. É o planejamento alimentar, na organização do processo de alimentação e nutrição do rebanho leiteiro”, salienta. O dirigente do Sebrae informa que este projeto pode ser estendido a outras regiões leiteiras do Rio Grande do Sul. (ClicRBS)
Economia
Produção – A produção industrial teve queda de 0,2% em setembro em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí stica (IBGE). A variação é a mesma registrada em agosto. Em relação a setembro do ano passado, a produção da indústria avançou 6,3%. No acumulado de nove meses, a expansão é de 13,1%. No terceiro trimestre de 2010, o setor industrial cresceu 7,9% frente ao mesmo período do ano anterior, mas teve queda de 0,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior na série ajustada sazonalmente. A taxa acumulada nos últimos 12 meses segue em expansão, passando de 9,8% em agosto para 11,2% em setembro, resultado mais elevado desde o início da série histórica. (IG)
IPC – A inflação ao consumidor em São Paulo praticamente dobrou em outubro em relação a setembro, em linha com o esperado pelo mercado, pressionada por maiores preços de alimentos e transportes. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 1,04% em outubro, ante 0,53% em setembro, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta quinta-feira. Os custos do g rupo Alimentação saltaram 2,84% em outubro, após elevação de 1,57%. Parte da alta dos alimentos se deve a sazonalidades de alguns produtos, além de outros efeitos climáticos, aqui e no exterior, que estão prejudicando sobretudo a produção de carnes, trigo, milho e soja. Os preços de Transportes subiram 0,88% em outubro, ante variação negativa de 0,02% em setembro, devido aos combustíveis. (Reuters)
Alimentos – Não é só impressão: a conta do supermercado anda mesmo pesada. Segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas), que acompanha os preços no país, os alimentos devem apresentar os maiores aumentos do ano dentre todos os itens que fazem parte da lista de compras das famílias. E produtos que têm grande importância no cardápio do brasileiro dispararam. (IG)
Globalização e Mercosul
OCDE – A OCDE cortou de 2,8% para a faixa de 2% a 2,5% sua previsão de crescimento para 2011 de seus 33 membros, e afirmou que os bancos centrais não deveriam voltar a políticas monetárias normais pelo menos até meados de 2012. A redução foi mais forte para os EUA, cuja previsão de alta do PIB caiu de 3,2% para entre 1,75% a 2,25%. Chile e México são os únicos países latino-americanos que integram o centro de estudos sediado em Paris. (Valor Econômico)
Cepea: captação segue restrita e preços estáveis
O preço médio bruto pago ao produtor de leite em outubro (referente à produção entregue em setembro) registrou nova estabilidade, a R$ 0,6974/litro – leve aumento de 0,76% frente a setembro, conforme dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. O valor considera as médias ponderadas dos estados de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA. Em relação a outubro/09, houve leve recuo de 0,15%; já frente a outubro/08, a alta é de 14,4%.
A estabilidade do mercado deve-se, principalmente, à estiagem observada em grande parte das regiões produtoras em setembro, que limitou o desenvolvimento das pastagens e, com isso, a produção de leite. O Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-Leite) teve aumento de 1,32% frente ao mês anterior e de 4,3% em relação a setembro/09. No acumulado do ano, o índice registra elevação de 5,4% se comparado a janeiro-setembro de 2009.
Em Minas Gerais, o ICAP teve alta de quase 1% entre agosto e setembro, enquanto que, em Goiás, houve recuo de 3,9%. No Paraná e em Santa Catarina, a seca também limitou a produção leiteira em setembro. Já no Rio Grande do Sul, a captação seguiu elevada no período. Entretanto, para outubro, já se observa um declínio da produção gaúcha, devido à menor oferta de pastagens de inverno, conforme relatam colaboradores do Cepea.
Em outubro, o volume de chuva até aumentou em parte do Sudeste e Centro-Oeste. Segundo agentes colaboradores do Cepea, no entanto, apesar da recuperação na produção de leite, as precipitações ainda não foram suficientes para alavancar a oferta – além disso, as pastagens demoram cerca de 20 a 30 dias para crescer após um período de chuvas, dependendo da temperatura.
Para o pagamento de novembro (referente ao leite entregue em outubro), agentes do setor apostam em estabilidade ou alta de preços. Segundo levantamento do Cepea, 51,7% dos representantes de laticínios/cooperativas (que respondem por 49,4% do volume amostrado) acreditam em estabilidade de preços; para 46,7% dos entrevistados (responsáveis por 49,4% do volume da amostra), deve haver alta nos preços no próximo pagamento. Apenas 1,7% dos agentes de mercado (que respondem por 1,1% da amostra) apostam em desvalorização do leite ao produtor.
Entre os fundamentos que podem sustentar o mercado ao produtor, está a limitada quantidade de pastagens e a firmeza nos mercados spot e de queijos e leite UHT em outubro – o preço do leite cru negociado entre indústrias/cooperativas teve aumento entre 10% e 15% na primeira quinzena de outubro e estabilidade na segunda quinzena do mês.
Segundo previsões do Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), de novembro/10 a janeiro/11, o volume de chuva deve ficar entre normal e abaixo do normal no Sudeste, Centro-Oeste e na maior parte da região Sul, enquanto as temperaturas tendem a ficar acima da normal climatológica. Essas condições, portanto, podem ainda desfavorecer a produção de pastagens nos próximos meses.
Outubro – Entre as regiões consideradas para a média nacional, os maiores aumentos nos preços pagos ao produtor em outubro foram observados em Santa Catarina (alta de 4,1% frente a setembro, ou de 2,7 centavos por litro) e no Paraná (alta de 3,5%, ou de 2,4 centavos por litro), com as médias passando para R$ 0,6869/litro e R$ 0,7065/litro, respectivamente – valores brutos. No Rio Grande do Sul, os preços ficaram estáveis, a R$ 0,6060/litro.
Em Goiás, houve aumento de 1,9% (ou de 1,3 centavo por litro) no preço de outubro em relação ao mês passado, com média de R$ 0,7033/litro – vale lembrar que, em setembro, foi registrado queda de cerca de 1 centavo por litro frente ao mês anterior, enquanto a média nacional permaneceu estável.
Em São Paulo, Minas Gerais e Bahia, houve estabilidade de preços, a R$ 0,7506/litro, R$ 0,7164/litro e a R$ 0,6745/litro, respectivamente.
Gráfico 1. ICAP-L/Cepea – Índice de Captação de Leite – outubro/10 (Base100=Junho/2004).
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Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquidos) em Outubro/10 referentes ao leite entregue em Setembro/10.
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Tabela 2. Médias estaduais das novas regiões – RJ e MS.
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Gráfico 2. Série de preços médios pagos ao produtor – deflacionado pelo IPCA (média de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA).
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As informações são do Cepea – Esalq/USP