Notícias 04.05.2010

Importações – Os números preliminares da média diária de abril de 2010 das importações de leite e derivados, em dólar, são 122,70% maiores que a média de março de 2010. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar. (www.terraviva.com.br)

 

 

Queijo – Um dos produtos mais típicos do agronegócio do Estado, de reconhecido valor cultural, histórico e econômico, o queijo minas artesanal vem ampliando as perspectivas de comércio e garantindo o sustento de muitos produtores do Estado. A força vem principalmente da assistência técnica e do suporte da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) a produtores das regiões demarcadas pelo Programa Queijo Minas Artesanal (Canastra, Serro, Araxá, Cerrado e Campo das Vertentes), onde existem 29 mil produtores. Entre as ações que a Emater-MG executa estão a elaboração de projetos, captação de recursos para investir no setor e a oferta de cursos de capacitação em boas práticas agropecuárias e de fabricação, para reciclar os fabricantes. (Agência Minas) CLIQUE AQUI para ler a matéria na íntegra.

Preço/SP – O paulistano já gasta 13,6% a mais para comprar leite do que gastava no fim do ano passado, mostra o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE. A diferença é bem perceptível para o consumidor já que o produto, por ser um item básico da alimentação, consome 1,057% do orçamento familiar. Com esse comportamento o leite foi um dos principais vilões da inflação na região metropolitana de São Paulo no primeiro trimestre do ano. Ele registrou alta bastante superior ao índice geral do período (de 2,09%). (Jornal da Tarde)

Entressafra – O primeiro semestre de cada ano é mesmo a época em que o preço do leite costuma subir. É a entressafra. “O problema é que este ano a entressafra começou mais cedo e parece ser mais intensa, em parte por culpa das excessivas chuvas de janeiro e feve reiro”, afirma Irene Machado, coordenadora do IPCA. Por conta disso, somente em março, o leite subiu 6,96% na região metropolitana de São Paulo. Para piorar, além da queda de produção, ainda houve no último ano um aumento da demanda pelo produto – ocasionada pelo crescimento da renda da população, que passou a consumir alimentos em maior quantidade. “Essa é a equação perfeita para alta de preços”, diz Irene. E a previsão é de que o leite ainda ficará mais caro do que já está. Tudo porque a entressafra costuma terminar só no fim do primeiro semestre, afirma Irene. (Jornal da Tarde)

Produção – O comportamento do preço do leite em 2010 tem se mostrado bem diferente do de 2009. No ano passado, o produção foi maior que a demanda, o que fez o produto encerrar o ano com queda de 3,45% nos preços. “Isso também pode ser um fator prejudicial aos consumidores, já que neste ano os produtores também podem querer recuperar as perdas nas margens de lucro de 2009”, declara Cornélia Porto, coordenadora do Índice de Custo de Vida medido pelo Dieese. O preço do leite, entretanto, varia de acordo com a região. A explicação para isso estaria no fato de que em cada localidade há diferentes marcas do produto à disposição do consumidor. (Jornal da Tarde)

Parcerias – Tornar a produção leiteira lucrativa, mesmo no período da seca, é o maior desafio para pecuaristas que buscam aumentar a produção, com menor custo e mais qualidade. Parcerias técnicas com grandes laticínios tem sido a saída encontrada por muitos produtores para reduzir o peso dos investimentos na modernização do negócio, base para a permanência na atividade. Enquanto as empresas fornecem tecnologia a custo mais baixo, o pecuarista assina um contrato de exclusividade no fornecimento da matéria-prima. “Se para o produtor é importante reduzir custos e garantir a sustentação do negócio, para a empresa é importante investi r na fidelização, garantindo a longo prazo competitividade internacional”, aponta Daniel Carrara, gerente da Brasil Foods. (Estado de Minas)

Balde Cheio – O projeto Balde Cheio, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável da atividade, ampliando a capacitação técnica e gerencial dos produtores. O programa é uma das atividades desenvolvidas pela Brasil Foods em parceria com seus fornecedores. Em todo país, são 12 mil propriedades fornecedoras de leite. O Balde Cheio vai começar em 20 propriedades que irão funcionar como salas de aula. Deste total, duas propriedades estão em Minas, localizadas nos municípios de Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e Carmo do Cajuru, no Centro-Oeste do estado. Os produtores envolvidos são responsáveis pelo fornecimento da matéria-prima para industrialização de produtos com as marcas Batavo, Elegê e Coto chés. (Estado de Minas)

Fidelização – O gerente da Brasil Foods explica que ao fidelizar seus fornecedores em programas técnicos, a empresa pretende tornar-se mais competitiva em lácteos e profissionalizar relação de negócios com a cadeia produtiva. E este pacto de fidelidade na produção compensa, também, para o produtor rural? Daniel Carrara garante que sim. Segundo ele, a remuneração depende do mercado, mas, em contrapartida, o produtor aprende os segredos para operar num mercado competitivo, que exige custos bem dimensionados. Os produtores também têm acesso a insumos, ração, medicamentos, sêmen, elementos que correspondem a 60% do custo da produção, por valores até 20% mais baratos. (Estado de Minas)

Uruguai – A Conaprole fixou o preço do leite em abril, em 6,66 pesos o litro, um aumento de 10 centavos em relação a março. Gabrile Bañato, do Instituto Nacional do Leite (Inale) lembrou que no último leilão da Fonterra o leite em pó integral alcançou US$ 4.000. “Se espera uma reação dos preços no leilão de hoje, para confirmar o grande reajuste ocorrido no mês passado, que não era esperado por ninguém”. A situação da Nova Zelândia, que não está conseguindo cumprir as metas projetadas, está influenciando os preços no mercado internacional. Por isso, as atenções se voltam para o resultado do leilão de hoje. (Espectador. Com)

Preços/UE – O preço garantido aos produtores pela FrieslandCampina para o mês de maio ficou em € 31,50 por 100 quilos, um aumento de € 2,25 em relação ao mês de abril. Esse preço reflete o aumento que os produtores da Alemanha, Dinamarca, Holanda e Bélgica estão conseguindo. Existe também uma correção positiva, para os níveis dos preços desses países nos últimos meses, que estão maiores que os previstos, quando da fixação do preço garantido em abril. A for te demanda de produtos lácteos aumentou o preço da manteiga de € 2.850 para € 3.300 de fevereiro para cá. O mesmo ocorreu com o leite em pó desnatado, que saltou de € 1.900 para € 2.300. A rapidez da alta surpreendeu analistas e indústrias. Os chineses voltaram às compras na Europa. (Independent.ie/FrieslandCampina)

 

Negócios

Leite/PR – Os produtores de Ipiranga, na região centro-sul do Paraná, que antes só cultivavam o fumo, agora descobriram na pecuária de leite uma atividade rentável. Enquanto o sol se levanta no horizonte o criador José Rumblsperger vai terminando de ordenhar as vacas no estábulo. Há um ano ele se dedica à produção de leite e já virou referência para outros pequenos produtores. “Eu tenho 11 vacas. Comecei com duas , produzindo de cinco a seis litros por ordenha. Hoje, já tiro cerca de 30 litros por ordenha. No verão eu cheguei a 90 litros”, disse. A área de dois hectares semeada com aveia servirá de pastagem. É comida para o gado até o final do ano. (Globo Rural)

Setoriais

Soja – As exportações de soja do Brasil atingiram em abril um recorde para o mês, 4,91 milhões de toneladas, apagando a melhor marca para o período registrada no ano passado, quando o país exportou 4,49 milhões de toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira. Segundo a agência Reuters, a exportações ficaram próximas às expectativas do mercado, que apontavam vendas externas de cerca de 5 milhões de toneladas. Os embarques de abril só perdem para os registrados em junho do ano passado, de 6,17 milhões de toneladas, o recorde histórico para todos os meses. (Valor Econômico)

Safra/AR – O rendimento das safras de soja e de milho estão acima do previsto na Argentina e a Bolsa de Cereais de Buenos elevou a estimativa de safra dos dois produtos. A safra de soja deve atingir 54,8 milhões de toneladas, enquanto a de milho sobe para 21,4 milhões. (Folha de SP)

 

Economia

IPC – O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no município de São Paulo encerrou abril com elevação de 0,39%, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A leitura acabou acima daquela registrada na terceira prévia do mês e também daquela verificada no fim de março, de 0,34% nos dois casos. No fechamento do mês passado, das sete classes de despesas avaliadas, Alimentação apresentou a alta mais expressiva, de 1,36%. Na terceir a medição de abril, o grupo marcou 1,46%. No término de março, o acréscimo foi de 1,43%. (Valor Online)

PIB – O mercado financeiro voltou a elevar a estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2010. De acordo com a pesquisa semanal Focus, divulgada pelo Banco Central (BC), no levantamento realizado junto a instituições financeiras a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou de um avanço de 6,00% para um crescimento de 6,06%. Para 2011, a previsão para o PIB foi mantida em um crescimento de 4,50%. No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2010 subiu de 9,50% para 9,54%. Para 2011, a projeção para o desempenho da indústria permaneceu em alta de 5,00%. (Agência Estado)

Consumo – As grandes cidades e as famílias da classe B, aquelas que sentiram no ano passado o tranco da crise em suas aplicações financeiras, serão as vedetes do consumo em 2010. Sustentados pelo crescimento do crédito, da renda e do emprego, os brasileiros, no total, devem gastar neste ano R$ 2,2 trilhões com produtos e serviços básicos. Os números fazem parte do estudo Índice de Potencial de Consumo (IPC) Target. O estudo é feito anualmente pela IPC Marketing Editora, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cruzados com os de outras fontes. De acordo com o estudo, as 27 capitais devem responder por 34,5% do consumo neste ano. A participação delas em 2009 foi de 32%, a menor em cinco anos. Já as famílias das classes B1 e B2 detinham no ano passado 43,9% do consumo das capitais e, neste ano, a participação subiu para 48,1%. (Agência Estado)

 

Globalização e Mercosul

Medidas – Ainda não existem definições sobre as medidas internas que os Estados Unidos pretendem adotar para reduzir as emissões de gases que provocam o aquecimento global. Por enquanto, o tema está em discussão pelos parlamentares norte-americanos, mas as possibilidades de mudança deixaram os industriais brasileiros com receio de que sejam criadas novas taxas sobre os produtos importados, que elevariam os custos das exportações do Brasil. (Agência Brasil)

EUA: preço do leite classe III sobe 1,1% em abril

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o preço do leite Classe III em abril teve alta de 1,1% em relação a março, fechando em US$ 0,2848 por quilo. Em comparação a abril de 2009, o preço pago pelo leite registrou um aumento de 19,84%.

Gráfico 1. Evolução de preços do leite classe III nos Estados Unidos, em dólares por quilo.

O leite é classificado nos Estados Unidos em classes, de acordo com a finalidade a ser dada pelo produtor. O leite classe III refere-se a produtos lácteos “hard” (“duros/firmes”), como o queijo. O valor médio é baseado em pesquisa de preço realizada pelo USDA para o queijo cheddar, manteiga e soro do leite.

Em função do comportamento de preço do queijo cheddar e aumento dos estoques comerciais de queijos em março, o preço do classe III manteve-se relativamente estável. Segundo dados do USDA, a produção de queijos nos Estados Unidos chegou a valores recordes no mês de março (403 mil toneladas), 2,3% maior frente a março de 2009, e 14,8% maior em relação a fevereiro de 2010.

Preços Futuros do leite Classe III

Os preços futuros do leite Classe III para o próximo mês de maio encerraram a sessão da última sexta-feira (30) a US$ 13,38 por 100 libras, ou US$ 0,2949/kg de leite. Em 25 dias, o valor dos contratos para maio apresentou leve deflação de 0,74% – em 5 de abril, os contratos para maio/10 foram cotados a US$ 13,48 por 100 libras (US$ 0,2971/kg).

O valor médio dos contratos para o 3º trimestre, na sessão de sexta-feira (30), ficou em US$ 14,92 por 100 libras (US$ 0,3288/kg), representando um leve aumento de 0,74% em relação à média para o trimestre, negociada há 25 dias (em 05/04, o valor médio dos contratos para o 3º trimestre era de US$ 0,3264/kg).

Gráfico 2. Evolução dos preços futuros do leite Classe III nos EUA, em dólares por quilo.

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Equipe MilkPoint

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