Notícias 03.02.10

Preços/SP – O preço do leite pago ao produtor divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp/Senar-SP), registrou, em janeiro/2010 o valor de R$ 0,701 para o leite tipo Leite B, e R$ 0,566 para o Leite C Cota. A média de janeiro/2009 a janeiro/2010 ficou em R$ 0,714 para o Leite B e R$ 0,643 para o Leite C Cota. Não houve cotação para o Leite Excesso. Foram pesquisados 52 laticínios em 45 municípios. (www.terraviva.com.br)

Leite/TO – Com o baixo preço pago pelo leite na região Sudeste, em torno de R$ 0,25 o litro, os produtores decidiram se unir para discutir e encontrar alternativas que possam valorizar a cadeia, que é uma das principais atividades na região. Representantes do Ruraltins – Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins –, da Adapec – Agência de Defesa Agropecuária –, do Banco do Brasil, da prefeitura e da Coopertag – Cooperativa dos Produtores de Leite de Taguatinga realizaram uma reunião para debater sobre opções que seriam viáveis para que os produtores tenham lucro com a cadeia produtiva do leite. Nesta reunião apontaram a construção de um laticínio como alternativa para superar a crise vivida no momento. Para a construção do laticínio, os produtores usarão recursos do Território da Cidadania, que tem disponível mais de R$ 1 milhão para investir em atividades agropecuárias. (Governo de Tocantins)

Produção/CE – A maior bacia leiteira do Ceará, Quixeramobim, começa 2010 com uma boa notícia: o Ceará mudou de status sanitário da febre aftosa. Passou de risco desconhecido para méd io risco. O último caso da doença foi em abril de 1997. Quixeramobim tem o maior rebanho bovino leiteiro do Estado, com aproximadamente 60 mil cabeças e uma produção de 110 mil litros de leite/dia. Em boa parte das fazendas a ordenha é mecânica. O Ceará produz, atualmente, 1,15 milhão de litros de leite ao dia. Isso pode parecer muito, mas não é o suficiente. O Estado ainda precisa importar leite de outros estados do País. (Nordeste Rural)

GlobalDairyTrade – O leilão da Fonterra neste início de fevereiro, apresentou queda de 1,6% no preço do leite em pó integral, em comparação com o realizado em janeiro. Com esse resultado acumula uma desvalorização de 8,6% em relação ao evento realizado em dezembro. Mesmo assim apresenta uma valorização de 75,9% em relação ao evento do mesmo mês do ano passado. Paul Grave, Gerente do GlobalDairyTrade declarou que a variação está dentro das previsões, sinalizando um equilíbrio do mercado. E é pro missor verificar que os preços estão relativamente estáveis em níveis históricos normais. (Fonterra)

 

 

Fonterra – A Fonterra anunciou que pretende investir em duas fazendas para produção de leite na China. O diretor da Fonterra no país, Philip Turner, declarou que a indústria láctea chinesa está crescendo rapidamente, mas a oferta atual de leite fresco de qualidade não atende à demanda. O mercado de produtos lácteos chinês deverá ser o maior do mundo nas próximas décadas, crescendo na casa dos dois dígitos nos próximos dez anos. O governo chinês reconhece que aumentar a produção não é apenas essencial para atender à demanda, mas também para desenvolver as comunidades rurais. A fazenda Tangshan da Fonterra, um projeto piloto implantado em 2007, demonstra que é possível, produzir na China, leite com a mesma qualidade do que é produzido na Nova Zelândia. (Fonterra)

 

Negócios

BRF – O copresidente do conselho de administração da BRF-Brasil Foods, Luiz Fernando Furlan, afirmou nesta terça-feira, 2, que a participação do mercado doméstico no volume de vendas da companhia tende a crescer este ano, como reflexo da demanda local aquecida e consumo internacional ainda com sinais de fraqueza. Ele disse que o Japão, por exemplo, é um mercado que ainda não se recuperou, mas alguns países da Europa já apresentam melhores condições de demanda. Oriente Médio e América Latina continuam bem em termos de consumo. “O quadro ainda não está claro, mas o mercado interno tende a crescer mais.” Duas das unidades inauguradas recentemente pela BRF devem atuar com foco no mercado doméstico, disse Furlan, referindo-se à fábrica de processados aberta no ano passado em Vitória de Santo Antão (PE) pela Sadia e à unidade de lácteos da Perdigão em Bom Conselho (PE). “Estamos olhando para a classe média em ergente”, afirmou. (Agência Estado)

Orgânicos – Beneficiados pela redução dos preços, os produtos orgânicos estão ganhando mais espaço. O preço sempre foi um dos maiores entraves ao crescimento desse mercado, já que, por definição, eles não têm como ser produzidos em escala que se possa chamar de “industrial”. Entretanto, a diferença de preços entre orgânicos e não orgânicos vem diminuindo. Segundo Fernando Augusto Del Grossi, gerente de inovação do Carrefour, há cinco anos, os produtos orgânicos chegavam a ser 50% mais caros; hoje a diferença está na faixa dos 30%. Sandra Caires Sabóia, gerente de orgânicos do Pão de Açúcar, diz que, na Europa e nos Estados Unidos, esse porcentual já pode chegar a apenas 20%, mas que ele “aumenta para produtos de maior valor agregado”. (O Estado de SP)

Varejo – Telhanorte, Grupo Pão de Açúcar, Contém 1g, Casa do Pão de Queijo e Amway são algumas das rede s que começam a adaptar suas operações, lojas e produtos para atender melhor o seu público-alvo, seja ele das classes A, B, C ou D. Assim, o varejo no Brasil está seguindo e até antecipando tendências internacionais do setor, já que um dos destaques da última edição da National Retail Federation (NRF), a maior feira mundial de varejo, ocorrida em janeiro em Nova York, foi o processo de segmentação e racionalização do mix de redes varejistas, com o foco para atender um público e classes específicas. (DCI)

Embalagens – Um estudo da Nielsen na Espanha constatou que 58% dos consumidores levam em consideração o formato e o tamanho das embalagens na hora de comprar, constituindo a terceira preocupação, depois do preço e da marca do produto. Pessoas que vivem sozinhas, famílias com filhos e aposentados mostram hábitos de consumo muito diferentes. Os alimentos embalados – como conservas, leite ou iogurtes – os consumidores preferem, geralm ente, embalagens pequenas, uma vez que sendo as famílias pequenas, o produto vai passar da data de validade. As embalagens pequenas são mais procuradas devido à melhor adaptação às necessidade do consumidor, bem como a conservação. Quando a preferência recai sobre as embalagens grandes, essa opção deve-se fundamentalmente à questões econômicas. (Hipersuper)

Setoriais

Safra/RS – Acostumados às perdas provocadas pelas secas frequentes no verão, os produtores do Rio Grande do Sul preparam-se para colher uma supersafra de milho e soja nesta temporada 2009/10. Com chuva abundante desde novembro, somente uma “catástrofe” climática e enchentes generalizadas nos próximos meses poderiam derrubar a produtividade, avaliam especialistas do setor. “Se chover acima da média em fevereiro o risco é a produção aumentar ainda mais”, comenta agrôn omo da Emater-RS, Alencar Rugeri. Segundo ele, com a chuva de janeiro a produtividade da soja, que começa a ser colhida em meados de março, tende a ser bem maior do que os 2.128 quilos por hectare previstos no último levantamento feito pela instituição, em dezembro. Com isso, a produção ficaria acima das 8,5 milhões de toneladas estimadas no fim do ano passado. (Valor Econômico)

 

Economia

Consumo – O ímpeto consumista dos jovens, especialmente de classe média alta, está levando as finanças das famílias para o vermelho. Os lares com filhos entre 12 e 19 anos têm despesa mensal familiar que excede em 5% as receitas, enquanto as famílias sem adolescentes conseguem poupar 5% do que ganham, revela pesquisa realizada pela Kantar Worldpanel (ex- LatinPanel). A consultoria visit a semanalmente 8,2 mil domicílios no País para fotografar o consumo. O furo no orçamento que está levando as famílias a se endividarem para quitar as contas do mês é ainda maior entre as camadas sociais mais altas. Os domicílios das classes A/B, com renda mensal superior a dez salários mínimos (R$ 5,1 mil), gastam em média 8% a mais do que ganham por causa das despesas de consumo dos adolescentes. No caso da classe C, a despesa excede em 3% a receita e nas camadas D/E o diferencial é de 5%. O mercado de consumo dos teens é gigantesco. Nas contas de Christine, da Kantar Worldpanel, entre alimentos diferenciados, roupas de marca, celulares sofisticados e serviços de cabeleireiro, por exemplo, são movimentados R$ 48 bilhões por ano. A cifra se equipara ao total de desembolsos destinados à indústria feitos pelo BNDES entre janeiro e setembro de 2009. A pesquisa revela também que a alimentação em casa é a despesa que mais pesa no orçamento das famílias com adolescentes (18%). O carrinho de supermercado é mais cheio do que o das famílias sem teens. Um dos destaques da pesquisa é a forte presença de alimentos práticos e rápidos na lista de compra das famílias com jovens. A penetração do catchup é 23% maior. Leite aromatizado e massa instantânea os índices de penetração são 20% e 13% maiores, respectivamente. (O Estado de SP)

IPC-S – O cenário de preços no varejo em São Paulo mostrou inflação mais forte na quarta quadrissemana de janeiro, segundo informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) passou de 1,43% para 1,75% na capital paulista, entre a terceira e a quarta quadrissemana de janeiro. Das sete capitais pesquisadas, seis apresentaram taxas de inflação maiores. Além de São Paulo, Belo Horizonte (de 0,83% para 1,01%), Porto Alegre (de 0,28% para 0,76%), Salvador (de 0,94% para 1,07%), Recife (de 0,92% para 1,12%) e Brasília (de 0,45% para 0,73%). A única cidade a apresentar redução na taxa de inflação no período foi a do Rio de Janeiro (de 0,99% para 0,91%). (Agência Estado)

Cesta/SP – O preço médio da cesta básica aumentou 1,22% em janeiro, na comparação com o mês anterior, na cidade de São Paulo, de acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No mês passado, o valor médio do conjunto de itens atingiu R$ 250,25 ante o preço de R$ 247,22 verificado em dezembro. Com a variação, a cesta acumulou uma alta de 2,54% nos últimos 12 meses encerrados em janeiro, inferior à elevação registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no mesmo período, de 4,55%. O levantamento da cesta básica da Fipe verifica os preços de 51 itens, número bem mais reduzido que o de 465 itens do IPC. O conjunto observado na cesta é formado por 41 preços do grupo Alimentação, se te de Higiene Pessoal e três de Limpeza. (Agência Estado)

 

Globalização e Mercosul

Contaminação – Autoridades chinesas dizem que estão se preparando para adotar medidas drásticas contra o leite contaminado com melamina. No começo desta semana os meios de comunicação oficiais exigiram uma varredura intensiva para identificar produtos contaminados, quando se soube que algumas das companhias envolvidas no escândalo de 2008 reciclaram o leite em pó contaminado e o transformaram em laticínios, em vez de destruí-lo, como havia sido ordenado por Pequim. O leite em pó acrescido de melamina causou no mínimo seis mortes em 2008 e fez 300 mil bebês adoecerem. O ministro da Saúde da China, Chen Zhu, afirmou nesse fim de semana que as inspeções serão intensificadas para impedir que as empresas de laticínios reciclem o leite em pó contaminado com melamina. (Valor Econômico)

Alimentos – Um estudo do Banco Mundial mostrou que a produção de biocombustíveis na África elevará os preços dos alimentos, informou na segunda-feira o jornal tanzaniano The Guardian. “Nem todos os países produzirão biocombustíveis, mas todos serão afetados pelo aumento dos preços dos alimentos e de safras não alimentares que competem com outras utilizadas para produzir biocombustíveis”, afirmou Donald Mitchell, economista-chefe do Banco Mundial, segundo a publicação. (Agência Estado)

Gado – O rebanho dos Estados Unidos vem caindo e iniciou o ano com 93,7 milhões de cabeças, 9,5% menos do que em 1996, quando girava em torno de 103 milhões. Em relação a janeiro de 2009, a queda é de 1%. Essa queda pode afetar os preços da carne bovina porque a economia deles começa a sair da crise e a demanda ser á maior. Além disso, as exportações crescem, embora ainda estejam longe do período anterior à ocorrência do primeiro caso de vaca louca por lá. (Folha de SP)

Emergentes – Os pequenos e médios empresários dos mercados emergentes estão otimistas para o primeiro semestre de 2010. Pela primeira vez após o início da crise, muitos começaram a sinalizar intenção de aumentar investimentos e recrutamento, segundo estudo do HSBC, divulgado hoje. O Brasil registrou um dos maiores índices de confiança entre os emergentes. O país aparece como o segundo mais confiante da América Latina, atrás do Panamá. No cenário global, a Índia ficou em primeiro lugar, seguida de Oriente Médio, China e América Latina. O cenário indica que os mercados com maior foco na economia interna apresentam nível maior de confiança nos negócios, enquanto os mercados abertos, mais dependentes de exportação, são menos otimistas, de acordo com análise feita pelo banco. (Fol ha de SP)

Argentina – O governo argentino espera avanços na relação comercial com o Brasil, seu maior sócio regional, durante as reuniões que os chanceleres de ambos os países farão a partir de quinta-feira (4). A relação entre Argentina e Brasil foi abalada no fim de novembro por um conflito envolvendo licenças comerciais. “Prevemos que possa ter algum tipo de avanço. Estamos falando dos temas históricos”, disse o secretário de Relações Econômicas Internacionais da Chancelaria, Alfredo Chiaradía. Os encontros serão abertos pela reunião entre o chanceler argentino, Jorge Taiana, e seu homólogo brasileiro, Celso Amorim. Um dos objetivos será buscar alguma definição sobre o código alfandegário do Mercosul e, em particular, sobre a eliminação da dupla cobrança de impostos sobre os produtos importados de países terceiros ao circular dentro do bloco. (Brasil Econômico)

Mercosul – Em meio às turbulências do M ercosul, a Argentina vive uma deterioração no comércio com o Brasil, que é seu principal parceiro. De 2003 a 2009, período que coincide com o governo Lula, os produtos argentinos perderam participação nas importações brasileiras. E pior: em sete dos nove setores mais dinâmicos, que representam 80% do crescimento das importações nos últimos sete anos, houve perda da fatia dominada por bens “made in Argentina”. Do total de mercadorias importadas pelo Brasil, a fatia dos produtos argentinos caiu de 9,7% para 8,8%. Até 2009, ano de forte encolhimento do comércio bilateral, a queda havia sido ainda maior e a participação havia chegado a 7,8%. Isso não significa que, durante o governo Lula, tenha havido redução nas importações da Argentina. Pelo contrário. Elas aumentaram 141%, passando de US$ 4,6 bilhões em 2003 para US$ 11,2 bilhões em 2009. (NewsComex)

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