Notícias 02.10.09

Preços/SP – O preço do leite pago ao produtor divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp/Senar-SP), registrou, em setembro/2009 o valor de R$ 0,765 para o leite tipo Leite B, e R$ 0,722 para o Leite C Cota. A média de setembro/2008 a setembro/2009 ficou em R$ 0,696 para o Leite B e R$ 0,642 para o Leite C Cota. Não houve cotação para o Leite Excesso. Foram pesquisados 58 laticínios em 50 municípios. (www.terraviva.com.br)

Leite/MG – O inverno chuvoso recuperou as pastagens mais cedo e isso fez a produção de leite aumentar. Os reflexos no preço já podem ser sentidos no campo. Este ano, o criador está satisfeito, porque as chuvas vieram mais cedo e o custo com a ração caiu cerca de 40% em relação ao mesmo período do ano passado. “Nós, hoje, estamos conseguindo receber na faixa de R$ 0,85 a R$ 0,90. Se forem mantidos, eu acho que foi relevante o investimento que eu fiz”, diz o agricultor Meirison Castro, de Patos de Minas. Depois de cinco meses de alta, o preço do leite pago ao produtor começou a cair, reflexo do aumento da produção, que é uma tendência observada em toda a região. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços para o produtor de leite tipo “C” caíram em setembro. A média brasileira ficou em R$ 0,74: valor 4% menor que o registrado em agosto. (Globo Rural)

ABIQ – De 1º a 4 de outubro a Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (ABIQ) estará mobilizando o setor queijeiro em Atibaia, com a presença de 200 profissionais. O simpósio conta com a presença de indústrias de ingredientes, coalhos e equipamentos, além dos executivos das associadas da ABIQ e representantes das entidades de classe do setor lácteo como G-100, ABLV, Sindicatos das Indústrias de Laticínios de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Rio Grande do Sul. Os temas em destaque no 1º dia foram relacionados ao Preparo do Leite para Fabricação dos Queijos; Rendimentos em Queijos; Alternativas para Aproveitamento de Soro; Fatores Clássicos da Elaboração dos Queijos; Queijos Processados; Tecnologias de Membranas; e o Mercado Global de Lácteos. No 2º dia os temas são: Rotulagens e Oportunidades para as Indústrias de Queijos; Perspectivas do Mercado Nacional de Queijos; Para Onde Caminha o Consumidor Brasileiro; A Visão do Dipoa sobre o Desenvolvimento da Indústria Brasileira de Lácteos; Cenário Mundial para Queijos e Derivados; Qualidade da Agropecuária Brasileira e Perspectivas de Evolução. (Selectus)

Parcerias – O empresário Lutz Viana, proprietário do Laticínio DaVaca, localizado no extremo sul da Bahia, especializado em produção de queijos conversando com o “Selectus” disse que há muito espaço para o setor queijeiro desenvolver parcerias. Reunimos 05 laticínios (2 de Minas Gerais, 1 na Bahia, 1 no Espírito Santo e 1 no Paraná) e passamos a efetuar compras de insumos, equipamentos e embalagens, em conjunto. Além da redução de preço obtida pela compra em escala, conseguimos dos fornecedores transferência de tecnologias e formação de técnicos para operá-las. Negocia-se um pacote e não só uma compra. O setor tem muito a fazer a partir de parcerias dentro da cadeia. Sugeriu por exemplo que as entidades de classe do setor, ABIQ, G100, e Sindicatos das Indústrias motivassem os fornecedores da cadeia produtiva do queijo a colaborar para a formação de um fundo para desenvolver uma campanha de marketing para aumento do consumo de queijo. Certamente o maior consumo iria beneficiar a todos. (Selectus)

Produção/Oceania – Depois de um início de temporada lenta, a produção de leite na Nova Zelândia vem aumentando, e os últimos boletins indicam níveis 2% maiores que no mesmo período do ano passado. As condições, para a produção de leite de vaca, vão de neutras a favorável. Em algumas regiões da Austrália o volume de chuvas tem sido o melhor, em nove anos. Mesmo assim a produção segue alguns pontos percentuais abaixo dos níveis do ano passado, em decorrência da queda do número de vacas. Estas são as condições de produção nesse início de temporada. (Usda)

Preços/Oceania – Os preços dos produtos lácteos estão superiores aos das últimas semanas. A manteiga está com o preço ligeiramente acima da tendência de mercado. O volume de leite e matéria gorda, para o período, está abaixo das expectativas, e a produção de manteiga encontra-se inferior à projetada. A oferta de creme de leite está apertada e os produtores de manteiga procuram se ajustar para atender à demanda local e preparar os estoques para os contratos futuros. O leite em pó desnatado mantém os preços firmes, mas, assim como a manteiga, a produção está menor do que a esperada. Como houve melhora na demanda internacional, comprometendo a produção atual. O mesmo vem ocorrendo com o leite em pó integral. Preços firmes, retorno da demanda, produção e estoques variando entre baixos e comprometidos. O preço de queijo na Oceania também está em níveis elevados. Ainda existem preocupações econômicas quanto aos preços futuros, gerando certa instabilidade nos compradores. A produção mostra um aumento sazonal. (Usda)

 

 

Preço/UE – A captação de leite caiu, em alguns casos devido à greve em diversos países europeus. Em algumas regiões da França a queda chega a 10%. Na Alemanha, pela primeira vez nessa temporada, a produção está menor do que a do ano passado. Isto refletiu nos produtos lácteos, que tiveram aumento de preços nas últimas semanas. A queda sazonal de produção faz os preços da manteiga e butteroil ficarem firmes. O preço do soro encontra-se um pouco acima do normal, devido principalmente à queda da oferta, decorrente da baixa produção de queijo. Apoiados pelos recentes aumentos dos preços na Oceania que continuam refletindo no mercado mundial, o leite em pó desnatado e o integral estão com os preços elevados. Em setembro os pedidos dos preços de intervenção foram reduzidos, e deverão acabar. A demanda por leite em pó continua firme, e a Europa pode ser o provedor mundial do leite em pó desnatado, mas, a oferta atual de leite em pó integral é pequena diante da demanda que melhorou.  (Usda)

 

 

 

Negócios

Nestlé – A Nestlé pretende dar início ainda neste ano às operações na unidade adquirida da Parmalat, em Carazinho. Nos últimos 30 dias, a empresa fez a seleção dos candidatos aos postos de trabalho que serão abertos, priorizando funcionários demitidos da Parmalat. Conforme a Nestlé, 50 pessoas já foram incorporadas e acompanham o trabalho de remodelação do complexo, que deverá beneficiar 1,6 milhão de litros de leite ao dia. Assim que o trabalho estiver concluído deverão ser produzidos em Carazinho alguns dos produtos lácteos do grupo, como leite premium das marcas Ninho e Molico. Também foram mantidas as operações nos seis postos de recepção e resfriamento de leite instalados em Giruá, Augusto Pestana, Casca, Boa Vista do Buricá e São Paulo das Missões, no Rio Grande do Sul, e Xanxerê, em Santa Catarina. (Correio do Povo/RS)

Consumo – Apesar da oferta cada vez maior de produtos “light” e “diet”, o consumo de líquidos com estas características ainda é baixo, no Brasil – representando apenas 10%. O dado foi levantado pela GfK, autora do estudo Liquimetric que analisou os hábitos de consumo de não alcoólicos no país, entrevistando 1500 pessoas de até 55 anos. Segundo a pesquisa, depois da água, o líquido mais ingerido é o refrigerante (19%), seguido pelos sucos (18%) e pelas bebidas lácteas (12% ). Depois, vêm café (10%) e chás (3%). Em média, o brasileiro consome 2 litros de bebidas não alcoólicas por dia. E quando o faz, em 80% dos casos, bebe em casa e em companhia da família. (Valor Econômico)

 

Setoriais

Crédito – Desde quinta-feira (1º), os produtores rurais e as cooperativas que beneficiam ou processam a própria produção contam com as Linhas Especiais de Crédito (LEC) para apoiar a comercialização de laranja, leite de ovelha e de cabra, suínos, mel e lã de ovelha. Também terão acesso ao crédito beneficiadores e agroindústrias que compram diretamente dos produtores rurais. Para acessar a LEC, o beneficiário deve procurar qualquer banco que atue com crédito rural e dar como garantia o objeto da operação (laranja, leite de ovelha, leite de cabra, suínos, mel ou lã de ovelha). No caso de cooperativas, beneficiadores e agroindústrias, será exigida a comprovação do pagamento ao produtor de, no mínimo, o valor do preço de referência estabelecido para o produto objeto da operação. (Ministério da Agricultura)

Safra – A rentabilidade da safra 2009/2010 deve ser maior que a da atual, apesar do câmbio. É o que aposta o economista Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda. Para ele, as vantagens competitivas do agronegócio brasileiro devem prevalecer no longo prazo. ”A demanda por alimentos, sobretudo proteínas, é crescente e o país tem capacidade para produzir mais sem causar danos ao meio ambiente”. (Folha de Londrina/PR)

Alimento – O poder aquisitivo para a compra de alimentos (produtos agropecuários) aumentou 24% entre 1994 e 2006. Esta foi uma das conclusões da pesquisa conduzida pelo professor Geraldo Barros, coordenador científico do Cepea, da Esalq-USP. (Folha de Londrina/PR)

Insumo – As compras externas de adubos e fertilizantes se aqueceram no fim de setembro, quando a média chegou a US$ 65 milhões por dia. Na média, os gastos diários do mês passado ficaram em US$ 29 milhões, 26% mais do que em agosto. (Folha de SP)

 

Economia

Balança – A balança comercial registrou, em setembro, pior superávit mensal deste ano, de apenas 1,33 bilhão de dólares. A queda ocorreu devido ao aumento de 16% das importações, em relação a agosto, ficando em 12,53 bilhões de dólares, o maior valor de 2009. As exportações, por sua vez, se mantiveram no patamar de agosto, totalizando 13,86 bilhões de dólares. A expansão das compras internacionais a partir de julho tem reduzido mês a mês o crescimento do superávit comercial em relação ao ano passado. As exportações registraram queda de 25,1% nos nove primeiros meses do ano, somando 111,78 bilhões de dólares. As importações, no entanto, recuaram ainda mais: 30,3% em relação ao mesmo período de 2008, somando 90,51 bilhões de dólares. (Correio do Povo/RS)

Indústria – A produção industrial subiu 1,2% em agosto, em relação a julho, na série com ajuste sazonal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro das expectativas dos analistas, que esperavam índice entre zero e 2%. Na comparação com agosto do ano passado, a produção caiu 7,2%, também dentro das estimativas. A produção da indústria acumula quedas de 12,1% no ano e de 8,9% nos 12 meses encerrados em agosto. (Agência Estado)

IPC-S – A inflação no varejo em São Paulo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), desacelerou pela terceira vez consecutiva, para 0,31% na quarta quadrissemana de setembro, ante alta de 0,49% na terceira prévia do mês passado. Segundo dados divulgados hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), seis das sete capitais pesquisadas para cálculo do IPC-S apresentaram taxas de inflação menos intensas, ou início de deflação, no mesmo período. Além de São Paulo, as cidades que apresentaram desaceleração de preços no período foram Belo Horizonte (de 0,46% para 0,42%); Brasília (de 0,40% para 0,32%); Recife (de 0,00% para -0,24%); Rio de Janeiro (de 0,21% para 0,09%) e Salvador (de 0,08% para -0,07%). (Agência Estado)

IPC – A inflação ao consumidor em São Paulo desacelerou um pouco mais que o esperado em setembro, refletindo o fim do impacto do reajuste de energia elétrica e uma queda dos preços de alimentos. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,16 %, em setembro, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta sexta-feira. Os preços do grupo Habitação aumentaram 0,47 %. Em agosto, esse grupo foi pressionado pelo reajuste da tarifa de energia, mas ao longo de setembro foi perdendo força, até ser praticamente anulado no fechamento do mês. Os custos de Alimentação tiveram queda, de 0,63 %. Esse grupo sofreu até recentemente impacto dos produtos in natura, cujas colheita e plantação foram prejudicadas pelas chuvas gerando fortes altas de preços. Agora, esses itens estão revertendo parte dessas elevações, assim como outros produtos que subiram muito recentemente, como o leite. (Reuters)

 

Globalização e Mercosul

Desemprego – A taxa de desemprego urbano na América Latina e no Caribe chegou a 8,5% no segundo trimestre de 2009 e pode fechar o ano nesse mesmo nível, segundo projeção de técnicos da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgada nesta quinta-feira. A estimativa indica que 2,5 milhões de pessoas se somariam à população urbana sem emprego na região e o total de desempregados chegaria a 18,4 milhões de pessoas. A projeção considerou um retrocesso de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), e é ligeiramente mais otimista que a publicada no boletim anterior. Do ponto de vista setorial, a análise da Cepal e da OIT mostra que a indústria manufatureira é a atividade mais afetada com as reduções no número de empregados no Brasil (2%), no Chile (1,4%), na Colômbia (0,9%), no México (7%) e no Peru (2,7%). Segundo o boletim, também houve contração no número de empregados no setor de construção no Chile (4,2%), no México (2,4%) e na Venezuela (5,3%). No comércio, houve retração no Chile (1,0%), no México (0,8%) e no Peru (3,1%). (Agência Estado)

Brasil/Egito – O Brasil pode ajudar o Egito a desenvolver novas tecnologias agrícolas. A perspectiva foi discutida, ontem, entre o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e a ministra egípcia de Cooperação Internacional, Faysza Abul Naga, que esteve em Brasília para avaliar as possibilidades de cooperação entre os dois países. ”O Brasil tem mostrado claramente a intenção de ajudar países africanos. O Egito está nesta condição e acredito que é uma área que podemos explorar mais”, afirmou Stephanes. O melhor que o país pode fazer, segundo o ministro, é colocar tecnologias já desenvolvidas à disposição e promover intercâmbio. (Correio do Povo/RS)

Embargo/AR – O governo argentino levantou ontem a proibição de exportações de milho e trigo do país. A decisão valerá para produtores que se comprometerem a suprir primeiro o mercado interno quando a demanda aumentar, informou a agência de controle de exportações argentina. De acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, o país deverá semear 1,88 milhão de hectares de milho nesta safra, a menor área desde 1989. (Valor Econômico)

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