Notícias 02.09.2010

Importações – Os números preliminares da média diária de agosto de 2010 das importações de leite e derivados, em dólar, são 33,56% menores que a média de julho de 2010. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar. (www.terraviva.com.br)

 

 

Leite/SC – Sem saber o que é chuva há 22 dias, produtores rurais do Oeste do Estado temem prejuízos. A pastagem seca já causa impacto nas atividades de produção de leite e de gado de corte. No caso do leite, a previsão para a safra não é boa na região, principal produtora de SC. A estimativa do engenheiro agrônomo da Epagri Ivan Baldissera é de que a quebra chegue a 20%. Nas últimas semanas, a produção caiu 12% em relação ao mesmo período de 2009. Em agosto, choveu 66 milímetros na região, apenas 47% da média para o mês, que é 141 milímetros. A queda de produção de leite na propriedade de Hermínio Belatto, que varia de 3 mil a 4 mil litros/mês, nem foi tão expressiva. Ficou em 2%. O seu maior motivo de apreensão é o fato de o rebanho estar se alimentando das gramíneas perenes de verão ainda em brotação. (Diário Catarinense)

Consumo – O consumo interno de leite deve crescer, no segundo semestre des te ano, cerca de 7% em relação ao primeiro semestre. De acordo com Rodrigo Padovani, analista de agronegócios da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), os brasileiros consumiram menos durante os primeiros seis meses do ano, e o País não conseguiu recuperar mercados para a exportação, depois da crise do ano passado. A Faemg estima, ainda, que o preço pago ao produtor seja baixo neste mês, mas que deve melhorar em outubro. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informou que, mesmo com o clima seco em grande parte do Brasil em julho, a produção de leite aumentou e os preços recebidos por produtores em agosto voltaram a cair. De maio para cá, a queda acumulada é de 13,35%. (DCI)

Produção – Padovani afirmou que em 2010 o Brasil apresenta um alto estoque de leite. “A produção subiu, o consumo interno caiu e quase não há exportação. É difícil prever se esse consumo [de 7%] irá aliviar o excedente de leite”, disse. O analista ainda lembra que, em 2009, “com a crise mundial, os outros países não compraram leite do Brasil. Houve um excedente do produto e, passada a recessão, o País não conseguiu embarcar no período de pós-crise”. Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil, contou que, de fato, houve aumento na produção do leite, entre janeiro e julho. Porém, o executivo alerta que se não houver uma reorganização na cadeia do leite, a produção de 2010 poderá cair. “Sem a organização na cadeia, veremos um reprise de 2009”, falou. (DCI)

Leite/PB – O consumidor paraibano vai pagar mais caro pelo leite. O período de estiagem em algumas regiões do estado começa a provocar prejuízos para produtores de gado leiteiro, o que resultará no aumento gradativo no preço do produto e os seus derivados. Luiz Correia, membro da Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale Paraíba (Coopervale), afirma que a pastagem seca causa um impacto n a produção. “Para complementar a alimentação do gado, temos que usar ração, e isso consequentemente resulta na elevação dos custos e do produto”, explica. (O Norte Online)

Preços/PB – Estes problemas acabam diminuindo a produção de leite no estado, que registrou uma queda de 36 mil litros em junho, para 25 mil em agosto. “Todo período de estiagem é assim”, explica Luiz. Com todos esses gastos, o custo do leite está sendo repassado com um reajuste de 6,7%. “O litro do leite, que era repassado por R$ 0,75, agora está por R$ 0,80, e o quilo do queijo, que tinha um preço médio de R$ 8,50, está sendo repassado por R$ 9”, afirma o cooperado. Em julho, a estiagem fez com que 24 municípios do alto sertão de Cajazeiras, Vale do Piancó e baixo sertão de Patos, decretassem estado de emergência. (O Norte Online)

Investimentos/MG – As indústrias de lácteos, em Minas Gerais, estão investindo na expan são das linhas de produtos e no aumento da capacidade produtiva das unidades fabris mesmo diante do recuo registrado nos preços finais do leite. Os aportes se devem ao aumento da renda da população e à oportunidade de ampliar as vendas no mercado interno, principalmente para a região Nordeste do país. De acordo com diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Minas Gerais (Silemg-MG), Celso Costa Moreira, a cadeia leiteira de Minas Gerais está mantendo os investimentos na ampliação das atividades com o objetivo de diversificar o mercado e reduzir os impactos provocados pelas variações negativas registradas nos preços do leite. (Diário do Comércio/MG)

gDT – Paul Grave, gerente do globalDairyTrade (gDT) disse que o resultado de ontem indica o retorno da c onfiança no mercado, depois dos últimos meses. Uma nova rodada de negociações do gDT será realizado no dia 15 de setembro, que passará a ser quinzenal. “Com dois eventos mensais é mais fácil observar a direção do mercado”, observou Grave. (Fonterra )

 

 

Somatrotopina – O Ministério da Agricultura Uruguaio, não autorizou a utilização de somatrotopina para aumentar a produção de leite no país. Trata-se de um hormônio de crescimento, que permite aumentar a produção de leite entre 15 e 20%. A sua utilização é proibida na União Europeia e Nova Zelândia. Para os produtores e entidades de classe setoriais, a utilização do hormônio poderia se converter em uma barreira não alfandegária. O Ministro da Agricultura, Tabaré Aguerre lembrou que a utilização do produto poderia colocar em risco a imagem do país, já que “seria má estratégia por parte do nosso setor produtivo e de nossas políticas públicas, contribuir para a utilização de um produto, que em vez de diferenciar-nos pela qualidade em nossos processos produtivos, nos prejudicaria nesse sentido”. (El País )

 

Negócios

Importação – A importação foi considerada um dos grandes entraves para o crescimento do mercado de leite por representantes do setor, que participaram do Fórum Canal Rural: Tendências e Desafios no Agronegócio do Leite. O evento ocorreu na CASA RBS, na Expointer 2010, na tarde de ontem (1). O Rio Grande do Sul, segundo maior Estado produtor de leite, importou do Uruguai somente em junho, 669,3 mil litros, a um valor mais baixo e sem pagar ICMS. As incertezas climáticas causadas pelo La Niña também preocupam os produtores. O fenômeno atrasa o retorno das chuvas no Sul, Sudeste e Centro-oeste do Brasil, que devem causar a redução na produção de leite e aumento no preço da ração, encarecendo os custos. Por outro lado, novos mercados conseguiram aumentar a produção no país. De acordo com Silvio Porto, diretor da Conab, com o crescimento da renda das classes mais baixas , uma população que não consumia agora consegue comprar. (Canal Rural)

Setoriais

Fertilizantes – Em 16 anos, o Brasil dobrou a quantidade de fertilizantes usados nas áreas plantadas. Foi de 69,4 quilos por hectare em 1992, para 143,7 quilos por hectare, em 2008, segundo informou nesta quarta, dia 1º, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em sua pesquisa “Indicadores de Desenvolvimento Sustentável”, referente ao ano de 2010. O crescimento revela que embora não tenha ocorrido avanço no uso da terra, ocorreu uma intensificação no tipo de uso. Essa intensificação tem sido feita com excesso de uso de fertilizantes. Isso traz problemas ambientais sérios, como a contaminação dos lençóis freáticos e riscos à saúde dos consumidores e do homem rural. (Agência Estado)

 

Economia

Selic – O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), decidiu, por unanimidade, manter a taxa básica de juros inalterada em 10,75% ao ano. Com a decisão desta quarta, o BC interrompe o ciclo de aperto monetário iniciado há pouco mais de quatro meses, quando a taxa básica de juros estava no seu patamar mais baixo, de 8,75% ao ano. A manutenção da taxa já era esperada pela maioria dos economistas. Agora, a expectativa do mercado é que os juros voltem a subir em janeiro e terminem 2011 em 11,50%. (Correio do Povo/RS)

IPC – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na cidade de São Paulo correspondeu a 0,17% em agosto, a mesma taxa apurada um mês antes, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Das sete classes de despe sas avaliadas, Alimentação foi a única no terreno negativo, com queda de 0,15%. O grupo, aliás, apresentou deflação em todo o mês de agosto assim como em julho. Vale notar, porém, que a trajetória de baixa perdeu força no comparativo com a terceira prévia do mês passado, quando os custos dos alimentos tinham recuado 0,39%. (Valor Online)

Globalização e Mercosul

Grãos – A Rússia colheu 43 milhões de toneladas de grãos até 31 de agosto de 2010, anunciou o Ministério de Agricultura do país. O governo não forneceu os dados do ano passado para comparação, mas informou que a produtividade média até agora é de 2,03 toneladas por hectare, abaixo de 2,61 toneladas por hectare em igual período de 2009. O volume de grãos resulta da colheita de 21,1 milhões de hectares, ou 60% da área total cultivada. O país colheu 29,8 milhões de tonelad as de trigo de 13,3 milhões de hectares até 31 de agosto, ante 14,3 milhões de hectares colhidos no mesmo intervalo do ano anterior. A produtividade média atingiu 2,24 toneladas por hectare, em comparação com 2,84 toneladas por hectare em 2009. (Agência Estado)

Agroinflação – A forte alta do trigo no mercado internacional em agosto, que puxou a valorização do índice de preços de alimentos da FAO, o braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, não é o único sinal de pressão do campo sobre as taxas inflacionárias globais. Outras commodities agrícolas continuam em alta, como a soja, e a mesma FAO também já constatou uma expressiva disparada das carnes em geral – o índice específico nesta frente atingiu seu pico em 20 anos, segundo o “Financial Times” -, em boa medida graças à valorização dos grãos usados nas rações. Conforme já informou o Valor, tal pressão também ocorrerá no mercado doméstico. Como o movimento não é só bra sileiro, o índice de preços de alimentos da FAO não deverá ficar imune às valorizações dos produtos do agronegócio. (Valor Econômico)

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