Leite pode fazer bem ao cérebro e não aumenta os riscos de doenças cardiovasculares e de obesidade

Nesta segunda-feira, 1º de junho, é comemorado o Dia Mundial do Leite. A data foi estipulada pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), em 2001, com o objetivo de alertar a população sobre a importância do leite em uma alimentação equilibrada, e assim promover o seu consumo.

O leite é um alimento que constitui importante fonte de minerais, vitaminas e proteínas de alto valor biológico. O consumo de leite está associado à prevenção de osteoporose, hipertensão arterial, ao controle do peso corpóreo e até a modulação da gordura corporal, entre outros fatores.

Um estudo norte-americano sugere que o leite também pode ser importante para o cérebro. Pesquisa publicada no The American Journal of Clinical Nutrition, ingerir leite aumenta os níveis de glutationa no cérebro de adultos. A glutationa, um poderoso antioxidante, ajuda a proteger o cérebro de doenças degenerativas progressivas como Alzheimer e mal de Parkinson.

Evidências científicas também têm demonstrado que o consumo de produtos lácteos ricos em gordura não aumenta os riscos de doenças cardiovasculares e de obesidade. Pelo contrário, pode até reduzi-los. As pesquisas apontam que esse possível efeito cardioprotetor exercido pela gordura do leite parece estar vinculado, pelo menos em parte, à presença de compostos com efeitos benéficos para o sistema cardiovascular, com destaque para o ácido linoléico conjugado (CLA), o ácido vacênico, o ácido alfa linolênico (ômega­ 3) e o ácido oléico, componente majoritário do azeite de oliva, um dos ingredientes da Dieta do Mediterrâneo.

A gordura do leite é a principal fonte de CLA e de ácido vacênico na dieta humana, além de contribuir significativamente para a ingestão de ácido oléico. Os CLA são ácidos graxos que compõe a parte da gordura da carne ou do leite. Estudos sugerem que o CLA apresenta potentes atividades bioquímicas e fisiológicas, que podem beneficiar o organismo e proteger contra doenças cardiovasculares e obesidade, diabetes e alguns tipos de câncer, como de mama, cólon, próstata e cérebro.

A nutricionista Claudia Pohlmann Martins, que atende escolas de educação infantil em Porto Alegre e São Leopoldo, recomenda o consumo de leite aos seus pequenos pacientes como fonte de cálcio, mineral que ajuda na formação dos ossos. Segundo ela, crianças de 3 meses e 1 ano precisam de 500 miligramas de cálcio por dia, o equivalente a meio litro de leite. Para as maiores de 3 anos, a quantidade recomendada de cálcio por dia é de 750 miligramas. “Já para os adultos, a recomendação diária é de 1 mil miligramas de cálcio, que correspondem a um litro de leite”, explica Claudia. IGL

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