Laticícios gaúchos já podem se habilitar para exportar leite em pó para a China. E, na avaliação do diretor executivo do IGL, Ardêmio Heineck, talvez esse mercado colossal represente negócios concretos para os lácteos do Brasil antes do que a Rússia, que já habilitou algumas plantas no país. Segundo Heineck, a China já tem um certificado de negócio recíproco com o Brasil datado de 2007 para carnes e produtos lácteos, o que corta um tremendo atalho burocrático. “Com isso, não é preciso que venha uma missão chinesa para avaliar plantas no Brasil”, explica.
O executivo do IGL esteve em Brasília nesta quinta-feira (17), na Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para obter informações a respeito do processo de habilitação de plantas para exportar produtos lácteos para a China. O interesse é repassar as informações para as entidades e empresas gaúchas interessadas no mercado chinês. Em linhas gerais, o primeiro passo é requerer questionário junto ao Mapa. Todo o material precisa ser redigido em inglês e mandarim. Depois de pronto, o processo entra no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Mapa, que repassa para a SRI, que o envia para o Ministério de Relações Exteriores. O material então é confiado ao adido agrícola brasileiro em Pequim, que faz a entrega para as autoridades chinesas.
Todo o passo a passo burocrático da China será apresentado para os membros da diretoria do IGL nesta sexta-feira (18), em reunião de diretoria. “A China chega como o grande mercado comprador dos lácteos brasileiros possivelmente ainda em 2016. Isso deverá gerar renda aos laticínios brasileiros e aos produtores”, avalia Heineck.