Indústria brasileira investe mais em longa vida.

Os subsídios anunciados há um mês para os derivados lácteos produzidos pelos países do bloco europeu não foram suficientes para gerar demanda externa e esvaziar os estoques do velho continente, mas já surtem efeitos no mercado doméstico brasileiro. As principais indústrias de leite em pó frearam a produção em favor do envase de leite longa vida. Até quem não estampava a marca na versão líquida da bebida optou por entrar nesse mercado.

Fontes do setor afirmam que uma grande empresa de lácteos instalada no Brasil estaria planejando lançar o longa vida nos próximos meses. Além das políticas protecionistas, a decisão teria sido motivada pela invasão de leite no mercado interno, “boa parte proveniente da Argentina via triangulação com o mercado europeu”.

Esse é só um dos efeitos agora acentuados pela ampliação dos prêmios e formação de estoques de intervenção definida pela Comissão Europeia em Bruxelas. Desde o fim do ano passado, o preço pago ao produtor mantém-se praticamente estável. De acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Agrícola (Cepea), a média Brasil registrada em fevereiro continua na casa dos R$ 0,59. “A maior variação não ultrapassou meio centavo e foi no Paraná”, informa Gustavo Bedusqui.

A matéria é de Gilmara Botelho, publicada na Gazeta Mercantil.

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