Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul anunciaram ontem a criação da Aliança Láctea Sul Brasileira, cujo objetivo é fortalecer e consolidar a cadeia produtiva do leite nos três Estados.
Secretários da Agricultura dos três Estados, representantes dos órgãos de defesa sanitária, pesquisa agropecuária, extensão rural dos Estados, além do setor privado e entidades ligadas à agricultura, reuniram-se ontem em Curitiba para oficializar a criação.
De acordo com a Secretaria de Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, a expectativa é de que em 10 anos, a produção de leite nos três Estados chegue a 19,5 milhões de toneladas por ano, 77% a mais do que é produzido hoje. Os Estados da região Sul são responsáveis por 33% da produção brasileira de leite com 11 milhões de toneladas por ano.
Em nota, o secretário da Agricultura catarinense, Airton Spies, afirma que a decisão de tratar do desenvolvimento da cadeia produtiva em conjunto se explica porque os três Estados têm características comuns na produção de leite. Conforme Spies, “para que o nosso leite seja um produto competitivo no mercado global, a qualidade do leite precisa melhorar muito e a logística e infraestrutura precisam ser confiáveis para que possam atender demandas constantes de mercados exigentes”.
Segundo a nova entidade, a região formada pelo oeste de Santa Catarina, noroeste do Rio Grande do Sul e sudoeste do Paraná é onde a produtividade do leite mais cresce atualmente no Brasil, por conta do clima favorável, mão de obra qualificada e presença de pastagem o ano todo.
No lançamento da Aliança ontem, os secretários da Agricultura do Sul destacaram a importância de ações para assegurar a sanidade dos rebanhos, “principalmente voltadas para o controle de febre aftosa, brucelose e tuberculose”.