APIL participa da reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira, formada pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná

Aliança será lançada dia 2 de setembro em evento na 37ª Expointer – RS

 

Em vias de ser constituída como entidade, a Aliança Láctea Sul Brasileira, formada por Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, debateu nesta terça-feira (5) o conteúdo proposto em documento intitulado Carta Aberta – cenário e perspectivas da cadeia do leite na Região Sul.

O conteúdo e objetivos serão apresentados em seminário, no dia 2 de setembro, durante a 37ª Expointer, em Esteio, em que também será lançada oficialmente. Permanente, a Aliança se constituirá num fórum público-privado de desenvolvimento da cadeia, com políticas e iniciativas conjuntas. Mediada pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Estado, Claudio Fioreze, a reunião serviu para que estados e entidades contribuíssem com temas, como, por exemplo, políticas públicas e ações em comum à região. Juntos, os três estados se tornarão em 2015 a maior região produtora de leite do País, superando pela primeira vez o Sudoeste.

Com 10,8 bilhões de litros por ano, segundo dados de 2012 do IBGE, já têm a maior produtividade por vaca do Brasil, embora ainda aquém de Uruguai e Argentina. Conforme o documento, fruto de reunião ocorrida no Paraná, a produção leiteira é apropriada à diversificação econômica da propriedade rural, contribuindo com a sustentabilidade.

Só no RS pelo menos 130 mil famílias vivem da atividade. Apesar dos avanços, recuperação de estradas e acessos municipais feitas pelo Estado e do investimento em infraestrutura do pelo Governo Federal, o documento aponta ainda como gargalos a universalização da assistência técnica às pequenas propriedades, eficiência energética e logística. A maior contribuição do setor com o PIB é outro ponto levantado pelo documento, utilizando como exemplo a versatilidade na geração de derivados com a matéria-prima industrializada. No mundo, a produção cresceu 27% de 2000 a 2012, de acordo com o estudo do Senar. No Brasil, 63%. Nos três estados do Sul, no entanto, o aumento foi de 119% no período. Até 2020, segundo a projeção, a região deverá ser responsável por 19 bilhões de litros/ano, dos quais 3,5 bilhões irão para os mercados externos.

Para Fioreze, a Aliança se apresenta como instrumento estratégico para debater e encaminhar pontos comuns, funcionando como fórum consultivo de deliberações dos setores públicos e privados. “Pretendemos formar um bloco com maior representatividade política e técnica à cadeia do leite. Tanto para questões tributárias, de movimentos junto ao Governo Federal na obtenção de recursos como na equação de questões sanitárias, de qualidade e de mercado”, diz Fioreze.

 

Foto: Arnaldinho Souza

(SEAPA)

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