Ácido oléico, presente no leite, evita o risco de doenças cardíacas
Para quem não está em dieta, vale a pena ouvir esta: Estudos científicos mostram que o consumo da gordura do leite de vacas e outros ruminantes (cabras, ovelhas) pode trazer benefícios à saúde.
Na verdade, a gordura saturada é parte integrante das membranas celulares e participa do armazenamento das vitaminas A, D, E e K nas células contribuindo, portanto, para o adequado funcionamento do organismo.
Segundo Marco Antônio Sundfeld da Gama, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, inúmeros estudos epidemiológicos e de intervenção dietética (controlados) têm demonstrado que os ácidos graxos saturados presentes na gordura do leite – embora representem em torno de 60% da gordura total – não aumentam o risco de doenças cardiovasculares.
O pesquisador ressalta, ainda, que a gordura do leite contém outros ácidos graxos que são reconhecidamente benéficos à saúde cardiovascular. “O que muitos não sabem é que o segundo ácido graxo mais abundante na gordura do leite é o ácido oléico (20 a 25% dos ácidos graxos totais), o mesmo presente em elevada concentração no azeite de oliva, cuja ação reduz a formação de placas de gordura (ateromas) no sangue e é amplamente reconhecida pela comunidade científica”, completa.
A gordura do leite é, ainda, a principal fonte dietética de ácido linoleico conjugado (CLA), um composto com inúmeras propriedades benéficas à saúde humana, incluindo efeitos positivos sobre biomarcadores de risco cardiovascular, ressalta Gama.
Há forte evidência científica de que a gordura presente no leite integral e em produtos lácteos como queijo e manteiga, embora apresente elevado teor de ácidos graxos saturados, não aumenta e possivelmente pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares, o que parece estar associado à presença de compostos com propriedades cardioprotetoras, como o ácido oleico e o CLA.
* Com informações do Projeto Nutrição Prática & Saudável: www.nutricaopraticaesaudavel.com.br