Em torno de R$ 32,5 milhões ao ano são investidos na indústria láctea desde 2015, pelos produtores associados da entidade. Dados foram divulgados durante a encontro com a imprensa na nova sede da entidade, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio/RS. Até 2018 os produtores da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS) devem injetar R$ 130 milhões no setor lácteo. Atualmente a entidade é responsável pela maior parte do queijo e 18% do processamento de leite que são produzidos no Estado. Com a nova sede, inaugurada nesta quarta-feira, dia 30 de agosto, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), os associados irão oportunizar a integração entre as agroindústrias da cadeia láctea e os consumidores, assim como promover debates e apresentações de projetos para o setor.
Conforme o presidente da Apil/RS, Wlademir Dall’Bosco, a nova sede demonstra que as agroindústrias estão organizadas e em desenvolvimento. O espaço próprio conquistado após 15 anos de existência da Associação vai aproximar os laticínios associados do setor urbano com a apresentação de seus produtos e do trabalho realizado à frente do setor lácteo gaúcho. O dirigente coloca ainda que a Apil/RS está ao lado do produtor, é parceira de investimentos e novos desafios. De acordo com o presidente, de 2015 até agora mais de R$ 100 milhões foram investidos em planta, equipamentos e em assistência técnica nas agroindústrias associadas. E a previsão para 2018 é de que cerca de R$ 30 milhões sejam injetados ao longo do ano por meio de projetos de desenvolvimento no setor. Somente este ano foram gerados 2,5 mil empregos diretos e indiretos no setor. E a previsão para o próximo ano é de que sejam criados 2,7 mil novos postos de trabalho com os investimentos projetados. “O resultado final deste processo é o aumento da produção no Estado, de geração de emprego no campo, de incremento da economia no interior, além do fomento de setores correlatos ao agronegócio”, declara.
Com a baixa no consumo de leite e derivados no Estado, a globalização da economia e abertura das fronteiras para o produto lácteo no Brasil, surge a necessidade de um novo modelo produtivo na cadeia do leite. Com a importação brasileira de leite em pó em torno de 100 milhões de litros oriundos do Mercosul houve uma queda no consumo do produto nacional o que, segundo o presidente da Apil/RS gerou excedente de um produto que é 100% perecível. “Entra um produto importado mais barato que o nosso, o que nos força baixar o preço muito aquém ao custo de produção, que atualmente se aproxima de R$ 1,00 o litro, portanto, é preciso produzir com qualidade, buscar produtividade, escala para produção do negócio e sustentabilidade no mercado, aliado à redução de custos. E, reduzir custos, se consegue disponibilizando tecnologia e genética para o produtor, juntamente com a sua capacitação”, complementa.
Dall’Bosco diz ainda que algumas agroindústrias estão desenvolvendo projetos de uma nova forma de produção de leite, que deve ocorrer sob um sistema de integração entre as atividades leiteira e pecuária, onde a indústria passa a fazer parte do cotidiano do produtor. A produção fica direcionada para a indústria, esta estabelece um modelo de produção e qualidade com assistência técnica para viabilizar a atividade, que deverá ser boa para todas as partes. Segundo o dirigente, já há produtores com propostas e projetos com esta formatação e com expectativa de implantação a partir de 2018.