Preços/SP – O preço do leite pago ao produtor divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp/Senar-SP), registrou, em outubro/2010 o valor de R$ 0,756 para o leite tipo Leite B, e R$ 0,690 para o Leite C Cota. A média de outubro/2009 a outubro/2010 ficou em R$ 0,738 para o Leite B e R$ 0,665 para o Leite C Cota. Não houve cotação para o Leite Excesso. Foram pesquisados 50 laticínios em 42 municípios. (www.terraviva.com.br)
Leite/MG – Os custos com transporte estão comprometendo a rentabilidade da cadeia leitei ra de Minas Gerais. De acordo com o Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Minas Gerais (Silemg-MG), os gastos com a movimentação das mercadorias produzidas pelo segmento chega a representar cerca de 12% do valor do produto final. O principal gargalo é a má condição das rodovias, o que reduz a vida útil dos caminhões e onera ainda mais o setor. De acordo com o diretor executivo da entidade, Celso Costa Moreira, a cadeia leiteira de Minas Gerais enfrenta um cenário complicado tanto na captação dos produtos como na distribuição do mesmo pelas indústrias. (Diário do Comércio/MG)
Preços – Depois de um período de queda, o preço do leite pago ao produtor deve subir nos próximos meses. A previ são é de que volte ao patamar de R$ 0,80 por litro, como foi no primeiro semestre em algumas regiões. Por enquanto a alternativa do produtor é reduzir os custos para não perder tanto na margem. (Canal Rural)
Leite/BA – A Bahia produz 950 milhões de litros de leite/ano, e consome 1,6 bilhão de litros, registrando o déficit de 650 milhões de litros. A Bahia possui o terceiro maior rebanho leiteiro do Brasil, mas ocupa a 23ª posição em produtividade por vaca ordenhada. Para debater esta questão a Secretaria da Agricultura, e outras entidades representativas, estarão abrindo o Sistema Integrado da Produção de Leite, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), no auditório da EBDA. Ao longo da semana, o seminário será realizado em Feira de Santana, Conquista, Itapetinga e Itabuna. (Página Rural)
Leite/UE – A média dos preços na Europa, em setembro, foi de 33,05 euros [R$ 0,81/liro] por 100 kg do leite padrão, 0,35 € a mais que agosto. É 22,9% maior que o praticado no mesmo mês do ano passado. Embora pareça que o preço do leite esteja se estabilizando, algumas indústrias já preveem aumentos nos próximos meses. Na Nova Zelândia, o preço anunciado de NZ$ 6,90/kgMS (quilos de milksolids), corresponde a 29,21 €/100 quilos [R$ 0,72/litro]. E embora seja o segundo melhor da história, a diferença com os preços europeus se deve à forte valorização do dólar kiwi diante do euro. A produção de leite na Nova Zelândia e Austrália está caminhando para o pico sazonal, recuperando-se das condições meteorológicas adversas de setembro, e voltando aos volumes projetados. (LTO Nederland)
Leite/EUA – Nos Estados Unidos, o leite classe III, subiu de US$ 15,18 em agosto para US$ 16,26/cwt [equivalente a R$ 0,62/litro]. Somente em setembro de 2007 e 2008 os preços foram tão altos. A produção de junho a agosto cresceu 2,7%, em relação ao mesmo período do ano passado, quase o dobro da taxa de crescimento histórico. Em setembro, o aumento foi de 3,3%, se comparado com setembro de 2009, com 4.000 vacas de leite a menos. Estimativas projetam crescimento de 1,8% e 1,82% para 2010 e 2011, respectivamente. A previsão é de que o preço do leite classe III atinja o pico em outubro, chegando a US$ 16,80, caindo para US$ 15,20 em dezembro, e continuará em declínio até abril, quando deverá chegar a US$ 14,20. (LTO Nederland)
Exportações/EUA – As principais commodities estão com preços bem mais altos que um ano atrás, e isto está incentivando o aumento da produtividade. Nos primeiros sete meses do ano as exportações americanas de manteiga cresceram 7,7%; de queijo 61%; soro de leite em pó 31% e leite em pó desnatado 14,5%. (LTO Nederland )
Preços/EUA – Os preços das commodities foram elevados na quinta-feira. Após a notícia de que o Fed (Banco Central Americano) iria injetar na economia mais papel moeda, fez com que os preços das commodities fossem inflacionados. O milho de dezembro foi negociado com a maior alta de preços dos últimos dois anos, enquanto o leite de dezembro foi negociado com baixa. A evolução dos preços das commodities não é igual, e parece que estão em situação de extrema desconexão com os preços dos alimentos e do leite. (Dairy Herd Management )
Negócios
Bisfenol A – Na última semana, três grandes empresas alimentícias anunciaram esforços para banir o uso de bisfenol A (BPA) de suas embalagens. A Nestlé se comprometeu a abolir o uso da substância nos próximos três anos. Outros conglomerados -Heinz e General Mills- estão investindo em alternativas. O bisfenol A, componente químico usado na confecção de alguns tipos de plástico e no revestimento interno de latas de comida e bebida, é contestado por organizações de consumidores e parte da comunidade científica, devido a riscos ao organismo. Pesquisas têm associado o contato com a substância a probabilidades maiores de desenvolver doenças cardíacas, diabetes, puberdade precoce e queda da fertilidade em adultos. (Folha de SP)
Alimentos – O setor de alimentos liderou o ranking de fusões e aquisições dentre as indústrias de bens de consumo no terceiro trimestre do ano, segundo um levantament o feito globalmente pela Ernst & Young. Na quarta edição do estudo Negócios em Bens de Consumo no Trimestre (Consumer Products Deals Quarterly), a consultoria continuou registrando grande movimentação de compras, chegando a 54 transações entre julho, agosto e setembro – 22% a mais que no trimestre anterior, quando foram realizados 44 negócios. Desse total, 39 foram aquisições e fusões realizadas no segmento de alimentos. Em seguida vem o setor de bebidas e o de higiene pessoal e limpeza. Só a indústria de tabaco permaneceu estável. (Valor Econômico)
Negócios/EUA – As 21 empresas brasileiras do agronegócio que participaram da Americas Food and Beverage 2010, em Miami (Estados Unidos), devem fechar negócios de US$ 10,44 milhões nos próximos 12 meses. As companhias integraram o estande do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na feira realizada no fim de outubro e ajudaram a promover o setor para norte-americanos , latinos que residem naquele país, compradores da América Central e Caribe. (Mapa)
Setoriais
Mais Alimentos – A internacionalização do Mais Alimentos implicará no incremento das fábricas de máquinas agrícolas brasileiras, cujo RS responde por 65% da produção. Segundo o presidente do Simers, Claudio Bier, é um grande negócio. “Cada 1 milhão de dólares exportados demanda dez empregos. Há vontade política e com a continuação do governo temos a garantia de que o projeto terá andamento”. O presidente Lula deverá apresentar o Mais Alimentos na África, durante a Reunião sobre Agricultura Familiar do Mercosul, dias 18 e 19, em Brasília. (Correio do Povo/RS)
Soja/USDA – Um novo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), esperado para amanhã, pode fazer com que o valo r da soja na Bolsa de Chicago bata na casa dos 13 dólares por bushel. Se a situação se confirmar, a cotação irá superar a do dia 5 deste mês, quando a oleaginosa chegou a 12,73 dólares por bushel. O valor é o mais alto dos últimos quatro meses. Segundo o consultor Carlos Cogo, a reação de mercado deve ocorrer por conta de uma provável redução na safra americana do grão, que está em colheita. “O caminho dos 13 dólares de piso já está consolidado, podendo ocorrer mais ganhos nos próximos dias. Esta é uma questão de safra e não de especulação financeira relacionada ao dólar.” Cogo ainda prevê que a situação estimule os gaúchos a investirem no mercado futuro. (Correio do Povo/RS)
Economia
IPC-S – O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou variação de 0,6 7% na primeira semana de novembro. O resultado ficou 0,08 ponto percentual acima da taxa de 0,59% verificada no fim de outubro, informou hoje a Fundação Getulio Vargas (FGV). O levantamento mostrou que cinco das sete classes de despesas avaliadas apresentaram avanço nas taxas de variação entre o fim de outubro e a semana encerrada em 7 de novembro. Neste período, os aumentos mais expressivos ocorreram nas categorias Alimentação (de 1,38% para 1,54%), Transportes (de 0,45% para 0,66%) e Vestuário (de 0,58% para 0,76%). (Valor Online)
IPCA – Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) elevaram a estimativa para a inflação oficial este ano pela oitava semana seguida. A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) agora passou de 5,29% para 5,31%. Para 2011, permanece em 4,99%. As estimativas estão acima do centro da meta de inflação de 4,5%. (Agência Brasil)
Globalização e Mercosul
G-20 – Os Estados Unidos serão o maior alvo de críticas na reunião do G-20 que acontece esta semana (quinta e sexta-feiras) na Coreia. China e Alemanha se manifestaram contra o pacote de US$ 600 bilhões anunciado na semana passada pelos EUA, e o Brasil, que terá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua sucessora Dilma Rousseff na reunião, também repudiou a iniciativa do governo norte-americano. A China rejeitou o plano dos Estados Unidos de impor limites aos desequilíbrios comerciais e a Alemanha criticou a política de injeção de recursos do Federal Reserve, antecipando o que deve ser uma dividida reunião do G-20 (grupo que conta com os países desenvolvidos e os emergentes de maior destaque). (Panorama Brasil)
Argentina estima, cautelosa, produção recorde em 2011
A maioria dos produtores de leite da Argentina está capitalizando no aumento de seus lucros para expandir operações e investir em melhores operações de forragem e genéticas dos rebanhos. Essas melhorias direcionarão a produção nacional de leite no próximo ano para um recorde de 11,1 milhões de toneladas, equivalente a 10,8 bilhões de litros, suficiente para ajudar as exportações de leite em pó integral, produto que o país é o terceiro maior produtor, para níveis alcançados apenas uma vez em sua história.
“Os altos preços do leite levaram a uma maior lucratividade para os produtores de leite”, disse a equipe do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Buenos Aires em um relatório. “Os atuais retornos no setor de lácteos são maiores do que no setor de soja”.
Entretanto, com a indústria tendo um histórico de ganhos “muito instáveis”, sendo bastante afetada pela seca há dois anos, seus ganhos “permanecem ainda um pouco incertos”, disse o relatório. Os preços que os produtores receberam pelo leite deverão cair no próximo ano, em termos reais, em resposta a uma redução no mercado internacional, enquanto os custos de produção estão maiores devido aos maiores preços da dieta animal.
Mesmo que os produtores de leite mantenham maiores retornos do que os produtores de soja, sua maior demanda não deverá impulsionar um aumento na mudança de produção de soja para leite. “A produção agrícola compete fortemente pelo uso da terra à medida que demanda menos investimentos e manejo. A competição pelo uso da terra, os altos preços da terra e os maiores custos de arrendamento de terras são fortes fatores limitantes para uma expansão no setor de lácteos”.
Tabela 1. Estimativas para o mercado de lácteos da Argentina 2010-11 (variação com relação ao ano anterior)
Fonte: USDA
A produção de lácteos na Argentina provavelmente deverá se expandir a “uma taxa muito moderada”, considerando que as atuais condições econômicas e de mercado persistirão, com os processadores cautelosos também. “Pouco investimento é esperado na indústria local de processamento em 2011”, disse o relatório.
A capacidade total de secagem de leite para produzir produtos em pó foi estimada em 13-14 milhões de litros por dia e “não existe nenhum novo projeto de investimento para aumentar essa capacidade de processamento”.
As informações são do Agrimoney