Importações – Os números preliminares da média diária de setembro de 2010 das importações de leite e derivados, em dólar, são 5,22% maiores que a média de Agosto de 2010. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar. (www.terraviva.com.br)
Preços/SP – O preço do leite pago ao produtor divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp/Senar-SP), registrou, em agosto/2010 o valor de R$ 0,736 para o leite tipo Leite B, e R$ 0,695 para o Leite C Cota. A média de agosto/2009 a agosto/2010 ficou em R$ 0,743 para o Leite B e R$ 0,671 para o Leite C Cota. Não houve cotação para o Leite Excesso. Foram pesquisados 48 laticínios em 44 municípios.
Preços – O preço do leite pode cair ainda mais nos próximos meses, mesmo com a previsão de queda da produção por causa da seca. Ainda assim, os analistas dizem que o preço ao produtor este ano é melhor do que no ano passado. O cálculo começa na ordena, que em volume já rendeu bem nos primeiros meses de ste ano. O último levantamento do Cepea mostra que de janeiro a julho de 2010, os laticínios receberam 5,2% a mais de leite do que no mesmo período de 2009. Por isso, o preço ao produtor perdeu, em média, 13% de maio pra cá. O valor foi de R$ 0,79 para 0,69 agora. O produtor Rodrigo Imediato, de Pindamonhangaba (SP) até conseguiu um pouco mais. Há três meses ele vendia o litro a R$ 0,95 centavos. Esta semana, entregou a R$ 0,89. (Canal Rural)
Leite/RS – A cadeia produtiva do leite da região Noroeste do RS foi selecionada pela União Europeia e irá fazer parte do projeto Coesão Social através do Fortalecimento das Cadeias Produtivas (Cocap), que será implementado até 2011. “Estamos reunindo as instituições interessadas em participar do projeto”, disse a professora do Departamento de Administração da Unijuí, Lucinéia Woitchunas. Na última quinta-feira (2/9), Woitchunas se reuniu com representantes da Emater/RS-Ascar, Embrapa Pecuária Sul, Coperfamiliar, Sicredi, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Moinhos de Ijuí, Sanphar, Biotechnos e prefeitura. “Vamos integrar projetos como o Rede Leite, que já estão em funcionamento”, disse Woitchunas. (Emater/RS)
Leite/PR – Calor excessivo e redução na oferta de comida diminuem a capacidade produtiva das vacas. A produção leiteira do Paraná pode sofrer redução devido a prolongada estiagem. Além do calor, pastos secos diminuem a oferta de alimento às vacas leiteiras criadas a campo. Segundo a agrônoma Maria Silvia Digiovani, da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), que é também secretária do Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite do Paraná (Conseleite), ainda não há registros oficiais de queda na produção aqui no Estado, mas a baixa na produção pode promover uma elevação nos preços do leite. (Folha de Londrina/PR)
Preço/PR – No dia 17 de agosto ocorreu a ú ltima reunião do Conseleite, que confirmou o preço referência do mês de julho em R$ 0,6816 para o litro do leite acima do padrão. Para agosto o valor projetado é de R$ 0,6601. A próxima reunião do conselho paritário está marcada para o dia 14 de setembro. (Folha de Londrina/PR)
Leite/MT – O leite longa vida que hoje custa em média R$ 1,89 até R$ 2,10 pode ficar ainda mais caro na próxima semana. Os derivados também acompanharão o aumento. Segundo o presidente da Associação dos Supermercados de Mato Grosso (Asmat), Kássio Katena, o aumento está ligado ao fim do período de entressafra. A notícia contraria as informações do representante do Instituto do Leite de Mato Grosso que afirma não estar previsto nenhum acréscimo em setembro. De acordo com o diretor da entidade, Eldor Sontag, o aumento da cota de importação neste ano culminou no resultado negativo da produção nacional. A superoferta fez com que os preços nos produtos de laticí nio caíssem. Os preços na gôndola neste período deveriam ser entre R$ 2,59 até R$ 2,89. (Folha do Estado/MT)
Preços/MT – “A expectativa é de trabalharmos a caixinha do leite no valor do mesmo período no ano passado, R$ 2,49,” disse o presidente da Associação dos Supermercados de Mato Grosso (Asmat), Kássio Katena. Segundo o proprietário de uma indústria do Estado, Arnaldo da Silva, os preços não devem ser ajustados neste momento. Ele acredita que o setor vai permanecer estável neste período, tanto para o leite caixinha, quanto para os derivados. Os consumidores demonstram preocupação. De acordo com o empresário da indústria, os consumidores terão que avaliar seus supermercados. “Agora não é previsto nenhum reajuste. Vamos esperar a estiagem, se permanecer, vamos estudar o que fazer para não decepcionar o cliente no preço final”, relata. (Folha do Estado/MT)
Preços/CE – Por causa das fra cas chuvas deste ano, reduziu-se a oferta de leite no Ceará. Como consequência o preço do leite pago pela indústria ao produtor subiu 2%, segundo informa Raimundo Reis, da Leite & Negócios Consultoria. A maior alta foi na Bacia Leiteira de Quixeramobim: 2,89%. Nas do Cariri, Fortaleza e Alto Salgado, o aumento alcançou, respectivamente, 2,3%, 2,2% e 1,21%. “No Ceará, a produção se mantém pelo uso de pastagem irrigada.” (Diário do Nordeste)
Búfalos – A produção de leite de búfala no Vale do Ribeira cresce de forma vertiginosa desde 2001, passando de dois mil litros diários para 20 mil litros no pico de lactação. As 25 mil cabeças concentradas nas mãos de 220 produtores, no Vale do Ribeira, correspondem a 25% do total do Estado. A região sedia a única fazenda experimental de búfalos do País. Entre os problemas enfrentados pelos produtores de búfalos estão a falta de informação sobre nutrição/alimentação do animal, sanidade e amb iência. Os produtores reivindicam também aumento do preço do leite, fixado entre R$ 1,10 e R$ 1,25. Em Barra do Turvo, a produção de leite de búfalas aumentou 500%, desde 2005. Ainda assim, eles encontram dificuldades para suprir a grande demanda. (SEBRAE/SP)
Preços/NZ – A Fonterra confirmou, em agosto, o pagamento de NZ$ 6,90 a NZ$ 7,10 por quilo de MilkSolids para a campanha 2010/11. Se isto se concretizar, será o segundo melhor preço recebido pelo produtor neozelandês. Isto chegará a 29,32 €/100 quilos, para o leite padrão. A pequena diferença em relação aos preços europeus não é somente pelo aumento do preço na Nova Zelândia, mas, parte também é devido à desvalorização do euro, diante do dólar kiwi. (LTO Nederland)
Preços/USA – O preço do leite em julho foi menor que o mês anterior, somente por causa da depreciação do dólar diante do euro. Em d ólar, o leite Classe III aumentou 12 centavos, entre junho e julho. Em relação a julho de 2009, foi registrado um aumento de 38%. O Departamento Americano de Agricultura previu para 2010 o preço do leite Classe III, em US$ 14,25/cwt [R$ 0,55/litro], um aumento de 25%, em relação a 2009. (LTO Nederland)
Preços/Europa – A média dos preços pagos pelas principais indústrias europeias aos produtores de leite, em julho, foi de 31,78 €/100 kg [R$ 0,73/litro]. É € 1,46 a mais que no mês de julho, e € 6,22 maior que um ano atrás, correspondendo a um aumento de 24,3%. Sazonalmente, em maio, é registrado o maior volume de produção, e o menor preço. Depois a cotação vai aumentando gradualmente, até atingir o melhor valor do ano, por volta de outubro/novembro. Este ano o aumento começou em abril, e se manteve em níveis relativamente elevados. Só em 2001 e 2008, o preço médio do leite em julho foi superior a julho deste ano. (LTO Nederland)
Negócios
Bebida láctea – A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) depositou registro de patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) de uma bebida láctea acidificada, inédita, desenvolvida pelo pesquisador do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), Júnio César Jacinto de Paula. O produto é fabricado à base de soro de leite e leite aromatizado, enriquecido com luteína e poderá ser lançada em doze sabores (açaí, banana, kiwi, acerola, uva, pêssego, laranja, limão, maçã, abacaxi, tangerina e sabor idêntico ao natural de frutas cítricas), em versões light e diet e com teor reduzido de lactose para quem tem intolerância, explica Júnio de Paula. A EPAMIG pretende produzir a bebida em escala comercial na própria fábrica do Instituto Cândido Tostes a partir de 2011. (Portal do Agronegócio)
Soprole – O resultado da Soprole, no primeiro semestre desse ano, foi 44% superior ao apurado no mesmo período do ano passado, divulgou a Federação dos Produtores de Leite (Fedeleche). (Fedeleche)
Setoriais
Milho – Os produtores de milho continuam abandonando o plantio no verão e aumentando o cultivo no inverno. Neste verão, o Brasil deverá fazer o menor plantio de milho da história. A área fica próxima de 7,4 milhões de hectares, e a produção não chegará a 30 milhões de toneladas, segundo analistas. Sem remuneração no primeiro semestre, muitos produtores optaram pela soja. Mas, as perspectivas mudaram, neste segu ndo semestre. Um dos motivos foi a forte participação do governo no mercado por meio de leilões de escoamento do produto. Com a decisão já tomada de qual cultura semear e insumos comprados, poucos produtores podem mudar de ideia e voltar ao milho. Com isso, a oferta do início do próximo ano deverá ser menos abundante e os produtores voltam a apostar na safra de inverno. (Folha de SP)
Economia
IPC-S – Após 11 semanas em queda, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) voltou a subir e mostrou aumento de 0,17% na primeira quadrissemana de setembro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (8) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com a FGV, das sete classes de despesa usadas para cálculo do índice, quatro apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços, da quarta quadrissemana de agosto para a primeira prévia de setembro. As classes de despesa que apresentarem inflação mais intensa, fim de queda de preços ou deflação mais fraca foram vestuário (de -0,40% para -0,24%), educação, leitura e recreação (de -0,07% para 0,05%), despesas diversas (de 0,09% para 0,15%) e alimentação (de -0,64% para 0,21%). (Agência Estado)
Superávit – A balança comercial iniciou o mês com superávit de US$ 138 milhões, resultado de exportações de US$ 2,616 bilhões e importações de US$ 2,478 bilhões na primeira semana de setembro, segundo informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. De janeiro à primeira semana deste mês, o superávit comercial é de US$ 11,822 bilhões, 41,9% menor do que o registrado em igual período de 2009 (US$ 20,351 bilhões). As exportações chegaram a US$ 128,712 bilhões e as importações a US$ 116,890 bilhões. Em agosto, o Brasil exportou US$ 19,236 bilhões e importou US$ 16,796 bilhões, o que resultou em superávit comercial de US$ 2,440 bilhões. As importações, no entanto, cresceram 48,6% em relação a agosto do ano passado, enquanto as exportações aumentaram 32,7%. (Agência Brasil)
Globalização e Mercosul
Investimentos I – O Brasil superou os Estados Unidos e ocupa o terceiro lugar em ranking de países prioritários para investimentos estrangeiros, entre 2010 e 2012, segundo levantamento anual elaborado pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), órgão da ONU. O Brasil saiu do 4º lugar, em 2009, para o 3º lugar. A China mantém a liderança, seguida pela Índia, que passou da 3ª para a 2ª posição. Em 2009, quando subiu de 5º para 4º lugar, o Brasil ultrapassou a Rússia. A pesquisa ouviu representantes de 236 companhias transnaci onais e 116 agências de promoção de investimentos, que responderam sobre as perspectivas de investimentos de 2010 a 2012. Os dados mostram que o impacto da crise econômica global foi maior sobre os investimentos programados para os países desenvolvidos do que para os países em desenvolvimento. Nove dos 15 países no ranking dos destinos prioritários dos investimentos nos próximos anos são nações em desenvolvimento. Brasil, Rússia, Índia e China (Bric) ocupam quatro dos cinco primeiros lugares do ranking. O Brasil passou de 44 citações como destino prioritário em 2009 para 70 neste ano de 2010. (Correio do Povo/RS)
Alimentos – Preocupada com o elevado preço mundial dos alimentos e com a segurança alimentar, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) convocou para o dia 24 uma reunião extraordinária. Os líderes de países m embros foram chamados. Paralelamente, foi organizado um grupo de 15 especialistas para elaborar alternativas para a alta de preços e para garantir a segurança alimentar. Em comunicado, a organização informou que, nas últimas semanas, mercados globais de cereais tiveram uma “brusca alta nos preços internacionais” do trigo em decorrência da ausência do produto. Em Moçambique, a alta de 30% no preço do pão gerou protestos. Um dos objetivos da reunião, no final deste mês, segundo a nota é que “os países exportadores e importadores realizem discussões construtivas”. (Correio do Povo/RS)
Preços de exportação têm alta na Oceania e recuo na UE
Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços de exportação de lácteos, entre 23 de agosto e 3 de setembro, apresentaram reajustes positivos para todos os produtos na Oceania frente à quinzena anterior. No Oeste da Europa, a quase totalidade dos preços apresentou recuo frente à quinzena anterior, exceção da manteiga que se manteve estável.
No Oeste da Europa, o preço médio do leite em pó integral (US$ 3.425/t) apresentou recuo de 4,5% em relação à quinzena anterior – foi a maior queda entre os produtos exportados do Oeste da Europa. O preço médio do leite em pó desnatado foi de US$ 2.825/ton, apresentando-se praticamente estável (-0,4%) em relação à quinzena anterior. O valor médio do soro de leite foi de US$ 975/t, recuando 2,5%, e o da manteiga foi de US$ 4.937,5/t, mesmo valor da quinzena anterior.
A produção de leite na Europa continua sob menores níveis que no ano anterior. Entretanto, após um início de baixa, a produção se recuperou e, para maioria dos países, a oferta já está maior se comparada à safra anterior. Caso da França, Alemanha, Reino Unido e Irlanda, que estimam aumentos acima de 3% sobre 2009, enquanto na totalidade do continente a previsão está ligeiramente abaixo (0,1%).
Comerciantes e indústria estão afirmando que o fim das férias de verão no continente europeu já dá sinais de melhoras nas vendas, principalmente no mercado interno, com vendas internacionais ainda limitadas. Eles também indicam que há estoque disponível para necessidades imediatas e futuras.
Gráfico 1. Evolução dos preços de exportação de lácteos do Oeste da Europa, em dólares por tonelada.
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Na Oceania, o preço médio do leite em pó integral ficou em US$ 3.312,5/t, apresentando alta de 5,16% frente à quinzena anterior. O valor médio do leite em pó desnatado ficou em US$ 3.100/ton, alta de 3,3% frente à quinzena anterior. O preço médio do queijo cheddar fechou a US$ 3.925/t, apresentando-se praticamente estável (+0,64%) frente à quinzena anterior. O valor médio da manteiga foi de US$ 4.100/t, leve alta de 1,23%.
Aumentos de produção estão se tornando perceptíveis na Ilha Norte da Nova Zelândia, com a Ilha Sul do país e a Austrália ainda sob menores níveis frente à safra anterior. Tradicionalmente a produção da Ilha Sul começa 2 a 3 semanas após a da Ilha Norte e a da Austrália 3 a 4 semanas depois.
As condições climáticas no inverno foram favoráveis em boa parte da Oceania. Produtores e processadores na Austrália estão afirmando que esse foi o primeiro inverno “típico” dos últimos anos. Eles estão bastante otimistas para a próxima safra. Sentimento semelhante ao dos produtores neozelandeses, explicados também pelos bons preços anunciados para a safra atual.
O leilão da Fonterra, realizado no dia 1º de setembro, apresentou significativa alta frente ao leilão anterior. A grande maioria dos processadores e produtores esperavam por uma recuperação dos preços após significativas quedas, mas a alta de 16,9% foi uma boa surpresa. A expectativa é de que no próximo leilão, que será realizado no dia 15, os preços mantenham-se firmes.
Gráfico 2. Evolução dos preços de exportação de lácteos da Oceania, em dólares por tonelada.
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As informações são do USDA