Leite – Houve um aumento na recepção de leite pelas indústrias no primeiro trimestre de 2010. Conforme dados preliminares publicados pelo IBGE, a quantidade de leite recebida pelos laticínios sob fiscalização no primeiro trimestre de 2010 foi 5,7% maior que no mesmo período de 2009 e 2,08% menor que o mesmo período de 2008. (www.terraviva.com.br)
Leite/PB – Há sete anos, os produtores de lácteos investem nas micro e pequenas empresas, que só melhoram seus iogurtes, queijos e manteigas, entre outros. Nesse período, o mercado ampliou em 60% a oferta de derivados, segundo o presidente do Sindicato dos Produtores Lácteos da Paraíba (Sindileite-PB), Pedro Martins. “Em 2002, a oferta atendia de 10% a 15% dos produtos vendidos no Estado. Hoje a oferta local atende até 80%. O crescimento começou com o Programa do Leite, 120.000 litros de leite ao dia com aquisição assegurada. Um regulador de preço e quantidade” ressaltou. Parte desse sucesso também se deve ao projeto Fazenda Eficiente, que estimula a produção familiar e agroecológica, que cresceu 476%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (SEBRAE/PB)
Prêmios/PB – Como forma de agregar valor aos produtos lácteos, os paraibanos estão apostando no requinte, como defumados, condimentados e orgânicos. O Laticínio Isis, por exemplo, ganhou 11 prêmios no 1º Concurso de Produtos Lácteos da Borborema e do Sertão, nas categorias ouro (3), prata (4) e bronze (4), com o Frutisis, o queijo mussarela e o requeijão cheddar. A expansão da cadeia produtiva dos derivados foi notada pela quantidade de queijeiras informais e pequenas e médias indústrias pulverizadas por todo o Estado. “Temos mais empresas desse tipo no Cariri, Sertão e Curimataú, mas nas outras regiões também há índices de mais empresas sendo geradas”, explicou Pedro Martins. (SEBRAE/PB)
Produção – Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a compra de leite sofreu redução no primeiro trimestre. Foram vendidos 5,2 bilhões de litros de leite, 4,8% menos do que no trimestre anterior. Quando comparado, o primeiro trimestre deste ano com o mesmo período de 2009, a compra de leite aumentou 5,7%. (Portal E xame)
Uruguai – O leite produzido no Uruguai é ordenhado de 420.000 vacas, com a média de 3.700 litros por lactação. A Câmara Uruguai dos Produtos de Leite (CUPL) adverte, no entanto, que se o setor leiteiro não começar a discutir os caminhos para que os produtores detenham a maior quantidade possível de fêmeas, transformando-as em vacas, será impossível cumprir o Plano Estratégico do Instituo Nacional do Leite, de duplicar a produção nos próximo 10 anos. Em 2009 o número de matrizes declaradas pelos produtores caiu bastante, e esse ano, com o atraso das parições em decorrência da seca, o número caiu mais ainda. (El País Digital)
Leite – Mais um estudo, desta vez, realizado pelo Instituto Rural Francês constatou que o “leite dos pastos” é diferente de todos os outros. É rico em gorduras insaturadas, ômega6/ômega3. O leite produzido por vacas alimentadas co m fenos, ao contrário, apresenta os maiores teores de gorduras saturadas e menos ômega6/ômega3. Durante um ano, os pesquisadores acompanharam a produção de 17 propriedades, com sete variações de alimentos para o rebanho, que iam da silagem de milho até pastagens, passando por alimentações mistas, com e sem feno, e em todas as estações do ano. O estudo observou variações lineares, aumento das gorduras poli e mono insaturadas, e queda no teor de ácidos ômega 6/ômega3, à medida que a alimentação se afastava dos pastos. (Institut de L’Elevage/Franca)
Premium – A cooperativa espanhola Feiraco ganhou o Primeiro Prêmio Europeu de Inovação Cooperativa e se consolida como detentora de um leite superior, fruto de uma técnica revolucionária que otimiza a alimentação das vacas com pastagens e suplemento de linhaça. Com o lançamento do UNICLA leite Premium, 100% natural, super saudável, e saboroso, a Coope rativa se distancia dos concorrentes, oferecendo um produto funcional natural de alta qualidade e valor nutricional comprovado e recomendado pela Fundação Espanhola do Coração. A Sociedade Cooperativa galega revoluciona o setor lácteo, conseguindo que seus cooperados forneçam um leite mais adequado às necessidades humanas, com menores teores de matéria gorda e mais rico em ácidos essenciais à saúde, como ômega 3 e CLA. (Frisona)
Negócios
Danone – Duas vezes por semana, depois do trabalho, a webmaster senegalesa Demba Gueye se permite um lanche especial: um tubinho do iogurte líquido Dolima, que custa o equivalente a R$ 0,18. É um luxo, considerando seu orçamento diário para alimentação de menos de R$ 4 e o fato de que os pacotinhos de 50 gramas são “mínimos”. Mas a moça de 25 anos diz que eles são deliciosos. O iogurte é uma tentativa da fabricante francesa de alimentos Danone SA de fechar uma lacuna em suas operações. O iogurte Dolima, lançado em novembro, vende em média todos os meses mais de 30.000 tubinhos. Mensalmente, as vendas sobem a uma taxa de cerca de 10%. Na Indonésia, a Danone tem os pobres como alvo dos iogurtes para beber de R$ 0,18. (Valor Econômico)
Sadia/Perdigão – A Sadia e a Perdigão podem ter de vender marcas como Batavo e Doriana para ter a fusão das duas empresas aprovada pelos órgãos de defesa da concorrência. A outra alternativa seria licenciar uma das duas marcas principais por cinco anos. É o que recomenda parecer da Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico), do Ministério da Fazenda, divulgado ontem. O documento serve como base para o julgamento do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que dará a palavra final sobre o assunto, mas, que não é obrigado a seguir a recomendação da Seae. A Secretaria de Defesa da Concorrência (SDE) também deve emitir parecer sobre o caso. A BRF informou, por meio de sua assessoria, que vai analisar o parecer e se manifestará no momento oportuno. (Folha de SP)
Carrefour – O Carrefour SA começou a reduzir drasticamente o número de produtos em seus supermercados, numa tentativa de simplificar as compras e aumentar as vendas. A segunda maior varejista do mundo, atrás do Wal-Mart, está no processo de cortar a seleção de alimentos em suas lojas francesas, disse o diretor-presidente Lars Olofsson, que participou de uma conferência do setor em Londres na semana passada. Ele se negou a quantificar a por centagem de produtos eliminados das prateleiras até agora. Em fevereiro, havia se comprometido a cortar 15% de seus produtos alimentícios no mundo. Mas ele não mexeu ainda com as problemáticas categorias de não alimentos da rede, uma fonte de declínios de vendas. (Valor Econômico)
Setoriais
VBP – O Valor Bruto da Produção brasileira de grãos deverá subir 25,6% neste ano, segundo a consultoria Lafis. A alta continua nos próximos anos, com o VBP subindo 9,9% em 2011 e 7,9% no ano seguinte. O Produto Interno Bruto da agropecuária cresce 5,7% neste ano, tendência que deverá continuar nos próximos: 5,6% em 2011 e 5,5% em 2012. A recuperação mundial da economia servirá de impulso tanto para os preços internos como para os externos das commodities agrícolas. A melhora nos preços permitirá crescimentos de 7,8% e de 7,0% na produção nac ional de grãos em 2011 e 2012, segundo a consultoria. (Folha de SP)
Soja/MG – O Banco do Brasil vai liberar este ano R$ 200 milhões para custeio e comercialização de soja no noroeste de Minas Gerais. A linha é uma tentativa de vitalizar a produção de grãos na região, descrita pelo secretário estadual de Agricultura, Gilman Viana, como “a última fronteira agrícola” do país. O BB está expandindo a sua carteira agrícola em Minas Gerais como um todo. Segundo o superintendente de negócios do banco no Estado, Tércio Pascoal, entre 2008 e abril deste ano o Banco aumentou quatro pontos percentuais a sua participação no financiamento agrícola mineiro, atingindo 70% do total estimado em R$ 9,8 bilhões este ano. Em números absolutos, significam R$ 6,9 bilhões. Para a próxima safra, uma possibilidade é que as liberações fiquem em torno de R$ 7,5 bilhões. (Valor Econômico)
Economia
Confiança – O mau humor do empresário quanto ao futuro dos negócios no segundo semestre ajudou a derrubar o Índice de Confiança da Indústria (ICI) de junho, que caiu 0,7% contra maio. Segundo informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), as estimativas empresariais em relação ao ambiente dos negócios nos próximos seis meses tornaram-se menos otimistas. A taxa é bem diferente da apurada no mês passado, quando o índice subiu 0,7% contra abril. Para a FGV, o resultado revela que, apesar da redução em relação ao mês anterior, o índice se mantém em patamar elevado. (Agência Estado)
Globalização e Mercosul
Experiência – Conselheiros de Segurança Alimentar da América Latina e Caribe vão conhecer de perto as políticas do Brasil para a alimentação escola r. Começa hoje e vai até sexta-feira, 2 de julho, o Encontro de Conselheiros de Segurança Alimentar e Nutricional da América Latina e Caribe. No evento, será relatada a experiência do Brasil na elaboração de políticas de segurança alimentar, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Organizado pela oficina regional da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Chile e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o encontro faz parte do projeto Fortalecimento a Programas de Alimentação Escolar no Âmbito da Iniciativa América Latina e Caribe sem Fome 2025. (Valor Econômico)
Acordo – Em situações macroeconômicas opostas, a União Europeia e o Mercosul voltaram ontem a negociar um acordo de livre comércio, após seis anos de estancamento. Os dois blocos ainda não chegaram à fase de trocar pedidos e ofertas de liberalização de seus mercados. Até sexta-feira, em Buenos Aires, dedicam-s e apenas à discussão de regras de origem, salvaguardas e outras normas que precisam figurar em qualquer tratado comercial. Em meio à retomada das negociações, os europeus reclamaram das barreiras impostas pelo governo argentino à importação de alimentos processados. O assunto não chegou a ser alvo de discussões na reunião de ontem, mas a Argentina recebeu críticas diretamente de Bruxelas. (Valor Econômico)
Otimismo – A população brasileira está entre as mais otimistas do mundo com a situação econômica do local em que vive, aparecendo na 15ª posição em uma pesquisa realizada em 117 nações. Os mais otimistas são os chineses, 81% deles disseram ver melhora na economia. Nas Américas, Brasil e Canadá foram os únicos em que a maioria demonstrou otimismo. Na maior parte dos países da região, três em cada dez pessoas veem condições melhores, como acontece nos Estados Unidos (30%). Entre os 22 países em que menos de 20% disseram que as con dições estavam melhores, 17 são europeus (como Itália, França, Espanha e Grécia) ou pertenciam à antiga União Soviética. A população menos otimista é a da Lituânia. Só 4% acreditam em uma melhora econômica, ante os 61% pessimistas. (Folha de SP)
IBGE: volume captado no 1º trimestre cresce 5,7% frente a 09
No 1º trimestre de 2010, foram adquiridos 5,214 bilhões de litros de leite, 5,7% a mais do que no mesmo período no ano anterior. Nos três primeiros meses de 2009, o volume adquirido foi de 4,932 bilhões de litros de leite. Em relação ao último trimestre de 2009, quando foram adquiridos 5,478 bilhões de litros de leite, houve recuo de 4,8% no volume adquirido pelos laticínios.
Os principais estados em aquisição de leite no primeiro trimestre do ano foram Minas Gerais, com participação de 27,4% e volume adquirido de 1,428 bilhões de litros, Rio Grande do Sul (13,2% e 691,8 milhões de litros) e Goiás (11,8% e 619 milhões de litros adquiridos).
Frente ao primeiro trimestre de 2009, o estado de Minas Gerais apresentou acréscimo de 9,5% no volume adquirido; Goiás apresentou leve alta de 1,4%; e o estado do Rio Grande do Sul teve decréscimo de 2,3% no volume adquirido.
Gráfico 1. Captação formal de leite no Brasil, em mil litros.
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Os dados são da Pesquisa Trimestral do Leite, divulgada pelo IBGE, adaptados e resumidos pela Equipe MilkPoint.