Notícias 05.05.2010

Preços/SP – O preço do leite pago ao produtor divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp/Senar-SP), registrou, em abril/2010 o valor de R$ 0,789 para o leite tipo Leite B, e R$ 0,705 para o Leite C Cota. A média de abril/2009 a abril/2010 ficou em R$ 0,738 para o Leite B e R$ 0,656 para o Leite C Cota. Não houve cotação para o Leite Excesso. Foram pesquisados 53 laticínios em 45 municípios. (www.terraviva.com.br)

Preços/MG – O diretor geral do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas (Idene), Walter Antônio Adão anunciou que os produtores receberão R$ 0,10 e os laticínios R$ 0,02 a mais por cada litro do Programa “Leite Fome Zero – Um Leite pela Vida”, durante a entressafra leiteira. A proposta aprovada é pagar R$ 0,70 ao produtor e R$ 0,52 ao laticínio. O preço atual é de R$ 0,60 para o produtor e R$ 0,50 para o laticínio. O Norte de Minas tem uma cota de 151 mil litros de leite para atender os 193 municípios. Porém, os laticínios e produtores só estão conseguindo entregar 141 mil litros. São 6 mil pequenos produtores cadastrados para o programa, além de 42 laticínios. Walter Adão demonstra preocupação com a baixa produtividade por animal alcançada no Norte de Minas. (Hoje em Dia)

Castrolanda – Entre os dias 10 a 14 de agosto, Castro (PR) sediará a 10ª edição do Agroleite, sob o tema “vitrine da tecnologia do leite no Brasil”. Ao completar 10 anos do evento, a Castrolanda prepara uma edição especial, lançando o centenário da imigração holandesa no Brasil, iniciada em 1911. A bovinocultura de leite na Castrolanda é sinônimo de tradição. A produtividade é comparável às melhores produções mundiais alcançando a lactação por vaca de 12.000 litros de leite. São 250 produtores com 19.000 vacas para uma produção média por produtor acima dos 1.800 litros de leite/dia. A Cooperativa tem um padrão de qualidade e de produtividade reconhecidos nacionalmente e capazes de atender os mais exigentes mercados. (Sintrascoop)

Conaprole – A venda de leite em pó uruguaio no mercado brasileiro, bem como leite longa vida está sendo rápida, depois da liberação das licenças de importações. O mercado brasileiro representa 15% do faturamento da Conaprole. “Estamos começando a fechar alguns negócios de exportação com os valores obtidos pela neozelandesa Fonterra, em seu último leilão”, disse Álvaro Lapido, vice-presidente da Conaprole . (Infortambo)

 

 

Uruguai – A produção de leite uruguaia está levemente abaixo da do ano passado, ficando em aproximadamente dois milhões de litros dia. A pecuária está com sequelas de 2009, com menos vacas em lactação e um grande atraso nas parições. Os produtores já investiram em pastagens e grãos, mas, o aumento da produção só deverá aparecer no segundo semestre. No Leilão da Fonterra de ontem foi confirmado a solidez dos preços internacionais das commodities lácteas. A Conaprole espera se beneficiar com vendas nos próximos 60 dias, e assim poder dar bônus aos seus produtores no encerramento do exercício, em 31 de julho, como forma de compensar a queda do faturamento, em decorrência da baixa produção. (El País)

 

Negócios

BRF – O anúncio da fusão da Perdigão e Sadia, criando a BRF Brasil Foods, vai completar um ano dia 19 próximo. Mas para unir, efetivamente, todas as atividades, a nova companhia espera apenas o aval do órgão controlador da concorrência no Brasil, o Cade, porque já mapeou todas as melhores práticas das duas empresas de olho na concorrência global. A expectativa é de que a decisão do Cade saia até o final de junho, mas isso não está certo. Segundo fontes próximas da empresa, a demora do órgão da concorrência e a possibilidade de ter que vender algumas marcas preocupam a Brasil Foods. (Diário Catarinense)

Alimentos saudáveis – Segundo um estudo sobre alimentos e bebidas ligados a saúde e bem-estar no Brasil, elaborado pelo Euromonitor, o mercado desse segmento no País saltou de US$ 8,5 bilhões em 2004 para US$ 15,5 bilhões em 2009, um crescimento total de 82% em cinco anos. O estudo analisa as vendas no varejo dos segmentos die t e light; alimentos funcionais fortificados; orgânicos; os naturalmente saudáveis; e produtos específicos para intolerância a alimentos. Ao encontro da demanda cada vez maior de consumidores por produtos e práticas saudáveis, a Naturaltech – Feira Internacional de Alimentação Saudável, Produtos Naturais e Saúde será realizada entre 20 a 23 de maio no pavilhão da Bienal do Ibirapuera e espera atrair mais de 20 mil visitantes, entre profissionais e consumidores finais. (Brasil Alimentos)

Pecuária/MG – A pecuária mineira foi beneficiada por vários avanços no decorrer dos últimos 50 anos, que a posicionaram como maior produtora de leite do país, respondendo por 30% do volume nacional, e a quarta posição na produção de carne, com algo entre 900 mil e 1 milhão de toneladas/ano. Este desempenho vem sendo conquistado concomitantemente com a Exposição Estadual Agropecuária, que completa neste ano meio século de realização. Incorporada à Superagro desde 2005, a exposição é hoje a maior vitrine da pecuária mineira. Na edição deste ano serão 800 exemplares de bovinos de leite das raças gir leiteiro, girolando, gir, holandês, jersey e pardo-suíço e 650 bovinos de corte das raças guzerá e brahman. (Agência Minas)

 

Setoriais

Resíduos – O Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) para carnes (bovina, aves, suína e equina), leite, mel, ovos e pescado de 2010, da Secretaria de Defesa Agropecuária, foi publicado no Diário Oficial na segunda-feira (3). A Instrução Normativa Nº 8 determina que as análises desses produtos sejam realizadas em laboratórios oficiais e credenciados na Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atençã o à Sanidade Agropecuária. (Mapa)

Crédito rural – Mais de R$ 56,3 bilhões foram concedidos a produtores rurais, entre julho de 2009 e março de 2010, valor 26% superior ao aplicado no mesmo período da safra passada. A liberação, por meio de programas de investimento, foi superior a R$ 7,2 bilhões em março, atingindo os melhores níveis desde a crise financeira mundial (em 2008/2009) para a agricultura comercial. Os dados foram levantados pelo Departamento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Deagri/Mapa). Os recursos para custeio e comercialização chegaram a R$ 44,8 bilhões, beneficiando também produtores que lançaram mão de linhas de crédito para estocagem. (Mapa)

Juros – O ministro da Agricultura Wagner Rossi, disse ontem, em evento da BM&FBovespa que a Pasta trabalha junto com outros ministérios para manter as taxas de juros do crédito rural e ntre 6,25% e 6,75% ao ano no próximo Plano de Safra, mesmo em ambiente de alta da Selic. A expectativa de Rossi é de que as novas linhas de crédito para estimular a recuperação de áreas, plantio direto, por exemplo, tenham juros ainda mais baixos. (Valor Econômico)

SPC – A Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), instituição controlada pela BM&FBovespa, vai lançar em junho um serviço de proteção ao crédito (SPC) ao agronegócio, nos moldes do que existe para o varejo. O sistema, que poderá funcionar como um cadastro positivo, começa para defensivos agrícolas. (Diário Catarinense)

Grãos – Nesta terça, dia 4, o seminário Perspectivas para o Agribusiness, que ocorre uma vez por ano, discutiu em paineis separados as tendências para cada um dos produtos agrícolas. Uma das conclusões do evento é de que os produtores de soja e milho devem ficar alertas para a próxima safra. Segundo os analistas , a tendência é de preços iguais ou menores que os atuais. (Canal Rural)

 

Economia

Indústria – A produção industrial brasileira aumentou 2,8% entre fevereiro e março, com ajuste sazonal, revelou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em nota. No confronto com o terceiro mês de 2009, o indicador subiu 19,7% e registrou a quarta elevação seguida de dois dígitos neste tipo de comparação. De janeiro a março, a atividade fabril expandiu-se 18,1%, ante mesmo período de 2009. Em 12 meses, contudo, houve recuo de 0,3%. Na passagem do segundo para o terceiro mês deste ano, dos 27 setores industriais, 19 registraram aumento, como veículos automotores (10,6%), alimentos (5%), máquinas e equipamentos (5,2%), bebidas (7,6%) e celulose e papel (6,4%). (Valor Online)

IPC-C1 – O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos, desacelerou para 1,28% em abril, ante inflação de 1,40% no mês anterior. Com o resultado, o IPC-C1 acumula altas de 4,99% no ano e de 6,58% em 12 meses. Das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC-C1, três apresentaram decréscimos em suas taxas de variação de preços, de março para abril: alimentação (de 3,31% para 2,52%), transportes (de 0,37% para -0,01%) e despesas diversas (de 0,48% para zero). Entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-C1, as mais expressivas elevações de preços foram detectadas em batata-inglesa (22,60%), feijão carioquinha (30,82%) e leite tipo longa vida (9,66%). (Agência Estado)

Globalização e Mercosul

Negociação – A União Europeia (UE) anunciou ontem que decidiu relançar a negociação com o Mercosul para um acordo de livre comércio “amplo e ambicioso” que estima poder gerar € 9 bilhões de exportações a mais por ano, sendo € 4,5 bilhões para cada lado. A negociação será relançada formalmente no encontro de cúpula UE-Mercosul, em Madri, no dia 17. O objetivo é concluí-la rapidamente e evitar o constrangimento de repetidos fracassos para fechar o pacote, algo que vem desde 1995. Se fechado, será o maior acordo de livre comércio do mundo entre duas regiões, com 700 milhões de consumidores. (Valor Econômico)

Acordo – O setor agrícola europeu denunciou oposição unânime a um acordo de liberalização com o Mercosul, que considera “devastador” para a o setor. Por sua vez, os agricultores brasileiros acham que a negociação é da maior importância também para resolver cr escentes problemas regulatórios, que estão começando a dar mais prejuízos que barreiras tarifárias. A UE diz que um acordo com o Mercosul incluirá um entendimento especial sobre padrões sanitários e fitossanitários, além de um “efetivo” e obrigatório mecanismo de solução de controvérsias para resolver as fricções comerciais entre as duas regiões. (Valor Econômico)

Subsídios – Aumentou significativamente a lista dos beneficiários que receberam mais de € 1 milhão em subsídios agrícolas na União Europeia em 2009. Levantamento realizado pela Organização Não Governamental (ONG) Farmsubsidy.org identificou pelo menos 1.212 desses “milionários” no ano passado, ante 1.040 em 2008. E o número pode aumentar, uma vez que a ONG destrinchou “apenas” € 38,3 bilhões de um orçamento total de cerca de € 55 bilhões. Até ontem, 99% dos dados de 21 países-membros da UE foram mapeados, mas apenas parte dos dados de França, Grécia, Chipre, Itália e Port ugal estava disponível para consultas. Grandes empresas produtoras de açúcar e leite continuaram no topo da lista dos maiores beneficiados com os fartos subsídios da Política Agrícola Comum (PAC) europeia. (Valor Econômico)

Exportações – O Ministério da Fazenda anuncia nesta quarta, dia 5, um pacote de estimulo às exportações. O setor vem sofrendo problemas depois da crise financeira. A principal proposta é agilizar a devolução dos créditos do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) dos exportadores. Outra proposta é a criação do Eximbank, uma instituição voltada para estimular o comércio exterior. O governo deve anunciar que não serão incluídos no faturamento de micro e pequenas empresas os recursos obtidos com as exportações, para que elas não ultrapassem o limite de faturamento do Simples, que é de R$ 240 mil por ano para micro e entre R$ 240 mil e R$ 2,4 milhões par a pequenas. (Canal Rural)

Carrefour – O Carrefour está negociando a criação de hipermercados na Índia. A economia europeia está complicada e isso tem pressionado a rede francesa de varejo a executar antigos planos de entrar na Índia. (Valor Econômico)

Leilão da Fonterra: preços médios têm leve queda

O vigésimo terceiro leilão da Fonterra através da plataforma de vendas online, globalDairyTrade, realizado ontem (04), registrou leve queda dos valores dos contratos. O preço médio alcançado para todos os produtos e períodos contratuais para o leite em pó integral (WMP) foi de US$ 3.932 por tonelada, posto na Nova Zelândia (antes do embarque). Este valor representou leve queda de 0,93% em relação ao leilão anterior, realizado em 6 de abril, e 10,54% inferior ao valor médio do primeiro leilão, realizado em julho/08 (US$ 4.395/t). Os preços médios variaram de US$ 3.870 a US$ 4.060/t.

A média dos valores dos contratos para o primeiro período – julho de 2010 – foi de US$ 4.027/t (1,6% menor do que o valor negociado no último leilão). Para o segundo período – agosto a outubro de 2010 -, os contratos foram negociados a US$ 3.870/t, na média, queda de 4,7% frente ao leilão anterior. Os contratos para o terceiro período – novembro de 2010 a janeiro de 2011 – foram fechados com média de US$ 3.908/t (3,6% superior em relação ao leilão de março). No total, foram negociadas 21 mil toneladas de leite em pó integral da Nova Zelândia e 1,7 mil toneladas da Austrália (volume apenas para o 1º período contratual – julho/10).

O preço médio dos contratos de leite em pó desnatado (SMP) foi de US$ 3.612/t, representando queda de 1,6% em relação ao leilão anterior. A média dos valores dos contratos para o primeiro período – julho de 2010 – foi de US$ 3.682/t (4,3% abaixo do valor negociado no leilão anterior). Para o segundo período – agosto a outubro de 2010 – os contratos foram negociados a US$ 3.996/t, na média, apresentando leve alta (0,8%). Para o terceiro período – novembro de 2010 a janeiro de 2011-, os contratos foram negociados a US$ 3.374/t, na média, representando queda de 1,4% frente ao leilão anterior. No total, foram negociadas 6,5 mil toneladas de leite em pó desnatado (apenas volume da Nova Zelândia).

O próximo leilão será realizado no dia 1º de Junho de 2010.

Segundo o presidente da Fonterra, Henry van der Heyden, o panorama para o mercado de lácteos continua firme, mas os produtores de leite neozelandeses devem estar preparados para suportar possíveis volatilidades futuras nos preços. “Nosso futuro como produtores, nossa competitividade internacional e o futuro desse país (referindo-se à Nova Zelândia), dependem de como nós iremos responder a mercados mais voláteis e garantirão que aproveitemos ao máximo nossa maior vantagem em pecuária leiteira, a exploração do pasto”, completou Heyden.

Heyden disse que os fazendeiros devem se concentrar em seus sistemas de exploração a pasto, que oferecem vantagem competitiva em relação a produtores em outros países. “São duas as grandes ameaças aos nossos produtores. A primeira é de que outros países se tornem mais eficientes na produção a pasto, produzindo leite a menores custos de produção que o nosso. A segunda, é o risco de adotarmos práticas de manejo distantes do nosso sistema atual, nos tornando menos competitivos”, finalizou Heyden.

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Índice de preços de lácteos

A Fonterra também publicará um índice de preços de lácteos, o gDT-TWI (globalDairyTrade Trade Weighted Index), após todos os eventos comerciais que ocorrerem na plataforma globalDairyTrade.

De acordo com a Fonterra, o novo índice responde à necessidade de um número que rastreia o mercado para os produtos lácteos. O índice mostra a porcentagem de mudança no preço médio para uma cesta de produtos atualmente comercializada na globalDairyTrade – leite em pó integral, leite em pó desnatado e gordura anidra do leite.

Ele é calculado tomando as porcentagens de mudanças nos preços em um leilão da globalDairyTrade e ponderando-as com base nos fluxos comerciais totais internacionais dos produtos lácteos. O índice tem como base 1000 o mês de março de 2010.

Tabela 1. Índice gDT-TWI e variação (em %) em relação ao mês anterior.

Equipe MilkPoint, com informações da GlobalDairyTrade e do NZHerald News.

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