Preço/SP – O preço do leite subiu cerca de 30% desde o início do ano. O litro que era vendido em média por R$ 1,50 no início do ano agora varia de R$ 1,70 a R$ 2,00. E não é só a dona de casa que reclama. No campo o produtor também não está satisfeito. O preço pago ao produtor aumentou, mas esta diferença não foi significativa, se comparado ao preço que o consumidor paga na prateleira. No campo, o preço teve um pequeno reajuste. O leite é pasteurizado, embalado e vendido pela indústria aos supermercados em média por R,40. 86% a mais do que o valor pago aos produtores. Para os especialistas no setor, o aumento no preço do leite esta ligado a fatores climáticos que influenciaram a pro dução. (TV TemMais/SP)
Produção/PR – A assessora da Comissão Técnica de Leite da Faep, Maria Silvia Digiovani, explica que, depois do susto da crise, o consumo do produto voltou a aumentar tanto externa como internamente, e a procura ficou maior que a demanda. “As indústrias no Paraná estão disputando leite e a produção não está aumentando, devido à entressafra”, completa. De acordo com Digiovani, os aumentos deste ano têm motivos diferentes dos que aconteceram na mesma época, no ano passado. Na ocasião, o clima exerceu forte influência no preço: na região Sul, a seca reduziu as pastagens e obrigou produtores a alimentarem os animais com ração. No segundo semestre, os preços caíram por influência das indústrias, que começaram a importar o produto, mesmo com a produção nacional sendo suficiente para atender à demanda. (Mídia News)
Italac – A Italac cumpre acordo e quita débitos da Parmalat com os produtores de Goiás, no valor de aproximadamente R$ 4,2 milhões. A empresa goiana arrendou a unidade, de Santa Helena de Goiás, da Parmalat e se comprometeu a quitar as dívidas com os produtores. Parte da primeira parcela que venceu no dia 26 de abril foi paga antecipadamente. A Faeg está satisfeita com os resultados alcançados neste caso, uma vez que foram necessárias muitas reuniões para se chegar a um acordo não cumprido pela Parmalat. A Italac chegou e se mostrou disposta a mudar o quadro de descrédito que assombrava os 300 produtores credores da Parmalat. A confiança foi restabelecida e agora os produtores esperam dias ainda mais produtivos na pecuária de leite goiana. (Faeg)
Informal/RS – Por ação do Ministério Público (MP) de Santa Cruz do Sul, produtores e comerciantes de leite “in natura” passarão por uma espécie de treinamento. De acordo com o MP, haverá fiscalização mais efetiva a partir de agora. A promotora de justiça Roberta Brenner de Moraes diz que tudo que envolve os direitos do consumidor, é prioridade do MP. E, “de acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 23 doenças têm ligação direta com a falta de higiene no leite”, explica Roberta. Para tanto, o Ministério Público, em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca e Agricultura e as Secretarias Municipais da Saúde e Agricultura, vão explicar aos comerciantes e produtores de leite e derivados, como será o processo a partir de agora. “Os técnicos vão explicar como deve ser produzido o leite e como será a fiscalização”, reforça Roberta. (Diário Regional/RS)
Conscientização/RS – A promotora Roberta Brenner de Moraes explica que os veículos de comunicação da região serão convocados para receber instruções na divulgação da medida. “Precisamos de ajuda de toda a mídia, para conscientizar que estamos trabalhando em prol do consumidor”, completa. Serão vei culadas peças publicitárias em rádio e jornal para alertar os consumidores dos riscos em consumir leite e produtos derivados do leite, produzidos de forma artesanal nas propriedades rurais. Os produtores estão divididos. Enquanto uns pensam em abandonar a atividade, outros, como dona Jacinta Neuman, estão adquirindo maquinário para se adequarem às normas de higiene. (Diário Regional/RS)
Alimentos saudáveis – Crianças que têm contato precoce com alimentos industrializados apresentam maior chance de desenvolver doenças como diabetes . Conforme a pediatra Suely Delattre Cícero, de Londrina, a deficiência ou excesso de nutrientes decorrentes da má alimentação podem predispor as crianças a doenças crônicas. O estudo aponta que alimentos ricos em açúcar refinado, gordura e até mesmo refrigerantes começa antes dos três meses de idade. Por isso, especialistas são categóricos ao defender a amamentação exclusiva até os seis meses de idade e , depois disso, introduzir gradativamente outros alimentos. O leite de vaca, de acordo com a médica, deve ser preferencialmente consumido após essa idade e em quantidade máxima de 700 mililitros por dia. (Folha de Londrina/PR)
Negócios
Supermercados – As vendas reais nos supermercados apresentaram crescimento de 10,42% em março em comparação ao mesmo mês do ano passado, segundo divulgou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Na comparação com fevereiro, as vendas tiveram alta de 10,16% e nos três primeiros meses de 2010 acumulam ex pansão de 8,61% sobre igual período de 2009. Os números estão deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O valor da cesta de 35 produtos considerados de largo consumo, medido pela Abras e GfK, registrou uma alta de 2,32% em março ante fevereiro, para R$ 274,48. Já em relação a março de 2009, houve aumento de 6,49% no valor da cesta. Os produtos da cesta que registraram as maiores altas foram tomate (40,96%), batata (13,48%) e leite longa vida (10,51%). (Agência Estado)
Segurança alimentar – O leite será o tema principal do 1º painel de segurança alimentar que acontece hoje, 29, no Instituto Mauá de Tecnologia. Sob a coordenação do professor da Mauá, Leo Kunigk, o evento pretende reunir importantes nomes da indústria, laboratórios e área acadêmica para discutir as tendências e perspectivas do mercado do leite e seus derivados nos cenários nacional e internacional. Entre os temas abordados estão as diretrizes de regulamentação, tendências de mercado, problemas de contaminação e metodologias para identificá-la. (Portal DBO)
Expozebu – Começou nesta quarta, dia 28, em Uberaba, a Exposição Internacional do Gado Zebu (Expozebu). A feira começou quente no campo que mais preocupa a pecuária nacional: a defesa sanitária. O Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária reuniu representantes de 11 Estados. Os órgãos estaduais de defesa estão fazendo um levantamento das estruturas e serviços. A dificuldade está na base das informações para retratar a realidade de cada região. A nova plataforma com o perfil do controle sanitário nacional vai representar o maior avanço para o Brasil na conquista de credibilidade junto ao mercado internacional. (Canal Rural)
Setoriais
Preços – O IqPR, índice de p reços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) – vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado -, registrou variação negativa de 0,49% na terceira quadrissemana de abril. Foi a segunda queda após 12 altas seguidas, confirmando uma tendência de desaceleração. A baixa média foi determinada pelo comportamento das cotações no grupo de 14 produtos de origem vegetal. Este caiu 1,39% na média ponderada, com destaque para novas retrações das laranjas para mesa (20,12%) e para indústria (16,19%) e tomate para mesa (14,56%). O grupo de produtos de origem animal, formado por seis itens, subiu 1,74%, puxado por carne bovina (6,01%) e leite B (3,85%). A carne de frango recuou 7,01%. (Valor Econômico)
Cooperativas – Um universo de 8,5 milhões de associados a cooperativas – 2,8 milhões apenas no Estado de São Paulo – terá uma oportunidade inédita nessas eleições para influenciar candidaturas majoritárias e a formação de bancadas parlamentares. Pela primeira vez, a lei eleitoral permitirá que as cooperativas façam doações a campanhas. De cooperativas agrícolas com faturamento de mais de R$ 1 bilhão a cooperativas de trabalhadores, saúde ou crédito, essas organizações já têm representantes e até uma frente de 244 parlamentares no Congresso, a Frencoop (Frente Parlamentar do Cooperativismo), presidida pelo deputado Odacir Zonta (PP), agricultor cooperativista de Santa Catarina. (Valor Econômico)
Drawback – As empresas do setor agropecuário serão beneficiadas pelo sistema que concede, por até dois anos, benefícios fiscais para a compra, no mercado interno ou externo, de bens empregados na fabricação de produtos destinados à exportação. O novo Drawback Integrado entrou em vigor nesta semana e suspende por um ano – prorrogável por mais dois – a incidência de tributos federais, como Imposto de Importação, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição para o PIS/Pasep, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e Cofins-Importação. (Mapa)
Economia
Desemprego – A taxa média de desemprego nas seis regiões metropolitanas do país passou de 13% em fevereiro para 13,7% em março, conforme a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) feita pelo Dieese em parceria com a Fundação Seade. Apesar de manter a tendência de alta, trata-se da menor taxa para o mês de març o desde 1998. O índice, que subiu em todas as seis regiões, equivale a um contingente de 2,767 milhões de desempregados, 149 mil a mais do que o apurado em fevereiro. Para Sérgio Mendonça, supervisor técnico do Dieese, os números são positivos e vieram dentro da expectativa, considerando que o começo do ano quase sempre registra um crescimento na taxa de desemprego depois de um tradicional aquecimento da economia brasileira no segundo semestre. (Valor Econômico)
Selic – O Conselho de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa básica de juros (Selic) para 9,5% ao ano. A alta de 0,75 ponto percentual já era esperada por parte do mercado financeiro, mas a maioria dos economistas apostava em alta de 0,5 ponto percentual. É a primeira alta de juros desde setembro de 2008, dias antes da quebra do banco norte-americano Lehman Brothers, em 15 de setembro daquele ano, estopim da crise financeira internacional. (Jornal do Com ércio/RS)
IGP-M – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou entre março e abril, refletindo, especialmente, um abrandamento no ritmo de alta dos preços no atacado. O indicador saiu de um avanço de 0,94% para 0,77%, apurou a Fundação Getulio Vargas (FGV) em pesquisa. No ano, o IGP-M acumula elevação de 3,56%. Em 12 meses, a taxa de variação é positiva em 2,88%. Com peso de 60% no indicador geral, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,72% em abril, deixando um acréscimo de 1,07% um mês antes. Os produtos agropecuários aumentaram 1,57%, menos do que o verificado em março (3%), e os produtos industriais pouco se mexeram (0,46% para 0,45%). (Valor Online)
Globalização e Mercosul
Transgênicos – Estudo da con sultoria britânica PG Economics indica que o uso de transgênicos ao redor do mundo entre 1996 e 2008 gerou um ganho US$ 52 bilhões para os agricultores. Segundo o estudo, metade desses ganhos foi proveniente de melhora no rendimento das lavouras e a outra metade da redução de custos de produção. A análise aponta ainda que o uso de transgênicos no mundo garantiu uma produção adicional de 74 milhões de toneladas de soja e 80 milhões de toneladas de milho e fez com que 352 mil toneladas de defensivos agrícolas deixassem de ser utilizados entre 1996 e 2008. (Valor Econômico)
Soja/China – As importações chinesas de soja deverão somar 45 milhões de toneladas neste ano-agrícola 2009/10, que começou em outubro do ano passado e terminará em setembro. A previsão é da conceituada publicação alemã “Oil World” e, se confirmada, representará um aumento de 3,9 milhões de toneladas na comparação com temporada anterior. “Há várias indicações de qu e a China vai aumentar as importações e o esmagamento de soja para acima das expectativas anteriores entre abril e junho de 2010”, considerou a entidade – que em março estimou as importações chinesas da oleaginosa em 43,8 milhões de toneladas. A China é o maior país importador de soja do mundo e seu apetite interessa particularmente a Estados Unidos, Brasil e Argentina, os três maiores exportadores do grão. (Valor Econômico)
OGM – A superfície global de cultivos de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) aumentou de 125 milhões de hectares, em 2008, para 134 milhões de hectares, em 2009, segundo estudo do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). O número de países produtores permaneceu 25, com a saída da Alemanha e entrada da Costa Rica. Os países que cultivam os transgênicos são: Estados Unidos, Brasil, Argentina, Índia, Canadá, China, Paraguai, África do Sul, Uruguai, Bolívia, Filipinas, Austrália, Bur kina Faso, Espanha, México, Chile, Colômbia, Honduras, República Tcheca, Portugal, Romênia, Polônia, Costa Rica, Egito e Eslováquia. Os principais produtos são; milho, soja, algodão, e canola. (Âmbito.com )