Notícias 19.04.2010

Pauta Fiscal/MS – O governo estadual elevou em 15% o valor de base para cobrança do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do leite in natura. No caso das operações internas, a pauta passa de R$ 0,40 o litro a R$ 0,46. Já as interestaduais de R$ 0,57 vai a R$ 0,66. Antes mesmo do período de entressafra o preço do leite teve expressiva alta. Conforme o Índice de Preços ao Consumidor, em março a alta superou os 9%. (Agora MS)

Leite/PR – Com a chegada dos dias mais frios e secos, as pastagens diminuem e aumenta o custo para alimentar o gado leiteiro. O sol mal despertou e o criador Efren Iadwizak já está recolhendo os animais para a ordenha. Há um ano ele e a esposa, Ivani Iadwizak, modernizaram a fazenda . Foram gastos R$ 70 mil para mecanizar o processo e comprar animais que dessem mais leite. Nesta época, o preço do produto costuma subir. No Paraná, os criadores esperam pela lucratividade. Nessa época de frio o pasto diminui. Há menos comida e menor produção de leite. Para a pastagem durar mais seu Efren dividiu a área em pequenos lotes. Cada dia as vacas comem num piquete diferente. A alimentação do rebanho também é reforçada com ração à base de milho, farelo de soja e triguilho moído. Mesmo assim, a produção baixou de cem para 85 litros por dia só no mês de abril. O preço varia conforme a quantidade e a qualidade entregues ao laticínio. (Globo Rural)

Preço/PR – O casal recebe R$ 0,58 pelo litro. Ainda está abaixo do preço médio da região, que é de R$ 0,65. Para começo na atividade eles ainda estão levando. Mas para valer a pena mesmo deve ter reajuste, o que, segundo a associação de produtores, deve acontecer. “Eu ainda acred ito que neste mês ainda haja mais uma alta de preço ao produtor. Nos mercados já subiu esse leite. E depois uma estabilidade por um período prolongado”, falou José Manoel Mendonça, diretor do setor de leite da Sociedade Rural de Cascavel. O casal Iadwizak está ansioso pela nova alta. O aumento vai ajudar a pagar as contas da propriedade e dar um animo a mais para o casal continuar o trabalho pesado, de domingo a domingo, sem final de semana ou feriado. O Paraná é o quarto maior produtor nacional de leite, com pouco mais de 10%. O primeiro Estado é Minas Gerais. (Globo Rural)

PAS/MT – Para fomentar a cadeia leiteira do Estado, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), quer a implantação do programa Alimento Seguro (PAS), criado no âmbito nacional, com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e executado por meio de parcerias. As informações são do presidente da Comissão de Pecuária de L eite da Famato, Alessandro Casado. De acordo com Casado, o Programa Nacional de Alimentos Seguros contemplou em uma primeira etapa, os setores de produtos de origem vegetal. O leite é o primeiro produto de origem animal a ser trabalhado. O trabalho visa ações que envolvem todos os segmentos da cadeia produtiva, incluindo produção, industrialização, processamento, distribuição e armazenamento. Segundo ele os sete maiores estados produtores de leite iniciarão nos próximos dias o projeto-piloto. Mato Grosso é o décimo colocado no ranking nacional com 1,7 milhões de litros de leite/dia, com isso deverá ser inserido na segunda etapa do programa. (Famato)

Leite/MT – Mesmo em expansão, o mercado leiteiro tem preocupado os produtores brasileiros que nos últimos meses estão se deparando com o aumento da importação do produto. De acordo com Casado só no primeiro trimestre de 2010, o país já importou mais de 10 mil toneladas de leite em pó o riundos da Argentina, Uruguai e mais recentemente do Chile, o que força o preço pago ao produtor, no mercado interno, para baixo. “Desta forma o produtor se vê de mãos atadas, afinal para se manter uma boa qualidade, o leite não pode ficar por mais de 48 horas nos tanques resfriados”. Zanata explica que para se produzir um quilo de leite em pó são necessários aproximadamente oito litros de leite. Portanto nessa conversão, o leite importado exerceu influência direta de cerca de 80 milhões de litros, o que gerou uma receita de aproximadamente R$ 54,4 milhões aos países vizinhos. (Famato)

 

Negócios

Fenasoja – O concurso leiteiro da 18ª Fenasoja avaliará a quantidade de sólidos no leite produzido por animais das raças Jersey e Holandês. A iniciativa é inédita na feira e retoma algumas práticas já realizadas em eventos pelo Estado. A presidente da Comissão de Pecuária da mostra, Ângela Maraschin, explica que será analisado o volume de gordura, proteína e lactose. Ela justifica que grandes indústrias europeias pagam mais pelo leite com maior teor de sólidos, o que gera melhor rendimento industrial. “Esta prática está se tornando comum também no Brasil. A ideia é difundir a preocupação com os produtores.” (Correio do Povo/RS)

Iogurte – Pesquisadores da USP conseguiram produzir um iogurte que previne doenças coronárias, câncer de intestino e cólon, além de diminuir os níveis de colesterol ruim (LDL), prisão de ventre e intolerância à lactose. A bebida previne as doenças porque agrega, além de bactérias típicas de iogurtes, três microorganismos que fazem bem a saúde. A bebida ainda precisa ser patenteada e não começou a ser fabricada. Ela tem textura e sabor parecidos com o do iogurte comum, necessita dos mes mos cuidados de armazenagem e custa 30% mais caro. Feito com leite desnatado, também é light e fonte de fibras. (Canal Executivo)

Chocolate – A marca de chocolates ChoKKo Snack, que conta com uma linha de tabletes 48 gramas e bombons, apresenta o novo Tablete ChoKKo Snack 160 gramas. O produto da Arcor é feito com chocolate ao leite, cereais crocantes e amendoim e estará à venda em todo o Brasil. Gabriel Porciani, diretor de Marketing de Chocolates e Guloseimas da Arcor, afirma que o tablete em tamanho família será um sucesso entre o público. “A marca ChoKKo Snack, agora em sua versão familiar, explora com mais ênfase a essência que possibilitou todo o seu sucesso e crescimento nos últimos anos: a união de uma grande porção de chocolate, associada a qualidade dos ingredientes e o preço acessível aos consumidores”, afirma Porciani. (Brasil Alimentos)

Setoriais

Programa – Um programa do governo quer incentivar a construção de açudes no Rio Grande do Sul. O objetivo é que os agricultores consigam armazenar água da chuva e amenizar os problemas causados pela estiagem. O agricultor Maciel Luís Felipe cria vacas leiteiras em Santa Rosa (RS) e diz que perdeu boa parte da produção nos últimos anos por causa da seca. “Com falta de água, não tem produtividade”, afirmou. Felipe é um dos produtores beneficiados pelo programa de construção de reservatórios. Desde o ano passado, em todo o Rio Grande do Sul, foram abertos cerca de 700 reservatórios. Eles são capazes de manter algumas culturas por até dois meses sem chuva. O chefe da Emater de Santa Rosa, Vanderlei Waschburger, disse que programa deve beneficiar produtores que trabalham com hortigranjeiros e com a bovinocultura de leite. (G1)

Dívida – Deve entrar em votação no Senado, hoje ou amanhã, a medida provisória (MP) 472, que, em emenda, prevê ampliação do prazo para o agricultor incluído na Dívida Ativa da União pedir a renegociação dos débitos de Pesa e securitização. A complementação deve abranger 70% das 31 mil operações devedoras realizadas pelos agricultores até 1995 (no caso da securitização) e até 2001 (no caso do Pesa), e que não foram renegociadas até 31 de março. A emenda propõe que este prazo seja estendido até 30 de setembro para pagamento integral e até 30 de dezembro para parcelado. (Correio do Povo/RS)

 

Economia

IPC – O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,23% na segunda quadrissemana de abril, a mesma alta da primeira, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta segunda-feira (19). Os preços do grupo Alimentação tiveram alta de 1,27% na segunda quadrissemana, contra 1,19% na primeira. Os de Saúde também aceleraram o avanço, para 0,27% nesta leitura, ante 0,08% na anterior. Os de Vestuário subiram 0,90% agora, contra elevação de 0,63% antes. Os custos de Transportes tiveram uma queda ligeiramente inferior, de 0,78% na segunda quadrissemana, ante 0,81% na primeira. Já os preços de Despesas Pessoais caíram, em 0,06% nesta leitura, ante variação positiva de 0,04% na anterior. Os de Habitação registraram oscilação positiva de 0,03%, contra 0,12%. (G1)

IPC-S – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou em cinco das capitais que fazem parte da pesquisa, na segunda semana de abril, informou nesta segunda-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). As capitais que apresentaram decréscimo na taxa foram: Porto Alegre (de 1,24% para 0,90%), São Paulo de (0,90% para 0,60%), Rio de Jan eiro (de 1,08% para 0,95%), Brasília (de 0,47% para 0,39%) e Belo Horizonte (de 0,67% para 0,60%). Salvador (de 0,83% para 0,84%) e Recife (de 1,67% para 1,79%) foram as únicas capitais que apresentaram aumento da inflação no período. O IPC-S de 15 de abril de 2010 foi divulgado na sexta-feira e registrou alta de 0,80%, 0,18 ponto percentual abaixo da taxa divulgada na apuração anterior. (Agência Brasil)

PIB – O mercado financeiro elevou a estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2010. De acordo com a pesquisa semanal Focus, divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC), no levantamento realizado junto a instituições financeiras a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou de um avanço de 5,60% para um crescimento de 5,81%. Para 2011, a previsão para o PIB foi mantida em um crescimento de 4,50%. (Agência Estado)

 

Globalização e Mercosul

Doha – O secretário-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, afirmou que apesar do ambiente político desfavorável à retomada das negociações da rodada Doha, o cenário econômico mostra que os Estados Unidos, a União Europeia e o Japão saturaram as possibilidades de impulsionar seus mercados internos e irão precisar do comércio internacional para funcionar como motor do processo de recuperação econômica. Diante dessa situação, Lamy considera possível que as negociações da rodada de liberação do comércio sejam reiniciadas ao final da cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), que se dará em novembro em Seul, na Coreia do Sul. (O Estado de SP)

Confiança/EUA – A confiança dos consumidores americanos caiu de modo inesperado em abril, atingindo o nível mais baixo em cinco meses. O número indica, segundo analistas, um pessimismo em relação ao mercado de trabalho. O índice de sentimento do consumidor da Reuters/Universidade de Michigan caiu de 73,6 em março para 69,5 em abril. A expectativa dos economistas era de que o número subiria para 75. A confiança do consumidor em queda pode afetar a recuperação dos EUA. (Valor Econômico)

Argentina – A economia argentina cresceu 6% nos 12 meses encerrados em fevereiro, ultrapassando a mediana da previsão de economistas pesquisados pelo banco central, que era de 4,5%. Isso de acordo com o índice mensal do instituto oficial Indec, considerado uma prévia do PIB, que o Indec divulga trimestralmente. (Valor Econômico)

Preços internacionais têm alta em abril

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços de exportação de lácteos, entre 5 e 16 de abril, apresentaram reajustes positivos para a quase totalidade dos produtos no Oceania e no Oeste da Europa, quando comparados à quinzena anterior. A única exceção foi o preço da manteiga na Oceania que permaneceu estável.

No Oeste da Europa, o preço médio do leite em pó integral (US$ 3.562,5/t) apresentou alta de 3,3% em relação à quinzena anterior, com valores entre US$ 3.375/t e US$ 3.750/t. O valor médio do soro de leite foi de US$ 1.025/t, alta de 6,2% em relação à quinzena anterior, sendo cotado entre US$ 950/t e US$ 1.100/t. O preço médio do leite em pó desnatado foi de US$ 3.050/ton, apresentando reajuste positivo de 8% em relação à quinzena anterior – foi a maior alta entre os produtos comercializados no Oeste da Europa, e seus preços variaram entre US$ 2.800 e US$ 3.300/ton.

Gráfico 1. Evolução dos preços de exportação de lácteos do Oeste da Europa, em dólares por tonelada.

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Na Oceania, o preço médio do leite em pó integral ficou em US$ 3.700/t, com valores entre US$ 3.400/t e US$ 4.000/t, apresentando alta de 12,1% frente à quinzena anterior. O valor médio do leite em pó desnatado teve significativa alta de 20,3%, ficando em US$ 3.550/ton, com preços variando entre US$ 3.300/t e US$ 3.800/t. O preço médio do queijo cheddar fechou a US$ 3.950/t, com valores entre US$ 3.800/t e US$ 4.100/t, alta de 2,6% em relação à quinzena anterior.

As significativas altas do preço médio do leite em pó integral (12,1%) e do leite em pó desnatado (20,3%) na Oceania seguiram a tendência de alta dos preços comercializados no Leilão da Fonterra, no qual a variação do preço médio para os contratos para o leite em pó integral foi de 21% e para o leite em pó desnatado de 25,5%.

O valor médio da manteiga foi de US$ 3.800/t na Oceania, permanecendo estável em relação à quinzena anterior, e alta de 3,4% no Oeste Europeu, sendo cotado à US$ 4.175/t.

Gráfico 2. Evolução dos preços de exportação de lácteos da Oceania, em dólares por tonelada.

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As informações são do USDA

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