Notícias 16.04.2010

Preço/PR I – A constante elevação nos preços do leite vem assustando os consumidores. Os aumentos já chegam a 40%. O leite longa vida, comercializado há poucos dias, em média, a R$ 1,75, não sai por menos de R$ 2,20. O presidente da Cooperativa Regional dos Produtores de Leite (Coproleite), Lepopoldo Villewock, responsabiliza as empresas exportadoras de leite em pó pela alta. “As empresas exportadoras estão infla-cionando o mercado”, explica. Conforme ele, a cooperativa não espera a estabilização dos preços. “Há novos aumentos em vista, enquanto aquelas empresas não cumprirem suas cotas de exportação, a demanda continuará acima do normal, provocando a supervalorização do produto”, c ompleta Villewock. (Tribuna do Interior)

Preço/PR II – Para o gerente de uma rede de supermercados de Campo Mourão, Rogério Machado Luz, um dos principais motivos para a alta são as cooperativas. Ele não deixa de considerar a carga tributária também como responsável. De acordo com Luz, está mais barato buscar leite em outros estados devido aos altos impostos incidentes sobre a produção local, já as cooperativas, observa, praticam o preço de acordo com sua conveniência. “O setor varejista fica sem opção, ou repassa aos consumidores, ou vende abaixo do preço de custo.” Luz enfatiza que, apesar da alta, por se tratar de um produto de primeira necessidade, as vendas continuam estáveis. “O consumidor reclama, mas não deixa de levar”, ressalta. Segundo ele, até meados do ano não há previsão de baixa. E para piorar a situação novos aumentos são esperados. Quem não está gostando nada da situação são os consumidores. (Tribuna do In terior)

Produção/PA – Técnicos, empresários e representantes de instituições dos governos federal e estadual, que formam a Câmara Setorial do Leite (CSL) do Estado, reúnem-se nesta sexta-feira (16), no município de Marabá, sudeste do Pará, para discutir ações destinadas a aumentar a produção de leite e seus derivados na região, considerada a maior bacia leiteira do território paraense. O evento, que acontecerá na sede do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado do Pará (Sindileite), abordará temas como o “Desenvolvimento do Setor Produtivo: Assistência Técnica aos Produtores de Leite” e o “Programa Estadual de Qualidade da Cadeia Produtiva do Leite do Pará”. Também estará em pauta a realização do evento “Pará Fest Leite”, que pretende fazer a ampliação de negócios no setor e atrair novos investimentos à produção leiteira. (Agência Pará)

Ranking – O Pará ocupa atualmente a 5ª posição nac ional entre os rebanhos bovinos, com mais de 18,5 milhões de cabeças, com um total de vacas ordenhadas próximo a 1,2 milhão cabeças por ano. Funcionam no Estado cerca de 42 indústrias de laticínios. A produção de leite nas regiões sul e sudeste está centralizada na produção familiar. A atividade leiteira ainda é considerada por muitos produtores como uma complementação de renda e, neste caso, as cooperativas estão mais voltadas para a agricultura, e não para a pecuária leiteira. Por isso foi criado o Arranjo Produtivo Local (APL), uma forma de fortalecer o cooperativismo e o associativismo, priorizando a formalização de cooperativas de produtores de leite. (Agência Pará)

Apreensão/MG – Foram apreendidos na última terça-feira (13), na Zona da Mata mineira, 1.104 quilos de queijo impróprios para o consumo. De acordo com a Polícia Militar, os alimentos estavam em um laticínio em Serra, município de Bias Fortes, próximo à Barbacena. N o local, foram apreendidos 325 quilos de queijo tipo parmesão, 214 quilos de muçarela, 116 quilos de queijo prato, 349 quilos de queijo minas padrão e 100 quilos de massa para fabricação de queijo minas, totalizando 1.104 quilos de queijo. Todo o alimento estava estocado em condições irregulares e sem higiene. O estabelecimento foi interditado e lacrado e todo o alimento levado para o aterro sanitário da cidade de Antonio Carlos, onde foi incinerado. (Caratinga Notícias)

PL – A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou o Projeto de Lei 127/07, do deputado Lobbe Neto (PSDB-SP), que obriga as creches e escolas do nível fundamental a substituir, em suas dependências e para os fins de comercialização, os alimentos não saudáveis por alimentos saudáveis, conforme critérios a serem estabelecidos por autoridades sanitárias. O projeto vale para estabelecimentos públicos e privados. Aprovada em caráter conclusivo, a proposta segue para o Senado. Conforme a proposta, os estabelecimentos não poderão oferecer alimentos não saudáveis em suas dependências, sob nenhum pretexto, nem fazer propaganda deles. Os estabelecimentos infratores estarão sujeitos às penas previstas na Lei 6.437/77, que define as infrações à legislação sanitária federal. As penas vão desde advertência e multa ao fechamento do estabelecimento infrator. (Agência Câmara)

Produção/Oceania – A produção de leite na Oceania continua caindo a taxas variadas. Na Ilha Norte da Nova Zelândia já se pode registrar um volume 30% a 40% menor do que o apurado na mesma época da estação 2008/2009, projetando-se um final de safra antecipado entre quatro a seis semanas. Na Ilha Sul a situação não é tão ruim, mas a produção não é tão significativa. Na Austrália, a queda acumulada de julho a fevereiro foi de 6,4%, mas a melhora nesse final de período permite prever que ao final da safra terá sido captado 4% menos que na safra passada. Comerciantes já estão revendo os estoques para os contratos já firmados, para identificar possíveis reabastecimentos. (Fonte: Usda )

Preços/Oceania – Analistas acreditam que a alta de preços ocorrida no último Leilão da Fonterra não é sustentável, e que os preços deverão começar a recuar, em breve. Os estoques estão sendo monitorados nesse final de estação. Os fornecedores da Nova Zelândia estão com volumes justos e os australianos um pouco mais confortáveis. Operadores estão se recusando a cotar propostas diante desse quadro de volatilidade, e aguardam retorno à estabilidade. Os preços das commodities lácteas estão firmes e em patamares elevados. Veja abaixo a tabela. (Fonte: Usda)

 

 

Preços/UE – O fim da safra de produção de leite na Europa, assim como na Oceania, também estará sendo antecipada, em quatro e seis semanas, por um inverno que se prolongou, inclusive com neve. Mesmo assim, a produção esse ano deverá ser idêntica à safra 2008/2009. Analistas estão cautelosos, e analisam os efeitos dos resultados surpreendentes do último leilão da Fonterra, sobre os preços no médio e longo prazo. Os estoques estão abaixo do projetado. A forte demanda por produtos frescos na Europa está limitando a disponibilidade de produtos para o mercado internacional. Os preços das commodities lácteas continuam firmes, e os preços de intervenção não foram acionados para nenhum produto.  (Fonte: Usda )

 

 

 

Negócios

Ranking – O Pão de Açúcar ultrapassou o Carrefour e assumiu a liderança no ranking de faturamento do setor supermercadista em 2009. De acordo com dados divulgados pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados), a rede registrou faturamento de R$ 26,2 bilhões no período, contra R$ 25,6 bilhões da concorrente francesa. Em terceiro lugar, aparece o Wal-Mart, com R$ 19,7 bilhões em faturamento, seguida pela rede sergipana GBarbosa (R$ 2,5 bilhões) e pela gaúcha Zaffari (R$ 2,1 bilhões). As cinco empresas foram responsáveis, em 2009, por um faturamento total de R$ 76,2 bilhões. A Abras divulgou ainda que as 20 maiores empresas do setor registraram crescimento de 17,5% nos ganhos no ano passado, passando de faturamento de R$ 82,1 bilhões, em 2008, para R$ 96,5 bilhões, em 20 09. (Folha Online)

Carrefour – A rede Carrefour elevou em 5,5% as vendas mundiais no primeiro trimestre. A alta foi impulsionada pela melhora dos negócios na França. As vendas totalizaram 23,9 bilhões de euros ante 22,7 bilhões do mesmo período de 2009. No Brasil, as vendas aumentaram 40,5%, passando dos anteriores 1,9 bilhão de 2009 para 2,7 bilhões. Na América Latina, cresceram 30,8% (3,8 bilhões de euros). (Correio do Povo/RS)

Brasil Alimenta – A Semana Internacional Brasil Alimenta 2010, em Bento Gonçalves, está sendo marcada pela expressiva participação de produtores rurais de diversos estados brasileiros (Bahia, Goiás, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo). A Brasil Alimenta está 37% maior em área de exposição, em relação à edição anterior. O evento, composto pelas feiras Vinotech, Envase Brasil e Multi Agro, reúne marcas nacionais e inte rnacionais e tem expectativa de gerar um volume de negócios de US$ 50 milhões. (Jornal do Comércio/RS)

Cencosud – Três anos após a compra de rede sergipana G.Barbosa, a quarta maior do país, os chilenos da Cencosud adquiriram o controle da pequena rede cearense Super Família. Além disso, também já teriam feito há menos de um mês uma proposta de compra da rede Perini, com oito lojas em Salvador (BA). A varejista chilena não confirma o interesse na rede baiana, mas admite a aquisição da Super Família, segundo informou ontem a rede varejista O fortalecimento da atuação da empresa no Brasil pode ser decisivo nos resultados financeiros futuros da rede. Enquanto as vendas locais crescem, o resultado da companhia no Chile ainda avança lentamente. Em moeda local, as vendas subiram 5,8% no Brasil e apenas 1,7% no Chile no ano passado. (Valor Econômico)

Setoriais

Comercialização – A portaria interministerial para retomada dos instrumentos de apoio à comercialização da safra 2009/2010 deve ser assinada nos próximos dias. A garantia foi dada, ontem, pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, após reunião no Ministério da Fazenda. “Temos acordo para milho, arroz e feijão, e vamos discutir a questão do trigo. Se conseguiu a construção de um consenso.” (Correio do Povo/RS)

Soja/China – A China, maior comprador de soja do mundo, deve importar 44 milhões de toneladas até o final da temporada 2009/2010, volume recorde, que representa 7,3% a mais do que na temporada anterior. As informações são do Centro Nacional de Informação de Grãos e Óleos (CNGOIC) do país. (Folha de Londrina/PR)

Economia

Emprego – O número de vagas criadas no mercado de trabalho bateu recorde no primeiro trimestre de 2010. Segundo os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) o saldo acumulado até março somou 657.259 novos empregos. O saldo do trimestre superou em 19% a melhor marca para o período (2008) e foi resultado de três recordes seguidos nos primeiros meses do ano. As 266.415 vagas criadas em março ultrapassaram as 204 mil de 2008 e ficaram na melhor colocação para o mês desde o início da série em 1992. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, estima um novo recorde para abril. Segundo ele, a expectativa é terminar o mês com 340.000 novas vagas. O maior número havia sido registrado em 2007, com 302.000 empregos. (Folha Online)

IPC-S – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) perdeu força, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 16, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice s ubiu 0,80% até a quadrissemana encerrada em 15 de abril, taxa menor do que a apurada no IPC-S anterior, referente à quadrissemana finalizada em 7 de abril, quando subiu 0,98%. A taxa menor do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), que subiu 0,80% na segunda quadrissemana de abril após avançar 0,98% no resultado anterior, foi influenciada por perda de força na inflação dos alimentos (de 3,11% para 2,36%). A FGV informou ainda que, entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-S de até 15 de abril, os aumentos de preços mais intensos foram apurados nos preços de tomate (24,59%); leite tipo longa vida (10,67%); e batata-inglesa (12,70%). (Agência Estado)

PIB – O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) estima que o PIB (Produto Interno Bruto) do país deve crescer entre 5,5% e 6,5% neste ano, baseado no aumento de 2% da economia no quarto trimestre do ano passado. “Da expansão média prevista para este ano, quase a metade já estaria garantida, mesmo com o PIB ficando estagnado nível dessazonalizado do quarto trimestre”, diz a equipe de economistas do instituto. Os especialistas do Ipea veem o aumento continuado do consumo das famílias, sustentado pelo crescimento do emprego, da renda e do crédito. (Folha Online)

 

Globalização e Mercosul

Iogurte – A empresa Danone retirou os dossiês sobre seus iogurtes Activia e Actimel de uma avaliação da União Europeia sobre alimentos que alegam benefícios para a saúde, afirmando que não estão claros os critérios da revisão. Os iogurtes prometem benefícios para a flora intestinal por meio de probióticos. A agência que realiza o trabalho europeu, porém, já afirmou que não está convencida da ação dos probióticos. A Danone destacou que os iogurtes est ão regulamentados como alimentos funcionais no Brasil. (O Estado de SP)

Brasil/China I – O Brasil firmou, na quinta-feira, com a China protocolos para exportação de carne bovina termoprocessada e tabaco. No encontro, os ministros trataram ainda da abertura mercado chinês à carne suína brasileira. Protocolo com esse fim foi assinado por Brasil e China em 2004. Daquela época até agora, 25 frigoríficos mostraram interesse em vender carne suína ao mercado chinês. O ministério entregou aos chineses a proposta de certificado sanitário internacional para o Brasil poder exportar carne suína in natura à China. O documento tem de ser aprovado pelas autoridades chinesas. Depois, a China tem de enviar missão ao Brasil para habilitar frigoríficos à exportação. A previsão é que isso ocorra no segundo semestre, mas o assunto voltará a ser debatido hoje, em novo encontro, quando exportação de lácteos, gelatina e citros também entrarão na pauta. < STRONG>(Valor Econômico)

Brasil/China II – O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, lamentou que a missão só venha no segundo semestre, em setembro, de acordo com ele. “Esperávamos que viesse em maio. Todas as tratativas indicavam essa data. Se não conseguimos isso com a visita do presidente chinês, tudo indica que o processo de abertura à carne suína na China pode demorar ainda mais”. (Valor Econômico)

PIB/AR – A economia argentina cresceu 5,4% no primeiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado, conforme anunciou ontem a presidente Cristina Kirchner. Não foram divulgados detalhes, mas o ritmo de expansão veio bem acima do esperado por analistas, que previam alta do PIB de 3% a 4%. Da virada do ano para cá, dois fatores novos deram fôlego adicional à economia: a supercolheita de soja e o boom d e consumo. Graças às condições climáticas, a safra de soja deverá chegar a 54,5 milhões de toneladas, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. As projeções iniciais indicavam 48 milhões de toneladas. A recuperação da economia brasileira, que absorve quase um terço das exportações argentinas, e o aquecimento do consumo privado impulsionaram o crescimento de 15% da indústria em fevereiro, de acordo com a União Industrial Argentina. (Valor Econômico)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
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