Notícias 05.04.2010

Importações – Os números preliminares da média diária de março de 2010 das importações de leite e derivados, em dólar, são 30,74% menores que a média de fevereiro de 2010. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar. (www.terraviva.com.br)

 

 

Leite/GO – Em Bela Vista de Goiás, a pouco mais de 30 quilômetros da capital, Goiânia, o trabalho começa bem cedo na fazenda do seu Vanderlei Siqueira. A produção da fazenda é de 1,5 mil litros de leite por dia com 70 vacas em lactação. Em fevereiro, o produtor recebeu o preço médio de R$ 0,70 pelo litro de leite. Em março, o valor subiu para R$ 0,80. “Deu uma melhorada boa. A gente está muito feliz. Não só eu, como todos os produtores de leite, estamos felizes porque estamos vendo que começou a chegar para nós os produtores um preço mais real”, falou seu Vanderlei. Em outra propriedade, no município de Itaberaí, região central de Goiás, a produção é maior. São produzidos 3,3 mil litros por dia. O seu Eurípedes Bassamurfo conta que também já está vendendo com preço melhor, a R$ 0,75 o litro. “Isso da um horizonte ao produtor, que começa a investir novamente no seu negócio”, disse. (Globo Rural)

Preço< /b> – O gerente de estudos técnicos e econômicos da FAEG, Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, Edson Novaes, explicou as causas para a recuperação no preço do leite. “Tivemos a queda em torno de 5% a 6% da produção de janeiro a março desse ano. Outro aspecto importante é que o mercado internacional, em termos de preço, se comparado com o meio do ano passado, houve uma recuperação de preço, principalmente do leite em pó no mercado internacional. E também no início, de janeiro para fevereiro, há uma retomada das aulas e isso é um interesse natural de recuperação do consumo de produtos lácteos”, falou Novaes. (Globo Rural)

Leite/MG – Mar de Espanha, na zona da mata de Minas Gerais. Na Fazenda Casa Grande, de 159 hectares, o pasto está verde com as últimas chuvas. Mas, há um mês, o cenário era outro. Uma seca inesperada assustou os produtores. “De janeiro a fevereiro ficamos com 30 dias de seca. Sem uma chuva na nossa região” , falou o produtor Deovani Resende. Antes da estiagem, o produtor Deovani Resende tirava 320 litros por dia. Com a seca, a produção diária caiu para 240 litros. Agora, as vacas voltaram a produzir como antes da seca e com uma vantagem: o preço melhorou. O seu Deovani recebeu em março R$ 0,10 a mais pelo litro de leite de latão. Na cooperativa de Mar de Espanha, de janeiro para fevereiro a captação de leite caiu 19%, o que corresponde a 99 mil litros de leite, o equivalente a 50 tanques. Na média nacional, o preço do leite ao produtor subiu 10% em março e fechou o mês valendo R$ 0,67 o litro. (Globo Rural)

Qualidade/RS – Os laticínios do Rio Grande do Sul estão fazendo o dever de casa. É o que se pode concluir do relatório do Ministério da Agricultura (Mapa) sobre a qualidade do leite no país, que mostra que nenhuma das 28 amostras de produtos que apresentaram indicativos de fraude em 2009 pertence a estabelecimentos gaúchos. O mai or número de casos suspeitos se concentra em Minas Gerais. No Rio Grande do Sul, os registros são de inconformidades relacionadas a padrões técnicos como percentual permitido de concentração de sólidos, explica Milene Cristine Cé, fiscal federal agropecuária do Serviço de Inspeção de Leite e Derivados do Mapa/RS. (Correio do Povo/RS)

Riispoa – O governo brasileiro está satisfeito com a elevação de 128% nas análises, que chegaram a 2.924, mas quer expandir o controle. E uma das ferramentas será o novo Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa). Com as alterações no texto, veterinários e agentes que hoje atuam nas empresas com SIF deixarão seus postos e farão inspeção periódica em um número determinado de estabelecimentos da região, estratégia que também minimizará a carência de pessoal para a função. Além da verificação das condições de produção, as equipes volantes serão encarregadas pela fiscalização em amostragem. A entrada em vigor da rotatividade ainda depende da assinatura do presidente Lula e da publicação de instrução normativa. O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Nelmon Oliveira, está confiante no acerto da decisão. (Correio do Povo/RS)

Italac – Produtores de leite de Santa Helena de Goiás e região foram comunicados na sede do Sindicato Rural do município, de um acordo de arrendamento da unidade industrial da Parmalat pela Italac Alimentos. Ele prevê que metade do saldo será pago no próximo dia 26 de abril e os outros 50% restantes em 8 de junho, conforme cronograma apresentado pela Italac. O cronograma valerá apenas para os produtores que firmarem parceria de fornecimento de matéria-prima à unidade, até o próximo dia 10 de abril. (O Popular/GO)

Uruguai – O acordo que abre parcialmente o mercado uruguaio à carne de frango brasileira , e o Brasil elimina as barreiras ao comércio de lácteos, carne, gado em pé e pescado fresco, recebeu críticas da cadeia avícola do país vizinho, mas é olhado com satisfação pelos setores beneficiados. O setor lácteo uruguaio, através do vice-presidente da Conaprole, Álvaro Lapido, diz que só se pode olhar com otimismo o acordo. Durante o Congresso da Fepale realizado em Belo Horizonte, Lapido foi procurado por compradores de leite em pó. Mas, a resposta era sempre a mesma: “o governo não está liberando as importações”. Esta situação fez com que o preço do leite em pó, em Minas Gerais, chegasse a US$ 4.500 a tonelada, muito acima da cotação internacional de US$ 3.500. Lapido observou, no entanto, que ficou evidente as intenções protecionistas dos delegados brasileiros presentes ao congresso. (El País Digital – Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

Produção/Oceania – A produção de leite na Oceania continua volátil. Na Ilha Norte da Nova Zelândia, o volume caiu acentuadamente nas últimas semanas. A falta de umidade está prejudicando sensivelmente o rebanho, e alguns produtores secam suas matrizes, antecipando o fim da estação. Na Ilha sul a queda não é tão acentuada, mas as projeções para a estação foram novamente reajustadas, e devem ficar em torno de 1% a mais sobre a produção do ano anterior. A produção na Austrália, em fevereiro cresceu 3,8% em relação a fevereiro de 2009, sendo o primeiro, em muitos meses, a não apresentar queda perto de 10%, em relação ao mesmo mês de um período anterior. (Usda – Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

Preços/Oceania – Os preços das commodities continuam firmes, com certa tendência de alta nos últimos dias, e os analistas estão curiosos sobre o resultado do próximo Leilão da Fonterra. Tudo indica que o fim da temporada na Oceania irá ocorrer mais cedo, não esperando a recuperação dos volumes do verão europeu. A demanda i nternacional está firme, e os estoques estão se recuperando lentamente, situando-se em níveis menores do que o normal para o período, o que poderá afetar a oferta dos produtos no inverno.  (Usda)

 

 

Europa – Na Europa a produção está abaixo do projetado, e as condições meteorológicas estão atrasando a chegada da primavera. Praticamente todos os países estão produzindo abaixo da quota, sendo a Itália uma rara exceção. Com isso a industrialização das commodities continua abaixo das projeções, fazendo com que os preços continuem firmes, exceto o soro de leite que apresentou comportamento misto. Os estoques estão com uma recuperação lenta, fazendo com as cotações dos produtos lácteos fiquem acima dos preços de intervenção.  (Usda)

 

 

 

Negócios

Consumidor – A julgar pela enquete virtual realizada pelo CQuali para o Leite, os consumidores brasileiros estão pouco atentos na hora de escolher o produto. Apenas 10,5% dos 902 internautas disseram observar a validade. A maioria (26,6%) prioriza a marca. Outros 22,8% atentam se o leite é desnatado, semidesnatado ou integral e 16,2%, para preço. A validade ficou em quinto lugar, acima apenas do tipo (A, B ou C), que obteve 9,8% dos votos. (Correio do Povo/RS)

Mesa Brasil – Um total de 8.644 quilos de produtos lácteos estarão chegando, nesta semana, a instituições sociais cadastradas no Mesa Brasil Sesc no Rio Grande do Sul. As doações, feitas pela empresa parceira do programa, a Danone, estão sendo entregues nas cidades de Porto Alegre, Cachoeira do Sul, Santa Maria e Lajeado. O Mesa Brasil Sesc é uma rede permanente de solidariedade, que atua desde novembro de 2003 no Rio Grande do Sul com o objetivo de evitar o desperdício de alimentos e diminuir as carências nutricionais da população, segundo Everton Dalla Vecchia, diretor regional do Sesc-RS. (Jornal do Comércio/RS)

Mead Johnson – A multinacional americana Mead Johnson estuda entrar em novas categorias com sua marca Sustagen, de suplemento alimentar. Segundo seu presidente Nestor Sequeiros, estão sendo analisados segmentos como iogurte, bebida pronta para beber, “petit suisse” e barras nutricionais. Essa é uma das iniciativas para alavancar os negócios no Brasil, que ganhou mais importância depois de seu desmembramento da Bristol-Myers Squibb, no ano passado. “Com a separação, o Brasil se tornou uma das prioridades da companhia. Antes éramos apenas uma divisão. A velocidade das decisões agora é três vezes maior”, disse. A empresa fechou 2009 com receita líquida global de US$ 2,8 bilhões, 2% menos que em 2008. O lucro líquido subiu 2,4%, para US$ 410,6 milhões. (Valor Econômico)

 

Setoriais

Autorização – O Paraná é o primeiro estado brasileiro a ser incluído no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi). A portaria, assinada pelo secretário nacional da Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, no último dia 19, prevê a autorização para fiscalizar e credenciar agroindústrias para vender produtos animais em outros mercados do Brasil. Antes desta medida, apenas empresas submetidas ao Serviço de Inspeção Federal (SIF) é que poderiam comercializar em outros lugares. Com essa portaria, quem tem muito a ganhar são os pequenos e médios produtores, pois po derão buscar novos consumidores em outros estados. (Paraná-Online)

Adubos – Consumo crescente de fertilizantes no hemisfério Norte, alta do dólar e baixos estoques de matéria-prima nas indústrias brasileiras ressuscitam um velho problema para os agricultores brasileiros. Os preços dos fertilizantes, que estavam mais acessíveis em 2009, voltaram a subir no primeiro trimestre de 2010. O aumento chega a 20% entre janeiro e março em comparação com dezembro do ano passado. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Adubos do Rio Grande do Sul (Siargs), Torvaldo Antonio Marzolla Filho, a indústria brasileira é muito dependente dos insumos importados, chega a adquirir 92% de suas necessidades dependendo do produto. “Apesar de sermos o quarto maior importador, somos responsáveis por apenas 7% do consumo do mundo. Por isso, as empresas brasileiras não são formadoras de preços, são tomadoras de preços estabelecidos no mercado mu ndial”, justifica. (Correio do Povo/RS)

PIB – O PIB agropecuário deve evoluir 5,7% neste ano. A recuperação será pautada pela melhora dos consumos interno e externo. O crescimento das principais economias importadoras de commodities agrícolas vai ajudar na evolução. A estimativa é da consultoria Lafis, que prevê também mais investimentos dos produtores devido ao maior acesso às linhas de crédito e à redução de dívidas, além de obterem melhores preços nos mercados interno e externo. (Folha de SP)

Árvores – Além de oferecer sombra para o gado, as árvores prestam serviços ambientais à propriedade. As raízes ajudam a reter água no solo e evitam erosão. Algumas espécies, especialmente as leguminosas, possuem a capacidade de fixar no solo, o nitrogênio. Há três anos, uma pesquisa desenvolvida pela Embrapa Rondônia e Embrapa Acre vem catalogando as árvores que mais contribuem para melhorar a q ualidade das pastagens brasileiras na região norte. A pesquisa mostra que o gado criado em pastagens sombreadas vive melhor, ganha peso mais rápido e produz mais leite. (Nordeste Rural)

Economia

IPC-S – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) ganhou força, segundo dados divulgados hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice subiu 0,86% até a quadrissemana encerrada em 31 de março, uma taxa maior que a apurada no IPC-S da quarta quadrissemana de fevereiro, quando avançou 0,68%. A FGV informou ainda que, entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-S de até 31 de março, os aumentos de preços mais intensos foram apurados nos preços de tomate (51,15%); leite tipo longa vida (7,98%); e batata inglesa (12,31%). Já as mais expressivas quedas de preços foram registradas nos preços de álcool combustível (-8,11%); maçã nacional (-12,64%); e gasolina (-0,60%). (Agência Estado)

Superávit – A balança comercial fechou março com superávit de 668 milhões de dólares. O saldo é 61,9% inferior ao de março de 2009, quando foi superavitária em 1,756 bilhão. No mês passado, as vendas ao exterior somaram 15,727 bilhões de dólares e as aquisições, 15,059 bilhões. “O ritmo das importações está alto, mas não é diferente do que ocorre desde o início do ano. O aumento é basicamente por matérias-primas e insumos, que são itens importantes para a indústria”, pondera o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral. (Correio do Povo/RS)

IPC – O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) encerrou o mês de março com variação de 0,34% na cidade de São Paulo. Apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o indicador de inflação recuou ante o resultado fec hado de fevereiro (0,74%) e veio ligeiramente abaixo do piso das expectativas do mercado financeiro, que iam de 0,35% a 0,42%, com mediana de 0,38%, conforme as previsões de um grupo de 15 instituições consultadas pelo AE Projeções. Na terceira quadrissemana de março, o IPC apresentou alta de 0,44%. O segmento Alimentação teve elevação de 1,00% em fevereiro; 1,41% na terceira prévia e 1,43% no fim de março. (Agência Estado)

PNAD – A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2008 (PNAD) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada na quinta-feira, expôs que a educação e o saneamento básico continuam sendo um dos principais entraves nas regiões rurais do país, onde os domicílios abrigavam, naquele ano, 16,25% da população total. Já o fornecimento de energia elétrica avançou. Em cerca de três quartos dos domicílios onde viviam 80% da população rural, a renda domiciliar per capita era menor ou igual a um salário mínimo, ante 46% nas regiões urbanas. (Valor Econômico)

 

Globalização e Mercosul

Varejo/AR – O chinês Yan Sheng Long atravessou o mundo há pouco mais de uma década para reencontrar a família, que havia chegado à Argentina e encontrara no varejo o sustento no novo país de residência. Hoje Sheng, seus irmãos e primos têm cerca de 100 supermercados na Grande Buenos Aires. É gente como Sheng e sua família que mudou a estratégia de grandes multinacionais, como Walmart e Carrefour, para crescer na Argentina. Um estudo da NCC Consultoria indica que os supermercados chineses faturam 6 bilhões de pesos por ano (R$ 3 bilhões) e detêm 37% do varejo no país. Basta caminhar algumas quadras em qualquer bairro portenho para comprovar a veracidade da estimativa: com cerca de 8 mil pontos de venda espalhados pela Argentina, sobretudo em Buenos Aires e imediações, a presença chinesa é mais visível do que qualqu er grande marca global do setor. (Valor Econômico)

 

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
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