Notícias 23.03.2010

Importações – Os números preliminares da média diária de março de 2010 das importações de leite e derivados, em dólar, são 22% menores que a média de fevereiro de 2010. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar. (www.terraviva.com.br)

 

 

Preço/RS – O Conseleite projeta aumento de 6,29% no preço do litro do leite padrão em março em relação a fevereiro e indicou a cotação de R$ 0,5945. O valor final em fevereiro foi de R$ 0,5593. Apesar de a previsão de aumento estar próxima ao que já havia sido indicado no Paraná, de 6,1%, os produtores consideraram a elevação acanhada. O coordenador da Comissão de Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, concordou. “Os preços pagos efetivamente foram maiores do que estes. Houve pagamento de até R$ 0,80 pelo leite acima do padrão.” Para ele, há distorção no cálculo apresentado. “Os valores ao consumidor tendem a permanecer no patamar que estão e o produtor é penalizado.” Para o presidente do Sindilat, Carlos Feijó, a cotação indicada reflete o ponto de equilíbrio para que ninguém saia perdendo. Ele ainda afirmou que as empresas pagam entre 10% e 15% acima da projeção do Conseleite. (Correio do Povo/RS)

Congre sso – Trinta países de todo o mundo, entre eles grandes produtores de leite como Austrália e Nova Zelândia, participam até quinta-feira do 11º Congresso Pan-Americano do Leite, em Belo Horizonte. De compradores internacionais a produtores familiares, são 2,5 mil participantes no maior evento do setor. A expectativa é demonstrar ao mercado externo o potencial da produção e da indústria brasileira, abrindo novos mercados para as exportações nacionais, que desde a crise financeira mundial ainda não retomaram ao ritmo pré-crise. No ano passado, pela primeira vez em 20 anos, houve um recuo da produção brasileira de leite, 27,7 bilhões de litros. Queda de 1,3%. Minas Gerais se mantém como maior estado produtor e, no ano passado, colocou no mercado 7,6 bilhões de litros, ou 28,8% do total nacional. A produção primária de leite no Brasil, a indústria de laticínios e o mercado internacional são os três grandes focos do evento. (Estado de Minas)

Pólo do Leite – Será assinado nesta terça-feira (23) no 11º Congresso Pan-Americano do Leite, um acordo de cooperação técnica entre o Governo de Minas e a empresa certificadora alemã TÜV Rheinland. O objetivo é a conjugação de esforços e a realização de treinamento, fornecimento de certificação, avaliação de fornecedores e desenvolvimento de selo para o setor lácteo, pela TÜV Rheinland do Brasil Ltda, impactando negócios e o desenvolvimento sustentável, em atendimento aos objetivos do programa Pólo de Excelência do Leite, do Governo de Minas. A partir dessa data terá início a elaboração das normas para certificação de laticínios, projeto inédito no país, o que reforça o pioneirismo e liderança de Minas Gerais no setor agroindustrial do leite. (Agência Minas)

Nestlé/DPA – A Nestlé Brasil/DPA (Dairy Partners Americas, joint venture formada com a cooperativa neozelandesa Fonterra, maior exportadora de lácteos do mundo) marc a presença durante o 11º Congresso Pan-Americano do Leite, maior evento lácteo da América Latina, que acontece entre 22 e 26 de março. O 11º Congresso Pan-Americano do Leite contará com um ciclo de palestras em que a Nestlé trará um painel sobre a atual situação e o futuro do setor de lácteos nas Américas e no mundo. A empresa também apresentará seus programas de capacitação de produtores rurais. (Globo Rural)

Iniciativas – No estande, com 84 metros quadrados, os visitantes poderão conhecer as três principais iniciativas da Nestlé Brasil/DPA. O Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira (PDPL), realizado pelas empresas há 20 anos em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (e que já proporcionou o aumento de 360% na produção diária de leite). Além disso, serão expostos os programas desenvolvidos no Rio Grande do Sul e no interior de São Paulo, em parceria com a Universidade Federal Santa Maria (UFSM) e com a Escola Super ior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), respectivamente. A Nestlé é líder em captação de leite no Brasil — em 2009, atingiu a marca de 2,05 bilhões de litros do produto. (Globo Rural)

Argentina – A captação de leite na Argentina está estabilizada depois de cair 15% no primeiro bimestre do ano, em decorrência do intenso calor, e das chuvas excessivas. (Infortambo)

La Serenisima – La Serenisima informou que a partir do mês de abril o preço da proteína será reajustado e que irá premiar o aumento da produção. A empresa enviou um comunicado aos seus fornecedores, informando que a medida faz parte da decisão da empresa de continuar crescendo, até conseguir captar seis milhões de litros diários, quantidade que irá maximizar a produtividade, tornando viável a instalação de duas fábricas em Córdoba. Por isso La Serenisima criou o Prêmio ao Crescimen to, que foi atingido em cheio pelo calor e pela umidade, que causou uma brusca queda de produção e qualidade da matéria-prima, causando prejuízos às indústrias e aos produtores. Assim, a empresa convoca seus fornecedores a recuperar o volume projetado no final do ano passado, e a partir de 1º de abril, pagará 1,50 pesos pelo litro entregue a mais, depois de já estar bonificando em 0,20 pesos no litro de leite captado com proteína superior à medida no mesmo mês do ano passado. (Infortambo)

Leite/EUA – O estado americano de Wisconsin, que possuiu 45% de sua produção agrária proveniente do leite, está sendo cenário de uma polêmica, porque quer introduzir uma lei que permita a comercialização do leite cru. Atualmente esta prática é proibida. O pecuarista pode consumir o leite cru, mas não pode vendê-lo. A proposta em estudo permitirá a venda direta, sempre que a contagem bacteriológica da proprie dade atingir certos limites. Isto permitiria ao pequeno produtor não ficar refém das grandes indústrias, obtendo melhores preços. Os críticos, contrários à lei, acreditam que o leite cru pode ser foco de doenças, e pode colocar em xeque a imagem de produto saudável se mesmo voluntariamente a pessoa comprar o leite cru, mas depois contrair alguma doença. (Agrodigital)

 

Negócios

Leite/BA – O Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos do Leite (Sindileite), com apoio da Fieb, realiza dias 8 e 9 de abril, no Hotel Catussaba Resort, o 1º Encontro das Indústrias Baianas do Setor de Leite e Derivados. No encontro, temas como a estruturação da câmara setorial do leite em apoio à cadeia produtiva, as perspectivas para o mercado nacional e internacional de lácteos, boas práticas de fabricação serão discutidos entre empresários regionais e representantes de órgãos relacionados à fiscalização, monitoramento e controle de qualidade dos produtos lácteos. (FIEB)

Varejo – A maior parte dos empresários do varejo – 58% – espera aumento de faturamento na Páscoa em relação a 2009, de acordo com levantamento divulgado ontem pela Serasa Experian. Do total, 32% acreditam que o faturamento será igual e 10% acham que cairá. Os empresários esperam, em média, aumento de 4,5% nas vendas. As grandes empresas são as mais otimistas: 88% acreditam que crescerão. O otimismo é um pouco menor entre médias e pequenas empresas. Entre as pequenas e médias, 34% acreditam que o faturamento estará no mesmo nível de 2009, e 11% apostam em recuo. O crescimento médio esperado para o faturamento é de 9,3% e, na visão dos que esperam queda, o decréscimo médio será de 8,7%. Na análise regional, os em presários do Sul (63%) são os mais otimistas. (Correio do Povo/RS)

Yoguland – A parceria entre Thiago Campos e Rafael Soares, fundadores da Yoguland, loja especializada em frozen yogurt do Sul, querem expandir o negócio com a abertura de mais 20 lojas em 2010. A Yoguland já atua nos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina A idéia de trazer a novidade para o Brasil surgiu quando os amigos moravam nos Estados Unidos, país no qual o consumo de frozen yogurt representa 30% do mercado de congelados e seu crescimento é maior que o do sorvete comum. A Yoguland teve boa aceitação do público e a crescente procura pelo produto ocorreu pelo clima brasileiro e, sobretudo, por ser um alimento saudável – possui metade das calorias de um sorvete comum e 0% de gordura. (Brasil Alimentos)

PepsiCo – A PepsiCo reafirmou nesta segunda-feira (22) estimativa para aumento dos ganhos em 2010, um dia depoi s de anunciar que reduzirá níveis de sal, açúcar e gorduras saturadas em seus produtos líderes de vendas. A detentora das marcas Pepsi, Quaker e Frito-Lay crescimento de dois dígitos para 2011 e 2012. “Estamos renovando e aumentando a empresa para adaptá-la a um cenário de mudanças e para atender as necessidades dos consumidores”, disse o diretor-presidente da PepsiCo, Indra Nooyi, em nota. “Estamos aperfeiçoando nossas inovações científicas para atender o aumento de consumidores preocupados com a saúde e desenvolver produtos específicos para grupos-chave, como mulheres e jovens casais”, acrescentou. No domingo, a companhia também anunciou que aumentará a quantidade de grãos, frutas, vegetais, sementes, cereais e laticínios com baixa taxa de gordura em seus produtos. (Brasil Alimentos)

Orgânicos – O aspecto inovador é a principal característica dos produtos orgânicos que o projeto OrganicsNet, da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), está levando à 22ª edição da feira Super Rio Expofood, que começa nesta terça, dia 23, e vai até quinta-feira, dia 25, no Riocentro. A feira é considerada uma das maiores dos setores de alimentos, bebidas, equipamentos, serviços e tecnologia da América Latina. O objetivo é abrir novos mercados, saindo de nichos. A Epicuro produz um molho para saladas, com sementes de papaia light e orgânico. A Rudá apresenta biscoitos e bolos com sabores diferenciados, entre os quais, tangerina e gengibre com caqui, além de pães de mel orgânicos com pimenta e geléia kinkan. Orgânicos são ligados à saúde e seu consumo vai crescer cada vez mais com os megaeventos esportivos que ocorrerão no Rio. (Agência Brasil)

Setoriais

Adubo – Os gastos brasileiros com importação de adubos atingiram a média diária de US$ 17,4 milhões na terceira semana d este mês, o dobro do da semana anterior. A média deste mês supera em 362% a de março de 2009, segundo a Secex. (Folha de SP)

Mais Alimentos – O Programa Mais Alimentos, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), respondeu por R$ 70,4 milhões dos negócios realizados por 26 empresas dos segmentos de implementos agrícolas, tratores e equipamentos estacionários realizados durante a 11ª edição da Expodireto Cotrijal. A feira começou em 15 de março e foi encerrada na última sexta-feira, dia 19, em Não-Me-Toque (RS). O valor, segundo o MDA, corresponde aos pedidos encaminhados por agricultores familiares que se enquadram no programa desenvolvido desde 2008 pelo ministério. Dos pedidos, R$ 43,6 milhões são referentes a tratores, R$ 21,285 milhões a implementos agrícolas e R$ 5,4 milhões a estacionários. (Valor Econômico)

Soja – A China deverá recuperar novamente a liderança como destino da s exportações mensais do Brasil nos próximos meses, após perder o posto para os EUA desde outubro do ano passado, segundo acredita José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Segundo ele, o mercado norte-americano não deverá acompanhar o aumento esperado de 11% para as vendas externas brasileiras este ano. Além disso, o executivo explica que a posição de líder da China nos resultados mensais das vendas externas, conquistada em abril de 2009, só foi perdida a partir do quarto trimestre do ano passado por causa da redução dos embarques de soja, que deverão ser retomados com mais força agora, quando sazonalmente aumentam as vendas externas do produto. (NewsComex)

 

Economia

IPC-S – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) perdeu força, segundo dados divulgados hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice subiu 0,87% até a quadrissemana encerrada em 22 de março, uma taxa menor que a apurada no IPC-S da segunda quadrissemana do mês, quando teve alta de 0,93%. Das sete classes de despesa usadas para cálculo do indicador, quatro apresentaram decréscimos, da segunda para a terceira prévia de março. Ao analisar a movimentação de preços entre os produtos, a FGV informou que as altas mais expressivas foram registradas em tomate (50,29%), leite tipo longa vida (6,72%) e batata-inglesa (9,24%). Já as mais expressivas quedas foram apuradas em maçã nacional (recuo de 16,40%), álcool combustível (queda de 3,08%) e contra filé (baixa de 3,65%). (Agência Estado)

Indústria – A capacidade instalada da indústria de transformação deve avançar em média 14,6% neste ano – o maior percentual dos últimos oito anos. A informação consta da S ondagem de Investimentos da Indústria da Transformação, divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e calculada com base em dados coletados nos meses de janeiro e fevereiro. De acordo com o mesmo levantamento, para o triênio 2010-2012, a expansão de capacidade projetada da indústria da transformação será de 23,8% – superior à prevista no ano passado para o triênio 2009-2011, que havia sido de 21,2%; mas inferior à projeção feita em 2008 para os próximos três anos, que foi de 25,1%. (Jornal do Comércio/RS)

IPCA-15 – A inflação medida pelo IPCA-15 ficou em 0,55% em março, ante 0,94% em fevereiro, segundo divulgou nesta terça-feira o IBGE. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (0,50% a 0,63%), e exatamente igual à mediana das expectativas, de 0,55%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,02% e em 12 meses, de 5,09%. O grupo dos alimentos prosseguiu em trajetória de aceleraçã o, com aumento de 1,22%, ante 0,98% em fevereiro. Os principais destaques de alta ficaram com o tomate (26,50%), açúcar refinado (10,26%), açúcar cristal (8,06%), hortaliças (7,67%), leite pasteurizado (5,27%) e frutas (3,40%). (Agência Estado)

Balança – A balança comercial acumula, no ano, até o dia 21, superávit de 761 milhões de dólares. O saldo é 66,5% inferior ao apurado em igual período de 2009 (2,273 bilhões). A queda reflete a recuperação mais forte das importações: 32,959 bilhões no ano, uma média diária de 621,9 bilhões, incremento de 33,9% sobre 2009. Já as exportações somam 33,720 bilhões em 2009, média diária de 636,2 bilhões, alta 25,6% ante igual período de 2009. (Correio do Povo/RS)

 

Globalização e Mercosul

Doha – Negociadores comerciais de alto escalão começaram ontem uma reunião que segue até sexta-feira para avaliar o que e como fazer com a Rodada Doha de liberalização do comércio global. A resposta latente, ainda que o discurso oficial seja outro, é dar um enterro digno a algo morto há dois anos. Mas como fazer isso ninguém sabe. Os avanços desde 2008 foram imperceptíveis e focados em aspectos processuais e técnicos. Persistem os desentendimentos sobre subsídios, dumping e políticas antidumping, acesso a mercados e outros enroscos mais. Os EUA são apontados como o suspeito usual, e em Washington o governo do democrata Barack Obama não parece disposto a comprar a briga com a bancada agrícola. Como aos olhos dos demais países é dos EUA que deveria vir o primeiro aceno, ainda que simbólico, ninguém se mexe. ( O Popular/GO)

Investimentos – As empresas brasileiras voltaram a marchar rumo ao exterior. Apenas entre janeiro e fevereiro, US$ 5,4 bilhões foram aplicados na aquisição de ativos fora do país. A expectativa da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet) é que os investimentos cheguem a US$ 15 bilhões no ano. No ano passado, as empresas repatriaram seus capitais para se proteger da crise internacional. Luís Afonso Lima, presidente da Sobeet, acredita que em 2011, ou no máximo 2012, as empresas brasileiras voltarão a investir cifras acima de US$ 20 bilhões, como ocorrido em 2008. (Brasil Econômico)

Chile – O superávit comercial chileno superou US$ 1 bilhão nos primeiros 15 dias de março, de acordo com o boletim do Banco Central chileno. Este valor, que é o primeiro depois do terremoto do dia 27 de fevereiro, é 117% mais que o superávit do mesmo p eríodo do ano passado. (Diario Financiero)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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