Notícias 18.03.2010

Leite – Setenta por cento da expansão da oferta mundial do leite vem dos países do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia e China e África do Sul). A Nova Zelândia e a Austrália mantêm produção e consumo no mercado internacional de lácteos e a União Europeia perdeu participação para os Estados Unidos e o Brasil. “Os grandes direcionadores para o consumo de lácteos no mercado mundial serão os Brics”, destacou o diretor da Nestlé, Marcel Barros, durante a palestra “Uma visão de negócios sobre o futuro da cadeia do leite – Brasil e mundo”, durante o AgroGestão (Congresso Nacional da Gestão do Agronegócio), em Chapecó (SC). Outro assunto abordado foi a questão dos sólidos. “O leite brasileir o tem 17% a menos de sólidos que o da Nova Zelândia”. Nas últimas três décadas, a produção de leite tem aumentado e o preço do produto tem reduzido. Entretanto, os sólidos do leite também apresentam queda. (Campo News)

Leite/RS – Enquanto as principais commodities têm cenário de preço baixo, a perspectiva do produtor de leite é de alta. A queda da oferta de matéria-prima em praticamente todas as regiões do país e a demanda aquecida levam à reação no mercado. E os próximos meses tendem a ser melhores. (Correio do Povo/RS)

Leite/CE – O Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria do Desenvolvimento Agrário e do Instituto Agropolos, e em parceria com os Ministérios de Minas e Energia (MME), Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MD S) e Desenvolvimento Agrário (MDA), irá implantar 40 Centros Comunitários de Produção de Leite em 21 municípios do Estado. O Projeto Centros Comunitários de Produção de Leite tem como finalidade fortalecer o Programa Leite Fome Zero. Serão beneficiadas 800 famílias organizadas em Associações, onde receberão tanques de resfriamento de leite, material de construção dos CCPs, kits tecnológicos, capacitações e assistência técnica. Segundo o técnico Eduardo Barroso, do Instituto Agropolos do Ceará, já foram entregues seis tanques nos municípios de Pedra Branca, Quixeramobim, Banabuiu e Senador Pompeu. O próximo passo será a construção das unidades de resfriamento de leite, que terá como contra partida a mão de obra das Associações contempladas no Projeto. (Instituto Agropolos/CE)

Fórmula Indy – A Laticínios Bom Gosto fez bonito no pódio da etapa brasileira da Fórmula Indy, no último domingo, dia 14, em São Paulo. Depois de receber a ba ndeirada final, Will Power, o vencedor da prova, a primeira da categoria a ser realizada no Brasil, comemorou tomando o leite da Bom Gosto, uma das empresas patrocinadoras do evento. “Ficamos muito felizes com o resultado do investimento feito na Fórmula Indy, que além de reforçar a ligação entre o leite, o esporte e a saúde, também permitiu ampliar a visibilidade da nossa marca em todo o Brasil”, disse o diretor-presidente da Laticínios Bom Gosto, Wilson Zanatta, ao assistir o piloto australiano beber o “leite da vitória”. A embalagem Longa Vida, assinada pelo piloto, será leiloada e os recursos arrecadados destinados a uma instituição beneficente. (Bom Gosto)

Soro de leite – O soro de leite pode se transformar em etanol, de acordo com um estudo na Universidade Norte do Paraná (Unopar), em Londrina, e os pesquisadores esperam ativar um projeto piloto no ano que vem. Se o leite tem açúcar, o passo seguinte foi utilizar o mesmo processo de transformação da cana em álcool. O laboratório da Unopar, em Londrina, tem uma mini destilaria, que reproduz uma grande usina, mas tendo o soro de leite fermentado como a matéria-prima. Por aquecimento, o produto libera vapor. Quando resfria é álcool puro. Estima-se que no Brasil produza cerca de cinco bilhões de litros de soro de leite por ano, a maior parte é descartada no meio ambiente, poluindo principalmente os rios. Por isso, a transformação do soro em etanol é uma proposta ecológica. Por enquanto, é preciso um litro de soro para se extrair 30 ml de etanol. Porém, o coordenador da pesquisa, Hélio Suguimoto, diz que, em escala industrial, o custo de redução do teor de açúcar no soro deve ser menor do que o processo realizado com a cana. (Canal Rural)

Propaganda – Sete em cada dez pais são influenciados pelos filhos de 3 a 11 anos na hora de fazer compras e os maiores responsáveis pelo estímulo aos pedidos dos pimpolhos são a propaganda, os personagens vinculados aos produtos, filmes e programas de TV. Esse é o resultado de uma pesquisa divulgada pelo projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana. O levantamento também mostra que 73% dos pais acreditam que deveria haver restrição ao marketing e à publicidade voltados às crianças. “Eles estão preocupados com a exposição dos filhos aos anúncios publicitários. Sentem que há alguma coisa errada, mas não sabem o que podem fazer para mudar esse quadro”, afirma Isabela Vieira Machado Henriques, coordenadora do projeto. Uma das maiores preocupações, segundo a pesquisa – que ouviu pais e mães de todas as idades, com mais destaque para a classe C -, é com a alimentação das crianças. Na frente disso, só há o medo da violência. (Estado de Minas)

 

Negócios

Bom Gosto – O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (Brde) e a Bom Gosto Laticínios assinaram nesta quarta (17), na Expodireto, um financiamento para construção de um edifício administrativo e um galpão industrial no município de Fazenda Vilanova, na região do Vale do Taquari. Para viabilizar o empreendimento, o Brde disponibilizou recursos de mais R$ 2,5 milhões para a empresa. O contrato firmado na Expodireto representa mais uma etapa da parceria com a Bom Gosto, iniciada em 2001, quando o Banco esteve presente no projeto que redirecionou o caminho de crescimento da empresa e seu posicionamento no mercado de laticínios. (Jornal do Comércio/RS)

Reciclagem – O buscador Rota da Reciclagem (www.rotadareciclagem.com.br), que aponta cooperativas, pontos de entrega voluntária e comércios ligados à cadeia de reciclagem de embalagens longa-vida, atingiu a marca de 200 mil acessos. A ferramenta foi criada pela Tetra Pak e tem o suporte do Google Maps. (Jornal do Comércio/RS)

Porta a porta – A indústria de alimentação cada vez mais vê a venda porta a porta como canal de venda para aumentar sua penetração entre os consumidores de baixa renda e não perder espaço para concorrentes. A Coca-Cola, por exemplo, passou a atuar com a venda direta por meio de vans que vendem o refrigerante em garrafas de vidro, nos Estados de Pernambuco e Paraíba e no norte da Bahia. No caso da Nestlé, a venda direta começou em 2006 na cidade de São Paulo e a escolha foi atuar com microdistribuidores, que selecionam revendedoras que hoje já são 7 mil e ampliam-se a cada mês. Hoje, a empresa conta com cerca de 200 microdistribuidores no Brasil, tendo começado com apenas oito e 800 revendedoras. Em 2008, a Nestlé faturou mais de R$ 1 bilhão com a nova área de negócios, que cresceu 15%, e, segundo o diretor de Regionalização da marca, Alexandre Costa, a “a área começa a representar cada vez mais para a companhia”. (DCI)

Páscoa – Os gaúchos deverão consumir mais 13,5% ovos de chocolate durante a Páscoa. “A estimativa é que 12% dos ovos produzidos no país sejam comercializados no Estado, o que representa faturamento de R$ 72 milhões. Nos bombons, a previsão de venda é de 4 milhões de caixas”, disse o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo. Ovos de chocolate representam 55% das vendas de Páscoa; peixes e carnes, 25%. (Correio do Povo/RS)>

 

 

PepsiCo – A indústria alimentícia PepsiCo anunciou que decidiu cancelar a venda de refrigerantes com açúcar nas escolas de todo o mundo até 2012. O anúncio internacional foi feito anteontem pela empresa – que é a segunda maior do setor, ficando atrás apenas da Coca-Cola. Segundo a assessoria de imprensa, a PepsiCo está estudando essa mudança há algum tempo. A empresa quer ampliar a oferta de bebidas de baixa caloria e de bebidas nutritivas nas escolas. Trata-se de um projeto global, que começará nos Estados Unidos. (Folha de SP)

 

Setoriais

PAPL/AL – O Programa de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais (PAPL) receberá, em 2010, mais de R$ 39 milhões para investimentos. O valor representa 70,91% do total proposto. Os recursos serão invest idos nas áreas de marketing, tecnologia, capacitação, gestão e infraestrutura produtiva. Os maiores destaques deste ano foram os arranjos de Ovinocaprinocultura, Mandioca, Móveis e Apicultura. O APL de Ovinocaprinocultura negociou mais R$ 14 milhões para custeio. O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), em convênio firmado com o governo de Alagoas, enviou R$ 3,4 milhões para o crescimento e melhoria da produção das três cooperativas do arranjo, Natucapri, Cafisa e Associação Artesãos de Couro de Batalha (AACB). As ações serão para capacitação, melhoramento do rebanho e distribuição de matrizes leiteiras. (O Jornal/AL)

Seguro rural – A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei complementar (PLP), do Poder Executivo, que autoriza a União a participar de um fundo destinado a oferecer cobertura suplementar ao seguro rural. Denominado Fundo de Catástrofe para a agropecuária, o seguro pretende garantir a renda dos produtores que tenham prejuízos com a safra em decorrências de problemas climáticos, pragas ou doença. Aprovado por 330 votos a um, o projeto segue agora à apreciação do Senado. A proposta é uma reivindicação antiga dos produtores rurais brasileiros, que com sua aprovação pelo Senado e com sua sanção presidencial, poderão contar com mais uma garantia para o enfrentamento de problemas com a safra. Pela proposta, o governo deverá destinar R$ 4 bilhões para o fundo que ao longo do tempo deverá ser capitalizado com recursos dos próprios produtores. (Agência Brasil)

Entraves – Apesar de o Brasil ter forte vocação para o agronegócio e liderar a produção de vários alimentos, o setor ainda enfrenta grandes entraves para competir no mundo: falta de infraestrutura, de marketing, subsídios de países ricos e exportação de impostos. Estes problemas foram apontados ontem, na AgroGestão, em Chapecó, pelo presidente do Comitê de Estratégia Empresarial do grupo J BS Friboi e ex-ministro Marcus Vinícius Pratini de Moraes, e pelo economista e conselheiro empresarial José Roberto Mendonça de Barros. (Diário Catarinense)

Soja – Delegação da Alemanha está no Rio Grande do Sul para negociar a compra de soja não transgênica. Apesar de quase a totalidade da produção gaúcha do grão ser geneticamente modificada, os executivos foram recebidos na Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, em Porto Alegre. As negociações são encabeçadas pelo subsecretário de Agricultura da Baixa Saxônia, Friedrich-Otto Ripke. “Podemos introduzir aqui tecnologia de ponta e profissionais para fazermos uma integração nesta área”, afirmou. O intercâmbio, conforme o presidente da Ocergs, Vergílio Perius, contemplaria tratores e tecnologia de produção leiteira e energia. (Correio do Povo/RS)

 

Economia

Emprego – O Brasil registrou em fevereiro saldo positivo de 209.425 empregos com carteira assinada. Esse é o melhor resultado para meses de fevereiro da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciada em 1992. O número de contratações foi de 1.526.321 e o de demissões, de 1.316.896. Na comparação com janeiro, quando foi registrado saldo de 181.419 novos empregos, houve crescimento de 0,63%. Os números foram divulgados pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. (Agência Brasil)

Selic – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, por 5 votos a favor e 3 votos contra, manter a taxa básica de juros (Selic) em 8,75% ao ano. Esta é quinta reunião – desde junho passado – em que o BC mantém o juro estável. Na próxima semana, será divulgada a ata da reunião, na qual o BC vai apresentar os motivos que o levaram a decidir pela manutenção da taxa básica. De acordo com a Pesquisa Focus desta semana, a Selic deve terminar 2010 a 11,25% ao ano. (Agência Estado)

IGP-10 – A inflação pelo Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou ligeiramente em março, para 1,10%, contra taxa de 1,08% em fevereiro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta quinta-feira. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. Entre os componentes, o Índice de Preços por Atacado (IPA) teve alta de 1,34% ante avanço de 1,15% em fevereiro. O IPA agrícola subiu 2,79%, após alta anterior de 0,08%. O IPA industrial registrou acréscimo de 0,89%, seguindo elevação de 1,50% em fevereiro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurou elevação de 0,78%, ante inflação de 1,09% no mês anterior. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,33 %, após avanço de 0,55% em fevereiro. (Reuters)

Recuperação – O diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, prevê para este ano uma retomada dos investimentos no país. Ele destacou que o equilíbrio macroeconômico se dá “quando ocorre a retomada do investimento na frente do consumo”. Lúcio disse que o crescimento de 7,7% do consumo no ano passado deverá ter continuidade este ano. “O Brasil foi recolocado como um mercado de consumo de massa. A tendência é que neste ano tenhamos um crescimento econômico de 5% e a geração de 2 milhões de empregos com carteira assinada. Com o incremento do emprego deve aumentar o consumo”, afirmou o economista. Para ele, os dados do PIB são positivos e refletem um crescimento econômico continuado, que foi interrompido em 2008, com a crise financeira mundial. Lúcio destacou que o crescimento nas regiões Norte e Nordeste é maior que no Sul e no Sudeste, em função de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. (Brasil Econômico)

Globalização e Mercosul

Portugal – Um total de 73% dos portugueses afirma estar disposto a pagar mais por um produto novo que os satisfaça e 86% gosta de experimentar novidades. A conclusão é do estudo “Produto do Ano 2010”, realizado pela Elogia Ipsofacto. As mulheres encontram-se ligeiramente mais abertas à novidade do que os homens, embora os dois sexos tenham a mesma apetência para gastar mais por um produto que os satisfaça. A procura pela inovação parece diminuir entre as pessoas mais velhas. Os entrevistados entre 18 e 44 anos valorizam mais a inovação. O documento revela ainda que o aspecto mais observado é o custo benefício (89%). Em seguida vem o beneficio para a saúde (51%), produtos mais naturais (43%), o sabor e o gosto (23%), novas tecnologias (21%), ganho do tempo (20%) portabilidade (10%) e diversão (7%). As mulheres valorizam mais do que os homens a relação qualidade/preço e o tempo. Já os homens tendem valorizar saúde, tecnologia e diversão. Os mais jovens procuram produtos naturais, variação de sabor e gosto, novas tecnologias e diversão. (Hipersuper)

Conseleite/PR: valor para março aponta alta de 6,12%

Segundo dados do Conseleite do Paraná, o preço de referência do leite padrão projetado para março (pago em abril) mostra alta de 6,12%, com valor de R$ 0,6257/litro para o produto Posto Propriedade*, um reajuste de cerca de R$ 0,0361 por litro em relação à média obtida no mês anterior (valor final de fevereiro, Posto Propriedade*, foi R$ 0,5896/litro).

O preço de referência do leite acima do padrão projetado para março mostra alta de 6,13%, com valor de R$ 0,7196/litro para o produto Posto Propriedade*; já o preço de referência do leite abaixo do padrão projetado para março mostra alta de 6,12%, com valor de R$ 0,5688/litro para o produto Posto Propriedade*.

Tabela 1. Valores projetados de referência da matéria-prima (leite) para março e valores finais de referência da matéria-prima (leite) de fevereiro, em reais por litro.

*Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto propriedade”, o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está inclusa a CESSR (ex-Funrural) de 2,3% a ser descontada do produtor rural.

As informações são do Conseleite/P

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
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