Notícias 15.03.2010

Leite/BA – Será instalada no munícipio de Coaraci (a 450km de Salvado), localizada no sul da Bahia, uma fábrica de leite da Bacia do Almada, que terá a capacidade de processar dez mil litros diários de leite na sua fase inicial de produção, segundo o Governo do Estado. Serão instalados 13 tanques de resfriamento nas cidades de Coaraci, Itajuípe, Almadina, Itapitanga, Barro Preto, Ibicaraí, Floresta Azul e no distrito de Inema, em Ilhéus. Os tanques serão administrados pelas associações locais de produtores, com o intuito de garantir a armazenagem do produto. A fábrica será administrada pela Cooperativa dos Produtores de Leite da Bacia do Almada e Gongogi e tem investimento de R$ 1,2 milhão na obra, com previsão de entrega para junho deste ano, de acordo com informações do g overno. (A Tarde/BA)

Fusão – O GP Investimentos fechou, na noite desse domingo, 14, um acordo para formação de um consórcio entre seu laticínio Leitbom e as empresas Glória e Ibituruna, pertencentes à Laep, controladora da Parmalat. “Trata-se do ensaio para uma fusão das companhias”, disse ao Estado uma fonte que acompanhou as negociações. Caso a fusão se concretize no futuro, as participações acionárias de cada lado já estão definidas: O GP ficaria com 60% e a Laep com 40%. Com a formação do consórcio, a operação do GP no setor de lácteos dobrará de tamanho. Sua capacidade de captação de leite saltará de 1 milhão de litros por dia para 2 milhões. Segundo os termos da parceria, os três laticínios passarão a realizar compras e fabricar e distribuir produtos em conjunto através de uma entidade jurídica específica.  Essa nova empresa já nasce com oito fábricas: uma originária da Ibituruna localizada em Governador Valadares (MG), duas da Glória em Votuporanga e Guaratinguetá (SP) e cinco unidades da Leitbom entre os estados de Goiás e Pará. Juntos, os três laticínios terão 5% do mercado de lácteos do País. A gestão do grupo será do GP Investimentos. Marcus Elias, controlador da Laep, não participará das decisões. Para o GP, a associação traz duas grandes vantagens. A primeira está na possibilidade de usar a marca Parmalat nos produtos da Leitbom. A segunda é a chance de acessar os mercados consumidores de São Paulo e Minas Gerais. Hoje, a distribuição da Leitbom está concentrada em Goiás e em algumas áreas do nordeste. Os laticínios da Laep também vão melhorar a sua distribuição. Segundo fontes próximas, a empresa encontra, hoje, dificuldades para entregar todos os pedidos de varejistas. (O Estado de SP)

Funrural – Um produtor rural do Mato Grosso do Sul obteve na Justiça o direito de rec uperar o que foi pago nos últimos cinco anos de contribuição ao Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no mês passado. Produtores rurais e as empresas que adquirem a produção agrícola – especialmente os frigoríficos – disputam na Justiça os bilhões de reais que foram pagos nos últimos cinco anos de contribuição ao Funrural. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) estima que a derrota pode gerar um rombo de até R$ 14 bilhões nas contas da Previdência Social – R$ 11,25 bilhões vêm das contribuições recolhidas entre 2005 e 2009 e R$ 2,8 bilhões representam a perda de arrecadação apenas neste ano. No entendimento da PGFN, só os produtores rurais podem pleitear o que foi pago indevidamente. (Valor Econômico)

 

Negócios

Pão de Açúcar – O Grupo Pão de Açúcar anunciou há pouco a performance de vendas do quarto trimestre de 2009, quando as vendas líquidas atingiram R$ 7,435 bilhões, um aumento de 44,6% frente ao mesmo período de 2008. As vendas brutas apresentaram crescimento de 41,4%, totalizando R$ 8,376 bilhões. Os dados são preliminares. No conceito “mesmas lojas”, que incluem apenas as lojas com no mínimo 12 meses de operação e, portanto, excluem as operações do Ponto Frio, as vendas brutas cresceram 10,6% nominalmente, enquanto nas vendas líquidas dessa modalidade o incremento nominal foi de 14,1%. Ainda no conceito “mesmas lojas”, os produtos alimentícios apresentaram expansão em vendas brutas de 8,4% no período. As vendas de não-alimentos cresceram 17,0% na comparação entre trimestres. (Agência Estado)

 

Setoriais

Manejo – As temperaturas mais amenas dos últimos dias estão sendo favoráveis ao manejo do rebanho leiteiro no Rio Grande do Sul, pois diminuiu o desconforto térmico que é provocado pelas altas temperaturas, principalmente quando estas vêm combinadas com a alta umidade. Este quadro, associado ao desenvolvimento das pastagens e capineiras, com conseqüente aumento da oferta de alimento, está provocando uma maior produção, pelo melhor rendimento produtivo dos animais. A avaliação é da Emater, em Informativo Conjuntural divulgado na última sexta-feira, dia 12. Conforme os técnicos, diante do quadro favorável de desenvolvimento das pastagens, a expectativa de alguns produtores é aumentar a produção no período de entressafra a partir do processamento das sobras na forma de feno. Em relação ao preço médio do leite, não houve alteração nas principais regiões de produção do Estado, segundo apurou o levantamento dessa sem ana. O leite manteve preço de R$ 0,57 o litro. (Agência Safras)

Sorgo – Um gene que confere ao sorgo maior digestibilidade e melhor conversão alimentar, com consequentes ganhos em produção de carne e leite na pecuária bovina. O gene bmr, de brown midrib, ou nervura marrom, foi objeto de estudo no processo de desenvolvimento da cultivar de sorgo de corte e pastejo BRS 810, recém-lançada pela Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG). Com a presença de uma nervura ou listra marrom central em suas folhas, esta cultivar apresenta menor teor de lignina, um dos principais componentes da fibra vegetal e responsável pela rigidez, impermeabilidade e resistência a ataques de micro-organismos e mecânicos aos tecidos vegetais. “Para se produzir mais carne e mais leite, o produtor precisa de uma cultivar com maior digestibilidade”, pondera o pesquisador José Avelino Rodrigues, da Embrapa Milho e Sorgo. (Agrolink)

Soja – A Abiove elevou a estimativa de safra de soja para 67,6 milhões de toneladas. Se confirmado, o volume supera em 17% o de 2009. O processamento sobe para 32,9 milhões de toneladas, com alta de 5,4%. (Folha de SP)

Milho – O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou que o governo não pode baixar o preço mínimo do milho, como quer o Ministério da Fazenda. Para ele, seria “uma irresponsabilidade”. “É preferível termos excedente, que é pouco, já que os estoques não dão para 90 dias, do que diminuir a produção e deixar o valor subir, com reflexo também no frango.” O secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, defende que a manutenção do preço mínimo incentiva a produção com grande oferta. Os dois ministérios também não chegam a acordo sobre o apoio à comercialização de grãos e ainda divergem quanto à produção de trigo. Segundo Stephanes, até o fim do mês deverá ser tomada decisão. (Correio do Povo/RS)

Agronegócio/SP – A balança comercial do agronegócio paulista gerou um superávit de US$ 1,27 bilhão no primeiro bimestre de 2010, alta de 18,5% ante o US$ 1,07 bilhão de igual período do ano passado, informou o Instituto de Economia Agrícola (IEA). As exportações do setor somaram US$ 2,35 bilhões de janeiro a fevereiro, 20,5% superiores às registradas no primeiro bimestre de 2009, quando as vendas externas atingiram US$ 1,95 bilhão. Já as importações aumentaram 23%, para US$ 1,07 bilhão, no período avaliado. Já a balança comercial paulista no primeiro bimestre, excluindo os agronegócios, somou US$ 7,93 bilhões em importações e US$ 4,02 bilhões em vendas externas, gerando um déficit externo de US$ 3,91 bilhões. (Agência Estado)

Economia

Classe – D será a letra do dinheiro no Brasil em 2010. Com R$ 381,2 bilhões para gastar no ano, só atrás da cifra da classe C, que deve torrar R$ 427,6 bilhões até dezembro, as famílias brasileiras com renda entre R$ 768 e R$ 1.114 deixaram de ser personagens secundários no universo do consumo tornando-se protagonistas do mercado. Maior que o montante disponível para compras na classe A (R$ 216,1 bilhões) e na classe B (R$ 329,5 bilhões), a grana da classe D, formada por 64 milhões de pessoas, passou a ser cobiçada por empresas de segmentos diversos, de companhias aéreas a colégios, de planos de saúde a fabricantes de PCs. Empresários que não flertam com a base da pirâmide social devem rever seus conceitos, alertam especialistas. Os emergentes, apostam, irão liderar o desenvolvimento dos negócios e da economia brasileira no futuro bem próximo. (Hoje em Dia/MG)

Tributos – A queda na a rrecadação por causa da crise econômica e as reduções de impostos que entraram em vigor no ano passado diminuíram o peso dos tributos sobre a economia brasileira. Segundo estudo divulgado na última sexta-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a carga tributária em 2009 caiu para 34,28% do Produto Interno Bruto (PIB). Foi o menor percentual desde 2007. Em 2008, os tributos somaram 34,85% do PIB. Foi a primeira vez que o indicador caiu desde 2006, quando fechou em 34,02% do PIB, contra 34,05% no ano anterior. De acordo com o Ipea, a redução da carga tributária ocorreu principalmente no governo federal, cujas receitas com tributos passaram de 23,5% do PIB, em 2008, para 22,96% no ano passado. Em relação aos estados e municípios, o indicador fechou 2009 em 11,32%, praticamente estável em relação aos 11,35% registrados em 2008. (Diário da Manhã/GO)

 

Globalização e Mercosul

Vaca Louca – A Agência de Inspeção Alimentar do Canadá confirmou mais um caso de vaca louca em bovinos no país, o 17º desde 2003. A carne não entrou em contato com humanos, segundo a agência. Países, incluindo Japão e Coreia do Sul, têm restringindo importação de carne do Canadá desde que os casos de vaca louca foram descobertos na América do Norte, em 2003. O executivo da Associação de Produtores de Bovinos do Canadá, Robert McNabb, disse que não acredita que o novo caso vá afetar as exportações de carne canadenses. (Valor Econômico)

Emprego – O número de pessoas empregadas nos 16 países que utilizam o euro como moeda caiu 0,2%, ou 347 mil, entre outubro e dezembro do ano passado, informou hoje a agência de estatísticas Eurostat. A queda foi menor que a registrada no terceiro trimestre de 2009. Este foi o sexto trimestre seguido em que houve redução do emprego na zona do euro, embora o ritmo de declínio tenha sido menor que o dos cinco trimestres anteriores. (Hoje em Dia/MG)

Biocombustíveis – A Agência Internacional de Energia (AIE) projeta um aumento de mais de 100% na produção global de biocombustíveis em 2010. Desta oferta, uma fatia de 22,5% deverá ser produzida no Brasil. Se confirmada a projeção mundial, a produção chegará ao equivalente a 98 mil barris por dia para 204 mil. A brasileira, por sua vez, saltará para 45 mil barris por dia – 38 mil de etanol e 7 mil de biodiesel. Para Michael Waldron, analista da AIE, com o fim do El Niño a produção de açúcar deverá aumentar, os preços deverão cair e os produtores voltarão a produzir mais etanol. A projeção da agência sediada em Paris aponta crescimento de 45% na produção americana de etanol, feita basicamente a partir do milho e sob persistente pressão de outros países pelo imp acto no comércio de alimentos. Na Europa, a expectativa é de avanço dos biocombustíveis puxado pelo etanol, mas que pelo biodiesel. (Valor Econômico)

Grupo GP e Parmalat formam consórcio

O GP Investimentos fechou, na noite desse domingo (14) um acordo para formação de um consórcio entre seu laticínio Leitbom e as empresas Glória e Ibituruna, pertencentes à Laep, controladora da Parmalat. “Trata-se do ensaio para uma fusão das companhias”, disse ao Estado uma fonte que acompanhou as negociações. Caso a fusão se concretize no futuro, as participações acionárias de cada lado já estão definidas: O GP ficaria com 60% e a Laep com 40%.

Com a formação do consórcio, a operação do GP no setor de lácteos dobrará de tamanho. Sua capacidade de captação de leite saltará de 1 milhão de litros por dia para 2 milhões.

Segundo os termos da parceria, os três laticínios passarão a realizar compras e fabricar e distribuir produtos em conjunto através de uma entidade jurídica específica. Essa nova empresa já nasce com oito fábricas: uma originária da Ibituruna, localizada em Governador Valadares (MG), duas da Glória, em Votuporanga e Guaratinguetá (SP), e cinco unidades da Leitbom entre os estados de Goiás e Pará. Juntos, os três laticínios terão 5% do mercado de lácteos do País.

A gestão do grupo será do GP Investimentos. Marcus Elias, controlador da Laep, não participará das decisões.

Para o GP, a associação traz duas grandes vantagens. A primeira está na possibilidade de usar a marca Parmalat nos produtos da Leitbom. A segunda é a chance de acessar os mercados consumidores de São Paulo e Minas Gerais. Hoje, a distribuição da Leitbom está concentrada em Goiás e em algumas áreas do nordeste.

Os laticínios da Laep também vão melhorar a sua distribuição. Segundo fontes próximas, a empresa encontra, hoje, dificuldades para entregar todos os pedidos de varejistas.

A matéria é de Patricia Cançado e Melina Costa, para o jornal O Estado de S.Paulo.

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

Avenida Celina Chaves Kroeff, s/n
Parque de Exposições, Quadra 19
93270-530 – Esteio/RS
secretaria@apilrs.com.br