Importações – Os números preliminares da média diária de fevereiro de 2010 das importações de leite e derivados, em dólar, são 4,98% menores que a média de janeiro de 2010. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar. (www.terraviva.com.br)
Leite – No III Congresso Brasileiro de Nutrição, o leite protagonizou uma das discussões mais relevantes. A nutricionista Silvia Cozzolino, professora da Universidade de São Paulo, elencou algumas das preciosidades do líquido branco. O leite oferece proteína, nutriente fundamental para a construção de tecidos e, por isso, colabora para a beleza dos cabelos, das unhas e da pele, sem falar que ajuda a preservar os músculos. Estudos recentes mostram ainda uma ligação entre os aminoácidos do leite e a redução da pressão arterial. A vitamina A, que protege os olhos, as vitaminas B2, fundamental para a produção de energia, e B12, que atua no combate à anemia e ajuda a melhorar a concentração; a vitamina D, fundamental para a saúde óssea. E, Minerais ao montes. O zinco que fortalece o sistema imunológico e favorece a cicatrização, e o selênio que tem ação antioxidante. E, claro, o cálcio. Para não desperdiçar nada, a sugestão de Sílvia é distribui r o consumo do leite ao longo do dia. “Estudos mostram que a absorção dos nutrientes é melhor em pequenas porções”. (Tribuna do Sol)
Preços – Quem foi ao supermercado ou à feira nos últimos dias viu que o preço de algumas verduras subiu 150%. O leite também aumentou. Os produtores culpam o clima. No campo, a ordenha das vacas começa cedo. Mas cedo, mesmo, começou a safra do leite. Por causa do excesso de chuva do fim do ano, ela foi antecipada. Mesmo assim, na época de maior produtividade, os preços subiram – aumento de quase 10% no último mês. As marcas mais populares, que custavam menos de R$ 1,40, agora, custam R$ 1,54. Se a safra foi antecipada, a entressafra também vai começar mais cedo. Os consumidores devem preparar o bolso. (G1)
Leite/MG – O leite está ficando mais pesado no bolso do consumidor mineiro. No centro-oeste do estado, o preço registra aumento, em média, de 50%. E a previsão é de que os reajustes não parem. (Globo Minas)
Leite/SC – O leite está mais caro e os derivados também. A elevação começou em janeiro e deve estabilizar este mês. Aumento dos custos de produção, menor oferta e forte calor são algumas das causas. De acordo com os produtores, os consumidores de queijo, requeijão, iogurte e outros derivados sentirão o aumento nesta quinzena. Nas cooperativas do Médio Vale do Itajaí, que beneficiam e ensacam leite de pequenas propriedades, o reajuste varia de 12% a 25%. De acordo com o vice-presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Santa Catarina, Nelton Rogério de Souza, no Estado, o aumento pode chegar a 30%. Segundo Souza, a elevação do preço do leite é uma readequação. Trabalhando com prejuízos desde o ano passado, os produtores voltam a ter fôlego para continuar a produção. A especulação de que o Brasil doaria leite em pó ao Haiti também gera expectativa de uma redução ainda m aior na oferta interna. No Estado, há acordos mensais feitos entre produtores e indústria para garantir lucros aceitáveis para ambos. (Jornal de Santa Catarina)
Leite/MS – O município de Terenos será sede da primeira indústria de leite em pó do Estado de Mato Grosso do Sul. O compromisso para a instalação do empreendimento do grupo Vencedor que terá investimentos iniciais da ordem de R$ 30 milhões foi celebrado nesta segunda-feira (1), entre os empresários e o governo estadual. No termo de acordo celebrado, o grupo empresarial assegurou a instalação da indústria em duas etapas, a primeira, dentro de doze meses, terá investimentos de R$ 30 milhões, e deve gerar 250 empregos diretos. Na segunda fase, prevista para funcionar em 24 meses, após a primeira, a planta industrial atingira sua capacidade plena, com o processamento diário de 600 mil litros de leite. Além do leite em pó, a planta contará com a mais moderna tecnologia para a p rodução de diversos queijos, obedecendo aos mais elevados padrões técnicos e exigências internacionais, com elevada mecanização industrial. Também serão fabricados outros produtos, como o leite condensado, longa vida (UTH), achocolatados, iogurtes e diversos itens que agregarão ainda mais valor a matéria-prima regional. (Rural Centro)
Chuvas/ES – A tão esperada chuva chegou na noite de quinta-feira, em Cachoeiro de Itapemirim e causou estragos em vários bairros no município. No centro da cidade, a chuva trouxe para as ruas muita lama e trabalho para as equipes da Defesa Civil. Mas, chega em boa hora para os produtores rurais. A seca que atingiu o sul do estado nos últimos três meses causou transtornos ao homem do campo. No município de Castelo, os produtores já registram uma baixa de 20% na produção leiteira. O grande problema, para o zootecnista César Otaviano Penna Junior, foi a seca fora de hora. “Mesmo com a chuva agora, a re cuperação será muito demorada. Vai faltar comida, consequentemente também faltará leite e isso vai afetar os consumidores que acabam comprando os produtos mais caros”, explicou. (Folha do Caparaó)
Produção/RS – Municípios do Noroeste serão beneficiados pelo convênio firmado ontem entre o Estado e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Cerca de R$ 1,4 milhão será destinado a ações em propriedades de agricultura familiar. A parceria, feita por meio da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), auxiliará no desenvolvimento do projeto Tecnologias Alternativas para o Desenvolvimento Social e Regional do Rio Grande do Sul, que vai atuar em ações de apoio e fortalecimento à produção de leite em pequenas propriedades. – O investimento possibilitará o aumento da qualidade e da produtividade do rebanho, com grandes benefícios à competitividade da cadeia produtiva do leite gaúcho – afirmou a governadora do Estado, Yeda Cru sius, durante a assinatura do convênio. (Zero Hora/RS)
Nestlé – Ao inaugurar oficialmente hoje uma unidade industrial em Carazinho, a Nestlé aumenta sua presença no mercado lácteo gaúcho e dá fôlego ao município que acompanhou com aflição o encolhimento da Parmalat, que ocupou o local por uma década e estava diminuindo a produção. A fábrica pode beneficiar cerca de 1,6 milhão de litros de leite por dia. O anúncio do arrendamento da planta industrial da italiana Parmalat, feito no final de 2009, animou a economia local. Para o produtor rural Altemir Oliveira, 43 anos, a mudança de comando abre caminhos para mais investimento na produção leiteira: –A Parmalat vinha diminuindo sua produção e consequentemente sua compra. Com a chegada da Nestlé, pode ser que se tenha mais negócios. Para o presidente do Sindicato Rural de Carazinho, Carlos Eduardo Scheibe, a chegada da empresa movimenta o setor primário e abre caminho para boas oportuni dades no campo. (Zero Hora/RS)
Negócios
Sorvete – Dentro dos congeladores dos supermercados, eles estão a 21 graus negativos. Mas do lado de fora, grandes nomes do sorvete nacional disputam com empresas regionais um mercado aquecidíssimo. Como resposta imediata à alta concorrência, o consumidor se depara com um imenso e sedutor universo de sabores. E, mais do que isso, comemora um inédito barateamento dos produtos nas embalagens de dois litros, que hoje podem ser encontradas até por R$ 7. O fenômeno é síntese do bom momento vivenciado pelo setor em Pernambuco, que desponta como líder nordestino na fabricação de sorvetes. Para não perder as fatias populares do mercado, as grandes marcas estão contra-atacando com preços mais baixos. - De acordo com a Sorvetes Nestlé, um dos pilares da Nestlé Brasil é promover uma maior penetração nas classes C, D e E, com atuação forte no auto-serviço do consumo doméstico. – A estratégia da Kibon é promover a marca como a que oferece mais qualidade. Para este verão, a empresa, pertencente ao grupo Unilever, lançou o slogan Um mundo mais cremoso é mais gostoso, criado para relembrar a nova fórmula dos potes Kibon de dois litros, feitos com 70% de leite. No entanto, para disputar consumidores com as marcas mais baratas, a Unilever aposta nos sorvetes da marca de combate Sorvane. Os sabores são mais básicos do que os da Kibon e os potes com 1,8 litros da marca são vendidos por cerca de R$ 8. (Jornal do Commercio/PE)
Meio Ambiente – Duas das maiores redes de supermercados mundiais anunciaram planos ousados para tornarem-se mais sustentáveis. A britânica Marks & Spencer prevê que a re de será a mais sustentável do mundo até 2015. A empresa anunciou 80 compromissos dentro do seu planejamento de negócios ambientalmente e socialmente responsáveis, o Plano A. Já o Walmart, assumiu o compromisso de cortar suas emissões em 20 milhões de toneladas de carbono, considerando todas as cadeias de produção ofertadas em suas lojas, o que equivale à redução de 1 vez e meia no total de aumento de emissões projetado pelo grupo em 5 anos. É a maior meta de corte de emissões já anunciada por uma empresa. Só como comparação: representa o mesmo volume emitido por 3,8 milhões de carros em 1 ano. (Folha de Londrina/PR)
Ovos de Páscoa – A Páscoa 2010 traz ovos de chocolate que podem custar até R$ 1.600. A Kopenhagen disponibiliza algumas unidades do ovo ao Leite de 10 kg, ao preço de R$ 1.590. O gerente de inovações da marca, Orlando Ganglini, explica que “o chocolate fica 72 horas batendo, enquanto que as marcas mais populares batem o produto por cerca de 8 horas”. Mas a empresa oferece o ovo Crocante de 5 kg, por R$ 885. A Chocolat du Jour aposta no mesmo público e oferece chocolates com até 100% de cacau, embalagens diferenciadas e produção exclusiva. O ovo ao leite (Au Lait) de 1 kg custa R$ 208,60. Se preferir o crocante, o valor sobe para R$ 248. Acostumada a produzir chocolate em larga escala, a Nestlé também criou opções para quem pretende gastar mais. Com cacau importado da Venezuela, Gana e Equador e produzido na Suíça, o ovo Gold de 330 g é vendido por R$ 120. O gerente de marketing da empresa, Ricardo Barsani, explica que a matéria-prima utilizada é de primeiríssima qualidade e que a Nestlé “sabe até o nome das vacas [que fornecem o leite] na Suíça”. (TV Maceió)
Setoriais
Insumos – As indústrias de adubos e fertilizantes retomam o caminho norm al no primeiro bimestre deste ano, após paralisação das importações no ano passado. Os gastos de fevereiro somaram US$ 236 milhões, bem acima dos US$ 65 milhões de igual período de 2009. (Folha de SP)
Agronegócio – As exportações dos nove principais produtos do agronegócio haviam somado US$ 4,37 bilhões no primeiro bimestre do ano passado. Neste ano, as receitas subiram para US$ 5,11 bilhões, evolução de 17%. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, que aponta que um dos destaques foi o açúcar. (Folha de SP)
Apreensão – A Operação Verão da Secretaria da Agricultura (Seappa) terminou, no domingo passado, com a apreensão de 41.454 quilos de produtos como carnes, leite e derivados. O valor é 15,41% maior que os 35.917 quilos do ano passado. Apesar do aumento, o número de apreensões e/ou inutilização caiu de 188, em 2009, para 98, indicando que a fiscalização flagrou menos infratores co m maiores volumes. “Mas isso também demonstra que as ações estão funcionando de forma educativa”, argumentou o veterinário da Seappa, Rodrigo Etges. Segundo ele, o mau acondicionamento dos produtos no Litoral caiu consideravelmente. (Correio do Povo/RS)
Aftosa – O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem que o Brasil vai se tornar, ainda neste ano, livre de aftosa com vacinação. O Paraná, que pediu suspensão da imunização ontem ao ministro, deve receber auditoria para conferir se tem condições de pôr fim às campanhas. (Correio do Povo/RS)
Soja – As exportações de soja em grão do Brasil renderam US$ 265,5 milhões em fevereiro, com média diária de embarques de US$ 14,8 milhões. A quantidade total de soja exportada pelo país no mês chegou a 663,8 mil toneladas, com média diária de 36,9 mil toneladas. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Sece x), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). O preço médio da tonelada do grão ficou em US$ 400. Em relação a janeiro, houve alta de 550,6% no valor exportado, elevação de 692,7% na quantidade e queda de 17,9% no preço médio. Na comparação entre fevereiro de 2010 e o mesmo mês de 2009, houve aumento de 0,4% no valor total exportado, queda de 3,7% na quantidade total e alta de 4,3% no preço médio. (Canal Rural)
Soja/EUA – O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos refez as estimativas de exportações de soja para a safra 2009/10, elevando-as para 38,1 milhões de toneladas. Em setembro, previa 34,8 milhões. Do volume previsto de vendas, 94% já têm destino certo. No ano passado eram apenas 75%, segundo a consultoria Céleres. (Folha de SP)
Economia
Balança – A balança comercial brasileira fechou o mês de fevereiro com um superávit de US$ 394 milhões, resultado abaixo do estimado por analistas, que esperavam um saldo positivo entre US$ 500 milhões e US$ 1,2 bilhão. De acordo com os dados divulgados nesta segunda, dia 1º de março, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no mês passado as exportações somaram US$ 12,197 bilhões e as importações atingiram US$ 11,803 bilhões. (Agência Estado)
IPC-S – O cenário de preços no varejo em São Paulo mostrou inflação mais fraca na quarta quadrissemana de fevereiro, segundo informou nesta terça-feira a Fundação Getúlio Vargas. O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) passou de 1,10% para 0,71% na capital paulista, entre a terceira e a quarta quadrissemana de fevereiro. Ainda de acordo com a fundação, das sete capitais pesquisadas, seis apresenta ram taxas de inflação menos intensas. Além de São Paulo, as cidades que apresentaram decréscimos em suas taxas de variação de preços no período foram Belo Horizonte (de 0,77% para 0,61%); Porto Alegre (de 1,05% para 1,03%); Salvador (de 0,58% para 0,46%); Brasília (de 0,49% para 0,35%); e Recife (de 0,40% para 0,30%). A única capital a mostrar aceleração de preços no mesmo período foi a do Rio de Janeiro (de 0,62% para 0,76%). (Agência Estado)
IPCA – Além de aumentarem pela sexta semana seguida a previsão de inflação para 2010, os economistas consultados pelo Banco Central preveem agora uma taxa acima do centro da meta também em 2011. Segundo a pesquisa semanal Focus, o índice oficial de inflação deve ficar em 4,91% e 4,53%, respectivamente, nesses anos. A meta do governo para os dois períodos é de 4,5%. Apesar de haver uma margem de tolerância de dois pontos percentuais, o BC mira o valor central. Não houve alteração nas previsões para a taxa básica de juros em 2010. (Folha de SP)
Indústria/Varejo – Passada a pior fase da crise global, a evolução da indústria e do comércio deve voltar a convergir este ano, após a forte discrepância nos dados dos dois setores no ano passado. As reações à crise foram distintas: o varejo terminou 2009 com alta de 5,9% nas vendas, enquanto a indústria desabou 7,4%. A retração das exportações e a queda da confiança das indústrias, em contraste com o crescente aquecimento da demanda doméstica, explica o verdadeiro abismo que se formou entre os dois setores. O relatório Focus divulgado ontem prevê para 2010, porém, crescimento de 8,6% na produção industrial, exatamente a mesma variação projetada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) para o varejo. (Agência Estado)
Globalização e Mercosul
Ranking – Pela primeira vez, o Brasil passou a integrar estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) que mapeia indicadores de empreendedorismo. “O relatório mostra que o Brasil tem um estoque de empresas com grande crescimento”, diz Juliano Seabra, diretor do Instituto Endeavor. A entidade fez a ligação entre o IBGE e a OCDE para que o Brasil fizesse parte do EIP (Entrepreneurship Indicators Programme) da organização. As empresas no Brasil tiveram performance acima da média da de outros países, ainda que em condições econômicas não tão favoráveis, avalia Seabra. (Folha de SP)
Chile – O presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) pediu calma à população, garantindo que não há perigo de desabastecimento de leite, trigo e verduras. Existem produtos armazenados nas redes de distribuição. Pediu às autoridades que agilizem a chegada de combustível às zonas rurais afetadas para que as indústrias de leite e trigo retomem as atividades, de maneira a não interromper o fluxo de alimentos, destacando ainda a importância de se restabelecer a eletricidade. A Federação Nacional de Produtores de Leite (Fedeleche) garantiu que existem alguns problemas de processamento, mas não significa desabastecimento. Se não existir leite fluido, haverá leite em pó. (Estratégia Online)
Acordo – A União Europeia (UE) fechou um acordo com a Colômbia e o Peru para tornar o comércio mais livre entre o bloco europeu e esses dois países sul-americanos, informou hoje um porta-voz da Comissão Europeia. O acordo, que inclui produtos manufaturados, do setor de agricultura, serviços e investimentos, estabelece “uma nova agenda de oportunidade econômica para as duas regiões”, afirmou a Comissão Europeia. O pacto interessa ao bloco europeu, pois a caba com barreiras alfandegárias às suas indústrias, em particular no setor automotivo. Os europeus também querem acesso para vinhos e outras bebidas alcoólicas, além de produtos derivados do leite. Já Peru e Colômbia estão interessados em ampliar as exportações de banana, açúcar, rum e outros produtos agropecuários, como frango e carne de boi. (Agência Estado)
Produção/UE – O modelo europeu de produção possui requisitos que abrangem aspectos da produção que colocam no mercado alimentos de altíssima qualidade, mas com custos de produção sensivelmente superiores a outras formas de produção que levam produtos ao mercado comunitário e competem no mercado internacional. A Presidência Espanhola da União Europeia (UE), colheu subsídios junto à produção primária, indústria e distribuição de alimentos, para propor um debate que alinhe os custos ao mercado, e estabeleça um modelo de produção que propicie sustentabilidade econômica. (Frisona)
Agricultura – No encerramento da Conferência dos Ministros da Agricultura da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), realizada depois de 12 anos, chegou-se à conclusão de que a agricultura tem “um futuro radiante”, mas a volatilidade permanecerá. A OCDE calcula que a demanda global de alimentos aumentará em torno de 50% nas próximas duas décadas, e que os produtos deverão encarecer entre 10% e 50%, com variações cíclicas em conseqüência da volatilidade. (Frisona)
Orgânicos/UE – Entre 2005 e 2008 a área plantada de com produtos orgânicos nos 27 países da União Europeia (UE27) aumentou 21%, e já representa 4,1% da área total agrícola utilizável. (Hipersuper)
Alimentos/UE – Organizações agrárias espanholas denunciam que são os produtores q ue estão pagando a redução do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos alimentos, que apresentaram uma queda acumulada de 2,4% em 2009, período em que a renda agrícola caiu 5,4%. Já o preço dos alimentos se multiplicou por 4,9, do produtor ao consumidor, segundo o IPOD (Índice de preço da Origem ao Destino). Em 2008 esse índice foi de 4,5. Frutas, verduras e legumes lideram as diferenças. O leite teve um aumento de 290%. Analisando a evolução do índice no decorrer do ano, observa-se que o pico se deu em junho (600%), início do verão. Esse mesmo comportamento foi verificado em 2008. Representantes do setor rural atribuem as margens escandalosas à distribuição que aproveitam quando a população aumenta o consumo de produtos frescos. Diante desses dados o Parlamento Europeu, bem como a Comissão Europeia (CE) reconheceram o abuso do poder das grandes redes de distribuição, e que é hora dos governos tomarem decisões que protejam os produtores e consumidores. (Frisona)
Conseleite/PR: valor para fevereiro aponta alta de 9%
Segundo dados do Conseleite do Paraná, o preço de referência do leite padrão projetado para fevereiro (pago em março) mostra alta de 9,03%, com valor de R$ 0,5808/litro para o produto Posto Propriedade*, um reajuste de cerca de R$ 0,0481 por litro em relação à média obtida no mês anterior (valor final de janeiro, Posto Propriedade*, foi R$ 0,5327/litro).
Tabela 1. Valores projetados de referência da matéria-prima (leite) para fevereiro e valores finais de referência da matéria-prima (leite) de janeiro, em reais por litro.
*Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto propriedade”, o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está inclusa a CESSR (ex-Funrural) de 2,3% a ser descontada do produtor rural.
De acordo com Ronei Volpi, presidente do Conselho, a oferta está mais restrita devido aos efeitos climáticos que castigaram a região no início do ano (excesso de calor e chuvas). No atacado, os preços do leite longa vida estão em alta – alta de 14% no preço médio de fevereiro sobre janeiro. Já para os queijos, o reajuste no atacado no mesmo período foi de 8,6%. O preço médio do leite em pó no atacado, em fevereiro, ficou praticamente estável em relação à janeiro, com leve alta de 1,04%. O mesmo ocorreu com o leite pasteurizado (leve alta de 0,9%).
Equipe MilkPoint, com informações do Conseleite/PR.