Notícias 01/03/2010

Longa vida/RS – Primeira unidade própria de industrialização de leite longa vida da Nestlé no Brasil, a reinauguração da planta de Carazinho, amanhã, também representa a confirmação do reforço da cadeia no Estado. Os demais, embora atrasados cerca de um ano por causa da crise, estão mantidos. A capacidade total sobe para 14,5 milhões de litros ao dia no Estado e alcança 18 milhões quando todos forem concluídos. É uma promessa para a produção que, no ano passado, ficou nos 9 milhões de litros diários, devido à sequência de estiagem, frio rigoroso e enchentes. (Zero Hora/RS)

Cooperativismo – As cooperativas vão fazer a diferença dentro da consolidação do agronegócio brasileiro. De acordo com Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros, coordenador científico d o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e professor titular da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) está nas mãos das cooperativas a responsabilidade de compensar os efeitos das fusões. “Isso acontecerá, ao menos parcialmente, em grãos, laticínios e insumos”. Para a Cooperativa dos Produtores Rurais de Alvinópolis, em Minas Gerais, uma das 29 fornecedoras de leite da Itambé Laticínios, a parceria que começou há mais de 40 anos, em 1964, foi um bom negócio. Segundo Ledes Cota, diretor comercial da cooperativa, apesar de o preço do leite ser regulado pela Itambé e nem sempre seguir o valor de mercado, os produtores evitam prejuízos com problemas de escoamento. Cota explicou que a compensação para os produtores vem por meio de participação nos lucros, com o prêmio de fidelidade. “Os técnicos também nos dão assistência sem custo nenhum.” (DCI)

 

Negócios

Nova Zelândia – A missão gaúcha que visitou a Nova Zelândia na semana passada voltou satisfeita. A empresa neozelandesa PGG Feeds confirmou que fará investimento no RS. Segundo o coordenador da Frenteagro, deputado Jerônimo Goergen, técnicos da companhia virão neste mês prospectar um local para a instalação da unidade, que deve ser na região de Passo Fundo. A PGG é especializada em tecnologias para melhoramento de pastagens com foco na produção leiteira. (Correio do Povo/RS)

Alimentação – Fazer refeições fora de casa está cada vez mais incorporado à rotina dos brasileiros. No ano passado, esse hábito movimentou R$ 58 bilhões e o volume deve avançar mais 10% em 2010, como acontece há uma década, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia). De acordo com um estudo da empresa de pesquisa de mercado GfK Brasil, 51% da população costuma comer fora com frequência, e 23% faz suas refeições fora todos os dias, isso representa a metade do que acontece nos Estados Unidos, onde mais de 50% dos gastos com alimentos são feitos na rua. O levantamento mostra, ainda, que o gasto médio semanal per capita no Brasil é de R$ 67,13 no almoço e de R$ 76,77 no jantar. (O Estado de SP)

Brasil Foods – A Brasil Foods, maior exportadora mundial de aves, reverteu as pesadas perdas com derivativos cambiais que marcaram 2008 e registrou lucro de R$ 228 milhões no ano passado, ante prejuízo proforma de R$ 2,4 bilhões no ano anterior. A empresa obteve um lucro marginal de R$ 6 milhões no quarto trimestre de 2009, ante prejuízo proforma de R$ 1,3 bilhão em igual período de 2008. O Ebitda (sigla em inglês para os ganhos antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 370 milhões no trimestre encerrado em dezembro. A receita bruta da companhia no ano passado ficou em R$ 24,4 bilhões, queda de 4% em relação a 2008, sob efeito de menores vendas no mercado externo, que registrou perdas de 6% em volume e de 16% em preços, afirmou o diretor financeiro Leopoldo Saboya. (Reuters)

Mercado Interno – A BRF espera que o mercado interno lhe dê um bom impulso em 2010, enquanto a recuperação no exterior segue lenta e gradual. Em 2009, a empresa registrou faturamento de R$ 15,2 bilhões no mercado interno, alta de 4% em relação a 2008, impulsionado pelos preços que cresceram no ano 6%. Em volumes, a companhia registrou queda de 1,9% no mercado interno, especialmente em lácteos e produtos in natura. A companhia estima um crescimento de mais 8% em volumes nesse ano. Nos produtos processados, Leopoldo Saboya estima um crescimento acima de dois dígitos para as vendas no Brasil. “No mercado interno estamos bastante positivos. Estamos vendo crescimento da massa salarial, o PIB d eve ter evolução e também crescimento do salário mínimo. E outra coisa importante: o custo está caindo”, afirmou Saboya, esperando um cenário mais estável para o câmbio. (Reuters)

Mercado Externo – A Brasil Foods registrou perdas de 6% em volume e de 16% em preços, nas vendas para o mercado externo, em 2009, afirmou o diretor financeiro Leopoldo Saboya. Vários dos principais mercados da empresa no exterior foram afetados pela crise global. O mercado externo registrou vendas de R$ 9,1 bilhões, queda de 14% ante 2008. Saboya afirmou que a companhia espera uma recuperação lenta e gradual no volume de vendas externas em 2010, com aumento de 3,5% a 5%. “Não esperem mudanças repentinas nos mercados (externos), tanto em termos de volume como em preços”, disse Saboya. (Reuters)

Activia – A Danone oferece o Activia Batido, um produto versátil que dá um upgrade na imaginação dos consumidores. Bran co e adoçado, Activia Batido é gostoso para beber puro e também fica muito bom com frutas, misturado a cereais, na salada de frutas ou com ingrediente das mais variadas receitas. Activia Batido está disponível na prática e econômica garrafa de 900 gramas. Assim como toda a linha, Activia Batido contém o exclusivo bacilo DanRegularis, que ajuda a manter o intestino no ritmo. Ele é capaz de sobreviver ao sistema digestivo e chegar vivo ao intestino. O lançamento oficial de Activia aconteceu na Espanha em 1987 e a marca está presente em mais de 40 países. No Brasil, chegou em janeiro de 2004 e hoje é a principal marca do setor de Produtos Lácteos Frescos do País. De acordo com o LatinPanel, quando se trata de funcionais, Activia é líder absoluto, com 93% do faturamento do mercado, e também festeja a liderança absoluta no segmento de iogurtes funcionais com 92% de participação em volume e a presença em 28% dos lares brasileiros. (Jornal Rapidix)

JBS-Friboi – A incorporação do frigorífico Bertin, no ano passado, colocou a JBS Friboi em cinco segmentos em que ainda não atuava, dentre eles, os lácteos. À primeira vista, áreas demais para uma companhia que diz ter como missão ser a melhor na atividade que se propõe a seguir. Na entrevista concedida pelo presidente da JBS, Joesley Batista, ele garante que o objetivo continua igual. “Se em qualquer um desses novos negócios enxergarmos que seremos mais um, seguramente não vamos estar envolvidos com ele”. Temos estudado o mercado de leite, como fazemos em outras divisões. Isso faz parte do nosso dever. Entender, nos aprofundar e fazer o nosso plano estratégico. Não tenho nenhuma dúvida de que o nosso posicionamento na parte de lácteos vai seguir o nosso comportamento em todas as outras divisões. (Agência Estado)

 

Setoriais

Insumos – O Ministério da Agricultura deve divulgar este mês o resultado da fiscalização feita em 2009 nas empresas de insumos agrícolas. Foram coletadas 7 mil amostras para verificação de qualidade dos insumos, tais como conteúdo de nutrientes, como nitrogênio, fósforo e potássio. (Valor Econômico)

IqPR – O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) subiu 7,14% na terceira quadrissemana de fevereiro, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta), da Secretaria de Agricultura. As maiores altas foram na laranja para mesa (63,65%), tomate para mesa (46,10%), laranja para indústria (27,04%), feijão (12,13%), ovos (11,56) e amendoim (10,20%). Parte das altas foi decorrente do clima adverso. Entre o s que recuaram no período estão a soja (-13,51%), carne suína (-9,03%), milho (-8,03%) e banana nanica (-1,57%). De acordo com o IEA, safra recorde e mudanças na economia da China derrubaram a soja. No caso da banana, a corrida para “salvar” os cachos após as fortes chuvas provoca um aumento imediato da oferta. No médio prazo, porém, a perspectiva é de redução. (Valor Econômico)

Arranjos – A Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Alagoas (Sebrae/AL) realizam, a partir desta segunda-feira (1º), a rodada de negociações do Programa de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais (PAPL). O evento, que acontece até a sexta-feira (5), no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, marca o encerramento da etapa de planejamento das ações do programa para 2010 e reúne todos os 14 APLs existentes no Estado. As rodadas de negociações têm como objetivo a captação de recursos para o financiamento e o fechamento de acordos de execução com as entidades parceiras para viabilizar ações dos planos estratégicos dos arranjos. (O Jornal/AL)

 

Economia

IPC-S – A inflação pelo IPC-S desacelerou para 0,68% na apuração de 28 de fevereiro de 2010, taxa 0,16 ponto percentual (p.p.) abaixo da última apuração (0,84%, em 23 de fevereiro), conforme dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta segunda-feira. Os grupos Transportes (2,46% para 1,74%) e Educação, leitura e Recreação (0,66% para -0,02%) foram os que mais contribuíram para o recuo, com a deflação dos preços da Tarifa de Ônibus Urbano (4,55% para 2,50%) e Cursos Formais (1,49% para 0,12%), nesta ordem. Os grupos Alimentação (1,22% para 1,16%), Vestuário (-0,44% para -0,62%), Saúde e Cu idados Pessoais (0,45% para 0,43%) e Despesas Diversas (0,46% para 0,37%) também contribuíram para o decréscimo. (Correio do Povo/RS)

Globalização e Mercosul

Agrícola – Brasil, Argentina, África do Sul e Indonésia não endossaram um documento de “princípios para reger a ação dos governos na agricultura e alimentação”, aprovado por ministros de agricultura na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), na sexta-feira em Paris. “Nós endossamos a parte que nos interessa, como a liberalização do comércio agrícola mundial”, declarou o secretário de Produção Agrícola do Ministério da Agricultura, Edilson Guimarães. Boa parte dos 40 países concordou que a mudança climática traz o desafio para os agricultores reduzirem a intensidade de emissões de carbono na produção de alimentos, ao mesmo tempo em que precisam prese rvar a competitividade econômica do setor. (Valor Econômico)

Orgânicos – A demanda do mercado europeu por alimentos orgânicos segue em expansão, e os consumidores entendem que produto com valor agregado é aquele que une qualidade e fair trade (comércio justo). Essas foram algumas das observações feitas por técnicos do Sebrae durante a participação na maior feira de agricultura orgânica da Alemanha, a BioFach 2010. O evento aconteceu em Nuremberg, de 16 a 19 de fevereiro. O grupo permanece esta semana no país para visitar supermercados, distribuidoras, empresas e escolas técnicas. Sua missão é trazer informações que promovam a inovação no mercado de orgânicos no Brasil. (Agência Sebrae)

AUS: indústria tem previsões otimistas para 2010

De acordo com o último relatório divulgado pelo Dairy Australia sobre a situação e previsões para a indústria de lácteos australiana em 2010, os produtores de leite do país devem se manter otimistas – apesar de certa cautela – nos próximos meses, à medida que os preços do leite melhoram e, para a maioria das propriedades que utilizam irrigação, a distribuição de água parece estar sendo a melhor dos últimos quatro anos.

O relatório declara que os menores custos dos insumos, especialmente de grãos que estão em seus níveis mais baixos dos últimos três anos, também estão oferecendo uma previsão mais otimista para a indústria.

Segundo a gerente de estratégia e conhecimento do Dairy Australia, Joanne Bills, uma série de passos tomados nas regiões do sul da Austrália referentes aos preços do leite trouxe alívio aos produtores de leite. “Os preços do leite estão melhorando para os produtores das regiões do sul, os custos dos insumos – especialmente alimentos animais – estão menores frente ao mesmo período do ano anterior e a distribuição de água em alguns sistemas de irrigação estão em seus mais altos níveis dos últimos quatro anos. Com o consumo doméstico de lácteos mantido, existe motivo para um otimismo para a indústria em 2010”.

Entretanto, ela disse que as difíceis condições de fluxo de caixa em 2009 estão reduzindo alguns sinais de melhora no mercado para os produtores. “Maiores custos financeiros, refletindo débitos de curto prazo do ano passado, somados à pressão das maiores taxas de juros manterão a pressão nas margens de lucro e na capacidade e disponibilidade dos produtores de responder à melhora nas condições operacionais aumentando a produção”.

Embora os preços internacionais dos fertilizantes estejam estabilizando, localmente existem poucas limitações na oferta de alimentos animais, com bom acesso a alimentos de qualidade variável, e oferta de grãos, oferecendo flexibilidade aos produtores. Internacionalmente, o setor de lácteos têm recentemente visto a demanda e a oferta mais rigidamente equilibrados.

O novo diretor gerente do Dairy Australia, Ian Halliday, está otimista de que a previsão para o mercado internacional seja razoável. “Os preços spot aumentaram significativamente em termos de dólar dos Estados Unidos nos últimos 12 meses e a oferta global de leite disponível para exportação terminou menor do que o esperado em 2009. Com nosso mercado internacional de lácteos agora operando sem os subsídios da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos, a indústria de lácteos da Austrália recebeu um impulso”.

Entretanto, embora os preços das commodities tenham se recuperado bastante em 2009 em termos de dólar dos Estados Unidos, os retornos à indústria australiana têm sido limitados pelo aumento do dólar australiano. Com os quatro principais bancos australianos prevendo que o dólar do país permanecerá entre US$ 0,90 e US$ 1,00 em 2010, os retornos de exportação continuarão afetados.

“Apesar da previsão internacional ser razoavelmente positiva, os maiores preços das commodities estão testando a demanda em muitos importantes mercados. Existe uma forte resistência na recuperação sustentada econômica, especialmente no Japão, Europa e Rússia, e essas fragilidades econômicas oferecem um quadro misto para a previsão geral global”, disse Halliday.

A reportagem é do site do Dairy Australia

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