Notícias 25/02/2010

Funrural – A Justiça Federal suspendeu a cobrança do Fundo de Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), feita pelo governo federal, a todos os produtores associados à Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT). O juiz federal da 5ª Vara de Mato Grosso concedeu liminar à Ação Declaratória impetrada pela associação, baseada na decisão unânime do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), que no dia 3 deste mês declarou inconstitucional o recolhimento de contribuição para o Funrural incidente sobre a receita bruta da comercialização de produtores rurais pessoas físicas. A decisão do STF foi específica para o Recurso Especial nº 363.852 interpost o pelo Frigorífico Mataboi S/A., de Araguari (MG), que contestava a obrigatoriedade do recolhimento da contribuição do Funrural, descontada dos seus fornecedores. O desconto dos produtores era de 2,5% sobre a receita bruta da comercialização de produtos agropecuários. Desse total, 2,3% eram destinados ao INSS e 0,2% ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). (Agência Estado)

Parmalat – A terceira parcela da dívida da Parmalat, no valor de R$ 6 milhões em Goiás, venceu na terça, dia 23, mas 330 produtores goianos estão apreensivos com o não-pagamento. A empresa não tem honrado seus compromissos estabelecidos com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). O acordo firmado em dezembro prevê o pagamento dos débitos em até três parcelas. Na parcela que venceu em janeiro, a empresa pagou apenas 16,5% dos 32,5% acordados. Sendo que oito pecuaristas de leite dos municípios de Itumbiara e 68 de Pontalina ainda não receb eram nenhuma parte do dinheiro. De acordo com o gerente de Estudos Técnicos e Econômicos da Faeg, Edson Alves, a entidade tem tentado entrar em contato com a direção da unidade da Parmalat localizada na cidade de Santa Helena (GO) e com a sede em São Paulo, sem sucesso. (Canal Rural)

Leite/PE – Nos últimos anos, a produção de leite e derivados tem atraído investimentos a Garanhuns e a cidades circunvizinhas. A chegada da Perdigão/Batavo a Bom Conselho, no Agreste, recentemente, ratifica a visibilidade da região. A Celpe conta com uma regional nessa área e acompanha todo o desenvolvimento, providenciando as melhorias e expansões para garantir um fornecimento de energia com qualidade a 38 municípios da Zona da Mata, Sertão e Agreste, que têm como principais atividades econômicas a agropecuária (com destaque para a bacia leiteira), o turismo e o comércio. Além da chegada da Perdigão, a região cresceu, nos últimos anos, devido à insta lação de instituições como a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Garanhuns. (Jornal do Commercio/PE)

Leite/PR – Os próximos governadores do Paraná serão obrigados a manter o programa Leite das Crianças, que prevê a distribuição gratuita pelo Executivo de leite integral para crianças de 6 a 36 meses de idade. O projeto foi sancionado pelo governador Roberto Requião (PMDB) e agora é lei estadual (n.º 16.385). Pela nova lei, o programa Leite das Crianças deve continuar distribuindo dois litros de leite a cada família com renda média de até meio salário mínimo regional per capita. (Gazeta do Povo/PR)

Leite/BA – A pecuária leiteira na Bahia demonstra potencialidades, mas também requer investimentos. Cerca de 1,7 milhão de vacas em lactação produzem 1 bilhão de litros de leite/ano, (530 litros/vaca/ano) para um consumo anual de 1,6 bilhão de litros. São 670 mil produtores, dos quais 118 mil têm a atividade como subsistência, com média de 22 litros de leite/produtor/dia. Cerca de 30% do consumo de leite fluido é informal. Isso ocorre porque não existe empenho das prefeituras em fiscalizar e coibir, diz Rafael Bruno Santos Teixeira, diretor do Sindileite – Sindicato das Indústrias de Laticínios da Bahia. De acordo com a Adab – Agência de Defesa Agropecuária da Bahia o Estado tem 180 laticínios com registro e 400 outros informais. Sem assistência técnica, os produtores não seguem as exigências da Instrução Normativa 51. Outro problema apontado por Teixeira é a barreira tributária. ”Tem sido nosso pleito junto ao governo a redução dos tributos. Os laticínios, para ganhar competitividade, são obrigados a pagar menos para o produtor”, disse. (Portal do Agronegócio)

Qualidade/BA – Ações para melhorar qualidade de produção estão em andamento. A criação da Câmara Setorial do Leite, em abril de 2009, unific ou os segmentos da cadeia e já colocou em andamento a criação do Laboratório Estadual do Sudoeste da Bahia, que será responsável pela análise da matéria-prima. Está em discussão também a unificação de diversos programas (Geraleite, Acompanhamento de Fazendas Leiteiras e Balde Cheio), que seria chamado de Caminhos do Leite. No campo, consta um estudo sobre linhas de financiamento para recuperação de pastagens e formação de reservas estratégicas de alimento para os animais. Ele informa ainda que, durante a Fenagro, foi assinado convênio para desenvolvimento do programa Pró-Genética. Para os próximos meses, está previsto também o repasse, por intermédio da Seagri, de 100 tanques de expansão para associações de pequenos produtores familiares. (Portal do Agronegócio)

Rótulos – As embalagens de leite tipos B e C deverão trazer o calendário de vacinas infantis obrigatórias. É o que prevê projeto aprovado pela Comissão de Constituição, J ustiça e Cidadania (CCJ), que agora será analisado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Originário da Câmara dos Deputados, o PLC 68/06 pretende alertar a população sobre a importância das vacinas infantis e reduzir o número de pais que deixam de vacinar os filhos. O relator, Renato Casagrande (PSB-ES), ao defender a aprovação do projeto, disse que ele é “inovador”. Autor da matéria, o deputado Enio Bacci (PDT-RS) justificou argumentando que os maiores consumidores de leite são as crianças. Por isso, caixas, sacos e garrafas com esse produto podem servir como eficiente veículo de propaganda da vacinação. Ele não acredita que essa impressão acarrete despesas para a indústria. Pelo texto, as empresas receberão do Ministério da Saúde o calendário de vacinas atualizado. As embalagens que estiverem em desacordo com essa determinação deverão ser recolhidas pelo órgão de fiscalização do governo federal. (Jornal do Senado)

Preços/RO – Os produtores de leite “amargam” um prejuízo muito grande, o que vem inviabilizando principalmente os pequenos. A denúncia partiu do deputado estadual Professor Dantas, ao destacar a situação preocupante dos produtores principalmente da região central do Estado. O parlamentar pediu uma reação imediata do Conselho Estadual do Leite, e disse ser necessária uma investigação por parte do Ministério Público Estadual. Os produtores só tomam conhecimento do valor a receber, após trinta dias da entrega do produto ao laticínio, e foram surpreendidos com a “queda” do preço do litro de leite, registrando-se um deságio superior a 60 por cento. Segundo ele, o último preço foi aleatoriamente fixado em R$ 0,29 o litro. Apesar dessa “queda” o preço dos derivados nas prateleiras dos supermercados continua em alta. (Rondoniagora)

Fonterra – A Fonterra anunciou que já está projetando uma rentabilidade por ação, na ordem de NZ$ 0,40 a 0,50, acima dos NZ$ 0,35 e 0,45 previstos em dezembro de 2009. Isto não significa que haverá alteração na distribuição dos lucros de NZ$ 0,20 a NZ$ 0,30, mas, haverá maior retenção dos lucros. Também, por enquanto não será alterado o atual preço pago ao produtor de NZ$ 5,70 por quilo de MilkSolids (kg/MS). (Fonterra)

 

Negócios

Investimentos – Presidente da Laticínios Bom Gosto, Wilson Zanatta, que integra a missão gaúcha na Nova Zelândia, ficou impressionado com o pragmatismo dos produtores locais, focados nos resultados econômicos. Ele também soube da intenção da PGG Wrightson de investir no Brasil, o que lhe foi revelado pelo gerente, Damian Lynch. (Jornal do Comércio/RS)

GP Investments – Depois de acert ar os detalhes da venda da Parmalat para o grupo JBS-Friboi no início do ano, e desfazer o negócio, o empresário Marcus Elias está em estágio avançado de negociação com o GP Investments. Os trabalhos de auditoria conduzidos pela PriceWaterhouCoopers já estão em fase final e, caso não haja reviravoltas, a empresa de private equity pode assumir a Parmalat no início de março. Já o grupo JBS-Friboi continua procurando uma empresa do setor de laticínios depois de ver suas tentativas de aquisição da Parmalat e da Itambé fracassarem. Tanto a Parmalat quanto a GP Investments não comentam as informações. (Portal Exame)

Supermercados – O crescimento das vendas no setor supermercadista foi de 8,56% em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2009. Na comparação com dezembro passado, houve queda 21,74%. Em valores nominais, o Índice de Vendas divulgado pela da Abras apresentou crescimento de 13,55% em relação a janeiro de 2009 e que da de 20,96% sobre dezembro passado. “O setor supermercadista começou muito bem em 2010, e isso deve se refletir no restante do ano”, avalia o presidente da Abras, Sussumu Honda. Segundo ele, ainda há no Brasil demanda reprimida pelo consumo de produtos alimentícios. “Temos uma nova classe C, que acabou de migrar da classe D, com um potencial enorme para acrescentar novas categorias de produtos ao seu carrinho, e a ascensão das classes D e E, que devem aumentar a compra de bens de consumo não duráveis, como os alimentos”, disse. (Correio do Povo/RS)

Cesta – Em janeiro, o AbrasMercado – cesta de 35 produtos de largo consumo analisada pela empresa de pesquisa GfK – apresentou alta de 0,89% ante dezembro de 2009. Na comparação com o ano anterior, o índice mostrou queda de 0,12%, passando de R$ 264,16 para R$ 263,84. As maiores altas de janeiro ante o mês anterior foram a batata (21,35%), o açúcar (4,62%) e o leite longa vida (2,73%). Já as maiores quedas foram registradas no tomate (-14,36%), cebola (-10,07%) e óleo de soja (-3,54%). (Correio do Povo/RS)

Carrefour I – Os Estados do Norte e Nordeste serão prioritários para a expansão no Brasil do Carrefour. As duas regiões representam 17% das vendas grupo no mercado brasileiro e já superam a participação da região Sul no faturamento. Nos últimos cinco anos, o Carrefour decidiu concentrar investimentos em sua eficiência logística. Além de reduzir custos, a melhor gestão dos estoques permitiu reduzir os níveis de ruptura (falta de mercadoria) nas lojas. Só nos últimos três anos, 50% da malha logística da varejista no país passou por algum tipo de melhoria. A multinacional francesa enfrentou problemas operacionais no início dos anos 2000, após entrar no setor de supermercados no Brasil. (Valor Econômico)

Carrefour II – Depois de anunciar a intenção de demitir 1.672 func ionários na Bélgica, de um total de 15.000, e fechar 21 lojas, o Carrefour inaugurou um novo centro de distribuição, de 15 mil metros quadrados, em Manaus (AM). Um reforço na operação de comércio eletrônico da varejista marcada para começar dia 1º de março. O centro de distribuição permitirá a ampliação dos produtos em até 15%, aumentando para 30 mil o número de itens, oferecidos nas gôndolas. O grupo varejista conta com seis lojas na região, o que faz de Manaus a terceira cidade com maior quantidade de hipermercados da operação brasileira da rede. Além da inauguração, o supermercadista abriu ao público o novo site. Agora, quem entra no portal do supermercado se depara com uma página inteira comunicando a chegada da operação de e-commerce. Nela, o varejista convida o cliente a fazer um cadastro com o objetivo de ganhar 20% de desconto nas compras realizadas no primeiro dia de vendas. Em janeiro, o Carrefour iniciou vendas on-line apenas para os funcionários, como forma de te star a operação. (Brasil Econômico)

Páscoa – Há um ano, os supermercados já estavam lotados de “parreiras” de Ovos de Páscoa. Mas quem foi fazer compra nos últimos dias sentiu falta da decoração de chocolate. A maior parte das lojas ainda está com todos os suportes montados, mas sem nenhum produto pendurado. O motivo? As altas temperaturas dos últimos dias. Para evitar perdas com ovos derretidos, a indústria resolveu atrasar a entrega, que em 2009 começou a ser feita antes mesmo da 4ª feira de Cinzas. “O calor está assustando”, diz André Matz, gerente comercial da chocolates Neugebauer. “Não adianta distribuir agora porque vai haver perda. Assim como os agricultores, agora a indústria só toma decisões com base na meteorologia. “Por isso, a venda no varejo dos chocolates começa, na maior parte das lojas, a partir de amanhã, quando as temperaturas devem baixar um pouco. (Valor Econômico)

Setoriais

Agronegócio – A balança comercial do agronegócio paulista gerou um superávit de US$ 620 milhões em janeiro de 2010, alta de 8,8% ante os US$ 570 milhões de igual mês do ano passado, informou o Instituto de Economia Agrícola (IEA). As exportações somaram US$ 1,14 bilhão no mês passado, alta de 10,7% sobre janeiro de 2009, quando as vendas externas atingiram US$ 1,03 bilhão. Já as importações aumentaram 13%, de US$ 460 milhões para US$ 520 milhões. O agronegócio evitou ainda um déficit maior que o de US$ 1,36 bilhão registrado em toda a balança comercial paulista em janeiro. Sem o setor, as contas seriam negativas em US$ 1,98 bilhão. (Agência Estado)

Insumos – A entrega de adubos e fertilizantes pelas indústrias somaram 22,47 milhões de toneladas no ano passado, volume praticamente igual aos 22,43 milhões de 2008, e 9% abaixo do recorde de 24,6 milhões de 2007. Neste ano haverá crescimento no setor, mas não será nada espetacular. Volta-se à normalidade, segundo fonte do mercado. As primeiras estimativas indicam crescimento de 5% sobre as entregas de 2009. (Folha de SP)

Máquinas – O faturamento nominal da indústria de máquinas e equipamentos para a agricultura subiu 14,5% em janeiro, em relação a igual período de 2009. As exportações caíram 11,5% e as importações, 51,5%. Os dados são da Abimaq. (Folha de SP)

APL – Hoje existem perto de 950 Arranjos Produtivos Locais (APLs) no país, responsáveis pela criação de mais de dois milhões de empregos diretos, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Os APLs são agrupamentos de micro, pequenas e médias empresas num mesmo território, alinhadas em torno de uma única atividade econômica. A diretora de Assuntos Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Heloisa Menezes diz que a promoção do desenvolvimento local depende do esforço conjunto de governos, empresários, sindicatos, associações e entidades de capacitação, de crédito e de tecnologia. Empreendimentos estruturantes resultaram na atração da Sadia, Perdigão, Bom Gosto, Alnor, Novartis, Hemobrás e o projeto Suape Global, para Pernambuco. A ideia é detectar a característica determinante ao negócio da empresa para depois intervir no arranjo produtivo do município, como ocorreu com a planta da Perdigão instalada em Bom Conselho, que rendeu novo estímulo à cadeia produtiva do leite. (Valor Econômico)

 

Economia

Desemprego – A taxa de desemprego voltou a subir em janeiro, 7,2%, depois de ter alcançado, no mês anterior, o menor patamar da história, de 6,8%. É usual que a taxa de desemprego cresça em meses de janeiro, em virtude da diminuição da atividade. Apesar da alta, a taxa segue abaixo da registrada no mesmo mês de 2009: 8,2%. (G1)

IPC-S – A inflação em Salvador foi a que mais recuou das sete capitais brasileiras pesquisadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 22 de fevereiro. O percentual na capital baiana passou de 0,92% para 0,58%, e a redução foi seguida por outras cinco capitais: São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e Brasília. Só houve alta em Porto Alegre, onde o índice passou de 0,99% para 1,05%. No acumulado das sete capitais, houve queda de 0,84%, 0,20 ponto percentual abaixo da última apuração. O IPC-S calcula a variação de preços de produtos e serviços com base no custo de vida de famílias com renda mensal de um a 33 salários mínimos. (A Tarde)

IGP-M – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que registrou alta de 1,18% em fevereiro, teve no segundo mês do ano a maior taxa desde julho de 2008, quando apurou avanço de 1,76%. A informação é baseada em tabela contendo a série histórica, disponibilizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Pela mesma tabela, é possível notar que o Índice de Preços por Atacado – Mercado (IPA-M) de fevereiro, que registrou alta de 1,42%, teve também o maior resultado nesse tipo de indicador desde julho de 2008, quando subiu 2,2%. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor – Mercado (IPC-M) de fevereiro, que registrou alta de 0,88%, assumiu trajetória oposta e registrou a menor taxa desde dezembro do ano passado, quando o índice subiu 0,20%. Já o Índice Nacional de Custos da Construção – Mercado (INCC-M), que teve aumento 0,35% em fevereiro, também apresentou a maior taxa desde dezembro de 2009, quando teve alta de 0,20%. (Agência Estado)

 

Globalização e Mercosul

Argentina – A produção agroindustrial na Argentina cresceu 1,2%, em 2009. Os setores que cresceram foram: carnes (8,6%), panificadores (5,8%), cigarros e lácteos (1,1%). Os outros tiveram quedas. Analisando a série histórica, foi observada uma tendência maior de crescimento desde 2003, em relação à década de 90, mesmo que tenha apresentado desaceleração a partir de março de 2008. E, independentemente da crise, o setor agroindustrial consolidou o sétimo ano consecutivo de crescimento, e 2009, foi o ano de menor crescimento. (Ambito.com – Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

Acordo – O Mercosul e a União Europeia (UE) vão se reunir discretamente na segunda quinzena de março em Buenos Aires, em nova tentativa de apla inar o terreno para um anúncio, em maio, da retomada formal da negociação do acordo de livre comércio birregional. Com a economia europeia mostrando mais fragilidade que o previsto, a UE tenta acelerar a abertura de mercados. Esta semana, Bruxelas espera concluir negociações de acordo com a Colômbia e o Peru, que poderá ter algum impacto sobre exportações brasileiras. Mas para a Business Europe, espécie de Fiesp europeia, um acordo com o Mercosul é mais importante, pelo peso do Brasil, colocado na lista de prioridade das companhias europeias depois dos Estados Unidos, China, Rússia, Índia e Japão. (Valor Econômico)

Contaminação – Em 2008 foi detectado na China um dos mais graves casos de contaminação deliberada de alimentos. A adição de melamina às fórmulas infantis. As consequências foram catastróficas. Pesquisadores da Organização Mundial de Saúde (OMS) estudaram a “melamina”, com o objetivo de analisar as implicações em relação à segurança de alimentos a nível mundial e constatou que houve aumento de pedras nos rins e falência renal entre as crianças, desde setembro de 2008. Cientistas chineses, não só detectaram essa tendência, como ao avaliar 8.000 crianças residentes em uma região onde os lácteos contaminados foram distribuídos observaram que 48 delas estão com cálculos renais e inchaço nos rins. E, apesar de na maioria dos casos a intoxicação pela melamina ter sido assintomática, e os efeitos estarem desaparecendo com o tempo, um acompanhamento feito na China, constatou que 12% das crianças permaneciam afetadas, seis meses depois da contaminação. (Infortambo)

EUA: valor das exportações caiu 39% em 2009

A quebra dos mercados globais de lácteos no meio de 2008 levou as exportações dos Estados Unidos a um declínio em 2009, colocando fim a um período de seis anos seguidos de expansão. As exportações de lácteos do país totalizaram US$ 2,32 bilhões no ano passado, 39% a menos que o nível recorde registrado em 2008, de acordo com dados comerciais do Conselho de Exportação de Lácteos dos EUA (U.S. Dairy Export Council – USDEC). Entretanto, a maioria da queda refletiu os menores preços mundiais; no geral, os volumes exportados caíram apenas 16%, para 987,924 milhões de quilos de sólidos do leite. O volume de exportação representou 9,3% da produção de leite dos Estados Unidos em 2009, menos que os 11% em 2008 e os 9,8% em 2007.

Após enfrentar dificuldades durante os três primeiros trimestres do ano, o volume de exportação aumentou 15% no último trimestre. Para todo o ano, os volumes de exportação de leite em pó, óleo de manteiga e queijos foram menores, enquanto os envios de proteínas do soro do leite, lactose e leite fluido foram maiores.

“Há um ano, as análises econômicas da USDEC sugeriram que os volumes gerais cairiam em 27% a 41% em 2009. No entanto, os exportadores dos Estados Unidos conseguiram manter um pouco mais suas vendas do que o esperado, ajudados pelos mercados mundiais mais fortes no final do ano”, disse o presidente da USDEC, Tom Suber. “O volume exportado de lácteos dos Estados Unidos – no geral e em todas as categorias individuais de produtos – é significativo e alto em um contexto histórico. De fato, os volumes estão em níveis onde a exportação é um pré-requisito para manter uma indústria saudável e crescendo”.

No entanto, apesar das vendas terem se mantido em certo grau, os Estados Unidos lutarão para se tornar mais do que um exportador oportunista de commodities lácteas. A importância dos canais externos ficou evidente no ano passado, quando a perda nas vendas de exportação contribuíram para uma sobre-oferta no mercado doméstico dos Estados Unidos.

“Os exportadores dos Estados Unidos ainda não estão fazendo tudo o que é necessário para sustentar os ganhos nos volumes internacionais. Por exemplo, no ano passado, os Estados Unidos perderam participação de mercado e volume no setor de leite em pó desnatado para quase todos os competidores. A Nova Zelândia substituiu em grande parte a oferta dos Estados Unidos em importantes mercados como China e até a Argentina ganhou mercado. Similarmente, os Estados Unidos perderam quase todas as vendas de óleo de manteiga feitas no ano anterior”.

O mercado internacional mudou rapidamente para os exportadores dos Estados Unidos no meio de 2008 e continuou mudando em 2009. Os altos preços de 2007-08 impulsionaram um crescimento na produção no mundo; além disso, a recuperação da severa seca em North Island, na Nova Zelândia, combinada com a expansão da indústria em South Island, impulsionaram a produção neozelandesa em quase 10% no ano comercial de 2008/09.

Enfrentando uma menor demanda global devido aos aumentos de preços pela inflação, bem como a instalação de uma recessão mundial e crise de créditos, os fornecedores da Oceania manipularam agressivamente os preços para evitar que os estoques aumentassem. Apesar de os mercados mundiais terem melhorado dramaticamente na segunda metade de 2009, os preços médios das commodities em 2009 ainda foram 30-40% menores do que a média de 2008.

O USDEC projetou que os volumes gerais de exportação de lácteos em 2010 aumentarão em 7-12%, à medida que a demanda global cautelosamente se recupera, os preços mundiais de commodities sustentam a maior parte do fortalecimento mostrado no final de 2009 e os fornecedores norte-americanos continuam engajados com seus clientes internacionais. Grandes estoques da Europa continuam pairando sobre o mercado, mas a produção de leite na Oceania deverá declinar em 2009/10, a produção de leite da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos deverão se manter no mesmo nível do ano anterior e a UE suspendeu os subsídios de exportação por enquanto – tudo isso pode suportar mercados mundiais historicamente fortes em 2010.

A reportagem é do site do USDEC

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