Importações – Veja as importações de lácteos em janeiro de 2010 comparadas com janeiro de 2009 e dezembro de 2009. Em seguida, as importações acumuladas de janeiro de 2010 a janeiro de 2009. (www.terraviva.com.br)
PAA – Municípios podem concorrer a uma seleção para participar do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA). O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) disponibilizará R$ 25,3 milhões para novos convênios. Para participar o Município precisa encaminhar o projeto até o dia 2 de março. O PAA é desenvolvido em parceria com Governos Estaduais, Municipais e com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os valores são repassados aos Estados e Municípios por meio de convênios. A ação prevê a dispensa de licitação e fixa o teto de compra em R$ 4,5 mil ao ano, por agricultor, e R$ 8 mil na produção do leite. Os recursos para o Programa vêm sendo ampliados a cada ano. Em 2009, foram disponibilizados R$ 478 milhões em todo o Br asil. Ainda, por meio de convênios, foram destinados R$ 31,8 milhões para as Prefeituras e R$ 173,6 milhões para os governos estaduais, incluídos os Estados do Se-miárido que executam o PAA Leite, também conhecido como Leite Fome Zero. Maiores informações no site: www.mds.gov.br/editais (MDS)
Leite/RO – Rondônia, com 1,4 milhão de habitantes, é líder em produtividade no setor agropecuário leiteiro nacional. De acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de 2009, o Estado é responsável pela produção anual de 747 milhões de litros de leite, o que resulta em uma média de 487 litros/habitante/ano. Logo em seguida vem Goiás com 467 litros/habitante/ano. Através do programa Fundo de Apoio a Pecuária Leiteira de Rondônia (Fundo Pró-Leite), o governo já investiu cerca de R$ 18 milhões no desenvolvimento da atividade no Estado. Para a pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Rosangela Zoccal, “Rondônia tem um g rande potencial de exportador de leite para os outros estados brasileiros, porém o produto deve ser de boa qualidade”. O Pró-Leite visa melhorias na produtividade e na qualidade do leite. (Agro Notícias)
Produção/MG – Na busca de agregar valor à produção do leite nas regiões Norte e Nordeste do Estado, 40 Centros Comunitários de Produção começaram a ser construídos. O projeto visa à melhoria da qualidade do leite, por meio da aquisição de tanques para resfriamento e da construção da infraestrutura necessária ao abrigo e adaptação dos sistemas de resfriamento. Os Centros beneficiarão aproximadamente 1.640 pequenos produtores que fornecem leite ao programa Leite Fome Zero – Um Leite pela Vida, dos governos do Estado e Federal e que distribui 151 mil litros de leite/dia. As obras para construção dos centros tiveram início em janeiro e devem ser finalizadas em março. Os recursos investidos são da ordem de R$ 825 mil, por parte da Uni ão e R$ 1,1 milhão de contrapartida do Estado, totalizando R$ 1.942.099,86. (Agência Minas)
Argentina – O presidente do Centro das Indústrias de Laticínios da Argentina, Miguel Paulón, admitiu que, os lácteos foram reajustados em aproximadamente 30%, em decorrência da retirada dos subsídios que o governo concedia aos produtores. No meio do ano passado, a matéria-prima era paga pelo valor de 60 a 70 centavos de pesos pelo litro. Hoje o produtor está recebendo entre 1,05 e 1,10 pesos, representando um reajuste de 50%. Junto com outros reajustes como serviços e salários, gerou um aumento médio de 30% no preço dos produtos na saída da fábrica. (La Opinión/Infortambo )
Uruguai – Em decorrência do bom clima, a captação de leite no Uruguai, em janeiro de 2010, aumentou 20% em relação ao mesmo mês de 2009, um recorde histórico. Para Wilson Cabrera da Conapr ole “estamos começando a recuperar as perdas do ano passado com a seca e a crise internacional. Hoje temos muita forragem para enfrentar o inverno, os pastos estão verdes e tudo indica que teremos um bom ano”. O mercado internacional teve boa recuperação de novembro para cá, e as quedas recentes podem até dar um sinal de alerta, mas significam também uma estabilização do leite em pó em torno de US$ 3.500 a tonelada. (Infortambo)
Preços/UE – A média do preço pago pelo leite cru pelas principais indústrias europeias, em dezembro/09, foi de € 27,75, € 0,18 menos que o mês anterior e € 3,02 abaixo do valor médio apurado um ano antes. Encerrada a consolidação dos dados, pode-se apurar que em 2009 o preço atingiu o menor nível da série histórica iniciada em 1999, ficando com a média anual de € 26,50, 23% menor que o valor de 2008. (LTO Nederland)
FrieslandCampina – O preço garantido pela FrieslandCampina aos seus fornecedores para o mês de fevereiro ficou em € 28,50, € 1,50 menor que o valor garantido em janeiro, que havia sido de € 30,00, mas € 1,00 a mais do que o valor do mesmo mês do ano passado. O preço garantido é independente dos resultados da Cooperativa, e corresponde à média dos preços pagos pelas principais indústrias da Alemanha, Dinamarca, Holanda e Bélgica, que mostram tendência de baixa. Depois dos aumentos ocorridos no último trimestre de 2009, o que permitiu à FrieslandCampina encerrar o ano com o preço garantido de € 32,75, os preços do leite pagos aos produtores europeus começam uma trajetória descendente. (FrieslandCampina )
Protestos/UE – Produtores de leite franceses, belgas e alemães queimaram bonecos da Comissária Europeia da Agricultura, Mariann Fischer Boel, em Bruxelas, dando adeus à política liberal adotada por ela. “Durante cinco anos desregulamentou o mercado de leite, e é a responsável pela queda no preço do leite, que colocou o setor em dificuldades financeiras”, disse Richard Blanc, da Associação dos Produtores Independentes (Apli). De acordo com os produtores, o novo Comissário, Dacian Ciolos, nomeado oficialmente na terça-feira, dificilmente poderá ser pior do que sua antecessora. O representante dos produtores de leite belgas, Erwin Shöpges, ainda pediu um minuto de silêncio em homenagem aos produtores que se suicidaram pressionados pela crise financeira. (Agrisalon)
Negócios
Alimentação – A Presidência da República acaba de sancionar a Proposta de Emenda Constitucional 64/2007, que altera a Co nstituição para inserir a alimentação como direito social. Na prática, a PEC, de autoria do Senado, e que será batizada de Emenda Betinho do Direito à Alimentação, visa consolidar a segurança alimentar como política de Estado, assim como já são o trabalho, a moradia, o lazer e a segurança, entre outros. Ao contrário dos outros direitos, contudo, a alimentação tem sido foco de diversas políticas públicas e, longe de ser apenas mais uma letra morta na Carta Magna, caminha para a universalização. O orçamento para melhorar a segurança alimentar da população brasileira em 2010 será de R$ 960 milhões, um aumento de 36% em relação ao ano passado e mais de 100% em relação a 2005, quando foram investidos R$ 407 milhões. (Jornal do Brasil)
Insegurança – Segundo o presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar, Renato Maluf, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve anunciar nos próximos dias o segundo levantamento nacional sobre insegurança alimentar. O primeiro, de 2004, mostrava que 35% da população brasileira ainda sofria com a insegurança alimentar. Isto significa que aproximadamente 66 milhões de brasileiros se alimentam pouco e mal, ou pertencem a famílias cuja pequena oscilação na renda comprometia a alimentação. (Jornal do Brasil)
Kraft – A Kraft Foods confirmou que planeja fechar a fábrica de Somerdale da Cadbury no Reino Unido em 2011. “O investimento necessário para reverter o programa de fechamento dessa unidade seria muito elevado”, informou a companhia, segundo a Bloomberg. (Valor Econômico)
Assai – Entrando no Estado para disputar as vendas do chamado atacarejo, o Grupo Pão de Açúcar abre hoje a primeira unidade da marca Assaí em Pernambuco. Atualmente, empresas como Carrefour e Walmart já operam no setor com as bandeiras Atacadão e Maxxi, respectivamente, marcadas por pouco confor to em troca de preços agressivos. A primeira Assaí de Pernambuco – 42ª do País – está em Caruaru e recebeu R$ 8 milhões de investimentos. A meta da rede é abrir outras duas ainda este ano no Estado. (Jornal do Commercio/PE)
Coca-Cola – O refrigerante mais famoso do mundo continua sendo a marca mundial número um, permanecendo imbatível, em 2009. Avaliada em US$ 68,73 bilhões, segundo revelou a Interbrand, o grupo parece inatingível. (La Tribune)
Setoriais
Safra – A estimativa da Conab subiu para 143,09 milhões de toneladas, ante uma expectativa, em janeiro, de 141,35 milhões de toneladas de grãos para a safra 2009/10. O resultado, de acordo com o quinto levantamento da estatal, será o seg undo melhor da história, caso seja confirmado. O recorde da produção ocorreu no ciclo 2007/2008, que foi de 144,1 milhões de toneladas. Para o IBGE, a safra agrícola 2010 deverá totalizar 143,4 milhões de toneladas em todo o País, com aumento de 7,2% em relação a safra anterior (133,8 mi de toneladas). A estimativa é 1,9% maior do que o levantamento de dezembro. (O Popular/GO)
Soja/MG – A safra mineira de soja deve crescer 9,3% neste ano e chegar a 3 milhões de toneladas, de acordo com a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A área plantada chegou a um milhão de hectares. Um crescimento de 9,4%. Segundo o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, João Ricardo Albanez, o aumento pode ser explicado pelas melhores condições de preço. A procura da soja pelo mercado internacional, principalmente pela China, também influenciou a decisão dos produtores. As exportações do grão por Minas Gerais, no ano passado, chegaram a 1,1 milhão de toneladas. Um aumento de 128% em relação ao ano de 2008. (Agência Minas)
Milho – O preço do milho está abaixo dos custos operacionais de produção em quase todas as regiões, como mostra o Cepea. Em Cascavel (PR), os custos nesta safrinha estão próximos dos R$ 19 por saca, considerada uma produtividade de 61 sacas por hectare. Já o preço médio de venda é de R$ 14,31. (Folha de SP)
Milho/MG – Como houve maior interesse pela soja nesta safra, a produção de milho (1ª safra) no Estado deverá cair 8%. A colheita esperada pela Conab é de 5,8 milhões de toneladas. O milho é o principal grão cultivado no Estado. Já a safra total de grãos este ano em Minas Gerais também deve apresentar uma pequena retração de 2,9%. A produção está estimada em 10,1 milhões de toneladas. “A queda não é alarmante. Será a terceira vez na história que Minas Gerais irá colher mais de 10 milhões de toneladas. Isso só aconteceu em 2005 e 2009”, explica Albanez. (Agência Minas)
USDA – O destaque do relatório de oferta e demanda do Usda foi a redução dos estoques finais de soja dos norte-americanos. Os EUA chegam ao final da safra 2009/10 com apenas 5,72 milhões de toneladas de soja, 14,3% menos do que se previa em janeiro. (Folha de SP)
Seca/ES – Agricultores do Espírito Santo enfrentam problemas por causa da seca. O gado e as lavouras sofrem com o calor e a falta de água. A estiagem já dura três meses no sul do Espírito Santo. Em Itapemirim, máquinas abrem poços cada vez mais profundos. O capim acabou e o leite diminuiu. A produção de cana em algumas propriedades já caiu 50%. Em Presidente Kennedy, houve queda de 30% na produção de leite. Um levantamento do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) m ostra que a situação é crítica. “Todas as informações climáticas apontam a falta de chuva até longo prazo”, alertou Ronaldo Stephanato. (Globo.com)
Economia
Emprego – A indústria brasileira demitiu em 2009 o maior número de trabalhadores desde 2002, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou a série histórica da Pesquisa de Emprego na Indústria. O nível de emprego no setor recuou 5,3% no ano passado devido aos efeitos da crise econômica internacional que começou a se refletir no país no final de 2008. Dos 18 setores pesquisados, apenas o de papel e gráfica aumentaram o contingente de trabalhadores (7,2%). As demissões ocorreram, principalmente, nas indústrias de meios de transportes (-9,8%), máquinas e equipamentos (-8,6%), vestuário (-7,9%), produtos de metal (-9,1%) e madeira (-16,8%). Os estados mais atingidos foram São Paulo (-4,0%) e Minas Gerais (-8,5%). A folha de pagamento do trabalhador também encolheu 2,8% em 2009 em relação a 2008. (Correio do Povo/RS)
IGP-M – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) avançou 0,98% na primeira leitura de fevereiro. Em período correspondente do mês passado, houve alta de 0,27%. Teve impacto nesta aceleração o aumento mais marcado nos preços no atacado, conforme levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV). Dos três componentes do IGP-M, o Índice de Preços por Atacado (IPA) apresentou elevação de 1,16%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,75% e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou acréscimo de 0,41%. No IPA, os preços agropecuários caíram 0,88% na medição inicial de fevereiro, aprofundando a trajetória de queda na comparação com um mês antes, quando recuaram 0,09%. Os produtos industriais aume ntaram 1,81%, seguindo elevação de 0,36%. (Valor Online)
Clima – Com o excesso de chuva e de calor, os preços dos alimentos podem continuar pressionando a inflação, por causa da redução da oferta de alguns produtos. A Fundação Getulio Vargas (FGV) estima que os preços podem subir este mês, embora menos do que em janeiro. Os alimentos tiveram uma participação importante na inflação calculada na primeira prévia do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de fevereiro, divulgado pela FGV. Entre janeiro e fevereiro, subiram de 1,57% para 1,69%, com destaque para as frutas, cujos preços avançaram de 4,7% para 6,32%. Com isso, os alimentos contribuíram para o crescimento de 1,29% para 1,33% do IPC-S, de um mês para o outro, e atingiu um novo recorde. Se continuar ocorrendo calor intenso ou chuvas fortes em determinadas regiões do país é possível que a oferta de alguns alimentos continue prejudicada e que essa pressão nos preços se estenda no primeiro trimestre. (Agência Brasil)
Globalização e Mercosul
Italianos – As coisas não andam bem para os agricultores italianos. A instabilidade dos mercados e a queda nos preços agrícolas fizeram com que os italianos deixassem uma área maior de terra sem semear nesta safra 2009/10, segundo o Istat (o IBGE deles). (Folha de SP)
China – Números oficiais confirmaram que a China transformou-se no maior exportador mundial em 2009, superando a Alemanha, que registrou perdas 18,4% nas suas exportações no ano passado, em relação a 2008. Foi a maior queda desde 1950. Com esses dados a China consolida sua posição como uma das principais potências econômicas mundiais, aumentando sua liderança, o que poderá aprofundar os conf litos e diferenças que mantém com os Estados Unidos. A consolidação mundial chinesa é marcada pela presença em mercados em desenvolvimento com grande crescimento, como Índia e Brasil, promovendo o consumo de seus produtos. (Diario Financiero)
Balança comercial inicia 2010 com déficit de US$ 7,8 mi
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o saldo da balança comercial de lácteos em janeiro foi negativo em US$ 7,83 milhões, considerando os produtos do capítulo 04 da Nomenclatura Comum do Mercosul (leite UHT, leite em pó, leite condensado, creme de leite, leite evaporado, iogurte, manteiga, soro de leite e queijos) e as comercializações de leite modificado e doce de leite (do capítulo 09 da NCM).
O déficit comercial apresentado pelo setor de lácteos foi 111% superior ao registrado no mês de dezembro, quando a balança comercial de leite e derivados apresentou resultado negativo de US$ 3,7 milhões. Quando comparado a janeiro de 2009 – quando o saldo foi negativo em US$ 8,35 milhões – o resultado é 6% superior. Em volume, a queda nas exportações em comparação a janeiro de 2009 foi de 39,2%, ficando em 4,6 mil toneladas.
Em janeiro, foram exportadas 1,47 mil toneladas de leite em pó integral, no valor total de US$ 5,75 milhões (preço médio de US$ 3.900/ton), mostrando uma recuperação em relação à dezembro. As vendas de leite condensado caíram 35% em relação a dezembro/09, totalizando 1,17 mil toneladas. O preço médio do leite condensado subiu 4,8%, sendo negociado a US$ 1.853/t.
Foram enviadas ao mercado externo 526,3 toneladas de queijos, alcançando o valor de US$ 3.956/t, um aumento de 6% no volume exportado, em relação a dezembro.
Tabela 1. Exportações e importações de lácteos em janeiro de 2010.
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As importações aumentaram 18% em volume quando comparadas a dezembro de 2009, com compras de 8,2 mil toneladas de lácteos; em relação a janeiro/09, o volume importado é 42% inferior. Em valor, as importações alcançaram US$ 21,9 milhões, valor 25% inferior em relação ao mesmo período do ano passado.
O leite em pó integral foi o principal produto importado, representando 52,1% do total, ou seja, 4,25 mil toneladas, seguido pela compra de soro de leite (19%, ou 1,55 mil toneladas) e de queijos (com 14,3% do volume total – 1,16 mil toneladas). Do volume total de leite em pó importado – 4,490 mil toneladas – 70,5% são provenientes da Argentina (ao preço médio de US$ 3.306/t) e 29,5% foram compradas do Uruguai (em média, US$ 2.890/t). As importações de leite em pó aumentaram 80% em comparação a dezembro/09.
O leite em pó integral, os queijos e o soro de leite, apresentaram, em valor, participações relativas de 62,3%, 20,7% e 9,3% respectivamente, nas importações.
O volume importado de queijos foi 12,5% maior em relação ao mês de dezembro, com volume total de 1.164 toneladas. As compras de soro de leite reduziram 15% em relação ao mês anterior, com compras de 1,55 mil toneladas.