Notícias do dia 25.01.2010

Calu – O faturamento da Cooperativa Agropecuária Ltda. de Uberlândia (Calu), localizada na região do Triângulo Mineiro, após apresentar es tagnação no fechamento do exercício anterior, na comparação com 2008, deve retomar o ritmo de crescimento e encerrar 2010 com incremento entre 6% a 8%. O impulso virá, principalmente, da recuperação dos preços praticados no mercado interno. Nos planos da cooperativa também está prevista, para este ano, a construção de uma nova indústria de laticínios, que demandará investimentos próximos a R$ 15 milhões. A capacidade de captação, 200 mil litros de leite por dia, será dobrada. O principal produto da Calu é mussarela, destinada ao mercado interno. A produção mensal é de 300 toneladas. Os principais consumidores estão em Minas Gerais e na região Nordeste do país. A empresa também produz leite pasteurizado, longa vida e bebidas lácteas. (Diário do Comércio)

Custos/MG – O Índice de Custo de Produção de Leite (ICPLeite/Embrapa) que mede a variação no custo de manutenção de uma empresa de produção de leite localizada no Estado de Minas G erais, foi de 143,40 em dezembro de 2009, uma variação negativa de 0,92%, em relação aos 144,73 calculado em novembro de 2009. A base, igual a 100, refere-se ao mês de abril de 2006. Os grupos dos insumos que tiveram queda nos preços foram sal mineral (2,29%), qualidade do leite (1,81%), concentrado (1,27%), produção e compra de volumosos (0,69%), reprodução (0,51%) e energia combustível (0,09%). No grupo qualidade do leite, observou-se ligeira redução nos preços dos detergentes e tintura de lodo. Já no grupo concentrado, a maior redução ocorreu nos preços do fubá de milho. O grupo sanidade apresentou alta de 0,75%, influenciado, principalmente, pelos preços das vacinas. No grupo mão de obra a elevação de 0,11%, foi devido à ligeira alta nos preços pagos ao pessoal que trabalha na ordenha. (Panorama do Leite)

Preços/RS – Na bovinocultura de leite, a abundância de forragem verde de boa qualidade está propiciando um aumento no volum e de leite produzido e uma diminuição do custo de produção. As expectativas em relação à produção de silagem também estão aumentando, devido o bom desenvolvimento das áreas cultivadas com o milho. Em relação ao preço, apesar do gradativo aumento da oferta, este se manteve estável no último período. Segundo apurou o levantamento realizado pela Emater/RS–Ascar nas principais regiões de produção do Estado, o preço médio do leite se manteve fixado em R$ 0,54 o litro do produto. (Rede Sul de Rádio/RS)

Coopernont/MT – O laticínio da Cooperativa de Produtores de Novo Horizonte do Norte, COOPERNONT, vem crescendo na produção de queijo mussarela. Em atividade desde o dia 14 de maio de 2009, o laticínio vem conseguindo se manter com a produção de queijo e o mais importante, segundo o diretor de produção, Kleibe Mike França Leite, é que está pagando o financiamento do Banco do Brasil. Segundo Mike, a dificuldade maior estava sendo a coleta d o leite, mas, a Cooperativa acaba de adquirir um segundo caminhão. No inicio das atividades o laticínio industrializava 2.115 litros de leite por dia, que eram entregues por 63 produtores. Em dezembro, o número de fornecedores chegou a 156 produtores, e a captação subiu para 7.500 litros de leite dia. A produção de mussarela atingiu 24 mil quilos por mês. O preço do leite é de R$ 0,45, para os produtores associados, para os não sócios, cai em 9,75%, porém, segundo Mike, todos os produtores que não eram associados e que passaram a fornecer leite para a Cooperativa, acabaram virando sócios. (BandSinop.com.br/MT)

Balde Cheio/SC – No oeste de Santa Catarina, fazenda grande é coisa rara. Em 17 hectares, Antônio Balzan produzia 150 litros de leite/dia com ajuda da mulher, da cunhada e dois filhos. O lucro com a atividade leiteira não passava de R$ 230,00 e a família vivia desanimada. A virada começou em 2005, com visitas regulares da eq uipe do Projeto Balde Cheio, com a presença obrigatória de um extensionista local. “Nós passamos de três a quatro anos, transferindo tecnologia”, disse Artur Chinelato de Camargo, agrônomo da Embrapa, um contato importante para corrigir erros graves de manejo e implantar rigoroso controle de dados. Hoje, com gestão profissional, a produção é de 450 litros/dia, o lucro do leite crescente, já passa de R$ 2,6 mil por mês. Com apoio, a família Balzan saiu da condição de pobreza, assim como milhões de brasileiros nos últimos anos. Entrou para uma classe média que vive e trabalha no campo tirando leite todo dia. Atualmente, o projeto da Embrapa está em mais de quatro mil propriedades, espalhadas por 22 estados brasileiros. (Globo Rural)

Preços/AR – A demanda de leite na Argentina segue firme, impulsionando a recuperação do preço ao produtor no mês de janeiro. Depois de ter recebido 1 peso em dezembro, projeções indicam que em janeiro o valor deverá ficar entre 1,05 e 1,10 o litro. Neste cenário, em que as grandes empresas tomaram a iniciativa dos aumentos, faz com que as pequenas indústrias lácteas se esforcem para acompanhá-las e manter seus fornecedores. Criou-se um ambiente, que varia entre extrema prudência e alguma tensão, sendo imprescindível um ajuste que não desestabilize o setor. As compensações chegaram ao fim, e os preços agora são reais. (Infortambo )

 

Negócios

Supermercados – Desenvolver estratégias e produtos específicos para atender um mercado de mais de 130 milhões de brasileiros, distribuídos nas classes C, D e E, é um dos desafios que o varejo alimentício vai se propor a enfrentar com mais vigor em 2010. O setor, que movimenta R$ 170 bilhões ao ano, aposta no crescimento da renda das famílias. A expectativa é de que a conta do supermercado fique cada vez mais polpuda, inclusive com a presença no carrinho de itens importados. Em entrevista ao Estado de Minas, o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, diz que a expectativa do setor é crescer cerca de 9% este ano, sendo que a classe C é o principal foco. Ele aponta a expansão do segmento em direção ao Nordeste do país, a nova fronteira do grande varejo de alimentos. (Estado de Minas)

Sara Lee – A multinacional americana Sara Lee deve se transformar em um potencial alvo de aquisição, afirmou o investidor James Lane, de Nova Jersey, um ex-administrador do fundo de hedge TRI, de Boston. A Gamco Investors, a gestora de fundos de Soros, e a Pzena Investment aumentaram suas participações no capital da Sara Lee no quarto trimestre, disse o investidor à Bloomberg. Segundo ele, as ações da companhia podem subir até 40% no próximo ano diante de sua estratégia de investir em alimentos mais saudáveis. (Valor Econômico)

Meio Ambiente – Para Enrique Gallego, presidente da Associação Espanhola das Indústrias de Plásticos, a decisão iniciada pelo Carrefour e acompanhada por outras redes de distribuição, de retirar das lojas as sacolas plásticas, é uma falácia e “esconde uma estratégia de marketing para enganar a opinião pública”. De acordo com ele são consumidas 100.000 toneladas de sacolas plásticas por ano. Mas, a indústria e o varejo utilizam outros dois milhões de toneladas de plásticos para embalar frutas, verduras, carne, pescado, queijos, embutidos e vasos de iogurtes. E, ainda, os supermercados passaram a vender “sacolas verdes” para os clientes levarem as compras, que fica isenta de pagar o denominado “ponto verde”, que seria uma espécie de imposto para reciclagem das sacolas plásticas. (El Economista.es)

 

Setoriais

IqPR – O Índice quadrissemanal de Preços Recebidos pelo produtor rural paulista (IqPR), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, teve leve alta de 0,08% na segunda semana de janeiro de 2010. O IqPR-V (produtos de origem vegetal) fechou a semana com variação negativa de 0,32%, enquanto o IqPR-A (produtos de origem animal) subiu 1,08% no período. No período analisado, sete produtos apresentaram alta de preços (quatro de origem vegetal e três de origem animal) e 13 apresentaram queda (10 vegetal e três animal). Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços no período foram: tomate para mesa (34,90%), banana nanica (17,34%), batata (15,27%), feijão (12,64%), amendoim (7,96% ) e o leite tipo C (4,56%). (Agência Estado)

Milho/RS – Pelo menos 30 mil toneladas de milho estão paradas nos estoques públicos pertencentes ao governo federal no Rio Grande do Sul enquanto agricultores gaúchos enfrentam dificuldades em alimentar seus animais após as enxurradas. Passada uma semana do pedido da Fetag à Conab para oferta do produto pelo preço mínimo a quem teve a produção danificada pela chuva, a companhia sequer se posicionou sobre o assunto. Segundo o gerente de operações, Gilson Pereira, a decisão depende de Brasília. Na quarta-feira, o diretor da Conab, Silvio Porto, esteve no RS, mas não trouxe novidade. (Correio do Povo/RS)

Economia

IPC-S – A inflação mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semana l (IPC-S) foi de 1,10% até a quadrissemana finalizada em 22 de janeiro, informou nesta segunda-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No mesmo período em 2009, o índice registrou elevação de 0,80%. Das sete classes de despesas usadas para cálculo do índice, seis apresentaram aceleração de preços entre a segunda e a terceira quadrissemana de janeiro. Alimentação (1,14% para 1,65%), Transportes (1,63% para 2,59%) e Educação, Leitura e Recreação (1,28% para 2,00%) foram os grupos que mais contribuíram para a aceleração da taxa do IPC-S. (Correio do Povo/RS)

Projeção – A estimativa para a inflação apresentou alta na pesquisa semanal Focus divulgada nesta segunda-feira (25) pelo Banco Central (BC). No levantamento realizado junto a instituições financeiras, a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010 subiu de 4,50% para 4,60%. Assim, a previsão dos analistas ficou acima da meta de inflação para este ano, que é de 4,50%. Na mesma pesquisa, a estimativa para o IPCA em 2011 permaneceu em 4,50%. A estimativa para a inflação de janeiro também subiu. Para este mês, a previsão para o IPCA passou de 0,55% para 0,62%. O dado do IPCA de janeiro deve ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 5 de fevereiro. Para fevereiro, a estimativa de IPCA subiu de 0,53% para 0,60%. (Agência Estado)

Globalização e Mercosul

Apoio – O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, recebeu, ontem, o embaixador do Irã Mohsen Shaterzadeh e o presidente da Organização Veterinária daquele país, Mojtaba Norouzi. Eles demonstraram interesse em implementar ações do convênio entre Embrapa e a Organização para Pesquisa, Educação e Extensão Agrícola iraniana, firmado em novembro de 2009. No ano passado, a exportação agropecuária do Brasil ao Irã foi de 1,1 bilhão de dólares. Stephanes também esteve com o embaixador chinês, Qiu Xiaoqi. “A China está disposta a trabalhar com o Brasil para impulsionar a cooperação e o desenvolvimento na área agrícola”, disse o diplomata. (Correio do Povo/RS)

Mercado internacional tem redução de preços

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços de exportação de lácteos, entre 10 e 23 de janeiro, apresentaram queda para todos os produtos no Oeste da Europa e na Oceania (exceto o soro de leite, que teve alta na Europa) quando comparados à quinzena anterior. Na Oceania, o leite em pó desnatado mostrou queda de 7,1%, sendo cotado a US$ 2.950/ton. No Oeste da Europa, o preço médio do leite em pó desnatado caiu 5%, ficando em US$ 2.825/tonelada.

No Oeste da Europa, o preço médio do leite em pó integral (US$ 3.475/t) teve queda de 3,5% em relação à quinzena anterior, com valores entre US$ 3.400/t e US$ 3.550/t. O valor médio do soro de leite mostrou alta de 3,7%, oscilando entre US$ 1.025/t e US$ 1.100/t, média de US$ 1.062,5/t.

Na Oceania, o preço médio do leite em pó integral ficou em US$ 3.250/t, com valores entre US$ 3.100/t e US$ 3.400/t, uma redução de 3% em relação à quinzena anterior. Os valores do leite em pó desnatado mostraram queda maior (7,1%), ficando entre US$ 2.800/t e US$ 3.100/t, média de US$ 2.950/t. O preço médio do queijo cheddar apresentou queda de 2,35% em relação à quinzena anterior, fechando a US$ 4.150/t, com valores entre US$ 3.800/t e US$ 4.500/t.

O valor médio da manteiga foi de US$ 3.750/t na Oceania, 2,6% inferior em relação à quinzena anterior, e US$ 4.150/t no Oeste da Europa, queda de 10,5%.

Gráfico 1. Evolução dos preços de exportação de lácteos do Oeste da Europa, em dólares por tonelada.

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Gráfico 2. Evolução dos preços de exportação de lácteos da Oceania, em dólares por tonelada.

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Segundo informações da European Dairy Farmers, os preços internacionais dos produtos lácteos parecem ter alcançado seu máximo, de forma que não são esperadas novas altas durante o primeiro trimestre de 2010, com os preços devendo ficar estáveis.

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