Importações – Os números preliminares da média diária de janeiro de 2010 das importações de leite e derivados, em dólar, são 9,22% menores que a média de dezembro de 2009. Veja no quadro as médias, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar.
Preços/SP – O preço do leite pago ao produtor divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp/Senar-SP), registrou, em dezembro/2009 o valor de R$ 0,709 para o leite tipo Leite B, e R$ 0,592 para o Leite C Cota. A média de dezembro/2008 a dezembro/2009 ficou em R$ 0,708 para o Leite B e R$ 0,644 para o Leite C Cota. Não houve cotação para o Leite Excesso. Foram pesquisados 52 laticínios em 45 municípios.
Balde Cheio/MG – Pasto verdinho e abundante. Mais alimento para o gado e maior produção de leite. É o resultado de uma das técnicas do projeto “Balde Cheio” implantado no sítio de José Flávio, no município de Cruzília. São 30 piquetes ao todo, um para cada dia do mês. Assim os animais comem o c apim sempre verde que é mais nutritivo. Flávio é um dos vinte e um produtores que fazem parte do projeto “Balde Cheio” da Embrapa. Nos últimos dois anos o projeto foi implantado em oito municípios do sul de Minas e já beneficia mais de mil produtores. (EPTV.com)
Consumo do leite – Não faltam polêmicas quanto ao consumo do leite (os vegetarianos que o digam). Mas, os fãs têm motivos de sobra para continuar ingerindo-o. Isso porque, segundo profissionais da área médica, tomar leite ajuda a melhorar o funcionamento do seu organismo e prevenir doenças como a diabetes. Consumir leite também auxilia no combate da anemia e, o melhor, a bebida beneficia atletas, uma vez que ingerir leite após se exercitar pode ter efeitos positivos na regeneração e construção dos músculos, além de hidratar o corpo. Quer mais? Leite emagrece. Um relatório recente do “National Dairy Council” demonstrou que a ingestão adequada de alimentos ricos em cálcio ta is como leite, queijos ou iogurte é importante na redução do risco de várias desordens médicas. Um experimento clínico controlado em adultos obesos revelou, por exemplo que o consumo de produtos lácteos, em particular o cálcio e vitamina D do leite, acelera significativamente a perda de gordura e perda de peso corporal. (Abril.com)
França – As condições climáticas extremamente difíceis provocadas pela neve nos últimos dias, está desorganizando as linhas de coleta de leite em inúmeras regiões da França. Alguns produtores não entregam sua produção há mais de uma semana. São perdas importantes, e a Federação Nacional dos Produtores de Leite (Fnpl) agendou, para o dia 13 de janeiro, uma reunião com o Ministro da Agricultura a fim de avaliar a situação e propor soluções jurídicas e técnicas que permitam indenizar os produtores. (La France Agricole)
UE – A Coordenação Rural (CR) e a Organização dos Produtores de Leite (OPL) pedem urgência sobre o resultado dos estudos da comissão dita de “alto nível”, criada pela União Europeia (UE) para propor medidas que solucionem a crise do setor na UE. De acordo com os dois sindicatos, somente medidas imediatas, claras e responsáveis podem salvar o setor e por fim a esse drama econômico e social. A aplicação na França do acordo de 3 de junho de 2009, para o primeiro trimestre de 2010 acabou com as esperanças dos produtores, que estão com um custo de produção em torno de € 315/tonelada e devem receber apenas € 280/tonelada. É falência da produção, e consequentemente de toda a cadeia láctea na Europa. (La France Agricole)
Negócios
Danone – Franck R iboud é conhecido por ter pouca paciência com a visão de curto prazo do mercado acionário. Portanto, quando o presidente executivo da Danone decepcionou os analistas em novembro ao reduzir as previsões de crescimento, ele reagiu em seu estilo típico. “A crise não é nossa principal preocupação; nossa principal preocupação é construir os próximos 15 anos deste grupo”, afirmou. Com isso em mente, Riboud mudou a estratégia da empresa: o foco passou do crescimento da receita para o crescimento dos volumes. É muito melhor cortar preços e aumentar volumes do que fechar fábricas. Para a Danone, a mudança de foco, do crescimento de receita para o aumento de volumes, significa expandir-se em países em desenvolvimento. E como as pessoas nesses países têm menor renda, a companhia não pode esperar obter as mesmas margens de lucro. Seu iogurte mais barato é vendido em Bangladesh a € 0,06 o copo de 80 gramas. Na França, o iogurte Activia simples sai por € 0,26 o copo de 125 gramas. A Danon e também está testando a venda do Activia na forma em pó, o que lhe permitiria reduzir os altos custos de armazenagem refrigerada. (Valor Econômico)
Cadbury – A britânica Cadbury publicou os resultados de 2009, apresentando um crescimento de 5% no ano, só na Inglaterra. O lucro operacional ficou 13,5%, maior que o previsto pela empresa, de 13,3% e projetou um crescimento de 5% a 7% para 2010, e aumento entre 16% e 18%, nas vendas, até 2013. Mais uma vez recusou a oferta da Kraft Foods. “A performance de 2009 foi memorável. Nós crescemos em meio à pior recessão econômica enfrentada em 80 anos”, disse o diretor do grupo, Todd Stitzer. A Kraft ofereceu 762 pences por ação, mas o valor delas já está em 781 pences, e analistas não acreditam que qualquer negócio seja fechado com um valor menor do que 800 pences. (La Tribune)
Setoriais
VBP – O valor bruto da produção (“da porteira para dentro”) das 20 principais culturas agrícolas do país deverá somar R$ 159.580 bilhões em 2010, conforme levantamento divulgado pelo Ministério da Agricultura. Além de ser R$ 2.741 bilhões (1,7%) superior à previsão divulgada pelo governo em dezembro, a nova estimativa representa um salto de 4,3% em relação ao resultado do ano passado (R$ 153.029 bilhões) e é “apenas” R$ 670 milhões inferior ao recorde de 2008 (R$ 160.250 bilhões). (Valor Econômico)
Milho I – O Brasil deve semear 8,1 milhões de hectares de milho na safra de verão de 2009/10. Dessa área, 98% já foram semeados. Os dados são da consultoria Céleres, que estima, ainda, exportações de 8,5 milhões de toneladas no período. O comportamento dos preços do milho deve determinar a área da safrinha. Os técnicos da consultoria avaliam, no entanto, qu e a área semeada poderá chegar a 5 milhões de hectares, com crescimento de 6,8% sobre 2009. Pelos cálculos da Céleres, a safra nacional de milho sobe para 50,7 milhões de toneladas neste ano, 8,9% a mais do que em 2009. Enquanto a de verão fica em 32,2 milhões de toneladas (mais 2,4%), a safrinha vai para 18,5 milhões (mais 22,4%). (Folha de SP)
Milho II – Faltando apenas dois meses para a colheita da safra de verão, o Brasil ainda contabiliza um estoque de quase 11 milhões de toneladas de milho. Nas últimas seis safras, a média de estoque de passagem era de pouco mais de seis milhões de toneladas. Na esperança de obter preços melhores, muitos produtores rurais optaram por guardar o milho em estoque. O resultado é uma montanha de produto aguardando comercialização. Na unidade de armazenagem da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) em Avaré, são 17 mil toneladas paradas. A média para o período não passa de oito mil toneladas. A produção de Antônio Edson Leite, que estava guardada desde março, só saiu no mês passado. A saca foi comercializada a R$ 19 e o custo de produção era de R$ 18. Antônio foi radical. Não plantou milho nesta safra. Trocou tudo pela soja. A situação se repete em todo o país. De acordo com a Conab, a área de milho deve ser quase 11% menor nesta primeira safra. Segundo analistas, o cenário não deve mudar este ano. (Canal Rural)
Economia
Cesta – O preço da cesta básica apresentou queda, em 2009, em relação a 2008, em 16 das 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Belém foi a única cidade em que o conjunto de gêneros alimentícios de pri meira necessidade apresentou elevação (de 2,65%) no ano passado. As maiores retrações no custo da cesta ocorreram em João Pessoa (-14,92%), Natal (-12,57%) e Aracaju (-12,47%). De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, a menor variação negativa de 2009 foi verificada em Vitória (-3,71%). Em Brasília, São Paulo e no Rio de Janeiro, o valor da cesta básica caiu 5,90%, 4,72% e 11,02%, respectivamente, no período. O Dieese destacou que a redução mensal do custo da cesta básica em 14 das 17 capitais foi efeito da queda generalizada dos produtos na maioria das cidades: leite, com queda em 15 localidades; tomate, em 14; e arroz, em 13, foram os principais destaques. (Agência Estado)
Cesta/SP – Segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Uniso (Universidade de Sorocaba), o custo da cesta básica, em Sorocaba, teve a maior queda do ano em dezembro, com redução de 1,77%, comparado ao mês anterior. Essa foi a quinta redução c onsecutiva, que fechou o ano com custo de R$ 331. Comparado a julho, o mês com maior valor (R$ 344), a redução acumulada chega a 3,7%. Segundo o economista Manuel Payés, coordenador da pesquisa, o que favoreceu essa queda foi o recuo de preço de produtos de forte impacto no custo total da cesta, como é o caso da carne bovina de segunda linha, que caiu 15% no ano. Outra redução acentuada foi verificada no leite (-75%). Apesar da tendência de queda, no segundo semestre, o custo médio acumulou alta de 3,12%. O economista Manuel Payés destaca, no entanto, que esse índice está abaixo da inflação, que deve chegar a 4,28% ao ano. O reajuste anual em 2009 também foi bem inferior ao verificado em 2008, quando o preço chegou a subir 11%. (Rede Bom Dia/SP)
Consumo/RS – A população gaúcha demonstra preferência por produtos fabricados na região. O comércio de bens não duráveis, produzidos e consumidos no Rio Grande do Sul, está 50% acima da méd ia brasileira, segundo levantamento realizado pela consultoria Nielsen. Enquanto no Estado 31% desses bens comercializados são produzidos na própria região, no restante do Brasil essa média é bem menor. O diretor de atendimento ao varejo da Nielsen, João Carlos Lazzarini explica que há um percentual maior de gaúchos com estilos de vida que permitem acesso ao consumo, em relação ao restante do País, alguns com características que apontam a tendência a experimentar novas marcas. Além disso, o levantamento aponta que os produtos de consumo diário, como derivados do leite, são os que têm maior participação no mercado regional. (Jornal do Comércio/RS)
Balança – A balança comercial brasileira começou 2010 negativa. Conforme dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, na primeira semana deste mês a balança registrou déficit de 375 milhões de dólares. O saldo é resultado de exportações de 2.526 bilhões, menos importações de 2.901 bilhões de dólares. O último déficit semanal da balança havia sido registrado na segunda semana de dezembro. Em janeiro de 2009, mês em que os efeitos da crise financeira na economia estavam mais fortes, foi registrado um resultado negativo de 529 milhões, no que foi o primeiro déficit mensal em quase oito anos. Em 2009, o superávit comercial revisado somou 25.34 bilhões, com alta de 1,5% sobre o superávit registrado em 2008 (24.95 bilhões). (Correio do Povo/RS)
Emprego – O emprego industrial registrou, em novembro do ano passado, a maior taxa de crescimento desde janeiro de 2001, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em nota divulgada nesta terça-feira. O indicador subiu 1,1% perante outubro de 2009, na série com ajuste sazonal. Foi o quinto avanço seguido. No comparativo com o penúltimo mês de 2008, no entanto, houve queda no pessoal ocupado na indústria, de 4,1%, aliás, a 12ª taxa negativa consecutiv a. No acumulado do ano, a baixa foi de 5,5%. Em 12 meses, o recuo correspondeu a 5,2%. (Valor Online)
IGP-M – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,27% na medição inicial deste mês, revertendo o rumo registrado em mesmo período de dezembro de 2009, quando caiu 0,16%. O movimento dos preços no atacado, que aumentaram, teve impacto no resultado. As informações são da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em 12 meses, houve decréscimo de 1,02%. O levantamento mostrou que o Índice de Preços por Atacado (IPA) avançou 0,25% em janeiro, seguindo baixa de 0,35% um mês antes. Os preços dos bens agropecuários caíram 0,09% e os dos produtos industriais tiveram elevação de 0,36%. Na pesquisa anterior, ambas foram negativas, em 1,09% e 0,10%, respectivamente. (Valor Online)
Globalização e Mercosul
Venezuela – A desvalorização da moeda da Venezuela gera dúvidas, temores e também expectativas entre as empresas, inclusive brasileiras com operação no país. Teme-se que, com os importados mais caros, as vendas no mercado venezuelano caiam. Além disso, as novas condições podem prejudicar as remessas de lucro ao exterior. Mas, para algumas empresas, a medida pode facilitar os trâmites de importação, que dificultam os negócios. (Valor Econômico