Leite – Houve um aumento na recepção de leite pelas indústrias no terceiro trimestre de 2009. Conforme dados preliminares publicados pelo IBGE, a quantidade de leite recebida pelos laticínios sob fiscalização no segundo trimestre de 2009 foi 4,7% maior que no mesmo período de 2008 e 10,27% maior que o mesmo período de 2007.
Minas Leite – O programa Minas Leite, criado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, que atualmente dá assistência a 400 propriedades, pretende alcançar 500 no próximo ano e dobrar esse número até 2011. A informação é do coordenador do programa pela Secretaria, Rodrigo Pucini Venturin. Segundo Venturin o objetivo do programa é a melhoria da qualidade de vida dos produtores mediante o aprimoramento da gestão dos seus sistemas de produção na pecuária bovina. Ele afirma também que o trabalho tem possibilitado aumentos dos índices de produtividade nas fazendas. Foi registrada, em 2009, uma média de 103 litros de leite retirados por trabalhador diariamente. Em 2008, a média foi de 100 litros e, no ano anterior, de 90 litros por trabalhador. A produção anual de leite em Minas alcança 7,3 bilhões de litros ou cerca de 26% da produção brasileira. Com esse volume, além de liderar o ranking nacional, o esta do é uma das 20 regiões que mais produzem leite no mundo, diz Venturin. (Globo Rural)
Pis/Cofins – A comercialização de carnes, couros e demais produtos de origem animal está livre da cobrança de alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), de acordo com a Instrução Normativa 977/2009, da Receita Federal, publicada no Diário Oficial da União. A norma regulamenta os artigos 32 a 37 da Lei 12.058/2009 e produz efeitos retroativos a 1º de novembro último, e inclui também a comercialização de animais vivos para abate, desde que efetuada por pessoa jurídica (empresa) ou cooperativa que produza ou industrialize bens e produtos de origem animal. A isenção se aplica à receita bruta da venda no mercado interno, e a instrução normativa estabelece ainda que as notas fiscais relativas às vendas feitas com isenção de PIS/Cofins devem conter a expressão venda efetuada com suspensão de contribuição para o PIS e da Cofins, juntamente com a previsão legal (IN RFB 977/2009). (Agência Brasil)
Negócios
Santa Clara – Cooperativa Santa Clara de Carlos Barbosa está apresentando ao mercado um novo produto, o leite em pó integral, em embalagem de 360g. Ele é elaborado a partir da concentração e secagem do leite, por meio de concentradores tubulares e secagem final em spray dryer, processo que garante a qualidade microbiológica e sensorial. O produto é prático, devido à facilidade do manuseio, não necessita de refrigeraçã o, tem validade de um ano e mantém todas as características do leite. A Santa Clara encerra 2009 com uma produção de 222 milhões de litros de leite, o que representa um acréscimo de 13% no volume industrializado sobre o do ano passado. (Jornal do Comércio/RS)
Alimentos – Ninguém no setor de alimentos e bebidas economiza números em relação a 2010. As indústrias têm expressado seu otimismo por meio de percentuais graúdos: a Nestlé, por exemplo, planeja faturar 12% mais que neste ano. Na Bauducco, a meta é crescer no mínimo 15%. Já a Empresa Brasileira de Bebidas e Alimentos, a Ebba, aposta em vendas 112% melhores. Isso mesmo: a dona das marcas de suco Maguary e Dafruta quer mais que dobrar no próximo ano. Não é para menos: 2008 não teve crise para os fabricantes de alimentos e de bebidas. “Foi um ano fenomenal e esse crescimento deve continuar nos próximos 12 meses embalado pela recuperação do poder aquisitivo de toda população – e das classes C, D e E, em especial”, diz João Carlos Lazzarini, diretor de atendimento a varejistas da Nielsen Brasil. Outro fenômeno também vai continuar beneficiando o setor no próximo ano: o aumento de categorias de produtos consumidas com frequência pela população. Segundo um levantamento divulgado pela Nielsen em agosto, o carrinho de compras das famílias brasileiras das classes D e E, com renda média mensal de até R$ 846, tinha, até o ano passado, 22 itens em média, a maioria deles formada por artigos básicos, como açúcar, óleo e macarrão. Com a melhora no poder de compra desse conjunto de brasileiros, outras cinco novas categorias – dentre elas achocolatados em pó, leites longa vida, caldos de carne, iogurtes e sucos prontos – passaram a ser comprados com frequência por esse consumidor a partir do primeiro semestre de 2009. “O número de categorias continuará crescendo”, diz Lazzarini. (Valor Econômico)
Nestlé – A Nestlé Brasil, a maior empresa de alimentos do país, em 2008, cresceu apenas 4,6% em relação a 2007, passando de um faturamento R$ 12,4 bilhões para os R$ 13 bilhões do ano passado. A expectativa agora é fechar 2009 com alta real de faturamento de 7%, ou 10% organicamente (incluindo aquisições, arrendamentos e aumento da capacidade produtiva). Ou seja: a multinacional quase dobrou o ritmo de crescimento e chegará aos R$ 15,5 bilhões. E não vai parar por aí. A meta em 2010 é crescer o dobro do PIB do país, o que deverá resultar em uma elevação de cerca de 12% nas vendas. “Até 2012 vamos chegar a R$ 30 bilhões”, afirma Ivan Zurita, presidente da companhia no país. (Valor Econômico)
Walmart – Na próxima semana, o presidente do Walmart, Héctor Núñez, deve anunciar o maior investimento da rede no País. A cifra é mantida em segredo. O Brasil, ao lado da Índia e da China, e stá entre as subsidiárias que mais recebem dinheiro da matriz. A compra do controle das Casas Bahia pelo Pão de Açúcar só tornou ainda mais evidente a necessidade de apostar alto no mercado. “A relevância do Brasil no Walmart cresce a cada dia. Tem um país que verdadeiramente está virando um país de classe média”, diz Núñez. O executivo também está entusiasmado com o sucesso da operação da internet. Novato na rede, Núñez diz que o Walmart já vende hoje o planejado para meados de 2011. (O Estado de SP)
Setoriais
Pronaf/MS – O governo de Mato Grosso do Sul firma, nesta quinta-feira (17/12), novos projetos de crédito do Pronaf – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – do Plano Safra Mais Alimentos da Agricultura Familiar 2008/09. Na ocasião serão ass inados projetos com 10 produtores da cidade de Sidrolândia. O Pronaf Mais Alimentos destina recursos para a infra-estrutura da propriedade rural com limite de crédito de até R$ 100 mil, podendo o financiamento ser pago em até dez anos, com até três anos de carência e juro de 2% ao ano. Os projetos desta linha contemplam investimentos em formação de pastagens; compra de tratores, máquinas, implementos agrícolas e matrizes; irrigação; manejo do solo; construção de açudes; implantação de pomares e estufas; e armazenagem, entre outros. A linha de crédito contempla projetos associados à produção dos principais produtos alimentares: olerícolas, frutas, arroz, feijão, milho, mandioca, trigo e leite. (Globo Rural)
Crédito – Cooperativas e agroindústrias têm até 30 de junho de 2010 para contratar linha de crédito para capital de giro. O prazo, que encerrava no dia 31 de dezembro, foi prorrogado por determinação do Conselho Monetário Nacion al (CMN), ontem. Segundo o CMN, há disponibilidade de recursos e demanda não atendida nas instituições financeiras. A linha, criada esse ano, disponibiliza até R$ 10 bilhões para pagamento em 24 meses e juros de 11,25% a.a. (Correio do Povo/RS)
Recurso – O Governo Federal liberou R$ 742 milhões para obras emergenciais e atendimento às vitimas das chuvas e temporais no Sul e Sudeste e da seca no Nordeste. Desse total, o Ministério da Agricultura destinará R$ 50 milhões para a recuperação de estradas vicinais danificadas pelas chuvas no Sul, com objetivo de evitar a interrupção do transporte de insumos agropecuários e produtos básicos para as comunidades rurais. (Valor Econômico)
Economia
Emprego – O Brasil registrou a criação de 246.695 empregos formais (com carteira assinada) em nove mbro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. O resultado é recorde para o mês e praticamente o dobro de novembro de 2007, quando foram criados 124.554, o melhor resultado para o mês até então. A criação de empregos foi liderada pelo setor de comércio, com saldo de 116.571, valor recorde para o mês, superando em 17% a marca anterior de novembro de 2007 (99.677). Em seguida, veio o setor de serviços, com a criação de 87.252 postos de trabalho, também recorde para o mês. A indústria de transformação (vestuário, automóveis, madeira) registrou a geração de 39.594 vagas, o maior número para o mês de novembro. Já a construção civil criou 17.791 empregos, outro recorde. A agropecuária, porém, teve saldo negativo de 16.628, por conta da entressafra em algumas regiões. (Correio do Povo/RS)
IPC – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), no município de São Paulo, diminuiu de 0,20% na primeira quadrissemana de dezembro para 0,17% na segunda leitura do mês. O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que iam de 0,12% a 0,22%, com mediana de 0,18%. Apresentaram alta da primeira para a segunda prévia de dezembro os grupos Transportes (de 0,17% para 0,34%), Despesas Pessoais (de 0,47% para 0,50%), Vestuário (de 0,66% para 1,22%) e Educação (de 0,09% para 0,11%). Registraram queda os grupos Habitação (de 0,07% para 0,03%), Alimentação (de 0,17% para -0,10%), Saúde (de 0,17% para 0,01%). (Agência Estado)
IGP-10 – Os preços do tomate e do leite voltaram a cair em dezembro e ajudaram o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) a registrar deflação de 0,07% no mês, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). No mês anterior, a taxa ficara positiva em 0,07%. Maior influência de queda tanto no atacado quanto no v arejo, o tomate ficou 17,76% mais barato para o consumidor, enquanto o preço caiu 29,79%. O leite longa vida ficou 5,81% mais barato no varejo e o preço do leite in natura caiu 4,28%. Entre componentes do IGP-10, o Índice de Preços por Atacado (IPA) foi o único a registrar variação menor do que a de novembro. O indicador variou -0,25% em dezembro, bem abaixo da taxa de 0,08% do mês anterior. No corte por origem, a taxa dos produtos agropecuários recuou de 0,45% para -0,45%, enquanto a dos produtos industriais acentuou a queda, passando de -0,04% para -0,18%. (G1)
Cálculo – A partir de abril de 2010, o Índice Preços por Atacado (IPA) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) terá uma cara nova. Calculado pela instituição desde 1947, o indicador que responde por 60% dos Índices Gerais de Preços (IGPs) vai medir a variação dos preços ao produtor, não no atacado. Isto é, os preços serão col etados na porta da fábrica e no campo, seguindo uma tendência que já é realidade em outros países, como os EUA. “O novo indicador será mais fiel à realidade do produtor industrial e agropecuário”, afirma o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros. Ele explica que o novo IPA, cujo nome oficial será Índice de Preços ao Produtor Amplo, mas a sigla continuará a mesma, não vai incluir nos preços dos cerca de 350 produtos pesquisados os impostos de valor adicionado, como Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), nem o frete. (O Estado de SP)
PIB – A economia brasileira permanece concentrada em apenas cinco municípios, que respondem por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente a 2007, revela que, dos 5.564 municípios brasileiros, só 50 respondiam por metade d a renda produzida no País. (Jornal da Tarde)
Globalização e Mercosul
Brasil/Venezuela – As exportações brasileiras para a Venezuela recuaram significativamente neste ano, na esteira do mau desempenho da economia venezuelana, mas o país comandado por Hugo Chávez continua como um importante mercado para os produtos do Brasil. De janeiro a novembro, as vendas externas para a Venezuela totalizaram US$ 3,277 bilhões, 29,76% a menos do que no mesmo período do ano passado, ainda assim garantindo o posto de oitavo principal destino no mundo e o segundo da América Latina, atrás apenas da vizinha Argentina. O Brasil mantém ainda um folgado superávit comercial com os venezuelanos, de US$ 2,742 bilhões no acumulado de janeiro a novembro, valor só ultrapassado pelos saldos obtido s com a Holanda e a China. (Valor Econômico)
China – Os investimentos externos diretos (IED) na China dispararam em novembro atraídos pela recuperação do ritmo de crescimento do país. O fluxo de investimentos aumentou 32% em relação ao mesmo mês do ano passado, chegando a US$ 7,02 bilhões, anunciou ontem o Ministério do Comércio. Foi o maior crescimento em 16 meses. Em outubro, o crescimento do IED tinha sido de apenas 5,7%. A economia chinesa cresceu 8,9% no terceiro trimestre, seu melhor desempenho do ano, levando economistas ouvidos pela agência de notícias Bloomberg a revisarem para cima suas previsões para o ano que vem numa mediana de 9,3%. Neste quarto trimestre, o PIB deve crescer 10,5%, o que deve garantir que o país cresça ao ritmo de 8% em 2009, como prevê o governo. (Valor Econômico)