Notícias do dia 11.11.09

Importações – Veja as importações de lácteos em outubro de 2009 comparadas com outubro de 2008 e setembro de 2009. Em seguida, as importações acumuladas de janeiro a outubro de 2009 comparadas com o mesmo período de 2008. (www.terraviva.com.br)

 

Cálcio – Estudos feitos nos EUA e no Canadá revelam como leite e derivados, junto com uma dieta saudável, podem ajudar as pessoas a emagrecer e ganhar massa muscular. O nutricionista Michael B. Zemel, diretor do Instituto de Nutrição da Universidade do Tennessee, estudou as propriedades dos laticínios durante anos e descobriu que o cálcio contribui para 40% do que ele chama de “efeitos antiobesidade”. À falta de cálcio, o organismo libera o hormônio calcitrol, que estimula o armazenamento de gordura. Já o maior consumo de cálcio inibe a liberação de calcitrol. Além do cálcio, os laticínios têm outros componentes com efeito emagrecedor. Entre eles, o aminoácido leucina, que estimula a síntese da proteína muscular, consegue inibir o armazenamento de gordura no tec ido e queima a gordura do músculo. De acordo com o estudo, para se obter esse resultado é necessário consumir pelo menos 3 porções diárias de leite e derivados. (Correio Braziliense)

Proteínas – O professor de fisiologia e coordenador do grupo de pesquisa sobre o Exercício do Metabolismo da Universidade de McMaster, no Canadá, resolveu testar as proteínas do leite aliadas ao exercício. Durante 12 semanas, 56 voluntários, entre 18 e 30 anos, participaram de um treino de musculação intenso. Depois do exercício, um grupo bebia dois copos de leite; o outro consumia 700 ml de uma bebida feita com soja — e com a mesma quantidade de proteínas; e o terceiro grupo tomava a mesma medida de uma bebida feita com carboidratos. O grupo que bebeu leite perdeu 1 kg de massa gordurosa; os que ingeriram carboidrato, 500 g; e os que consumiram a bebida de soja não perderam peso. Os bebedores de leite também tiveram 40% a mais de ganho de massa muscul ar do que o segundo grupo, e 63% a mais que o terceiro grupo. Como o leite consegue queimar gordura ainda é um mistério. O mais provável é que seja a combinação de aminoácidos específicos presentes na proteína, leucina, vitamina D e cálcio. (Correio Braziliense)

Colesterol – Depois de 7 anos de estudos, o professor do Departamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Sebastião Brandão, conseguiu separar o colesterol do leite e seus derivados. Os produtos devem chegar ao mercado em 2011.  (UFV/Jornal da Band)

Leite/PB – Durante o encerramento da 5ª Exposição Nacional de Caprinos e Ovinos das Raças Nativas e da 18ª Feira Estadual de Animais, no município de Taperoá, no Cariri p araibano, o secretário do Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, Ruy Bezerra, destacou o desenvolvimento da caprinocultura na região do Cariri e sua importância para o programa do leite na Paraíba. “A região produz 13.800 litros de leite por dia. O governo do Estado pretende passar para 30 mil litros/dia. A caprinocultura é responsável por cerca de 4% do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), nos últimos anos”, explicou. Na Paraíba, o leite da cabra já está sendo transformado em pó. Para alavancar a produção, Ruy disse que está sendo negociado um financiamento com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agropecuário (Fida), órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU) e tem por finalidade promover o desenvolvimento rural de regiões equivalentes ao semi-árido paraibano. (iParaíba)

Leite – Após sucessivas altas, o preço do leite caiu 9,52% em outubro, após retração de 10% em setembro, segundo a Fecomerc io/SP. No início do ano, o leite estava mais caro, pois o frio e a geada prejudicaram a pastagem, e reduziu a oferta. O retorno do clima favorável mudou o cenário, diminuindo o preço. (Folha de SP)

Leite/ES – O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, confirmou a construção de um laboratório de análises de leite e produtos lácteos no Espírito Santo. A Seag conduz importantes programas que contribuem para o incremento do agronegócio do leite no Espírito Santo, como o “Apoio à melhoria da Qualidade do Leite”, onde 100 tanques já foram repassados às comunidades e outros 100 serão entregues até o final de 2009, viabilizando a coleta granelizada das pequenas produções. Cerca de mil pequenos pecuaristas foram beneficiados. Do “Programa Especial de Melhoramento Genético da Pecuária de Leite do Espírito Santo”, iniciado em 2007, já nasceram aproximadamente 200 crias, sendo 90% fêmeas, benefici ando 60 produtores que receberam as primeiras mil doses de sêmen, propiciando a reposição de matrizes com melhoramento genético. (Seag/ES)

 

Negócios

Speciale – As marcas próprias, das grandes redes supermercadistas, começam a ganhar espaço nas padarias mineiras. A Associação Mineira de Indústria de Panificação (Amip) e o Sindicato das Indústrias de Panificação de Minas Gerais (SIP) lançam a marca Speciale para leite e café moído. Outros produtos serão colocados no mercado a partir de 2010, como a mussarela. O objetivo é fidelizar clientes, fornecedores e ganhar mercado. O preço sugerido para o leite, produzido pela Mumilk, é de R$ 1,29. Já o café, fabricado pela Fino Grão, é de R$ 7, o quilo. Os dois produtos começaram a ser vendidos em alguns estabelecimentos do segmento, que reúne 14,6 mil padarias no Estado, emprega 175 mil pessoas e deve faturar, em 2009, entre R$ 4,8 e 5 bilhões. Inicialmente, a estimativa é vender 5 mil litros de leite/dia, mas, “queremos atingir 60 mil litros”, comenta o presidente do SIP. De acordo com Carneiro, o mercado mineiro de panificadoras é pioneiro na exploração de marcas próprias. (Hoje em Dia/MG)

“Lo Vara” – O prefeito em exercício Joci Piccini apresentou a embalagem do leite que será produzido na indústria leiteira Rio Verde, em Lucas do Rio Verde (MT), a partir de 2010. Segundo informou Piccini, o laticínio Rio Verde foi muito feliz na identificação do leite que será produzido no município. A marca “Lo Vara” remonta à cidade de Novara, na Itália, e foi escolhida em homenagem àquela região da Europa reconhecida pela produção de leite, queijos e vinhos. Assim que o laticínio Rio Verde iniciar a produção de leite, deverão também ser iniciadas as obras para constr ução de um novo laticínio que terá capacidade para industrializar entre 500 e um milhão de litros de leite/dia. (ExpressoMT)

 

Setoriais

PAA/PE – Levantamento da Conab em Pernambuco mostra que até o final do ano, os investimentos do Governo Federal para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), podem chegar a R$ 25 milhões, um crescimento de mais de 200%, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Esse crescimento se deve ao aumento da aprovação de propostas apresentadas por pequenos produtores. Os recursos são do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A regional pernambucana continua recebendo propostas de agricultores familiares que queiram participar do PAA na modalidade, Compra com Doação Simultânea. “Até o momento, recebemos 80 projetos, sendo que 20 já foram contemplados. A expectativa é atingir 100 até o final do ano”, prevê Valdomiro Sampaio Martins, superintendente da Conab. (Nordeste Rural)

MutumGAP – A cidade de Nova Mutum, MT, planeja implementar um programa de certificação voluntária de alimentos para atender os mercados nacional e internacional. O chamado MutumGAP, deve abranger toda a cadeia de produtos agrícolas do município, nos mesmos moldes do GLOBALGAP, um sistema mundial de gestão de qualidade, que contempla aspectos sociais (condições e qualidade de vida dos trabalhadores rurais), ambientais, boas práticas agrícolas (gestão rural) e padrões de APPCC (segurança do alimento). A ideia é desenvolver norma equivalente, mas com características da produção local. Para Marcelo Holmo, que coordenou o Grupo de Trabalho da GLOBALGAP no Brasil, “essa iniciativa será uma referência para outras regiões de como produzir de forma sustentável, com base em uma certificação de credibilidade, validada pelas grandes redes de compradores internacionais e por investidores”. A primeira etapa do projeto, que vai até o final deste ano, é a identificação das emp resas interessadas em participar do projeto-piloto. (MTAgora)

Fiscalização – Os procedimentos de fiscalização que devem ser adotados pelo Serviço de Vigilância Agropecuária (SVA) e pelas Unidades de Vigilância Agropecuária (Uvagro) em portos, aeroportos, postos de fronteira e aduanas especiais foram atualizados pela Instrução Normativa Nº 34. Estão incluídas, ainda, as regras para a certificação pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF), nos estabelecimentos habilitados ao comércio internacional para o controle das exportações de produtos de origem animal. (Ministério da Agricultura)

Produção – A combinação de fatores climáticos favoráveis e o emprego de novas tecnologias transformou o Brasil em potência agrícola. Em duas décadas, desde a safra 1989/90, quando o país colheu pouco menos de 58,3 milhões de toneladas de grãos, a produção nacional aumentou em 140%, com uma expansão da área plan tada inferior a 22%. (Valor Econômico)

 

Economia

Consumo – “As classes D e E passaram a ser olhadas com mais carinho pelos empresários porque estão saindo do estágio de consumo de subsistência”, afirma o economista chefe da LCA Consultores, Braulio Borges. A diretora da LatinPanel, Christine Pereira, ressalta que há muitas oportunidades na região Norte e Nordeste para as indústrias de alimentos e produtos de higiene e limpeza. Ela cita como exemplo cinco produtos que ainda têm pouca presença na cesta de compras da população de menor renda em relação ao restante do País. São eles: creme de leite, leite condensado, maionese, molho de tomate e amaciante de roupas. Para Borges a massa real de renda dos ocupados, pensionistas da Previdência e beneficiários do Bolsa Família cresceu 7,7% no Norte e Nordeste no primeiro semestre deste ano. Além disso, a inflação dos mais pobres perdeu fôlego. Após fechar 2008 com alta de 6,5%, o INPC deve encerrar 2009 com aumento de 4,5%. (Jornal do Comércio/RS)

IPCA – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou elevação de 0,28% em outubro, pouco acima da taxa de um mês antes, de 0,24%. O levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que, no acumulado do ano, o indicador aumentou 3,50%, inferior aos 5,23% apurados em igual período de 2008. “A maior contribuição do mês foi verificada nos combustíveis, que ficaram mais caros em 1,74% e colaboraram com 0,08 ponto percentual no índice de outubro, sendo 0,04 ponto do álcool e 0,04 da gasolina”, informou o IBGE. O grupo Alimentação e Bebidas ainda teve deflação, mas o ritmo de queda desacelerou – marcou agora baixa de 0,09%, contra um recuo de 0,14% em setembro. Tiveram impacto nesse ramo o preço da cebola, das carnes, do açúcar refinado, do tomate e do leite pasteurizado. (Valor Online)

IGP-M – O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou deflação na abertura de novembro, em razão de quedas de custos no atacado e no varejo e a uma desaceleração no setor de construção. O indicador caiu 0,10% na primeira prévia de novembro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços por Atacado (IPA) declinou 0,14%. O IPA agrícola subiu 0,73% e o IPA industrial caiu 0,42%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve baixa de 0,06%, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve variação positiva de 0,04%. (Correio do Povo)

Emprego – O emprego industrial subiu 0,4% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, o terceiro mês positivo consecutivo, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, contudo, a ocupação no setor mant eve a taxa negativa, dessa vez de 6,5%. A folha de pagamento real, equivalente à massa salarial, aumentou 1,7% em setembro ante agosto, revertendo o resultado negativo registrado em agosto (-0,5% ante julho). (Agência Estado)

 

Globalização e Mercosul

Soja/EUA – O relatório mensal do USDA divulgado ontem surpreendeu o mercado ao apontar alta na produtividade de soja nos Estados Unidos, que deve chegar a 48,5 sacas por hectare na safra 2009/10. O recorde deve deixar a produção em 90,3 milhões de toneladas. O mercado esperava aumento na previsão, mas não tão grande. A expectativa era que o número fosse elevado de 88,5 milhões de toneladas para 89 milhões de toneladas. No caso do milho, o USDA projeta quebra de safra, que deve chegar a 328,21 milhões de toneladas. O recuo está relacionado ao clima adverso na colheita. (Correio do Povo)

Soja – Os Estados Unidos vão produzir 90,3 milhões de toneladas de soja nesta safra 2009/10, volume jamais atingido. – É um número mágico – diz Daniele Siqueira, da AgRural. – O que causa estranheza é o USDA (Departamento de Agricultura) só agora chegar a ele, o que as grandes consultorias já tinham feito. Essa supersafra, somada às expectativas de recordes no Brasil e na Argentina, coloca incerteza sobre a comercialização e os preços na América do Sul, onde a colheita ocorre no primeiro trimestre do próximo ano. Os norte-americanos, que já venderam 65% da colheita atual, aproveitam o apetite chinês do momento. Brasileiros e argentinos vão depender de eventual quebra de safra para conseguir bons preços. A supersafra nos EUA, Brasil e Argentina deve elevar os estoques finais para 57 milhões de toneladas, acima dos 42 milhões do i nício desta safra. (Zero Hora)

Investimento – O embaixador do Irã MohseShaterzadeh confirmou que o país está interessado em impulsionar investimentos no setor agrícola brasileiro. A partir do dia 23, o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, estará no Brasil. A ideia é incentivar joint ventures para produção de soja, milho e etanol. (Correio do Povo)

Balança – A China registrou superávit comercial de US$ 24 bilhões em outubro, quase o dobro dos US$ 12,93 bilhões de setembro, informou a Administração Geral Alfandegária. As exportações totalizaram US$ 110,76 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 86,78 bilhões. O total das exportações representa uma queda de 13,8% ante outubro do ano passado, inferior ao declino de 15,2% de setembro, mas superior ao recuo de 12,5% previsto por economistas. Em bases ajustadas sazonalmente, as exportações caíram 9,1% no mês passado ante um ano antes. Já as importações caíram 6,4% frente a um ano antes, declínio superior à queda de 3,5% de setembro e acima das expectativas de recuo de 0,8%. Em bases ajustadas sazonalmente, as importações subiram 7,3% em outubro ante um ano antes. (Agência Estado)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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