Notícias do dia 09.11.09

Destaques do Selectus na semana anterior: produtores e indústrias de leite em Santa Catarina passam a contar a partir de 1º de novembro com novos benefícios de incentivo à produção local; a situação dos laticínios do Norte de Minas será pesquisada pela Universidade Estadual de Montes Claros; o (Usda), em seu relatório anual, prevê melhoras da produção argentina de leite em 2010; as importações de leite e derivados em outubro de 2009; o preço do leite registra queda em SC; leilão Fonterra; preços do leite pago ao produtor no Estado de SP em outubro de 2009; preços médios do litro de leite recebido pelos produtores em 7 Estados do Brasil; de agosto para setembro deste ano, o aumento no volume de leite captado pelas empresas ultrapassou 5%; entra em vigor a nova pauta de valores referenciais para a comercialização do leite e de derivados em Goiás; o governo d o Estado de Mato Grosso do Sul, celebra convênio para a criação do Conseleite e a produção americana de leite vem se mantendo abaixo da produção do ano passado. (www.terraviva.com.br)

2010 – Este ano, a queda dos preços internacionais e o dólar baixo comprometeram o resultado do setor lácteo no mercado externo. Pela primeira vez em cinco anos, a balança comercial vai registrar déficit. As projeções foram apresentadas na Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite (Feileite), em São Paulo. Até 2004, o Brasil era um grande importador de lácteos, quando investimentos para ampliar a produção tornaram o país autossuficiente e exportador. No ano passado, a balança comercial chegou a ter superávit de US$ 320 milhões. Entretanto, a crise financeira mudou o cenário e a indústria vem enfrentando dificuldades. A boa notícia é que em 2010 a situação deve melhorar. Os analistas do setor dizem que como a crise desestimulou diversos países produtores de leite, a produção deve cair, o que deve levar a um aumento dos preços internacionais. (Canal Rural)

Produção/SC – O leite avança em Santa Catarina porque é um tipo de produção que atende as necessidades e potencialidades da agricultura familiar. Ele ocupa mão de obra e garante renda mensal. Das 200 mil propriedades agrícolas do Estado, 75 mil produzem leite. Na avaliação do vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, a evolução da agricultura familiar no Estado vai depender do seu aprimoramento, com oferta de produtos de maior valor agregado e boa comercialização. O leite é um dos produtos que permitem aumentar a renda. (Diário Catarinense)

Leite/SC – Os alunos do 4º ano da Escola Municipal José Victor Mairesse desenvolvem em suas atividades pedagógicas o Projeto Do Curral à Prateleira do Supermercado. O trabalho consiste em acompanhar a produção e beneficiamento de leite do município até a venda no comércio. A turma orientada pela professora estagiária Marcelle Fernandes, teve contato com o manejo das vacas, produção, armazenamento e coleta do leite, na propriedade de Celso Petter. Em seguida, os estudantes estiveram na empresa Bom Gosto, onde assistiram ao processo de industrialização, a realização de testes químicos e biológicos para verificar a qualidade do produto e ao empacotamento. Também acompanharam o carregamento e a saída dos caminhões que transportam o leite produzido na Fazenda Vilanova, para consumidores em centenas de cidades do Estado e do Brasil. (O Informativo do Vale)

Leite/PB – A atividade leiteira é um dos setores mais importantes para os sertanejos. Com 2016 produtores de leite de vaca somente na região de Sousa (PB), são contabilizados 75 mil litros de leite por dia. Por R$ 0,70 o litro, essa superprodução rende quase R$ 19 milhões ao ano, segundo o gestor do projeto Fazenda Ef iciente do SEBRAE/PB, Lhano Osawa, que atende 100 produtores com capacitação e tecnologia avançada. Um dos membros do projeto, Thiago Guedes, conseguiu desenvolver em sua indústria, Isis, um produto que está se tornando líder de vendas no mercado local. Concorrendo diretamente com um produto nacional, ele desenvolveu a bebida láctea Bífidus, que faz o mesmo efeito do leite fermentado. “Vendemos tanto quanto o concorrente nacional. Distribuímos seis mil litros da bebida em três meses com renda de R$ 21.600,00”, lembrou Thiago. (iparaiba)

Leite/BA – Com um déficit histórico na produção de leite e um cenário de estagnação nos últimos 20 anos, a Bahia é a sétima maior produtora de leite do País, com 911 milhões de litros anuais. Este volume representa uma fatia de 3,56% da produção nacional e sequer consegue atender à demanda dos baianos, que consomem cerca de 1,6 bilhão de litros por ano. No mercado de leite longa vida, a situação é ainda pior. Conforme o Sindleite, pelo menos 90% deste tipo de leite consumido na Bahia vem de outros estados. (A Tarde/BA)

Leite/GO – Cerca de 30 pecuaristas de Caçu, município localizado no Sudoeste do Estado, sofre com a falta de pagamento, nos últimos dois meses, do leite fornecido à Parmalat, instalada em Santa Helena de Goiás. A pecuária leiteira é uma das principais atividades do município. Segundo pecuaristas, para atender às exigências do laticínio, muitos fizeram investimentos, e agora não estão conseguindo cumprir com os pagamentos das obrigações. A maioria dos pecuaristas parou de fornecer leite para a Parmalat, que fica a 130 quilômetros de Caçu. De acordo com a assessoria da Parmalat, a empresa sofreu bloqueios judiciais indevidos que causaram, momentaneamente, uma dificuldade de fluxo de caixa e trabalha para regularizar a situação. (O Popular Online)

Produção/CE – Pro dutores de leite paulistas visitaram o parque industrial do Laticínios Betânia, no município de Morada Nova/CE, e ficaram impressionados com a tecnologia de ponta, e a gestão inovadora da empresa. Com capacidade para processar 500 mil litros de leite/dia, a Betânia, por falta de matéria prima, processa apenas 350 mil, fabricando 93 produtos, desde o leite pasteurizado mais simples ao mais sofisticado iogurte. A francesa Danone investe na construção de uma nova fábrica em Maracanaú. O Ceará tem, pois, indústria da mais alta qualidade, mas falta leite. O Governo do Estado finaliza um projeto para a utilização de áreas virgens dos perímetros de irrigação Tabuleiros de Russas e Baixo Acaraú, para a implementação do programa “pasto verde” – pasto irrigado para pastejo rotacionado. A ideia é atrair jovens produtores rurais com experiência no cooperativismo de negócio de produção de leite, que podem ser cearenses, paulistas ou gaúchos, para incrementar a produção leiteira em mais 2 50 mil litros/dia. (Diário do Nordeste)

Preço/CE – José Maria Pimenta, presidente da Ematerce, concorda com Jorge Parente, diretor do Laticínios Betânia, que diz estar pronta´ para comprar mais 100 mil litros de leite do produtor cearense. “Louvável. Só que, nesta entressafra, os laticínios reduziram em 8 centavos o preço do leite. Assim, o tiro sairá pela culatra: em vez de subir a produção, teremos 100 mil litros a menos. O pior é que, para o consumidor, baixaram absolutamente nada”, diz Pimenta. (Diário do Nordeste)

Leite/MS – Com o slogan: “Um Balde Cheio de Oportunidades e Bons Negócios”, a prefeitura de Iguatemi (MS) promove de 03 a 06 de dezembro a Feira do Leite – Território Cone Sul. O município que produz 30 mil litros de leite/dia está oferecendo incentivos a empresas de laticínios que queiram instalar-se na cidade, e o evento será uma oportunidade para expositores de produt os e serviços do setor lácteo. (www.terraviva.com.br)

Piracanjuba – Na revista Valor 1000 desse ano o Laticínios Bela Vista, detentor da marca Piracanjuba, obteve a posição 683 no ranking das maiores empresas do país. Mas, a maior conquista foi obter o 4º lugar no quesito Crescimento Sustentável, dentre as empresas do ramo de alimentos. Reconhecimento do trabalho desenvolvido com seriedade e dedicação, sempre comprometido com qualidade e proteção ao meio ambiente. (Newsletter Piracanjuba)

Marketing – A marca Piracanjuba também volta à mídia, com duas peças publicitárias. Uma destacando a qualidade e as propriedades do leite Piracanjuba para a saúde e o bem estar, estrelado pela atriz Glória Pires. A segunda faz parte do aumento da visibilidade do composto lácteo Duótimo, estrelado pelo ator mirim, Matheus Braga. O comercial será veiculado em Rio Branco, Macapá, Porto Velho, Boa Vista, Belém, Santarém e Marabá, mas também pode ser visto no endereço HTTP://www.youtube.com/watch?v=ThuXagWcN1k. Já a peça publicitária com Glória Pires será destinada ao público de Goiás, Distrito Federal, Maranhão e Triângulo Mineiro. (Newsletter Piracanjuba)

 

Negócios

Supermercados – Os setores de alimentação e bebidas estão prontos para abastecer o mercado. Os lançamentos podem ser conferidos pelos consumidores nas gôndolas dos supermercados – que apostam em um incremento nas vendas entre 3% e 5% em relação ao ano passado. A estimativa do presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, leva em conta a estabilidade dos preços de produtos tradicionais – como o panetone e os espumantes – para puxar as vendas. Aliado a isso estão o aumento da massa salarial e a ascensão ao mercado de consumo de classe sociais até então excluídas. Para atender à demanda deste final de ano, os supermercadistas aumentaram em média 20% seus estoques. “O setor está abastecido para as necessidades dos clientes. Será o melhor Natal de todos os tempos, com crescimento entre 3% e 5% sobre 2008”, ressalta Longo. (Correio do Povo/RS)

Panetones – A Pandurata Alimentos – detentora das marcas Bauduco, Visconti e Tommy – investiu mais de R$ 30 milhões na nova linha de produção para ampliar a capacidade em 45%. A previsão é comercializar 50 milhões de panetones. “A Bauducco é a marca sinônimo desta categoria e a referência de qualidade para o trade e o consumidor”, destaca o diretor de Marketing, Paulo Cardamone. (Correio do Povo/RS)

 

Setoriais

Chuvas/SC – Os estragos causados pelos temporais no sul seguem refletindo no campo. No oeste de Santa Catarina, produtores tiveram que jogar leite fora por falta de energia elétrica. (Canal Rural)

Safra/EUA – O mercado mundial conta com boa oferta de grãos. Os EUA tiveram uma das maiores safras de soja e milho. Colheram 88 milhões de toneladas de soja, 8 milhões a mais do que na anterior, e 320 milhões de toneladas de milho. Além disso, o país está diminuindo o consumo de milho para etanol porque caiu o preço do petróleo. A demanda só seria elevada para etanol se o preço do petróleo ficasse numa média de US$ 80 por barril. (Canal Rural)

Seca/AR – A estiagem que prejudica a Argentina há meses coloca em dúvida a esperada produção recorde de soja. As projeções de colheita de 52 milhões de toneladas foram rebaixadas para 50 milhões de toneladas. Na Bolsa de Cereais de Buenos Aires. “Há estado de alerta pelo clima ruim”, disse Ricardo Baccarin, vice-presidente da corretora Panagrícola. Segundo ele, restam 10 dias para semear a soja de alto rendimento na região central do País. A maior preocupação é com a Província de Córdoba, onde a água é escassa até para o consumo da população. Dos 19 milhões de hectares projetados para a soja na safra 2009/10, 4 milhões estão em Córdoba. Por falta de umidade, somente 15% da área foi instalada. “Se nos próximos 15 dias não chover, grande parte desses hectares serão plantados com a soja de menor rendimento.” (Correio do Povo/RS)

Economia

IPC-S – A inflação mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) foi de 0,10% até a quadrissemana encerrada em 7 de novembro, resultado superior ao apurado no IPC-S imediatamente anterior, referente à quadrissemana encerrada em 31 de outubro (0,01%). A informação foi divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Das sete classes usadas para cálculo do indicador, quatro apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços. Entre os produtos pesquisados, os que apresentaram as altas de preços mais expressivas no IPC-S de até 7 de novembro foram tomate (19,33%), cebola (22,66%) e álcool combustível (10,52%). Já os produtos que registram as quedas de preços mais intensas foram leite tipo longa vida (-9,27%), mamão papaia (-27,12%) e manga (-33,50%). (Agência Estado)

Projeção – A estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2009 e 2010 apresentou leve melhora na pesquisa semanal Focus divulgada hoje pelo Banco Central. No levantamento realizado junto a instituições financeiras, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou de 0,18% para 0,20%. Para 2010, a previsão para o PIB avançou de um crescimento de 4,80% para um avanço de 4,83%. No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2009 teve mais uma piora, passando de uma queda de 7,57% para um recuo de 7,70%. Para 2010, a projeção para o desempenho da indústria caiu de crescimento de 6,50% para um avanço de 6,05%. (Agência Estado)

IGP-DI – Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) voltou a mostrar deflação após dois meses com taxas positivas. O índice caiu 0,04% em outubro, em comparação com a alta de 0,25% apurada em setembro, segundo informou nesta segunda-feira (9) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Preços por Atacado – Disponibilidade Interna (IPA-DI) teve queda de 0,08% em outubro, em comparação com o aumento de 0,29% em setembro. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Inte rna (IPC-DI) registrou taxa positiva de 0,01% no mês passado, após registrar elevação de 0,18% em setembro. Já o Índice Nacional de Custos da Construção – Disponibilidade Interna (INCC-DI) subiu 0,06% em outubro, em comparação com a alta de 0,15% em setembro. (Agência Estado)

Consumo – Os pobres do Norte e Nordeste estão consumindo mais que os ricos do Sudeste. Nos últimos 12 meses até setembro deste ano, as classes D e E das regiões Norte e Nordeste do País gastaram R$ 8,8 bilhões com uma cesta de alimentos, produtos de higiene pessoal e limpeza. Essa cifra é 5% maior que a desembolsada pelas camadas A e B (R$ 8,4 bilhões) que vivem no Sudeste do País no mesmo período com esses itens, revela estudo exclusivo da LatinPanel, maior empresa de pesquisa domiciliar da América Latina. Em igual período do ano passado, a situação era exatamente inversa: o gasto das camadas que compõem a base da pirâmide social no Norte e Nordeste com bens não duráveis havia sido 5% inferior ao das classes A e B do Sudeste. “Houve uma reversão”, afirma Christine Pereira, diretora da empresa e responsável pela pesquisa. (Agência Estado)

Globalização e Mercosul

Emprego/EUA – A taxa de desemprego nos Estados Unidos atingiu 10% pela primeira vez desde 1983. Com taxa de 10,2% em outubro, o país perdeu 190 mil postos de trabalho no mês. Cerca de 16 milhões de pessoas não acham emprego, mesmo com o fim da crise. O PIB cresceu 3,5% no terceiro trimestre, após quatro trimestres de queda. (Correio do Povo/RS)

Indústrias devem retomar as exportações em 2010

As indústrias brasileiras de laticínios devem retomar as exportações no segundo semestre de 2010. As projeções foram feitas na última sexta-feira (06) no Workshop MilkPoint sobre Tendências de Mercado (evento promovido e realizado pela AgriPoint), durante a Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite (Feileite), em São Paulo.

Este ano, a queda dos preços internacionais e o dólar baixo comprometeram o resultado do setor no mercado externo. Pela primeira vez em cinco anos, a balança comercial no setor de lácteos vai registrar déficit.

Para não perder espaço no mercado externo, a indústria de laticínios Tirolez optou por manter as exportações ao longo deste ano, mesmo sem nenhuma margem de lucro. Enquanto isso, a Itambé, maior exportadora de lácteos do Brasil em 2008, viu as vendas externas caírem 75% em 2009. A saída, segundo o presidente da empresa, Jacques Gontijo, foi focar os negócios no mercado interno.

Até 2004, o Brasil era um grande importador de lácteos. E o governo resolveu intervir. Tomou medidas para proteger o mercado interno e o setor investiu para ampliar a produção. A partir daí, o país se tornou não só autossuficiente, como também exportador de lácteos. No ano passado, a balança comercial do setor chegou a ter superávit de US$ 320 milhões. Entretanto, com a crise financeira o cenário positivo mudou.

A indústria brasileira de lácteos já vem enfrentando dificuldades desde o início do ano. Nesta época, o preço do leite em pó no mercado internacional caiu de US$ 5 mil para US$ 2 mil a tonelada, o que tornou mais barato para as indústrias trazerem o produto de fora, o que fez com que as importações disparassem.

De acordo com a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entre janeiro e setembro deste ano as exportações de lácteos do país caíram mais de 47% em volume enquanto as importações cresceram 82%.

A boa notícia é que em 2010 a situação deve melhorar. Os analistas do setor dizem que como a crise desestimulou diversos países produtores de leite, a produção deve cair, o que deve levar a um aumento dos preços internacionais.

A matéria é de Mariane De Luca, para o Canal Rural

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