Notícias do dia 27.10.09

Soro de Leite – Enquanto está implantando sua fábrica de secagem de soro de leite em Estação (RS), no Alto Uruguai, com inauguração prevista para julho de 2010, o diretor da Relat Laticínios Renner, Cláudio Hausen de Souza, visitou a recente feira de Anuga, em Colônia, e confirmou a extensão do mercado, sobretudo nos alimentos funcionais. Para começar, a fábrica vai receber o soro, secá-lo e devolvê-lo aos parceiros na forma de pó, que o usam em seu mix de produtos. (Jornal do Comércio/RS)

Leitíssimo – Com capacidade para envasar 15 mil litros de leite por dia, a fábrica que pertence à Fazenda Leite Verde, vai vender ao mercado baiano lei te UHT, tipo longa vida, de alta qualidade. O diretor-executivo da fábrica, Simon Wallace, afirmou que toda a matéria-prima vem do rebanho criado a pasto irrigado. “Trouxemos essa técnica da Nova Zelândia, porque ela permite o controle total da saúde dos animais e garante um leite puro” A Fazenda Leite Verde é considerada a maior produtora de leite de gado sem confinamento do Brasil. (NovoOeste/BA)

Leite/BA – O governador Jaques Wagner, que participou da inauguração da fábrica da Fazenda Leite Verde, destacou a importância da iniciativa dos fazendeiros da Nova Zelândia. “Eles são os maiores exportadores de leite do mundo e trouxeram coragem, técnica e recursos para investir em atividade produtiva, gerando riqueza e emprego na Bahia”, disse. O grupo chegou ao estado há sete anos e contribuiu para tornar a região um polo de produção leiteira. Com clima e solo ideais para a criação de gado, a região de Jaborandi vem se tornando uma grande produtora de leite. (NovoOeste/BA)

Balde Cheio/RS – Depois de ser provocado pelo empresário Wilson Zanatta, presidente da Bom Gosto, para ajudar o Rio Grande do Sul a aumentar a produtividade do rebanho leiteiro, o presidente da Emater-RS, Mário Nascimento, fechou uma parceria com a Embrapa Pecuária Sudeste. O Balde Cheio. Um projeto de transferência de tecnologia entre produtores e técnicos da extensão rural, que utiliza como sala de aula uma propriedade familiar de produção leiteira, para aplicação de novas práticas de manejo. “Queremos dobrar a produtividade nos próximos dois anos”, diz ele, admitindo que o Estado tem a terceira pior produção no mundo, com apenas 1.730 quilos de leite por vaca/ano. “O Balde Cheio auxiliará no desenvolvimento da pecuária leiteira em propriedades familiares, aumentando a autoestima de produtores”, promete o presidente da Emater-RS. (Correio do Povo/RS)

PAA Leite/CE – Em Tauá, os produtores de leite ganham um Centro Comunitário de Produção (CCP), tanque de resfriamento com a capacidade para 2 mil litros, para a venda do produto ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O tanque atende a Instrução Normativa nº. 51, do Ministério da Agricultura, beneficiando os produtores do programa, que não tinham como resfriar o leite. O CCP de Tauá é o primeiro no Ceará, onde serão construídas mais 40 unidades. A meta do Ministério é instalar 355 tanques desse modelo em todos os estados atendidos pelo programa. A instalação desses centros tem a cooperação técnica dos ministérios de Minas e Energia (MME) e do Desenvolvimento Agrário (MDA). O leite adquirido é beneficiado em laticínios contratados e entregue às famílias em situação de insegurança alimentar. Criado em 2004, o programa atende hoje a cerca de 700 mil famílias que recebem diariamente um litro de leite de vaca ou cabra. (MDS)

Nilza – Com o Plano de Recuperação aprovado, a Nilza se compromete a pagar todos os credores em até cinco anos, com uma carência de dois anos. Os credores da Classe 2, ou seja, com garantia real, serão pagos em 20 parcelas trimestrais com correção pela TJLP (Taxas de Juros de Longo Prazo). Os credores da Classe 1, representada pelos empregados, serão pagos em 1 ano. Já a Classe 3, ou seja, credores quirografários receberão em cinco anos, com carência de dois anos. Os pequenos e médios produtores rurais serão pagos em até três anos, com correção pelo IPCA (Índice de Preço do Consumidor Amplo). A Indústria de Alimentos Nilza está produzindo hoje 550 mil litros leite/dia em Ribeirão Preto. Na planta industrial de Itamonte (MG), a retomada da produção aconteceu em setembro, com produção de 150 mil litros leite/dia e o projeto da Nilza é que a planta esteja trabalhando com a capacidade de 500 mil litros leite/dia até dezembro de 2009, volume esse para atender os mercados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. (Ribeirão Preto Online/SP)

 

Negócios

Congresso – Entre os dias 22 e 25 de março de 2010, Belo Horizonte será a capital pan-americana do leite. Durante esse período, será realizado o 11º Congresso Pan-Americano do Leite – megaevento de negócios do mercado leiteiro, que vai contar com a presença de compradores internacionais, exportadores, produtores, profissionais do setor leiteiro, comerciantes, cooperativas, além de interessados pelo produto. O evento vai acontecer no Minascentro e deve atrair cerca de 2,5 mil pessoas, superando as edições anteriores. “Minas lidera o ranking da produção leiteira do Brasil, com 7,6 bilhões de litros em 2008, o que representa 28% da produção nacional. Além disso, o Estado é pólo gerador de tecn ologia na área leiteira, reunindo importantes centros de pesquisa e os mais renomados profissionais da área”, ressalta Roberto Simões, presidente da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (FAEMG). Em 2008, o Congresso aconteceu em San José (Costa Rica). Porto Alegre (Brasil), Miami (EUA) e Havana (Cuba) também sediaram o evento nos últimos anos. (Ascom)

Expoagro/AL – Na feira é possível conhecer as principais raças, máquinas e equipamentos para o agricultor. A exposição reúne cerca de dois mil animais como cavalos manga-larga-marchador, caprinos e ovinos. Há destaque também para o gado das raças gir, girolando, europeu e nelore. Rebanho puro de origem para corte e produção leiteira. Os dez leilões previstos devem gerar cerca de R$ 15 milhões. Para os criadores, a valorização do gado leiteiro movimenta o mercado e estimula a produção. Atualmente, Alagoas tem um rebanho de 250 mil cabeças. A bacia leiteira do Estado produz 650 mil litros de leite por dia. Não é só a pecuária leiteira que entram em uma boa fase em Alagoas. O gado de corte também vem se recuperando. (Globo Rural)

Rótulos – Novos rótulos indicando o nível de emissão de dióxido de carbono associado à produção de alimentos estão surgindo nas embalagens de alguns produtos na Suécia. O Departamento da Administração de Alimentos sueco está criando novos padrões para os alimentos, atribuindo pesos iguais para clima e saúde. Exemplos: os suecos devem dar preferência ao consumo de cenouras, pois, pepinos e tomates são cultivados em estufas, o que consome muita energia. Eles não devem comer peixe, porque as reservas de pescado da Europa estão esgotadas. E, aconselha-se substituir a carne vermelha por feijão ou frango, uma vez que a criação de bovinos gera muita emissão de gases de efeito estufa. Alguns especialistas dizem que se as novas diretrizes forem seguidas, os suecos podem reduzir, entre 20% e 50%, os gases derivados da produção de alimentos. As recomendações, não só na Suécia, mas em toda a União Europeia, têm sido atacadas pelos produtores de carne, criadores de salmão da Noruega e produtores de óleo de palmeira, para citar apenas alguns. (Ecodebate)

Efeito Estufa – Embora consumidores norte-americanos e europeus estejam acostumados a verificar os nutrientes, poucos sabem quando se trata de determinar se o consumo de tomates, frango ou arroz é positivo ou negativo para o clima, mesmo porque o impacto pode variar, dependendo da forma de cultivo. No ano que vem, o KRAV, o principal programa escandinavo de certificação orgânica, exigirá técnicas de baixa emissão de gases, e biocombustíveis para o aquecimento de estufas. Os produtores de leite terão que obter pelo menos 70% do alimento para o seu rebanho no mercado local. Muitos deles costumavam importar soja barata do Brasil, que gera emissões com o transporte e destrói as flor estas. (Ecodebate)

Meio Ambiente – Estudos de 2005, coordenados pela agência nacional ambiental da Suécia, descobriram que 25% das emissões nacionais estão vinculadas à alimentação. O governo percebeu que se encorajasse uma dieta mais voltada para frango e legumes e informasse os produtores rurais sobre como reduzir as emissões, haveria um enorme impacto positivo. A Suécia é um dos líderes mundiais quando se trata de descobrir novas formas de reduzir emissões. O governo prometeu que eliminará o uso de combustível fóssil para a geração de eletricidade até 2020 e que acabará com os carros movidos a gasolina até 2030. (Ecodebate)

Orgânicos – A busca por uma vida mais saudável trouxe consigo a demanda por produtos naturais, sem a presença dos agrotóxicos. Isso ficou evidente na feira de Anuga deste ano, em Colônia, na Alemanha. O Ministério da Agricultura do Brasil expediu em maio deste an o resoluções, regulamentando a produção, o transporte e fiscalização dos orgânicos. Amanhã começa em São Paulo a BioFach América Latina com expositores de 15 países e a presença projetada de nove mil visitantes. E, a partir de janeiro de 2010, os orgânicos deverão trazer o Selo Brasileiro de Conformidade Orgânica. (Jornal do Comércio/RS)

Consumo – Consumidas normalmente durante as refeições ou nos meses de calor intenso, as bebidas não alcoólicas vêm conquistando o mercado, principalmente o público que busca produtos mais saudáveis e naturais. A água é o produto com maior penetração, consumido por 90% das pessoas. Enquanto isso, dois terços dos brasileiros bebem refrigerantes, sucos e cafés e cerca de 50% tomam bebidas lácteas. As informações fazem parte do Liquimetric – estudo de hábito de consumo de líquidos realizado pela empresa de pesquisa GfK. A água é a bebida mais representativa, constituindo 37% do volume de líquidos não a lcoólicos ingeridos pelo brasileiro por dia, seguida pelos refrigerantes (19%) e sucos (18%). As bebidas lácteas aparecem na 4ª posição, com 12%, seguidas pelos cafés (10%) e chás (3%). (Jornal do Comércio/RS)

Valedourado – Para beneficiar os produtores, a Valedourado possui no seu posto de captação de Major Isidoro-AL, uma farmácia e uma loja de ração. A novidade é que a moeda usada na compra dos medicamentos e suprimentos é o leite. Os medicamentos, a soja, o farelo de algodão e o sal mineral são encontrados com preço mais acessível, e o valor gasto é descontado do valor referente ao leite fornecido à Valedourado. “Desse jeito, todos são beneficiados, principalmente os produtores que não dispõem de crédito para compra de insumos”, ressaltou Paulo Miranda, responsável pelo posto de captação de Major Isidoro. (Alagoas em Tempo Real)

Setoriais

Milho – Os preços do milho desabaram ontem no mercado futuro da Bolsa de Chicago. O contrato mais negociado, com vencimento em dezembro, terminou o pregão cotado a US$ 3,78 o bushel, em baixa de 4,97%. Analistas disseram que a previsão de clima mais favorável para a colheita nos Estados Unidos, combinada com a queda das ações e de outras commodities, pesou sobre o mercado. Fundos de investimento liquidaram mais de 13 mil contratos, embolsando boa parte dos lucros registrados na semana passada. (O Estado de S. Paulo)

Adubo – O Brasil consome cerca de 24,6 milhões de toneladas de fertilizantes por ano, mas produz apenas 8,8 milhões de toneladas. Os 15,8 milhões de toneladas restantes são importados, a um custo de R$ 14 bilhões. (Folha de Londrina/PR)

Soja – Os produtores brasileiros de soja já semearam 20% da área total estimada nesta safra 2009/10 para o grão, informa a Céleres. Nesta mesma época do ano passado, o percentual era de 16%. Na semana passada, o plantio havia alcançado 12% da área projetada. Segundo a consultoria, chuvas regulares no último mês na maior parte do cinturão produtor do Centro-Sul do país criaram condições favoráveis para o plantio, apesar de as fortes chuvas terem atrasado o processo em algumas regiões isoladas mais ao sul. Em Mato Grosso e no Paraná, principais Estados produtores, os trabalhos estão mais acelerados. Também conforme a Céleres, os sojicultores já venderam antecipadamente 17% da nova safra até 23 de outubro, ante 20% em 2008. (Valor Econômico)

Economia

IPC – A terceira quadrissemana do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou inflação de 0,16% na cidade de São Paulo, informou a Fundação Instituto de Pesq uisas Econômicas (Fipe). O resultado ficou abaixo da inflação de igual período do mês passado (0,28%), e veio acima das expectativas do mercado, que oscilavam de 0,06% a 0,15%. Os grupos que apresentaram alta entre a segunda e a terceira prévia do mês foram Habitação (de 0,39% para 0,49%) e Transportes (de 0,52% para 0,64%). Houve queda nos segmentos Despesas Pessoais (de 0,22% para 0,18%), Saúde (de 0,65% para 0,44%), Vestuário (de 0,41% para 0,09%) e Educação (de 0,06% para 0,04%). No grupo Alimentação, a taxa negativa recuou de 0,93% para 0,72%. (Agência Estado)

Confiança – O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), atingiu em outubro 65,9 pontos, nível superior aos indicadores anteriores ao auge da crise financeira internacional, registrado em setembro do ano passado. Segundo a CNI, o resultado indica a consolidação do processo de recuperação do crescimento e aponta para a retomada dos investimentos. O indicador é apurado trimestralmente com base na percepção do empresário sobre as condições atuais da economia e da própria empresa em relação aos últimos seis meses e nas expectativas para os próximos seis meses em relação a esses dois fatores. (O Popular/GO)

Previsão – Pela segunda semana seguida, o mercado puxou as expectativas sobre a inflação em 2010, que se igualaram ao centro da meta estipulada pelo governo, de 4,5% pelo IPCA, conforme a pesquisa Focus do Banco Central, divulgada ontem. Segundo os analistas, a atividade econômica a todo vapor será o motor da subida de preços. Eles preveem que a autoridade monetária voltará a elevar os juros básicos (taxa Selic) em meados de 2010. Segundo a pesquisa, as contas sobre o IPCA para 2009 ficaram praticamente estáveis (caíram de 4,30% para 4,29%), mas subirão de 4,41% para 4,50% no próximo ano. A meta oficial tem margem de dois pontos per centuais para mais ou para menos, mas a referência é o centro. Como o ritmo de oferta cresce menos que o da demanda, o mercado espera pressão sobre a inflação. (Correio do Povo/RS)

 

Globalização e Mercosul

Soja/China – O Ministério do Comércio da China estima que as importações de soja do país em novembro alcançarão 2,34 milhões de toneladas, mesmo nível – baixo – de outubro. Os dados iniciais do governo estão em linha com as estimativas de mercado. Em razão das chuvas que atrapalharam a colheita nos Estados Unidos, traders estão atentos ao cronograma de embarques para a China, maior importador mundial do grão. O ministério chinês também revisou levemente para cima sua estimativa para as importações de outubro, de 2 milhões para 2,13 milhões de toneladas – menor patam ar mensal desde novembro do ano passado. (Valor Econômico)

Alimentos – Os preços dos alimentos subiram nos países em desenvolvimento, apesar da queda dos preços mundiais causada pela crise econômica global, revelou o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU. Josette Sheeran, diretora da agência, explicou que a mudança climática elevou os custos dos combustíveis e isto teve como reflexo uma redução dos salários, limitando a capacidade de consumo das pessoas. “Apesar dos preços terem caído nos mercados globais, nos países em desenvolvimento os preços dos alimentos estão 80% mais altos que há um ano”, declarou Sheeran. A Austrália assinou nesta segunda-feira um acordo com o PMA para doar US$ 130 milhões (84,5 milhões de euros) nos próximos quatro anos para auxiliar na alimentação de crianças em escolas do Sudeste Asiático, África e possivelmente América do Sul. (EFE)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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