Nilza – A Indústria de Alimentos Nilza (IAN), uma das maiores produtoras de leite longa vida do País, prevê prosseguir, no próximo dia 15 de outubro, com a assembleia de credores para avaliar seu plano de recuperação judicial, rejeitado na reunião iniciada e suspensa na última segunda-feira, em Ribeirão Preto (SP). Segundo a companhia, a forma de pagamento da dívida de R$ 340,87 milhões será revista para ser apresentada na nova reunião. No início do mês, Nilza anunciou a assinatura de dois contratos de terceirização de envase de 250 mil litros de leite longa vida (UHT) por dia para ampliar a produção diária da companhia de 400 mil litros para 650 mil litros. O volume corresponde a 70% da capacidade de produção da empresa. (O Estado de SP)
Alimentos – O preço dos alimentos começa a cair após vários meses de alta devido às más condições climáticas em algumas regiões do país. Entre os produtos que ficaram mais baratos estão o leite, com queda de 8,92%; os vegetais, com baixa de 5,12%; e os pescados, com diminuição de 4,47%. No entanto, o economista da Fecomércio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), Altamiro Carvalho, explica que é difícil prever se os valores vão continuar em declínio nos próximos meses. Em agosto, o Índice de Preços no Varejo apurado pela Fecomércio teve queda de 0,17%. Nas cinco apurações anteriores, o IPV tinha registrado aumento. Dos 21 grupos analisados, nove registraram queda de preços, sobretudo nos supermercados. Apesar da queda de agosto, o IPV da Fecomércio ainda acumula uma alta de 0,35% no ano. (e.Band)
CCL – A Cooperativa Central de Laticínios do Estado de São Paulo lançou, no último dia 17 de setembro, a pedra fundamental para a construção de sua nova unidade industrial, no km 127,5 da rodovia Adhemar de Barros, (SP-340), em Jaguariúna-SP. A nova fábrica será responsável, numa primeira fase, pela produção de 9 milhões de litros/mês de leite longa vida da marca Mild, em uma área de 5 mil m2. Trata-se de um investimento de R$ 38 milhões na implantação desta etapa de um projeto total de R$ 50 milhões, que deverá também envolver a produção de derivados lácteos ao longo dos próximos anos. A previsão é que a planta inicie sua produção em maio de 2010. (CCL)
Produtividade – Na pecuária de produção leiteira, a produtividade do rebanho é fator chave para garantir o sucesso do negócio. A contabilidade é fechada todos os dias e cada litro de leite coletado pelo laticínio representa dinheiro entrando ou saindo do bolso do pecuarista. O especialista Liéber de Freitas Garcia, consultor técnico da Premix em Minas Gerais, ministrará a palestra sobre o tema: “Manipulação da eficiência alimentar, visando à lucratividade em rebanhos leiteiros”, no Parque de Exposições Olegário Coelho do Prado Borges, em Perdizes-MG, dia 2 de outubro. (Jornal de Uberaba/MG)
Nestlé – A Nestlé Brasil vai fechar 2009 com um faturamento entre 7% e 10% maior, em relação ao ano passado. Maior crescimento entre todas as subsidiárias da companhia suíça no mundo todo. A afirmação foi feita pelo presidente da empresa, Ivan Zurita, que participou da 43ª Convenção da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em São Paulo. O resultado, segundo ele, fica bem acima do desenvolvimento do mercado de alimentos como um todo que deverá fechar o ano com alta de vendas entre 2,5% e 3%. ”Nesse ritmo acelerado, chegar os R$ 31 bilhões em vendas até 2012 é factível para a companhia”, afirmou Ivan Zurita. Todas as linhas de produto da empresa tiveram vendas melhores em 2009. “Boa parte desse resultado se deve ao crescimento do consumo nas classes C e D – camada social que é um dos focos da companhia”, explicou. Além da ampliação da fábrica de Araraquara, no interior de São Paulo, a Nestlé fechou contratos de arrendamento com a Laep Investments (unidade de Carazinho, no Rio Grande do Sul), e com o grupo gaúcho Bom Gosto (fábrica em Garanhuns, no Pernambuco). Todos esses investimentos ultrapassam a casa dos R$ 200 milhões. “Ainda estamos atentos a outras boas oportunidades de aquisição para este e também para os próximos anos”, declarou. (Valor Econômico)
Validade – Além do prazo de validade, os fabricantes devem especificar quanto tempo duram os produtos depois de abertos e explicar como devem ser conservados. Mas, nem sempre isso acontece. O leite de saquinho traz o prazo de validade e a temperatura para manter o produto na geladeira, mas não há como saber em quanto tempo o leite estraga depois de aberto. O advogado Antonio Carlos Efing, especialista em direitos do consumidor, afirma que as pessoas podem reclamar no PROCON. “Se o defeito de informação gerar um acidente de consumo ou um evento mais grave, como intoxicação alimentar, o consumidor tem o direito de ser reparado em todos os danos patrimoniais e extrapatrimoniais que sofreu”, alerta. A nutricionista Louse Saliba diz que o leite de saquinho costuma durar até dois dias na geladeira depois de aberto. O requeijão, oito dias. O queijo fatiado dura menos do que a peça inteira e deve ser mantido em um plástico filme, bem fechado. (G1)
Greve/UE – Depois de 14 dias a Associação Europeia de Produtores de Leite (EMB) suspende a greve do leite nos oito países onde ocorreu o protesto. A decisão foi tomada depois do anúncio da reunião extraordinária dos ministros da Agricultura da União Europeia agendada para o dia 5 de outubro. “A entrega de leite será retomada diante das perspectivas políticas, mas os protestos seguirão”, afirmou o presidente da Associação Europeia de Produtores de Leite, Romuald Schaber. Os agricultores reivindicam regulamentação da produção na Europa para garantir preços justos tanto na origem como ao consumidor, segundo Schaber. Nos 14 dias de greve, cerca de 70 mil a 80 mil agricultores europeus não entregaram 500 milhões de litros de leite, segundo a EMB. A medida baixou a oferta, e fez subir os preços pagos ao produtor, garante a Associação. (Lusa)
Negócios
Feira – A Agrotecno Leite, feira técnica da cadeia produtiva do leite da Região Sul, será realizada de 30 de setembro a 2 de outubro, em Passo Fundo (RS), reunindo técnicos e agricultores ligados ao setor. Nesta terceira edição, a Agrotecno Leite 2009 terá demonstrações sobre tecnologia, estações de campo, máquinas e equipamentos, além de palestras e debates sobre o cenário atual, fortalecimento de parcerias e a qualificação de profissionais envolvidos no agronegócio. (Zero Hora/RS)
Lançamento – A Danone traz o Danoninho Ice em dois novos sabores na bandeja de oito potes: Creme e Morango. Essa versão especial é para ser congelada e transformada em sorvete. Para o verão, o produto ficará disponível em todo o território nacional por tempo limitado. Danoninho Ice segue a mesma plataforma nutricional da linha tradicional e conta com nova fórmula exclusiva, que, segundo a empresa, é baseada em um amplo estudo científico que identificou as carências e necessidades nutricionais das crianças brasileiras. A pesquisa, feita com 3.111 crianças nas cinco regiões do País, detectou que a maioria delas apresenta consumo deficiente de Cálcio, Vitaminas D e E e Fibras. Em uma porção de 90 gramas o novo Danoninho apresenta 50% da necessidade diária de cálcio, com base na IDR (Ingestão Diária Recomendada) para crianças de 4 a 6 anos. (Brasil Alimentos)
General Mills – A multinacional americana de alimentos que produz o iogurte Yoplait, obteve 51% de lucro no primeiro trimestre fiscal do ano, encerrado em agosto. O resultado foi obtido principalmente pela redução dos custos de produção e de ingredientes, que caíram 11% e um faturamento apenas 0,6% maior. Como outras indústrias de alimentos, a empresa foi beneficiada pela queda no preço dos combustíveis e insumos, que bateram recordes no ano passado. Agora, com a queda, foi possível melhorar a rentabilidade. As vendas permaneceram estáveis, mesmo diante da crise, beneficiadas pela crescente tendência dos consumidores em comer em casa, durante a recessão. (Diario Financiero)
Setoriais
Crédito – O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou ontem a ampliação do crédito emergencial destinado a agricultores familiares das regiões Norte, Nordeste e Sul que sofreram com os efeitos da seca ou das enchentes no primeiro semestre deste ano. Serão mais R$ 100 milhões. Os agricultores poderão ter crédito individual de R$ 2 mil, com taxa de 0,5% ao ano e dois anos para pagamento. Estima-se que atenderá 50 mil famílias. Em junho, o governo já havia garantido R$ 1,1 bilhão. Foram prorrogadas as linhas especiais de crédito para apoiar a venda de carne suína, mel e lã ovina. A da carne, para o dia 30 de setembro de 2010. A de mel e lã, para 30 de junho do próximo ano. – Também foi autorizada a contratação de linha especial de crédito para leite de ovelha e de cabra, que pode ser solicitada a partir de 1º de outubro de 2009. – A Taxa de Juros de Longo Prazo será de 6% ao ano durante o quarto trimestre de 2009. (Zero Hora/RS)
Investimento – A agricultura se tornou um “bom” investimento devido aos limites existentes ao crescimento da produção – ao mesmo tempo que a demanda cresce por alimentos e ração animal, além dos biocombustíveis. A informação é do Merril Lynch. Segundo o banco, o crescimento econômico de mercados emergentes tem elevado a demanda por alimentos de qualidade e energia. “Fortes fundamentos para os preços agrícolas tornaram o segmento uma boa opção para investimento”, disseram analistas. A falta de terra agricultável, porém, continua um problema. (Valor Econômico)
Economia
Projeção – O Banco Central (BC) elevou ligeiramente a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2009 no cenário de referência. De acordo com o relatório trimestral de inflação referente ao terceiro trimestre de 2009, divulgado hoje, a expectativa de alta para o índice oficial do regime de metas neste ano subiu de 4,1% para 4,2%. Segundo o relatório, a estimativa da inflação acumulada nos 12 meses encerrados neste terceiro trimestre de 2009, por sua vez, caiu ligeiramente, de 4,4% para 4,3%, entre os dois relatórios. Para 2010, a expectativa para o IPCA subiu de 3,9% para 4,4%. Por trimestre, a estimativa do BC para a alta acumulada em 12 meses até o fim do primeiro trimestre do ano que vem subiu de 4% para 4,1%. Já a projeção para o IPCA até o segundo trimestre de 2010 foi mantida em 3,6%. Para o terceiro trimestre do próximo ano, a estimativa de IPCA acumulado em 12 meses subiu de 3,6% para 4%. (Agência Estado)
IPCA- 15 – O IPCA-15, prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,19% em setembro, o que representa desaceleração em relação à elevação de 0,23% verificada em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do terceiro trimestre, o índice teve alta de 0,64%, ante 1,24% em igual período de 2008. No acumulado dos últimos 12 meses terminados em setembro, a taxa (4,27%) ficou abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (4,34%). Os preços de alimentação e bebidas tiveram alta de 0,13% em setembro, contra variação negativa de 0,28% em agosto. Contribuiu para o resultado o tomate, com alta de 29,14%. Subiram também os preços de frutas (4,76%), açúcar refinado (4,22%) e cebola (8,64%). O leite pasteurizado, que vinha exercendo pressão nos últimos meses, teve queda de 9,22% em setembro. (Valor Econômico)
Globalização e Mercosul
Argentinos – Nova carga tributária de Buenos Aires para o setor agropecuário pode provocar paralisação de produtores rurais e protestos em estradas. Foi aprovado projeto de lei que determina aumento no imposto de imóveis rurais e alíquota de 6 pesos por tonelada de grãos transportados em portos da província. (Correio do Povo/RS)
Consumo – De acordo com o estudo “A crise no mundo”, realizado pelo Ibope em parceria com a rede World Wide Independent Network of Market Research, o consumidor dos 25 países pesquisados, perdeu a ânsia de comprar, e de acordo com o estudo, para incentivá-lo: “É preciso fazer mais e melhor. Transformar a venda numa experiência de compra, comunicar de forma objetiva e personalizada, lançar mão da tecnologia, sem descuidar do atendimento primoroso”. Brian Dyches, diretor internacional do Retail Design Institute aconselha “um marketing bem-humorado, que no mínimo, chame a atenção”. Outro especialista sugere a eliminação de barreiras, para o consumidor reticente. “Diga ‘não’ aos vendedores com ar de superioridade, aos balcões e, se for o caso, até à porta de entrada. Quanto mais o produto puder ser tocado, maior será a possibilidade de venda”. Isso sem deixar de criar opções econômicas. (Hipersuper)
Corrupção – O “Relatório Global da Corrupção 2009”, elaborado pela Transparência Internacional, apontou o Chile e o Uruguai como os países menos corruptos da América Latina. O Brasil vem em 5º lugar, logo depois de México e Peru. Na outra ponta está a Venezuela, que vem seguida pelo Paraguai, Nicarágua e Argentina. O trabalho diz que “impulsionar uma cultura de integridade corporativa é fundamental para proteger os investimentos, obter êxitos comerciais e assegurar a estabilidade. A corrupção debilita a concorrência, atrasa o crescimento econômico e, definitivamente coloca em risco a existência das empresas”. Segundo os executivos consultados para o trabalho, a corrupção eleva em pelo menos 10% o custo de qualquer projeto. E, só os quase 300 cartéis internacionais descobertos entre 1990 e 2005, conseguiram US$ 300 bilhões dos seus clientes. Os países menos corruptos são: Dinamarca, Nova Zelândia e Suécia. (Diario Financiero)
Uruguai – O governo uruguaio começa a se preocupar com o crescente aumento dos negócios brasileiros no país. Oito das 20 maiores empresas exportadoras do Uruguai são brasileiras, e representam 15% das vendas ao exterior. O monopólio da produção de cerveja é da AmBev. A Petrobrás já é a segunda fornecedora de gás e combustíveis. A maior processadora de arroz, a Saman, está nas mãos da brasileira Camil, e os brasileiros já ocupam 34% do abate de gado. Agora com a compra de 51% das ações do maior curtume uruguaio, Zenda, pela brasileira Marfrig, a influência aumenta. Além disso, 19,5% das exportações totais do Uruguai também são destinadas ao Brasil. Analistas econômicos dizem que o ciclo econômico uruguaio depende, em certa medida, do brasileiro, mas hoje a dependência é ainda menor do que nos anos 90, quando as exportações eram mais de 30% para o Brasil. (El País Digital)