Entre os fatos de destaque divulgados pelo Selectus na semana anterior estão: saldo da balança de lácteos de agosto de 2009; leilão do Nenê; preço do leite longa vida em Fortaleza teve acréscimo de 1,15% em agosto; preços Oceania; depois de autorizar a importação de 9 mil toneladas de leite em pó argentino, o governo federal decidiu intervir no mercado; as importações de leite e derivados de setembro de 2009; Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados debate o Riispoa; o já conhecido alerta “contém glúten” pode ganhar a companhia de outros avisos; a Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil) reivindicou, o crédito presumido de ICMS de 7% sobre o leite captado no RS; o Governo Brasileiro negocia a consolidação da Tarifa Externa Comum do Mercosul (TEC) para lácteos em 28% e a produção de queijos a partir do leite cru, na Nova Zelândia, ainda tem um longo caminho a percorrer. (www.terraviva.com.br)
Queijo Minas – O principal evento leiteiro do sul de Minas será aberto oficialmente dia 24 de setembro, às 9 horas. É o 1º. Congresso Leite & Queijo Minas que se estende até dia 25 de setembro e receberá participantes de várias partes do País, em especial do estado de Minas Gerais. Com o objetivo de valorizar os produtores locais e regionais e promover o resgate da bacia leiteira sul-mineira é que o evento tem como principal característica oferecer palestras que contará com importantes personalidades leiteiras do país. A programação completa está no site oficial do evento www.leiteequeijominas.com.br. (www.leiteequeijominas.com.br)
Preços/AL – O preço pago aos laticínios e produtores pelo Programa de Aquisição de Alimentos Modalidade Especial Leite (PAA Leite) é o principal tema de uma reunião ampliada, que será realizada pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) amanhã, em Maceió. O PAA Leite compra o leite a R$ 1,20/litro. R$ 0,50 para os laticínios e R$ 0,70 para o produtor familiar. Segundo lideranças do setor industrial, o alto custo dos insumos está causando prejuízos. “O Ministério vai apresentar se é possível algum reajuste”, comenta Inês Pacheco, superintendente de Fortalecimento de Agricultura Familiar da Seagri. De acordo com ela, o governo estadual entra com uma contrapartida de 36%, enquanto o MDS é responsável por 64%. Em Pernambuco o preço é R$ 1,10, R$ 0,64 para o produtor e R$ 0,46 para o laticínio, de acordo com a coordenadora do Programa do estado vizinho, Carmem Patrícia Rodrigues. “Nós defendemos o aumento da cota para aumentar as famílias incluídas, e também o aumento do preço do leite”. (Tudo na Hora)
Mais Leite/AL – O governador Teotonio Vilela Filho lançou o projeto Mais Leite, Mais Vida, com a entrega de 20 mil latas de leite de soja a 3.742 gestantes de 38 municípios que compõem o Semiárido alagoano e estão em situação de insegurança alimentar e nutricional. De acordo com Ana Paula Quintella, da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), o projeto Mais Leite, Mais Vida, desenvolvido com o apoio da Secretaria de Saúde (Sesau), encaminhou à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) o projeto “Suplementação de Gestantes em Situação de Vulnerabilidade Social e Insegurança Alimentar do Estado de Alagoas”, expondo a situação do Estado em relação às taxas de mortalidade infantil. Segundo ela, a Conab teria analisado o documento e mobilizado empresas parceiras. A New Max Industrial Ltda doou 20.004 latas de leite de soja, armazenadas no Instituto de Desenvolvimento Rural e Abastecimento de Alagoas (Ideral). (www.assistenciasocial.al.gov.br)
Preço/GO – Depois de uma queda, o leite produzido na região, uma das maiores riquezas do Oeste Goiano, ganhou reajuste em seu preço na última reunião entre produtores e laticinistas. O litro de leite a granel tem agora preço que varia entre 50 e 65 centavos. Explica Divino Firmino, da Comissão Leiteira do Sindicato Rural, que essa variação entre 50 e 65 centavos tem a ver com a qualidade e a quantidade, condição que diferencia entre produtores. O leite no latão (sem resfriamento) custa 43 centavos o litro. (Oeste Goiano)
Preço/MS – Portaria da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) publicada no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira eleva a pauta fiscal do leite em 4% a partir de quarta-feira, dia 23 de setembro. De R$ 1,96, o litro da produção estadual passará a ter pauta de R$ 2,04. Já a entrada interestadual do produto terá pauta de R$ 2,22 para o litro frente aos atuais R$ 2,19. (Campo Grande News/MS)
Leite de Cabra/RS – Com um plantel de 88.771 animais em 2007, conforme o IBGE, o Rio Grande do Sul possui menos de 1% do rebanho caprino do país. ‘Os produtos feitos com leite de cabra são nobres e saudáveis. Há um mercado enorme, inclusive na Europa, mas ainda não estamos preparados’, diz a enóloga Maria Regina Flores, que mantém 1,2 mil matrizes em Farroupilha. Ao consumidor, um litro de leite de cabra integral longa vida pode chegar a R$ 5,50, e os queijos alcançam a média de R$ 40,00 o quilo. Mas, o volume do rebanho e da produção compromete a atividade. Segundo o pesquisador Vinícius Pereira Guimarães, da Embrapa, o custo de produção oscila entre R$ 0,67 e R$ 1,21, dependendo do sistema. O preço nas indústrias ronda a casa de R$ 1,30. Uma alternativa para o crescimento surgiu na Expointer. A união do setor em todo o país, propondo o investimento em publicidade para divulgação, foi proposta da Associação dos Caprinocultores do RS (Caprisul). (Correio do Povo/RS)
Leite/França – Produtores franceses despejaram, na sexta-feira, 3,5 milhões de litros de leite ao lado do Mont Saint-Michel, um monastério medieval altamente turístico entre as regiões da Normandia e da Bretanha. O protesto visava chamar a atenção para a queda nos preços do leite. Segundo os produtores, os preços mundiais estão tão baixos que eles são forçados a vender a € 0,20 por litro, metade do custo de produção. A crise já levou ao boicote, com centenas de fazendas deixando de entregar leite. Protestos similares foram realizados em outras partes da Europa. O setor ainda é subsidiado pelo governo. (Valor Econômico)
Greve/UE – Depois de 11 dias, a greve do leite iniciada na França se intensifica, principalmente na Alemanha e Bélgica. Centenas de produtores estão bloqueando as indústrias, impedindo a entrada e saída de caminhões. Na Bélgica, os agricultores fizeram “um lago de leite”, diante da Comissão Europeia no centro de Bruxelas, para chamar atenção do presidente, José Manuel Barroso sobre a crise que o setor atravessa. O presidente da Confederação Europeia dos Produtores de Leite (EMB), disse que esta era uma ação simbólica, mas que no dia de hoje estarão sendo entornados pelos campos da Europa, perto de 40 milhões de litro de leite. No sábado, cerca de 500 produtores franceses e alemães bloquearam por quase 13 horas, uma ponte na fronteira entre os dois países, e jogaram simbolicamente leite no rio. Mesmo que os produtores franceses recebam 0,28 euros pelo litro de leite e os alemães 0,20, fizeram questão de frisar que o problema de ambos era o mesmo. Do lado alemão, cerca de 200 mil litros de leite foram jogados nos campos. (Le Temps/Le Fígaro/Le Point)
Preços/UE – Os 103.000 produtores de leite, que pedem um preço mínimo entre 0,35 e 0,40 euros o litro, estão longe de fechar suas contas. Em abril de 2009, o litro de leite ao consumidor era vendido a 1,05 euros e eles recebiam 0,32 euros pelo litro, enquanto a distribuição comprava por 0,60 euros. No início de setembro a situação é bem pior, pois os produtores estão recebendo 0,21 euros das cooperativas, e o consumidor já está pagando 1,10 euros na gôndola. (Le Fígaro)
Negócios
Wal-Mart – O Wal-Mart Brasil inaugurou esta semana o 69º supermercado Nacional do Rio Grande do Sul e o 21º de Porto Alegre. O Nacional Boa Vista recebeu um investimento de R$ 21 milhões e gerou 130 empregos diretos. O novo supermercado tem mais de 12 mil produtos à disposição dos clientes. A meta é oferecer, diariamente, preços em média 10% mais baixos que os da concorrência local, numa cesta composta de mais de 3 mil itens, pesquisados diariamente. O Rio Grande do Sul abriga o maior número de lojas do grupo no Brasil: 17 hipermercados Big, 69 Nacional Supermercados, 11 Maxxi Atacado e um supermercado Todo Dia. (Correio do Povo/RS)
Tecnologias/RO – A comitiva da missão técnica peruana visitou na última sexta-feira a fazenda Paraíso do empresário e pecuarista José Vidal Hilgert, localizada na região de Ouro Preto do Oeste, com intuito de conhecer as tecnologias utilizadas na propriedade. Parte do grupo da “Mision Peru Feiron 2009”, composta por 22 pequenos produtores rurais, empresários, veterinário, entre outros, liderados pelo presidente da Câmara do Comércio da cidade de Porto Maldonado, Região de Madre de Dios, Mateo Salinas, participaram da visita. De acordo com Salinas a visita faz parte de uma integração entre o Brasil e o Peru com a iniciativa do Governo de Rondônia que esteve no último mês de abril naquele País e incentivou o intercâmbio. O veterinário da fazenda Paraíso Tiago Fernando Hilgert, mostrou as técnicas possíveis de ordenha mecanizada, manejo nutricional, manejo sanitário e o manejo reprodutivo. “O que mais eles puderam comparar foi a possibilidade de criar um gado produtivo com o clima tropical”, disse Tiago. Os peruanos não só conheceram a atividade leiteira, como também reprodução in vitro inseminação artificial, extração de sêmen, entre outros. (Folha de Rondônia)
Nordeste – Depois de o consumo dos nordestinos fazer a região passar praticamente ilesa pela crise, agora ele atrai uma série de investimentos industriais, o que contribuirá para manter a atividade econômica na área em ritmo acelerado nos próximos meses. Fábricas de chocolate e suco em pó (Kraft), farinha (Bunge), refrigerante (Coca-Cola) embutidos populares e derivados de leite (BR Foods), sabão em pó (Unilever), fraldas e absorventes (Procter & Gamble) e até papel higiênico mais refinado (Ondunorte) são alguns dos novos empreendimentos anunciados, inaugurados ou ampliados neste ano no Nordeste. Os investimentos em oito plantas somam cerca de R$ 850 milhões. A expectativa dessas indústrias de bens de consumo é que os reajustes do Bolsa Família e do salário mínimo continuem mantendo o consumo em crescimento nos nove Estados da região. (Valor Econômico)
Setoriais
Agronegócio – Um projeto de “inteligência comercial” da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) está abrindo um amplo mercado para produtos do agronegócio nacional. O incentivo para a associação estratégica de indústrias produtoras e tradings exportadoras deve render ao país US$ 1,5 bilhão em vendas no exterior neste ano, sobretudo nos segmentos de alimentos e bebidas – em 2008, o projeto alavancou US$ 800 milhões dos US$ 2 bilhões em negócios fechados por pequenas e médias tradings. Os estímulos ao consórcio produtor-exportador conseguiram reunir, desde meados do ano passado 560 tradings, quase três mil empresas na empreitada de abrir novos mercados. A experiência, que começou com um encontro em Angola, avançou para uma missão comercial com participação de 32 tradings na África do Sul. As 376 indústrias representadas fecharam US$ 40 milhões em negócios nos segmentos de alimentos, bebidas, têxteis, móveis, calçados e cosméticos, entre outros. (Valor Econômico)
Grãos/GO – Não são das melhores as perspectivas para a produção de grãos em Goiás na temporada 2009/10, que começará a ser plantada nas próximas semanas. Ainda que os produtores do Estado prevejam uma modesta expansão das lavouras de soja, carro-chefe do campo goiano, esta se dará sobre plantações de milho. Assim, a área de grãos em geral tende a permanecer a mesma do ciclo passado. Mas as principais incertezas não decorrem dessa manutenção, que ao fim e ao cabo, dependendo do mercado, pode não significar estagnação de renda. Conforme José Mário Schreiner, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), o grande temor é que o atual nível de cotações da soja, já menor que no primeiro semestre, sofra nova erosão e deixe de ser compensado pela redução dos preços dos insumos em relação à safra 2008/09. (Valor Econômico)
Economia
IPCA – A previsão de analistas do mercado financeiro para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano subiu 4,30% para 4,31%. Para 2010, a estimativa foi alterada de 4,35% para 4,30%. A informação consta do boletim Focus, publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC) com base em projeções para os principais indicadores da economia. As estimativas para o IPCA estão abaixo do centro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional de 4,5% para 2009 e 2010. (Agência Brasil)
PIB – O mercado financeiro melhorou pela terceira semana seguida a estimativa para o comportamento do PIB em 2009. Na pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 21, pelo Banco Central, a mediana das previsões passou de -0,15% para a estabilidade (0,00%). Essa é a primeira vez, desde 27 de março, que a previsão dos analistas para o PIB deste ano não apresenta sinal negativo. A pesquisa divulgada há pouco foi a segunda realizada pelo BC após a divulgação dos dados do PIB do segundo trimestre, que aconteceu em 11 de setembro e mostrou expansão de 1,9% ante o primeiro trimestre e retração de 1,2% ante o segundo trimestre do ano passado. (Agência Estado)
Globalização e Mercosul
Argentina – A economia da Argentina teve no segundo trimestre a sua primeira contração anual desde 2002. A queda do PIB foi puxada pela redução do consumo interno e dos investimentos. Segundo instituto oficial de estatísticas, Indec, o PIB caiu 0,8% em relação ao segundo trimestre de 2008. Em comparação com o primeiro trimestre deste ano, houve crescimento de 0,3%. Após registrar média de expansão anual de 8,5% entre 2003 e 2008, a economia argentina deve se contrair 1% este ano, especialmente devido ao fraco desempenho no primeiro semestre, segundo previsão de Alberto Ramos, economista do banco americano Goldman Sachs. O ministro da Economia, Amado Boudou, continua estimando que o PIB do país crescerá 0,5% este ano e 2,5% em 2010, devido ao aumento na demanda externa. A produção agrícola argentina caiu 27,1% em relação ao segundo trimestre de 2008. A área plantada foi menor da década, devido à seca e às restrições à exportação impostas pelo governo. O consumo privada caiu 1,8%, enquanto os investimentos diminuíram 10,7%, informou o Indec. (Valor Econômico)