Noticias 18.09.09

Longa Vida – Pesquisa divulgada pela GfK Indicator revela que o preço do leite longa vida em Fortaleza teve acréscimo de 1,15% em agosto, com relação ao mesmo período do ano passado. Entretanto, na pesquisa nacional houve queda de 11,01%, desencadeada pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que registraram -13,44%, -12,48%, e -10,41%, respectivamente. Segundo a GfK, o preço do leite permaneceu estável em 2008 e uma alta já era esperada para este ano, embora não tão intensa quanto a registrada. Por isso, a queda de agosto demonstra um provável ajuste no preço. Considerando os dados por estados e regiões metropolitanas, a queda mais intensa foi sentida na Grande Rio de Janeiro, de 23,97%, na comparação entre agosto e julho. Em seguida, aparecem Curitiba (-20,29%), Santa Catarina (-18,50%), Grande Porto Alegre (-16,03%) e o interior de Minas Gerais (-15,39%). Já as cidades de Natal, Maceió, João Pessoa e Fortaleza registraram aumento nos preços, de 4,44%, 2,20%, 1,98% e 1,15%, respectivamente, enquanto Grande Vitória e Cuiabá tiveram estabilidade. (Ceará Agora)

Preços – Conforme avaliação do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), embora os preços das carnes e leite tenham apresentado alta no mês de junho, em relação a maio, para a maioria dos produtos, a média do semestre é ainda bem inferior à apresentada no mesmo período de 2008, com destaque para suínos e leite. No caso do leite, observam-se preços crescentes desde o início do ano, mas a média do semestre é bem inferior à verificada no mesmo período de 2008. De acordo com o Cepea, deve-se observar que no primeiro semestre de 2008 os preços estavam acima da média dos últimos anos, o que faz os preços atuais parecerem muito baixos. Na indústria de lácteos, o preço de leite em pó vem sofrendo as maiores quedas, especialmente pelo maior volume de importações da Argentina e Uruguai. (Diário do Comércio)

Lácteos/Oceania – O boletim divulgado pelo Departamento de Agricultura americano (Usda) indica firmeza nos preços dos produtos lácteos na Oceania. Depois da alta dos preços verificada no leilão da Fonterra, os outros produtos acompanharam a elevação, mesmo que alguns compradores se mantenham cautelosos e reduzam as compras. A maior demanda é por manteiga anydra, cujos estoques estão diminuindo, e por isso mesmo o creme de leite fresco está em falta. Outro produto com pouca oferta é queijo, pois no início de temporada as indústrias estão direcionando o leite captado para a produção de manteiga e leite em pó integral, que mostraram recuperação e demanda mais rápida. (Usda)

 

 

Espanha – A Federação Espanhola dos Produtores de Leite (Prolec) lançou uma campanha dirigida ao consumidor com o slogan: “Beber Leite de Qualidade Beneficia a To@os”. Através de e.mails o consumidor é orientado a conhecer um bom leite, utilizando além da visão, o olfato e o paladar. A secretária da Prolec, Silvia Rodriguez, acredita que o consumidor pode aprender a reconhecer a qualidade do leite, e diz: “Se podemos aprender a distinguir entre vinhos e água, porque não podemos também distinguir o leite?”. Para Rodriguez “o consumidor esqueceu o sabor natural do leite e custa reconhecer sua qualidade. O consumidor escolhe pelo preço e isto deve mudar”. (Frisona)

Greve/UE – A greve iniciada na semana passada pelos produtores de leite, fará nesta 6ª feira a Jornada Branca, com o lançamento da produção pelos campos, atendendo à recomendação da Associação Independente dos Produtores de Leite (Apli). Ontem já foram esparramados 300.000 litros de leite no norte da França. Hoje deverão ser centenas de milhares de litros de leite. O movimento está crescendo em muitos países da Europa, como Alemanha, Bélgica, Holanda e Espanha. E, mesmo o presidente da Federação Francesa de Agricultores (FNSEA), Jean-Michel Lemétayer, que é contra a greve desde o início, disse que as propostas feitas pela Comissária Europeia, Mariann Fischer Boël, são inaceitáveis, e pediu sua saída. O Ministro da Agricultura Francês, declarou que apesar da greve, ainda não há risco de desabastecimento, pois, até agora, houve queda de apenas 10% na captação de leite pelas indústrias. (La Tribune)

 

Negócios

Funcional – Os brasileiros em geral e os gaúchos em particular estão empenhados na melhoria de sua alimentação, em paralelo às preocupações com a preservação do meio ambiente. Pesquisa realizada pela agência Penso Inteligência, registrou que 35% dos lares gaúchos consomem algum tipo de alimento funcional, entendido aquele que, além de nutrir, gera benefícios adicionais à saúde, e 53% estão dispostos a pagar um pouco mais por produtos e serviços que não prejudiquem o meio ambiente. (Jornal do Comércio/RS)

Fusões – Com as recentes fusões e aquisições no setor de carnes, pecuaristas temem a concentração de mercado, o que leva a falta de opção para a venda. Por outro lado, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e algumas entidades que representam o setor analisam as negociações de forma positiva, sendo uma oportunidade de fortalecer as empresas no mercado internacional. Primeiro veio o anúncio da compra da Seara pelo Marfrig. Depois a aquisição da norte-americana Pilgrim´s pela JBS que também se uniu ao Bertin. Como o setor brasileiro vê essas negociações? Concentração ou oportunidade de estar mais presente no mercado internacional? Frigoríficos menores temem o controle de preço e os pecuaristas a falta de opção no mercado. O analista de mercado Cesar de Castro Alves lembra que, em muitas, regiões do país as companhias eram fortes concorrentes e que, agora, as opções de venda dos produtores diminuíram. (Canal Rural)

Concorrência – Para o diretor da Fiesp, Benedito da Silva Ferreira, o CADE, tem que ter cuidado. É de grande importância um nível de concorrência sadio, que haja fiscalizações e que não se reduza a margem do produtor que hoje já é curta. Entretanto, Benedito Ferreira avalia que, no momento de recuperação da economia, é natural que haja as consolidações, com grandes grupos buscando a internacionalização. Em um futuro próximo, o Brasil vai ser o maior produtor mundial de proteína animal e, por isso, o país precisa de empresas fortes e consolidadas. – E para liderar, nós precisamos ter grandes empresas com níveis de competição adequados. É a mesma avaliação feita pelo presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), Francisco Turra. – Já temos marca, precisamos ter grife. Isso é importante para o setor e para o Brasil. Não vai haver nenhum problema para pequenos e médios. Nós vamos ter mais oportunidades, vamos potencializar essa grande força do setor. (Canal Rural)

MDD – O volume de negócios das marcas de distribuição (MDD) cresceu 9,5% no primeiro semestre do ano, em relação ao semestre anterior, segundo dados da TNS Worldpanel, longe do desempenho do primeiro semestre do ano passado, quando o faturamento subiu 21%. “Esta desaceleração, mais evidente no segundo trimestre, pode estar relacionado à confiança que os consumidores tem na economia. Na Alemanha, por exemplo, as MDD perdem espaço, junto com os indícios de recuperação econômica. O consumo está mais racional e a estabilização das marcas próprias cria oportunidades para os fabricantes”, explica Sónia Antunes, da TNS. Apesar disso, as marcas mais econômicas continuam crescendo e os distribuidores podem sorrir. (Hipersuper)

 

Setoriais

Alimentação – Será votado na terça-feira (22), durante um ato público, o parecer do deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) para a PEC 47/03, do Senado, que inclui a alimentação entre os direitos sociais previstos no artigo 6.º da Constituição. De acordo com o presidente da comissão especial sobre o tema, deputado Armando Abílio (PTB-PB), o objetivo é que o Plenário da Casa aprove a PEC até o dia Mundial da Alimentação (16 de outubro). (Agência Câmara)

Preços – Os preços agrícolas no atacado de São Paulo estenderam a alta que abriu o mês de setembro e avançaram 1,17 por cento, informou nesta quinta-feira o Instituto de Economia Agrícola (IEA) na segunda prévia para o mês. Na leitura anterior, o índice de preços mostrou valorização de 1,98 por cento. O avanço do indicador foi conduzido pela alta de 3,32 por cento do componente de produtos de origem vegetal. Na contramão, os preços para produtos de origem animal recuaram 4,17 por cento. (Reuters)

VBP/PR – Em um ano de crise, a agropecuária alcançou receita recorde no Paraná. De acordo com números da Secretaria Estadual da Agricul¬tura e do Abastecimento (Seab) a renda da agricultura e da pecuária paranaense atingiu recorde: R$ 41,4 bilhões em 2008, um crescimento de 27,3% sobre o ano anterior (R$ 32,5 bi). Descontada a inflação, o Valor Bruto de Produção (VBP) de 2008, referente à safra 2007/08, apresentou crescimento real de cerca de 11% sobre o ano anterior. Para o secretário Valter Bianchini, o valor foi alcançado graças ao bom desempenho da safra de grãos no ano passado, tanto em preço quanto em volume de produção. Segundo ele, aproximadamente 55% do VBP do Paraná vêm da agricultura de grãos. A pecuária contribui com 38% e os produtos florestais, o único grupo que teve resultados menores em 2008, com cerca de 7%. A expectativa para o VBP em 2009 é de queda por conta das perdas provocadas pela estiagem, geadas e excesso de chuvas à produção agrícola do estado, afirma o secretário. (Gazeta do Povo/PR)

Grãos/EUA – O banco Goldman Sachs reduziu as projeções dos preços futuros de milho, trigo e soja nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura (Usda) projetou na semana passada, uma safra recorde de soja, muito boa para milho e aumentou também as expectativas para a produção de trigo. O clima temperado na região meio-oeste, em agosto, melhorou a produção de milho em 2% e a da soja em 1%. Isso fez com que as projeções dos preços futuros caíssem. A projeção para que os estoques mundiais de trigo cheguem ao seu maior nível em sete anos, fez com que também as projeções para o preço do trigo, no longo prazo, fossem reduzidas. (Ambito.com)

Grãos/AR – O Departamento de Agricultura Americano (Usda), baixou o prognóstico da colheita de milho na Argentina. A grave seca que atingiu a safra passada, pode também afetar o recém iniciado plantio de grãos, prejudicando a produção da próxima colheita. No boletim de setembro, sobre a oferta e demanda mundial de grãos, o Usda estimou as exportações argentinas de milho em 8 milhões de toneladas, contra 9 milhões projetadas em agosto. No mesmo boletim foi mantida a projeção e exportação de soja, em 51 milhões de toneladas e 9,7 milhões, respectivamente. Em compensação, a produção do trigo deverá cair, de acordo com o órgão, ficando produção e exportação em 8 milhões e 2,5 milhões de toneladas, respectivamente. Queda de meio milhão de tonelada em relação ao boletim de agosto. (Ambito.com )

Economia

Confiança – A crise financeira mundial já é página virada na opinião de consumidores paulistanos. É o que mostra o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de setembro, divulgado hoje pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). O indicador subiu 4,5% e chegou a 146,1 pontos, o maior nível desde abril de 2008 (149 pontos) – recorde da série histórica do índice. O balanço da Fecomercio-SP trabalha com uma escala de zero a 200 pontos, indicando pessimismo abaixo de 100 pontos e otimismo acima desse número. O retorno da confiança do consumidor é atribuído à trajetória positiva de alguns indicadores da economia. (Agência Estado)

IGP-10 – O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,35% em setembro, após cair 0,60% em agosto, informou nesta sexta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado ficou dentro das previsões dos analistas do mercado financeiro, que esperavam um aumento entre 0,22% e 0,42%. Entre os três indicadores que compõem ao IGP-10, o Índice de Preços por Atacado – 10 (IPA-10) subiu 0,46% este mês, após apresentar taxa negativa de 1,04% em agosto. O Índice de Preços ao Consumidor – 10 (IPC-10) teve alta de 0,24% em setembro, depois de registrar avanço de 0,26% em agosto. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) apresentou taxa negativa de 0,11% em setembro, após alta de 0,22% em agosto. Até setembro, o IGP-10 acumula quedas de 1,79% no ano e de 0,27% em 12 meses. (Agência Estado)

 

Globalização e Mercosul

Exportação – A crise global provocou uma mudança significativa na pauta de exportação do Brasil. Pela primeira vez desde 1978, as vendas externas de commodities superaram as de manufaturados. De janeiro a agosto, os produtos básicos responderam por 42,8% das exportações, acima dos 42,5% dos manufaturados, conforme a Secretaria de Comércio Exterior. O assunto está preocupando o governo. O cenário é bastante desfavorável para as exportações de manufaturados. A demanda mundial está fraca. Os preços sofreram forte recuo. E a desvalorização do dólar (R$ 1,80), debilita a competitividade das empresas brasileiras no exterior. (Agência Estado)

Ranking – O Brasil avançou quatro posições no ranking global dos países que receberam mais investimento direto estrangeiro (IDE) em 2008, passando da 14ª para a 10ª colocação. Tomando os países emergentes por comparação, o Brasil manteve a quarta colocação, ficando atrás de China, Rússia e Hong Kong, mas à frente da Índia. Levando em conta todos os países do ranking, o Brasil ficou em melhor posição que Canadá, Suécia, Alemanha e Japão. O levantamento foi feito pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês), e divulgado hoje pela Sociedade Brasileira e Estudos Transnacionais e de Globalização Econômica (Sobeet). (Valor Online)

Agrícola – Os investimentos no setor agrícola nos países em desenvolvimento suscitam um interesse “real e crescente” entre empresas multinacionais e os governos precisam definir estratégias e regular as atividades dessas empresas na produção. Essa é a conclusão Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) em seu Relatório Mundial de Investimentos. Entre 1990-2007, o fluxo de Investimento Direto Estrangeiro (IED) na produção agrícola triplicou, atingindo US$ 3 bilhões por ano. Mas o fluxo na inteira cadeia de produção – da fazenda ao supermercado – é bem maior. Alimentos e bebidas respondem por mais de US$ 40 bilhões do fluxo anual entre 2005 e 2007. Três fatores explicam essa expansão: os emergentes aumentaram a necessidade de importar alimentos, a demanda por etanol cresceu e a escassez de terra e água em certos países forçam a busca de produção em outros países. No Camboja, Equador e Moçambique, por exemplo, a parte de IED na agricultura fica em torno de 15%. No Brasil, não passa de 1,6%. (Valor Econômico)

Varejo – As vendas do varejo no Reino Unido ficaram estagnadas em agosto. Analistas previam um aumento de 0,1% em relação a julho. Em julho, as vendas tinham crescido 0,2%. O resultado pode ser um indício de que apesar da recuperação gradual da economia, o desemprego comprometerá a recuperação do varejo. (Valor Econômico)

Associação das Pequenas e
Médias Indústrias de Laticínios
do Rio Grande do Sul

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